Jogando no Hard

Depois de alguns problemas na primeira temporada da minha campanha de tormenta RPG (olhe essa aventura) eu percebi que alguma coisa estava errada, muita coisa tinha que mudar para o jogo ficar mais "real", ou, usando uma palavra melhor, verossímil. Por isso, o post hoje é sobre o por que e como eu estou mudando meu estilo de jogo.



Algumas semanas depois de terminarmos a segunda temporada o Mugetsu começou a mestrar 3D&T para a gente. Era um jogo em Megacity e basicamente qualquer personagem era permitido. Não sei vocês, mas depois de passar tanto tempo mestrando direto (mais de 3 anos) a sensação de jogar foi ótima. Eu tinha um personagem legal, fraco, mas extremamente divertido de jogar.

Alguém lembra dele? (clique para ler o post)

Falando nisso, eu pretendo fazer uma review de Megacity aqui no blog, era trabalho do Mugetsu, mas ele não ta podendo postar ultimamente.

Continuando...

No total o grupo jogou apenas duas vezes em Megacity, eu joguei até menos porque faltei odeio jogadores que faltam. Embora as aventuras do Mugetsu fossem prontas e ele na maior parte lia o que estava escrito eu tenho que admitir que ele se destacava numa coisa muito importante: O Combate.

Jogar depois de tanto tempo me fez perceber meus erros como mestre e como podia incrementar detalhes que tornam o jogo mais interessante. Em jogo como D&D, ou o Tormenta, combates são extremamente importantes e até necessários a narrativa, eu já estava cansado de combates extremamente mecânicos e sem descrições, por isso não espero mais esse tipo de coisa dos jogadores.

Sempre que alguém narra um ataque ou ação de forma diferente recebe um ponto de ação, ou quando inova o modo de jogar e de usar suas habilidades (vou fazer um post só sobre isso num futuro próximo). O importante é manter o combate dinâmico e divertido, isso acaba influenciando meus jogadores a diferenciar suas ações, nem que seja algo apenas estético.

 Dois exemplos:

O Ex-paladino do meu grupo tentou dar uma rasteira num gigante, algo que não causaria muito dano, mas ia melhorar a chance de acerta-lo. Infelizmente não deu certo.

O ladino do grupo mirou o tiro de sua arma de fogo numa estalactite para que ela caísse em cima de um gigante que tentava atacá-lo, ele acertou. Foi algo mais estético, mas mesmo assim foi legal de se imaginar.

Agora vou falar da parte de regras:

Personagens de Tormenta são épicos

Tormenta RPG é um sistema focado num cenário brasileiro, ok. O jogo pode ter muitos climas, desde o terror psicológico, o fantasia estilo anime ou o estilo mais realista. No meio disso tudo temos a Trilogia - leia o post que fiz aqui - nela descobrimos que Arton é um mundo imenso, todo tipo de cultura vive lá e todo tipo de mal também.

No final da primeira temporada do meu RPG eu estava com o saco cheio de ficar contando XP pros personagens e resolvi seguir a regra: uma aventura, um nível. Até que deu certo, mas na última aventura tive cenas ridículas, como um combate que o Ranger deitou e se ergue 3 vezes praticamente seguidas! Isso tinha que parar, o medo da morte é importante, RPG não é um jogo de video game.

Pra segunda temporada eu voltei ao método de XP e agora se o jogador morre durante o combate ele não ganha o XP do mesmo. Além disso, a interpretação rende experiência e pontos de ação agora, ela é muito mais importante e recompensada.

RPG Vale

O Guia da Trilogia me apresentou varias house rules interessantes, pensei em usar muitas delas, mas a que mais me chamou atenção foi a regra do ferimento permanente. É ela que fez o tom do meu jogo mudar, agora os jogadores estão mais cautelosos e mais realistas, eles sabem que quando chegam a 0 PV podem perder um braço ou perna, coisa que nenhuma cura comum pode mudar.

Espero que essa segunda temporada esteja cheia de cenas épicas, porque ela já começou muito bem e ta dando gosto de mestrar.

Alguma sugestão? Espero que esse post te ajude a repensar alguns detalhes da sua mesa.

Abraços ou beijos.