Ola leitores, como vão? Hoje o diário de campanha vai falar sobre uma das aventuras que mais repercutiu ao longo da história de Ravenlof, que está quase acabando. Dentro de poucos dias, os aventureiros derrotaram Strahd e terão chance de finalmente voltar para seus respectivos mundos, porém, enquanto isso acontece lá, falo de um evento que aconteceu bem antes aqui: Quando um grupo de mercenários resolveu saquear o vilarejo conhecido como Lança de Gregor.
O Grupo
Filipe - A'dam, Herdeiro da Raposa Magus 4 LN: Um humano com olhos sempre em movimento, cauda e orelhas de raposa. É ruivo e parece estar acostumado a presença de animais, além de vestir roupas bem exóticas. Chegou a terra das Brumas da mesma forma que outros aventureiros, só que fugiu de um combate com esqueletos, só encontrando os futuros aliados um dia depois de sua chegada.
Gustavo - Arcoverde, Meio-dríade Druida 4 NB: Druida de grande ligação com as plantas, capaz de moldar a madeira como barro e usá-la como bem quiser. Vivia numa terra de grandes florestas onde criaturas possuíam poderes além do comum e eram treinadas para lutar entre si. Tem um bulbassauro como companheiro animal.
Filipão - Baltric, Qareen Bardo 2/Swashbuckler 3 CB: Este jovem músico sempre teve grande dificuldade em escolher um instrumento de sua preferência, porém isso logo se resolveu quando se aventurou na terra das brumas. Sua herança qareen da terra o torna forte e belo, arrancando suspiros de todas as moças que o vem.
Pepé - Callahan, Humano Samurai 4 LN: Como a grande tradição de Tamu-ra (Arton) demanda, Callahan se tornou um samurai em missão para seu senhor feudal. Participando ativamente de missões de reconstrução da Ilha, o jovem se tornou um grande espadachim e segue seu código de honra onde quer que esteja.
Mateus - Ed, o faísca, Sprite Ladino 5 CN: Ed é um Nativo de Pondsmânia (Arton), uma fada macho de 30 cm que vivia de pequenos furtos e traquinagens. Para se divertir costumava mudar as coisas de lugar, mudar cores, estragar leite, dar nó em crina de cavalos, etc. Nunca para de brincar e é por muitos tachado de louco, mas e quem não é?
Mudo - Jarvan, Troglodita Guerreiro 5 LN: Um trog líder de uma tribo de caçadores que vivem numa região pantanosa e pré-histórica. Anda com escudo e sem armadura para aproveitar sua capacidade natural de se mesclar a ambientes como os melhores lagartos, nunca deixou de capturar uma presa.... Até agora.
Episódio Anterior
Episódio 1: Bem-Vindo à Terra das Brumas
Episódio 2: A Bruxa da Floresta
Episódio 3 : Um Aqueduto Perdido no Tempo
Encontrando o Caçador
Depois de explorar as ruínas do aqueduto (aventura anterior) e de encontrarem seus companheiros perdidos, o grupo perde algum tempo conversando e entendendo como que metade deles pode ficar 5 anos preso. Alguma espécie de magia ou força ainda maior criará uma fenda temporal dentro do lugar e nenhum deles conseguirá fugir de seus efeitos.
Ao sair, notaram um mundo branco, com o chão coberto de uma armadura de neve de poucos centímetros. Um nevoeiro surgia graças a umidade e o córrego, antes forte, agora ficava modesto e num aspecto semi-sólido. O frio era intenso e todos tiveram dificuldades em se movimentar, o inverno havia chegado enquanto estavam lá dentro, o que indicava que eles passaram um mês perdidos (no mínimo).
Usando de tochas e quaisquer meios que possuiam foram tentando se aquecer enquanto exploravam a floresta fria. Arcoverde notou um som ao longe, uma forma saindo da neve e se preparou, mas violência ainda não seria necessária. Era Björn, o caçador fez uma cara de surpreso por baixo dos pelos de urso que usava para se aquecer - "Vocês estão vivos?!"- dizia, e toda a situação foi esclarecida, por mais estranha que fosse.
Comentários:
- Nesse dia um amigo nosso, Nariz, estava participando da mesa. Ele jogou com o Björn para não ficar sem fazer nada, o que pode gerar eventos bem legais durante a aventura.
- Resolvi fazer os personagens sentirem a passagem de tempo nessa campanha, com aventuras ocorrendo em diferentes estações e lembrando de narrar mudanças climáticas importante.
Aparência dos Gigantes |
Jarvan era o que sentia mais frio, sua biologia de lagarto não estava acostumada a tal temperatura e suas pernas firmes de guerreiro tremiam como vara verde. Talvez por isso foi o primeiro a perceber um animal exótico a distância, forçou os olhos até ver um mamute do lado de três cabanas quase tão grandes quanto casas e uma fogueira que iluminava uma pequena clareira num planalto.
Correram para o acampamento, enquanto Ed certificava-se de não haver ninguém por perto. Uma panela que caberia um homem mantinham um cozido quente graças as chamas da fogueira, peles de animais eram estendidas sobre as barracas para aquecê-las, pegadas do tamanhos de cabeças se confundiam na neve. Os aventureiros tiveram poucos minutos para procurar o que precisavam, ao notar um barulho distante o caçador se escondeu na neve atrás de uma das cabanas, deixando os aventureiros lidando com o que viria a acontecer.
Eram dois. Homens com três metros e meio, pele azulada e barcas brancas; usavam armaduras compatíveis com os seus tamanhos e armas empunhadas, nos ombros usavam um cachecol feito da pele de um lobo, podendo ver sua cabeça engolindo o rabo para formar o nó. Os gigantes do Gelo, como eram conhecidos, olharam os intrusos que sentiram uma rajada gelada que feria seus corpos e os paralisava. Callahan teve a ideia de não entrar em combate (esperto ele), afastou-se dos gigantes até sentir o ar voltando ao frio normal e apresentou-se.
Talvez a sorte sorrira para os aventureiros naquele momento, os gigantes começaram a ter uma conversa amigável com os aventureiros e até ofereceram sua comida! Ed e Björn não comeram porque estavam escondidos na floresta, Arcoverde roubou algumas peles para o grupo, enquanto o resto conversava com os guerreiros de gelo. Baltric e A'dam descobriram que, como eles, os gigantes foram parar ali graças a névoa, o mamute era um animal criado por eles e fora junto, então resolveram explorar a região, mas não tinham noção dos conhecimentos dos aventureiros - e estes nem quiseram compartilha-los. Depois da comida e de algumas horas de conversa o grupo seguiu viagem, queriam chegar a Lança de Gregor antes do anoitecer e agora estavam agasalhados o suficiente para seguir viagem.
Comentários:
- O grupo conversar ao invés de tentar um ataque suicida aos dois gigantes (e o mamute) fez dessa uma das cenas mais legais que joguei, roleplay deve ser usado em prol da sobrevivência.
- Um desses gigantes vai aparecer num evento futuro, é legal voltar com detalhes de aventuras anteriores ao longo da campanha, vai ter um ou mais jogadores que vão lembrar da cena e reagir de acordo, tornando ela mais interessante.
Troque os corpos por armas, beijos |
O lugar logo chamou atenção e não demorou até que resolvessem entrar. Atravessaram um pequeno corredor entre as estalagmites do lugar até achar uma ala aberta, onde a pedra fora moldada como escada e um portal era formado por dois obeliscos, acima deles correntes estiradas demonstravam armas de qualidade impressionante que logo saltaram os olhos dos aventureiros. Venceram as escadas ouviram o barulho esganiçado de 4 risadas, eram altas e pareciam hora de criança, hora de adultos e algumas vezes de loucos. Dividindo uma bigorna estavam quatro criaturas de pele vermelha e borbulhada, quatro olhos, aventais e ferramentas de ferreiros. As risadas cessaram.
- Olhe, irmão! HIHIHAHAHA Clientes... - Disse um dos diabretes - Sejam bem vindos, o que desejam?
- Não seja estúpido, com essa cara impressionada nem devem entender o que somos! - soltou uma risada com roncos altos e engasgos outro deles - Nós realizamos desejos, podemos fazer qualquer coisa em troca de um preço.
Os aventureiros se entreolharam, Baltric foi o primeiro a tentar alguma coisa e perguntou se eles queriam uma das pedras de seu colar em troca de um desejo. Um dos diabretes disse que aquilo era inútil e jogou no fogo que usavam para aquecer o metal. As criaturas explicaram que queriam algo mais pessoal, um talento, uma motivação, um sentimento, em troca de qualquer coisa. Demonstraram também um conhecimento estranho sobre o mundo de cada um dos personagens e começaram a pedir coisas como o talento de Baltric em troca dele voltar ao seu mundo, ou a Honra de Callahan, etc. Demoraram para perceber que precisariam perder para poder ganhar ali, até que Börn fez o seu pedido.
Björn era um caçador e queria ser o melhor de todos, ele ofereceu a sua inveja em troca de se tornar capaz de localizar qualquer alvo em qualquer lugar. Os diabretes sorriram enquanto tiravam uma forma de metal e começaram a molda-la, foram rápidos em criar um florete e pendura-lo junto das outras armas pronta. O caçador abriu os olhos e via tudo que acontecia, em todos os lugares, ao mesmo tempo.
Os aventureiros desistiram de pedir e perceberam que Björn não saia do lugar, ele se perdeu no seu próprio universo, no seu redemoinho infinito de informações, agora o caçador não passava de uma estátua, balbuciando palavras sem sentido aqui e acola. Carregaram ele até a cidade, sem saber exatamente o que fazer com ele.
Comentários:
- Falei que o Nariz ia fazer alguma coisa bem legal durante o jogo! ahhaha
- Não gostei de ninguém, além do jogador convidado, ter pedido nada! Os diabretes são do Guia da trilogia e no mínimo podiam dar os benefícios de um desejo para um personagem, no MÍNIMO! Imagina o que alguém criativo não poderia conseguir?
Wargs: Montarias ferozes |
Gregor parecia preocupado e recebe os estrangeiros com uma olhar surpreso, afinal eles passaram um mês fora. Durante o mês, os moradores trancaram suas casas a noite como de costume e puderam ouvir gemidos e barulho de passos nas ruas, alguns animais entraram em fúria e atacaram seus donos ou transeuntes. Sara, recebeu os visitantes novamente e os tratou muito bem, foi extremamente carinhosa e ofereceu comida para os viajantes.
Enquanto isso, A'dam e Arcoverde levaram Björn para a taverna onde a dona, Vanessa, prometeu que cuidaria dele, mesmo em sua condição estranha - para quem não entendeu, o carisma do caçador foi reduzido a 0. A'dam encontrou Roberta que estava de partida da cidade, a Vistani abraça e beija o Moreau agradecendo por ele estar vivo. Ela está indo para Baróvia e chama o moreau para visitá-la em seu acampamento algum dia antes de se despedirem.
Durante 3 dias o grupo fica na cidade e recompõe suas forças, enquanto isso aproveitem para falar com Gregor e com Sara, além de passar um tempo tentando se comunicar com Björn. Então, um dia, faltando uma hora para o crepúsculo a cidade foi atacada!
Comentários:
- A'dam tem um romance na história, sorte dele, pois a vistanni vai aparecer mais vezes durante essa campanha.
Callahan e Jarvan andavam pelas ruas enevoadas do vilarejo; Arcoverde, Ed e Baltric conversavam sobre os últimos meses que passaram em Baróvia um com o outro; enquanto A'dam estava na taverna, conversando com Vanessa, a taverneira. Todos foram surpreendidos por barulhos de gritos de explosões e então o ataque veio.
Um espadachim solitário invadiu a taverna e atacou A'dam, ambos trocaram ataques aparando e contra atacando, o moreau se preocupava se reforços viriam e se concentrava em acabar com aquela luta rápido. Concentrando energia arcana em sua lâmina, o raposa desceu um ataque certeiro no peito do inimigo, destruindo ossos e queimando carne. Correu com Vanessa para trancar a porta e para o topo da casa, onde poderiam usar bestas para atirar em outros invasores.
A praça foi atacada por vários mercenários, eles pareciam interessados em roubar qualquer coisa que parecia ter valor, entravam em casas e depois iniciavam incêndios tornando a cidade um verdadeiro caos. Baltric tocava suas canções para ajudar seus aliados no combate contra os invasores, os inimigos eram ladinos experientes e sabiam usar suas bugigangas a seu favor, como: bombas de fumaça, poções, pergaminhos, etc. O bardo usou uma bola de fogo para acabar com os inimigos e acidentalmente ateou fogo em duas casas no processo, se sentindo culpado entrou correndo nelas e saiu com qualquer sobrevivente que encontrou.
Jarvan e Callahan estavam cercados por quatro inimigos, o guerreiro chamava a atenção dos mercenários e defendia a todos os ataques com seu escudo de espinhos. O samurai aproveitava as brechas e desferia golpes letais contra os inimigos, até que um por um eles foram derrotados.
Todos correram atrás de outros mercenários, tentando limpar a cidade, porém o ataque fora planejado e os sobreviventes fugiram com velocidade para as florestas, aproveitando a escuridão da noite para diminuir seus rastros. Baltric seguiu para a taverna e usou sua magia de mensagem mental para tentar conversar com Björn, ele balbuciava coisas sem sentido como se fosse um pássaro, um lobo, um mercenário, um dos aventureiros... Mas o bardo foi capaz de traduzir as informações e chegou a conclusão que os mercenários possuíam uma base em meio as arvores, um forte protegido e que devia ser invadido.
Os outros aventureiros andaram pela cidade tentando ajudar nos incêndios e falar com os moradores, deram falta de 3 pessoas, além de Sara e um vendedor da cidade. Se reuniram para armar um plano, deviam atacá-los rápido, mas isso fica pro próximo diário.
Comentários:
- O Ataque foi sincronizado, como já disse na aventura anterior, quando você dividir o grupo tente sincronizar os combates. Bem, foi isso que eu fiz. Assim você corta tempo e deixa a cena gravada na memória de cada jogador de um jeito diferente.
- A ideia de seguir as dicas que o Björn que tudo vê foi inteligente. Tomara que o jogador tenha mais ideias como essa futuramente.
Abraços ou beijos
A medusa barda morreu e não criou outro char?!
ResponderExcluirAguardando as próxima sessões. Campanha muito bacana.
Na verdade, o jogador da medusa só jogou a primeira sessão, mas achei o personagem interessante o suficiente para mantê-la como NPC ahha A campanha terminou aqui esse fds, vou tentar adiantar os diários para acabar por aqui tbm xD
ExcluirContinue lendo, Gabriel!