quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mandando um Jogador Mestrar

Você pode se surpreender com as ideias dos "novatos"

Você está cansado de mestrar sempre? Cansado de pensar numa história e ver seus jogadores se preocupando apenas com hack'n slash? Você não aguenta mais ler descrições de cenários e ver seus jogadores só se preocupando com a parte da ação? Nós temos a solução pra você!

MANDE SEUS JOGADORES NARRAREM UMA AVENTURA!

Esse final de semana eu resolvi testar uma classe e uma raça que estava adaptando, vocês ainda verão um post com ela aqui ou no RPGista. Mas, como testar uma classe mestrando? Ficar jogando RPG sozinho é uma parada muita chata (todo nerdão já deve ter tentado, certo?), então, sabe o que fiz pra resolver? Mandei um dos meus jogadores mestrar: O Filipão (ou Big, da campanha de tormenta).


O grupo: Elfo mago, Herdeiro do lobo paladino de tauron, hobgoblin ranger, Mul Lâmina psiônica
Depois do ataque de oportunidade choque e de muitas reclamações, o meu amigo Filipão resolveu que ia mestrar. Disse pra ele ficar tranquilo e fazer uma aventura difícil, porque o grupo ia apelar no nível de poder. Então fizemos nossos personagens nível 6 e começamos a nossa aventura.

A aventura começou bem clássica, conversando com NPCs de uma cidadezinha onde o nosso mago morava. Lá descobrimos que um dragão criou sua morada próximo ao lugar, mas, ao invés dos moradores se preocuparem com o perigo, se preocupavam em aproveitar o turismo no local. Minha única reclamação dessa parte da aventura foi um NPC fodão que ficou tirando onda, leitores mais antigos devem saber que odeio isso. Quer lembrar quando falei isso? Leia esse post.

Depois fomos explorar a montanha e subir para matar um dragão (primeira referência à Skyrim), encontramos um garotinho chato no meio do caminho implorando pra nos guiar; dizia ele que conhecia a montanha melhor que todos nós. Passamos por uma floresta, matamos aranhas (bom pra testar os poderes da minha classe), encontramos centauros e então chegamos a uma caverna que "ninguém conseguia passar". Engraçado notar que em todo lugar falavam que o garoto era esquisito...

A caverna tinha um puzzle baseado em totens, com um altar no meio onde um raio de sol incidia. Demoramos um tempo pra passar (eu acabei dando mais palpites que todo mundo), mas o mestre acabou dando umas dicas e conseguimos abrir, e essa foi a referência a Skyrim nº 2.

Rumo ao BOSS
Uma passagem se abriu e seguimos por está, lá estavam vários tesouros sobre um altar, preferimos não pega-los, mas um ovo de dragão azul no meio nos chamou atenção. Um demônio de chifres entrou na sala tentando uma investida, mas errou. Tentamos chamar ele para nosso grupo, para enfrentarmos o dragão lá em cima, mas ele preferiu tentar fugir.

Subimos o resto da montanha, o novato carregava o ovo (todos tinham medo dele tentar se virar contra a gente ou algo assim). Passamos por um jardim com várias estátuas e quebramos todas o máximo possível (truque velho de mestre esse, eim Filipão?) e seguimos até a entrada de uma caverna, de onde saiu o MAIOR DRAGÃO AZUL QUE EU JÁ VI (dentro do jogo, óbvio).

Todos os personagens cagaram de medo e foi nessa cena que descobrimos que o moleque era filho do dragão. O pai engoliu o ovo e saiu voando, deixando o seu filho se transformando, pronto para acabar com a gente, junto de 4 trolls.

Hora de Shadow of the Colossus!
O dragão já começou soltando uma baforada no grupo, o mago morreu de primeira e todos ficaram muito feridos, só o Hobgoblin passou no teste de Reflexos. Começamos a improvisar: usei minha varinha para aumentar o tamanho de todos, roubei uma varinha de cura do corpo do mago, o paladino nos curou e roubou as essências de mana do mago, o hobgoblin começou a acertar todo mundo com o ataque bizarramente alto que tinha.

O dragão depois acertou uma investida aérea em mim, mas sobrevivi (por pouco), o paladino usou comandar para fazer um dos trolls nos ajudar, e eu aproveitei minha ação para escalar o dragão - quero agradecer muito ao Guia do Mundo de Arton por essa nova regra- de lá começamos a lutar direito.

O dragão levou muitas flechas, mas demorou pra cair. No fim do combate um dos trolls estava nas suas costas nos obedecendo, al´dem de várias flechas cravadas e golpes do paladino, mas, no fim, o Fatality foi meu!!!

Conclusão

Eu já comentei isso algumas vezes por aqui, mas tenho que comentar de novo: Mestrar e jogar são coisas diferentes, tente sempre mudar de lado, pelo menos por um dia, você vai me agradecer! Sugira uma série de One Shots na sua mesa, cada um mestrando uma aventura curta com nível variado e temas no estilo de cada um. Além de poder criar novos mestres fodões, todos vão se inspirar muito mais para a sua campanha rotineira, quer apostar? Tente e depois venha aqui contar pra gente, ok?

Abraços ou beijos

2 comentários:

  1. Gostei da matéria, e concordo com o que disse jogando RPG, tive muitas ideias boas.

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    1. é sempre bom trocar de papel na mesa, jogar uma aventura com raça e classe sorteados também muda muita a ideia de como cada papel funciona, tente depois

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