Um dia eu estava na casa do Masamune (um daqueles caras do blog que não posta) sem fazer nada e então falei com ele "Por que a gente não compra uma aventura do D&D 4?" sem pestanejar -como diria meu avô - compramos a Fortaleza no Pendor das Sombras juntos pretendíamos jogar, mas a nossa primeira sessão da aventura não foi tão heróica como devia ter sido.
Antes de começar o post tenho que explicar que ele vai ser provavelmente o mais louco que já escrevi, ele é uma mistura dos posts de humor marcados como desabafo de um rpgista, uma resenha e um diario de campanha (nesse caso um diário de aventura), leia e você vai entender porquê.
Assim que o Fortaleza chegou eu me surpreendi, o livreto parecia ter capa dura, mas na verdade era só um papelão dobrado com várias coisas dentro: um livreto com regras e fichas para os jogadores, um livreto com regras e a aventura para o mestre e 3 mapas das partes mais importantes da aventura. Não que eu tenha achado ruim, só foi algo que não esperava.
Quando li as regras para o mestre fiquei impressionado, pra um jogador iniciante aquela merda não explica NADA! Sério, a escolha de palavras é ruim, ao invés de termos simples temos um RPG muito mais técnico com bilhões de tipos de ações, reações, rajadas de contato 5 entre outros termos desnecessariamente complicados.
No dia da aventura tivemos apenas 3 jogadores na mesa, logo percebi que ia dar merda. D&D 4 é um jogo muito mais combativo e estratégico, sua divisão de poderes é legal e divertida escolher qual poder usar em cada rodada ou se vale a pena gastar aquele poder diário apelão agora ou guardar para mais tarde. O grande problema é que o jogo deixava claro que era necessário 5 jogadores em mesa, o grupo tem que ser equilibrado e a aventura possui encontros (combates) realmente difíceis para um grupo com poucos jogadores.
No começo do jogo os jogadores escolheram entre os personagens disponíveis um Halfling ladino, um Draconato paladino e um Meio-elfo clérigo. A história de todos era ligada a maconha, os 3 personagens eram amigos de carta e estavam a procura de um colega, Doven (apelidado de Dove), pra a marola ficar completa os jogadores escolheram nomes como D2, Armandinho e Zig-Marley e começaram o primeiro combate, uma emboscada, ao som de Bob Marley.
Acho que porque sou um noob mestrando D&D 4 eu fui burro e considerava um poder chamado segunda chance do halfling em todo ataque que ele levava - com esse poder o inimigo tinha que refazer uma jogada de ataque e escolher o menor numero - o que o tornou o personagem mais apelão do grupo.
Quando o grupo chegou a cidade perguntou por Dove e ouviu algumas pistas sobre ele estar procurando um antigo tumulo de dragão numa região próxima a cidade. Como os jogadores me disseram, Doven era dono de uma plantação de maconha e cinzas de dragão eram as melhores para adubar a terra ninguém tava drogado quando jogou ta?
O jogador que tava usando o clérigo não gostou e segundo suas próprias palavras "Sai e entrei com outro char, to jogando de mago agora". Como não esperava que o jogo durasse muito eu deixei.
Uma das coisas que mais rolou durante a aventura |
Quando saíram da cidade em busca do amigo foram emboscados por kobolds querendo vingar os companheiros mortos no começo da aventura, foi nessa hora que eu percebi que o poder do halfling tava errado e a gente começou a jogar direito.
O grupo estava em clara desvantagem e o draconato até deitou no combate, mas saiu vivo e o grupo passou um tempo descansando e recuperando seus pontos de vida.
Quando chegaram ao local de sepultamento do dragão viram algumas pessoas trabalhando no local e foram logo recebidos por um Gnomo que conversou com eles sobre Dove, mas era tudo uma armadilha para levar os jogadores para o centro do local e ataca cercando-os.
Esse combate me emocionou, de verdade. Porra nunca vi tamanha estratégia numa mesa de RPG, tanta que eu até esquecia de mestrar direito e me focava mais na parte de regras.
Entre ataques de oportunidades e inimigos flanqueando o grupo perdeu um dos seus personagens, o mago morreu bem no começo e,embora tenha derrubado os 4 humanos plebeus, deixou o ladino e o paladino para enfrentar sozinhos os outros inimigos.
O paladino não demorou para acabar deixando o ladino enfrentando dois dragonetes, o gnomo e um halfling com uma metralhadora de pedras - sério, nunca vi uma funda tão apelona quanto a dele. Armadinho ia bem contra os inimigos, mas eu não quis facilitar, comecei a cerca-lo e deixar ele sem chance de fugir dos ataques e no final um dragonete o matou.
Não sei se é porque nunca tinha acontecido um TPK na minha mesa ou algum motivo mistico qualquer, mas eu gostei muito do D&D 4E, ele é equilibrado e divertido, mas não acho ele bom para iniciantes de jeito nenhum. Mestres não tem imagens dos monstros para poder descreve-los, apenas descrições curtas de 2 a 4 linhas sobre as criaturas e algumas são tão estranhas que se tornam impossíveis de imaginar.
O combate tático me chamou atenção e estou pensando seriamente em incorpora-lo a campanha de Tormenta, mas sem me prender tanto a poderes e descrições fixas como o 4E, porque, pra mim, você só poder pular na frente do ataque para salvar o amigo uma vez por dia é escroto.
Quero terminar a aventura com um grupo decente e tenho 6 fichas prontas para o jogadores, será que consigo? E você leitor, o que você acha do D&D 4?
Abraços ou beijos
Cara para falar a verdade o que menos me chama atenção em um jogo de RPG são as batalhas em si.
ResponderExcluirPrefiro muito mais as estratégias e o desenrolo da história do que a hora da porrada.
Parece ser foda apesar de ser meio complicado.
eu concordo, certas coisas eu achava desnecessário ser tão preso as regras como nesse jogo por isso não foi do jeito que imaginava. Acho que tem pontos muito bons e outros muito escrotos, certas coisas boas eu já vi outros sistemas usarem, como o tormenta RPG e as coisas ruins espero não ver ninguém usando haha
ResponderExcluirCapitão Cueca, recomendo trocar a edição do D&D cara. Se você tivesse jogado Old Dragon (que você compra o jogo completo com o preço dessa aventura de D&D 4ed) certamente teria tido um controle melhor sobre a aventura e se embananado menos.
ResponderExcluirSobre a aventura: eu ri altos, sempre é bom por um Marley na história (lembrando que ele é o patrono da Secular Games).
brigado lan, o objetivo foi testar o sistema com o meu grupo e não gastei 30 reais a toa haha pretendo juntar os jogadores (mais de 3 pessoas ahha) para terminar essa aventura, talvez com um pouco menos de 4:20 (eu espero)
ResponderExcluir"...eu não quis facilitar, comecei a cerca-lo e deixar ele sem chance de fugir dos ataques e no final um dragonete o matou."
ResponderExcluirEu não sei o nível de seriedade da sessão, mas não curto o mestre se empenhar pra matar jogador.
Po eu não me empenho para matar os jogadores, só acho que em certos casos o mestre deve ser tatico: flanquear, atacar furtivamente... dificultar o combate. Me divirto quando meus inimigos dão trabalho e fico muito feliz quando são derrotados de uma forma pensada
Excluirquando vi a 3ª imagem imaginei o ash gritando Pokebola vai!
ResponderExcluirJogar um halfling é uma manobra muito efetiva, devia tentar as vezes ahhaa
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