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domingo, 2 de junho de 2013

Crônicas de Britvânia - A Ascensão de Britva

Essa semana venho com a segunda parte das crônicas de Britvânia. Nesta parte, você acompanha a escalada de Britva ao poder; se quiser saber como tudo começou, o link abaixo te direciona para o primeiro capitulo das Crônicas de Britvânia: A queda de Rus. http://athousanddices.blogspot.com.br/2013/05/britvania-queda-de-rus.html
Britva acordou dias depois em uma cabana de janelas opacas. Não sabia se era dia ou se era noite. Seu ventre parecia arder em chamas, e toalhas ensanguentadas estavam jogadas ao lado da cama. Uma velha cozinhava um pouco adiante, algo com cheiro agridoce. Sua cabeça girou, quando a velha olhou para ela e sorriu enquanto Britva sentia seu útero expulsar alguma coisa e o sangue correr forte, inundando os lençóis. A menina fechou os olhos e se rendeu a escuridão reconfortante do desmaio. Quando acordou novamente, a dor e o sangue haviam sumido, só restava como indicio de que aquilo tudo não havia sido um sonho, a mancha rosada no lençol. A velha estava sentada ao seu lado, cochilando. Ela se levantou silenciosamente, e decidida a caçar seus torturadores, atravessou a porta. Para sua surpresa, ela não saiu da cabana, mas se viu num cômodo maior, repleto de portas nas quatro paredes. Nesse cômodo havia uma lareira, algumas poltronas onde mulheres se sentavam e se aqueciam enquanto fiavam e bordavam. Assustada, Britva começou a correr por entre os cômodos, abrindo portas a esmo e entrando por elas, tentando encontrar a saída. Mas tudo o que conseguiu foi orvalhar sua testa com suor, passando por inúmeros aposentos até chegar novamente ao quarto onde despertara. A senhora agora estava acordada, e esperava por ela.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Crônicas de Britvânia - A Queda de Rus

Olá pessoal, eu sou Barney Bee, o bardo. Sou o mais novo integrante da equipe do Mais de Mil dados. Eu trarei até vocês toda semana crônicas sobre um reino imaginário onde os homens são minoria, e uma minoria oprimida. Conheçam o reino de Britvânia e sua raínha louca! A primeira parte dessa história, vocês encontram AGORA.



O reino de Rus era o mais próspero de todo o continente. Mantinha grandes oficinas, minas fartas, as colheitas eram enormes e os silos estavam sempre cheios de grãos. Os homens eram gordos e rosados, e a felicidade deitava-se pelas ruas pacatas e seguras; pois com tanta fartura e tanta felicidade, não havia necessidade de crimes. O reino era, de fato, tão rico e tão politicamente influente no continente, que o rei de Rus havia dispensado há muito tempo o exército; pois não haviam questões internas à resolver e as questões externas... Bem, as questões externas podiam ser resolvidas com moedas de ouro e política.
Mas então eles vieram. Saídos de debaixo da terra, apareceram os Uracs - criaturas nojentas e troncudas, uma mistura de topeiras e halflings que cheirava a maldade e a perversão. Eles saíam de sob o reino, atraídos ninguém sabe pelo quê, pois não amavam o ouro como as criaturas da superfície nem praticavam qualquer tipo de política; eles se interessavam apenas em destruição e perversão. Encontrando pouca ou nenhuma resistência, os Uracs tomaram o reino todo em pouco mais de um mês. Ao cercarem a capital, eles travaram a única batalha que poderia ser considerada digna de nota da invasão; no entanto um ajuntado de poucas centenas de homens tão gordos que mal cabiam em suas armaduras não foi o suficiente para segurar os monstros, que saíam de buracos abertos no meio das formações mal coordenadas, e ao por do sol, a cabeça do rei de Rus era exibida na praça da cidade. Numa paródia do antigo rei, o chefe dos Uracs subiu ao trono, colocou a coroa e bradou com sua voz rouca e gorgolejante da sacada mais alta do castelo: “Cidadãos de Rus! Hoje toma posse o seu mais novo soberano; Eis que sobre vocês reinará Kosha, o Grande e este é meu império, que agora se chamará Uracai, o reino dos Urac!”. E gargalhou. Sua gargalhada ecoou pelo reino na voz de milhares de Uracs invasores.

Aparentemente, não haviam fêmeas entre os Uracs, e eles caçavam as mulheres de Rus para procriação e para a satisfação de seus desejos perversos, arrastando-as para os buracos onde viviam os Uracs. Os homens remanescentes das invasões eram mortos assim que vistos, e em pouco tempo, poucos humanos eram vistos nas ruas ou nos campos. O reino começou a definhar, assolado pela miséria trazida pelos invasores.

O norte do reino, embora tivesse sido espoliado como todo o resto, estava em condições um pouco melhores. Longe da capital, o numero de Uracs era menor, e a região continha várias ermos onde os refugiados se escondiam. Num pequeno grupo de refugiados, estava Britva, uma jovem bela, de cabelos longos e ruivos. Ela colhia frutas nos bosques e levava para seus pais; seus irmãos caçavam e eles se escondiam quando era preciso. Britva era nova, e para ela, a guerra era um acontecimento distante, que pouco havia alterado sua rotina de jovem camponesa.
E então eles vieram. Monstros da escuridão, saídos das entranhas do mundo para devorar a felicidade e a vida; eles atacaram rapidamente ceifando a vida de seu pai e seus irmãos. Sua mãe gritava enquanto era arrastada pelos cabelos para o buraco de onde os demônios saíram, e quando seus gritos cessaram, eles vieram para Britva. Ela era nova demais, bela demais para que eles a entregassem ao chefe sem provarem antes o seu sabor; então eles a violaram. Cada um deles fez seu papel na tortura excruciante que levou a noite toda. Ao amanhecer, eles pensaram que ela estava morta, e partiram.

Mas ela sobreviveu.

O próximo capitulo desta históra já está disponivel aqui: http://athousanddices.blogspot.com.br/2013/06/cronicas-de-britvania-ascensao-de-britva.html Não deixe de conferir!



Quem é o bardo?: Tio Barney Bee vive numa cabana tão velha quanto ele no topo daquela colina verde. Ele ainda toca seu banjo, mas a beleza de sua voz já se foi, e agora ele prefere contar à cantar as histórias que viu em suas aventuras. Contato: E-mail | Facebook.