terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Diarios de Campanha Tormenta: Desdobramentos de Guerra - Episódio 2: A Vila de Kamalla

Vila de Kamalla, ou não
Depois de um inicio de jornada agitado, com encontros com um culto prestando sacrifícios a Aharadak (o Deus da Tormenta) e alguns aventureiros sendo presos, incluindo um deles enviado para outro reino como escravo. Agora é hora de partir para sua primeira grande aventura na pequena e até então pacata vila de Kamalla.

Grupo 1: Este grupo começou suas aventuras em Trandia (Petrynia).

Filipe - Ablon, Aggelus Abençoado de Wynna 1/Feiticeiro Primordial 1 LB: Ablon tem sangue angelical e um talento com magia de se fazer inveja. É benevolente embora as vezes repense suas ações, gosta de se gabar da sua capacidade de ajudar os outros embora isso não o atrapalhe no seu papel de curandeiro mágico.

Mateus - Arok, Fintroll Necromante 1 LN: Arok é um fintroll, ser das profundezas de arton com um passado negro. Possui uma afeição por trolls (seus primos feios), mortos vivos e por conhecimento, este o responsável por levá-lo a se aventurar pelo mundo da superfície.

Grupo 2: Este grupo começou suas aventuras em Altrim (Capital de Petrynia).

Victor - Bison, Moreau do Búfalo Druida 1 NB: Bison é um moreau do búfalo criado em Arton por seus pais, treinado para lutar tão bem quanto qualquer guerreiro e para se preocupar com qualquer criatura viva pela sua família. Estes atributos tornam o moreau um parceiro ideal para qualquer aventura, embora seja um tanto calado.

Gustavo - Leen-sin, Humano Monge 2 LN: Este rapaz tamuraniano foi treinado nos maiores e mais respeitados mosteiros do mundo, sua luta é quase uma arte com extrema perfeição e eficiência. Ele almeja se tornar poderoso e um dia poder retornar a vida em seu antigo lar, quem sabe não possua um pequeno feudo ou monastério para ele no futuro.

Filipão - Jaral, Humano Clérigo de Keen 1 LN: Seguidor de keen nascido no reino de Trebuck, aonde perdeu sua família e principalmente sua irmã que o iniciou no clero para lutar contra a Tormenta. Hoje tem como objetivo unir-se a todo tipo de força, aproveitando qualquer vantagem estratégica para um dia vencer a Tormenta.

Luciano - San, Elfo Ladino 1 CN: San é um elfo um tanto chato, péssimo em dialogar com as pessoas que deseja um dia retornar ao seu antigo lar, hoje em dia dominado pelas forças de Thwor Ironfist.

NPC - Ganodorf, Anão Bárbaro 1 CB: Este anão deixou a vida nas profundezas para uma vida de farra e perigos na superfície.

"Grupo" 3:

Luis - Iron, Elfo Ranger 1 CN: Elfo egoísta e bom de tiro, não costuma se preocupar muito com os outros, mas também não possui paciência para ferrar ninguém, até alguém pegar no seu calo

Episódios Anteriores:

Site da Campanha: Desdobramentos de Guerra

Uma Pequena Grande Viagem
O Belo litoral de Petrynia
Era hora de partir para a aventura. Todos os aventureiros de ambos os grupos já conheciam pelo menos um reino a mais em Arton, porém eles não estavam acostumados a viajar em pequenos números, no geral suas viagens se resumiam a grupos grandes que tiveram que viajar juntos (seja por motivos comerciais, ou por exílio, ou até em situação de fuga). Agora estariam testando seus conhecimentos e habilidades fazendo uma viagem curta por estradas e florestas que dependeria apenas de suas habilidades.

Ablon e Arok ainda sentiam a falta de seu amigo elfo, que foi mandado para um navio e zarpou em poucas horas, tempo curto para qualquer tentativa de fuga para a liberdade. O que aconteceria com o elfo permaneceria um mistério por muito tempo. Sem habilidades de rastreio ou com a vida selvagem tiveram que se virar para se preparar para a jornada, compraram mapas e muita comida e água. Consultaram guias e se prepararam para partir da cidade, com mochilas nas costas e mapas em mãos, prontos para serem sacados rapidamente.

Em Altrim, estavam San, Lee-sin, Jaral e Ganodorf paravam para almoçar enquanto conheciam Bison, seu novo companheiro. Ganodorf e Bison estavam acostumados com a vida selvagem e poderiam ser ótimos guias e caçadores, caso fosse necessário, mesmo assim o grupo consultou alguns especialistas da cidade para tornar a sua viagem mais tranquila.

Petrynia é um reino tropical e todo mundo sabe como é um local desse tipo em pleno verão. Era moda entre seus moradores pegar sol para deixar o corpo bronzeado, inclusive entre os pescadores e pastores que o meio-anjo e o fintroll encontravam pela estrada. Vez ou outra durante a viagem as pessoas simpáticas do reino cruzavam com os aventureiros e soltavam um bom dia ou boa tarde, enquanto pássaros tropicais e pequenos animais saltitavam de um lado para o outro. A estrada de terra batida foi adentrando uma pequena floresta e as sombras formadas pelas copas das árvores pareciam recuperar o fôlego daqueles viajantes, até que ouviram um  uivo.
San atravessava a floresta com seus companheiros; por se tratar de uma capital, a estrada possuía placas de melhor qualidade e também guardas por uns bons quilômetros antes do grupo se sentir abraçado pelas criações de Allihanna. Bison guiava o grupo e Ganodorf se mantinha atento a criaturas perigosas. Ele não deu nem bola para um pequeno mico que saltou sobre os galhos e brincou com os aventureiros enquanto caminhavam e que acabou roubando algumas moedas do elfo San que xingou o macaco de muitos nomes diferentes, Jaral ria.

O uivo veio de um aclive a direita do grupo, Ablon correu e Arok também. O que viram foi um grupo de lobos devorando o resto de um mago, enquanto disputavam um com o outro. Os dois se entreolharam e começaram a usar magias de fogo para afugentar as criaturas que fugiram de medo. Arok observou o corpo do mago, conhecia defuntos e aquele com toda certeza era um. Começou a revistar o corpo e achou uma varinha feita de Mithral e um pequeno elixir usado por muitos magos que esgotam suas energias. Guardou o elixir para si e entregou a varinha para Ablon que fez uma prece para o morto e seguiram viagem.

Foi no segundo dia de viagem que o grupo vindo de Altrim teve uma experiência incrível. Bison e Ganodorf fizeram o grupo desviar , já que a estrada perdia força e seguir pela floresta. No meio desse novo caminho encontraram árvores de troncos retorcidos que pareciam um casal se abraçando, haviam frutos parecidos com maçãs amarelas espalhados pelo chão, resolveram recolhe-las e comer enquanto descansavam um pouco as pernas. Um homem, ou algo parecido, surgiu, era feito de madeira e vinhas, seu rosto tinha uma colmeia e ele falava numa língua que parecia o puro som da natureza, ele não parecia contente. Bison e San falaram em Silvestre e pediram desculpa por roubarem os frutos e identificaram aquela criatura como espadas da floresta. A criatura deixou que eles fossem embora e que levassem um de seus frutos. Enquanto saiam viram uma das árvores se separando num casal como um homem e uma pequena criança como uma árvore surgindo entre eles.

Comentários:
  • Sempre que tenho que narrar dias de viagem eu uso uma regra que acho que é do Um Anel. O grupo deve escolher um Batedor, um guia, um caçador e um Vigia. Cada um faz um teste de perícia e pode ser auxiliado por outro, porém ninguém pode fazer testes para duas funções. Lembro que li sobre isso no Pontos de Experiência.
  •  Vou ter que admitir que não lembro exatamente a ordem dos encontros acima, ou se eles ocorreram nessa ou na próxima aventura. Mas fica tranquilos que a ideia foi passada haha
  • Sempre que tento narrar a natureza de um local eu tento pensar no que aquela floresta daquele reino tem de diferente da floresta do outro reino. É um exercício interessante.

Mostre-me os dentes
Um Navio Tapistano singrando os mares de Arton
Iron fora jogado no fundo da carruagem feita para carregar prisioneiros. Minotauros não gostam de cavalgar animais, por isso eram humanos que guiavam o carro pelas ruas de paralelepípedo da cidade, fazendo o elfo chacoalhar na sua pequena cabine. Com os braços e pernas presos, sem seu arco que fora removido e mandado sabe-se lá para onde com suas flechas, Iron se sentia mais nu do que jamais sentiu-se.

Ouviu os cavalos parar de trotar e foi retirado da cabine, caminhou pelo porto com cheiro de sal e peixes, odiava aquele tipo de lugar, e pisou em algumas poças enquanto guardas de carranca bovina o levavam para uma inspeção. Chegou numa tenda branca, atrás de si um belo navio com uma estátua de Tauron a sua frente jazia imponente.

"Mostre-me seus dentes" Falou um clérigo e curandeiro de Tauron presente, seu ofício consistia em testar a saúde dos condenados a escravidão para saber aonde era melhor vendê-los. Orou para tauron e fez exames simples para verificar qualquer enfermo, ferimento ou doença (todos seriam tratados na hora). Estava saudável, para um elfo, e sua bela dentição, característica da raça que quase não é afetada por dentes podres faria ele valer um bom preço no coração do império de Tauron.

Iron foi despachado para o amplo navio. Levaram-no até a parte mais baixa aonde algumas dezenas de escravos aguardavam no poço úmido e fétido que era o lugar, com os pés presos, os impedindo de andar mais que um metro em volta. Olhou em volta, a penumbra era como dia para seus olhos, ao seu lado direito estava um humano largo de pele morena, com várias tatuagens pelo corpo; do lado dele uma bela elfa que parecia confortável com as condições do navio; a sua esquerda um humano de cabelos negros, com cicatrizes no pescoço e no pulmão direito. Esses pareciam ser seus novos companheiros.

Comentários:
  • Para narrar a aventura do elfo eu pesquisei bastante sobre escravidão, tanto a que ocorreu no Brasil que é o exemplo mais próximo que temos, como a escravidão da Roma antiga. A qual eu estou me inspirando para a escravidão dos minotauros.

A União faz a Força

Os aventureiros que partiram de Altrin foram os primeiros a chegar em Kamalla. As florestas próximas iam ficando espaçadas aos poucos e plantas tropicais, como coqueiros, se tornavam cada vez mais presente na paisagem. O grupo notou um silêncio estranho, a proximidade de um vilarejo deveria garantir algazarra, porém ali só as vozes de alihanna ecoavam. O grupo se dividiu, Lee-sin e San iriam investigar o vilarejo, enquanto o outro grupo seguiria para um morro próximo aonde montariam acampamento.

Com o monge e o ladino lado a lado, silenciosos e se movendo o mais rápido possível pela floresta, não foi difícil alcançar o vilarejo. Era uma vila pesqueira a poucos metros do mar, como existem milhares por ai, no entanto, haviam muitas torres feitas do resto de árvores que jaziam destruídas pelo vilarejo. Havia um som de trabalho baixo, disfarçado no meio da cidade que só agora perceberam. Lee-sin e San caminhavam pela areia até caírem num fosso. Suas habilidades acrobáticas impediram ferimentos graves, eles então escalaram rapidamente, tudo indicava que outras armadilhas ao redor poderiam existir. Fugiram em velocidade para o acampamento, aonde passariam a noite.

Ablon e Arok pegaram uma curva errada na estrada, seu caminho lhes enrolou e por estarem próximos do objetivo resolveram descansar a noite. De manhã seguiram por algumas horas antes mesmo do desjejum até encontrarem um acampamento num morro que estavam subindo - mesmo depois de Arok insistir que o mar era pra baixo, não pra cima! Para surpresa dos aventureiros eles encontraram outro grupo ali presente houve um momento de tensão, porém ao explicarem suas intenções os grupos resolveram se unir.

Os dois grupos botaram suas informações na mesa, não exatamente falando quem os contratou. Quem estaria certo? Mark Silver e sua teoria sobre os minotauros desertores ou Imperator Silvanus e sua teoria sobre os goblinóides? Talvez os dois.

O druida resolveu investigar e capturar um dos soldados inimigos para ser interrogado. Ele não teve dificuldade para conseguir capturar um goblin; Bison chegou a ser perseguido por goblinóides montados em Wargs, porém usou seu controle sobre as plantas para fechar a passagem e fugir no meio da selva.

O Goblin foi interrogado e colocado pendurado numa árvore, o grupo finalmente conseguiu entender o que estava acontecendo ali. Os minotauros realmente renderam a população e começaram a vendê-la como escravos, só que não era para qualquer um, seus compradores vinham da Aliança Negra e estavam usando a vila como um porto para incursões pelo continente norte! O buraco era bem mais em baixo e eles tinham muito mais com o que se preocupar agora.

Comentários:
  • Foi interessante unir os dois grupos de PJs, isso aconteceu algumas poucas vezes na campanha até agora e todas foram em aventuras importantes para a história do jogo. 
  • Foi uma cena curta quando eu narrei, um pouco de ação e improviso enquanto o grupo planejava o que fazer, também dei a eles um mapa que eu fiz na hora do vilarejo (eu tenho minha própria versão com áreas importantes marcadas e armadilhas tbm). Eu só não postei o mapa aqui porque estou sem scanner, paciência.

Piratas!

Os dias passam no navio cheio de escravos. Sua alimentaçã era baseada em 3 refeições por dia, com alimentos energéticos, além de um banho de sol por dia. O objetivo era deixar os escravos com aparência saudável, algo extremamente valorizado pela população de Tapista, que preza a força física. Foi no terceiro dia de viagem, no horário de almoço dos escravos que se viravam com as mãos enquanto pegavam a comida de seus pratos que o capitão pela primeira vez se apresentou aos cativos. Seu nome era Janos, um minotauro com corpo atlético e chifres ligeiramente curvados.

"Piratas! Piratas estão se aproximando e se vocês pedaços de merda querem ser úteis uma vez na vida, é melhor levantarem as mãos. Quero aqueles que se julgam capazes de nos ajudar na batalha, o resto de vocês que se exploda" O capitão era rude para assustar os mais fracos, seguia Tauron e queria aqueles verdadeiramente fortes o ajudando, não um bando de pés rapados, bandidos, assassinos e estupradores. Iron ergueu as mãos e se ofereceu, outros também se ofereceram, entre eles o homem cheio de tatuagens e o outro com cicatrizes perto do elfo. Foram levados navio a cima e tiveram a visão da batalha vindoura.  O navio de Tapista era robusto e pesado, com homens fortes por todos os lados, porém não era feito para batalha (mesmo assim ainda era melhor para batalha do que os navios de outros povos), vindo em sua direção estava uma embarcação feia e remendada, porém armada com imensas balestras e canhões! Iron duvidou se aquela fora sua melhor ideia até agora.

Um dos marujos de tapista indicou aos escravos as armas disponíveis para eles naquele navio. Duas imensas massas de madeira e metal, compostas de uma espécie de cadeira e dois canhões com rasgos por todo o seu comprimento virados para o centro. Aquela coisa atirava duas bolas de metal unidas por correntes e servia para destruir velas de navios, assim permitindo uma abordagem. Os escravos também possuiam arcos em sua disposição. Iron, Dwayne (o escravo tatuado) e Walter (o escravo com cicatrizes) se uniram num mesmo canhão, Iron usaria sua visão élfica para mirar, enquanto os outros ajudavam a recarregar a arma. Nesses intervalos o elfo atiraria suas flechas.

Graças ao aparato dos Minotauros, Iron conseguiu causar um dano sério as velas do navio pirata logo no primeiro tiro. Porém, para revidar, tiros de balestras, bestas e de canhões começaram a chover sobre o navio e seus escravos. Numa manobra ousada, enquanto via escravos e marujos sendo feridos, capitão Janos colocou toda velocidade a frente, queria alcançar os piratas e destruí-los. Virotes de bestas acertaram Dwayne e Iron, Walter ileso conseguiu terminar de recarregar a arma. O elfo sentou-se e mirou o segundo tiro que foi tão poderoso que acabou derrubando duas velas inteiras do navio inimigo de uma vez!

Os escravos começaram a fazer chover flechas no navio pirata, mirando naqueles responsáveis pelas armas. Os navios se chocaram num som abafado e terrível, todos sacudiram e um tiro acidental do estranho canhão disparou contra o navio inimigo. Minotauros investiram com chifres, como animais, para então entrar em formação. Os escravos presos só podia usar arcos e armas improvisadas para se virar. A batalha não tardou e os escravos e escravistas foram vitoriosos. Como prêmio o capitão permitiu que os escravos que lutaram passassem a noite num quarto melhor. Ali finalmente uma cama boa.

Dwayne impressionara-se com o elfo e pediu ao capitão um material exótico. Como um presente ao amigo de orelhas pontudas, o escravo nativo de Khubar ofereceu ao elfo uma tatuagem, uma forma de marca-lo como o guerreiro que era.

Comentários:
  • Esta cena foi muito louca haha eu imaginei essa arma na hora que preparei a aventura (algumas horas antes da sessão). Se alguém quiser explicação para a tecnologia eu posso dar duas: É um mundo fantástico, ou, escravos goblins produziram. Ta explicado haha
  •  O jogador ganhou uma tatuagem mística que lhe rendeu um bônus de +2 de destreza.

 Táticas de Guerrilha
Shazam: Clérigo local
O grupo armou sua estratégia com base na informação do Goblin, que agora estava pendurado numa arvore próxima com a boca tapada, nem uma palavra conseguia se formar da boca do goblinóide naquela situação. A estratégia era toda baseada em táticas de guerrilha, graças a magnífica inteligência para diversos assuntos de Arok e ao conhecimento de guerra de Jaral, além de táticas pontuadas por outros, como San e Bison, se mostrou bem sólida. Eles atacariam as torres com meteoritos, o druida iria com um grupo como Ganodorf e o monge circular a cidade, enquanto San iria atrás das armadilhas e Arok e os outros atrás de um estranho navio visto no porto da cidade.

Foram Ablon e Arok com montarias pela floresta, eles ficavam em pontos aonde poderiam ver as torres de madeira e ambos conjuraram a sua própria maneira magias que convocavam uma rocha vinda do céu direto num alvo, havia muita chance de erro, porém 2 das 3 que cada um deles usou acertou em cheio a torre, destruindo-a. Depois rumaram para o navio.

San movia-se com seus passos rápidos de elfo enquanto xingava cada tentativa errada de colocar madeira, pedra ou qualquer coisa que poderia tirar a efetividade das armadilhas em volta. No canto oeste do vilarejo havia um templo montado com pedra em homenagem a faceta "padroeiro dos pescadores" de Oceano; no entanto, agora ele estava pintado com símbolos de Ragnar e montes de couro de humanoides serviam de enfeite ao umbral do templo. Bison em seu animal, Ganodorf com um poderoso cavalo e Lee-sin montado em si mesmo invadiram o local com violência, negligenciando qualquer perigo de um ataque tão direto.

Estavam no templo um grupo de Hobgolin com armas na cintura e um clérigo num altar no outro extremo da sala, ele sacrificava um  homem no vilarejo. Próximo ao seu pé estava um elfo-do-mar, talvez o antigo clérigo local, amarrado - que não fora sacrificado por medo da fúria do deus dos mares. Bison atropelou 4 Hobgoblins com sua Rampha antes mesmo deles pensarem em revidar e atacou com sua lança o clérigo. Ganodorf pulou de seu cavalo em cima de um dos hobgoblins com machado em punho e decepando-o com um golpe, enquanto Lee-sin deu uma voadora num dos goblinóides e três socos seguidos no estômago de outro! 

O clérigo foi o inimigo que deu mais trabalho, usou várias de suas magias para dificultar os avanços dos libertadores da vila, porém nada pôde fazer contra três combatentes de tamanha habilidade, até porque os seus soldados não deram nem para o aquecimento. Por fim o grupo libertou o clérigo que se apresentou como Shazam enquanto o druida curava-o. Ele foi armado com uma espada curta extra carregada pelo Bárbaro e explicou a situação, era hora de uma revolução.

Comentários:
  • As vezes é bom colocar um desafio para os jogadores sem nem pensar como eles poderiam resolver. Esta aventura foi bem aberta para a criatividade e inventividade dos jogadores desde o começo. O jeito que eles planejaram o ataque e foram sincronizando as estratégias foi sensacional.
  • O Bison sempre tirou muita onda quando usava sua Rampha para lutar, um druida bem foda e diferente.

Foz
A Cidade de Foz
A cidade de Foz é um porto bem próximo da pororoca formada pelo encontro do rio dos deuses e do Mar Negro de Arton. Parada obrigatória para aqueles que querem vender e compras escravos baratos e aonde a força do império de Tauron perde para a força do dinheiro sujo de contrabandistas. Ainda preço no navio de Tapista, agora de volta ao decrépito aposento dos escravos e com uma imponente tatuagem por todo o seu rosto, estava Iron. Ele era um elfo de poucas palavras, porém sabia que Dwayne e Walter poderiam ser companhia naquela maldita viagem.

Foi uma passagem rápida pela cidade, durou pouco mais de 2 dias, nesse meio tempo vários escravos saíram e alguns entraram no navio. Aquele que mais chamou atenção foi um homem lagardo de pernas curvadas, que reclamava na língua de valkaria e numa estranha língua nativa de ter suas pernas presas a correntes. Seu nome era Feh-Rhary e ele era de uma das várias espécies de povos trovão que povoava Galrasia. Sua presença no navio abriu os olhos dos escravistas, que aguardavam um bom dinheiro pelo extremamente exótico escravo que agora traziam consigo.

Iron trocou umas palavras com o lagarto, mas logo perdeu a paciência por ver a criatura tão agitada ali no meio de tantos outros. Porém manteve-se em seu canto, não queria inimizades ali em baixo, a situação já estava ruim o suficiente.

Comentários:
  • Este NPC é um que eu vi um jogador do Fórum da Jambo criar, achei genial e resolvi usar na campanha haha

Revolução!
Use suas armas contra eles!
O Fintroll e o meio anjo se aproximaram do grande navio, haviam seguido pela areia , agachados por baixo do porto e usando magias para se camuflarem - não eram os mais sorrateiros naquele grupo, mas com certeza tinham o trunfo da inteligência e magia consigo. Subiram ao porto e avistaram um navio cheio de minotauros e escravos com correntes e pesos presos aos pés. Ablon conjurou uma magia que fez todos caírem no sono e correu para o interior do navio. Arok ceifou a vida de alguns minotauros enquanto acordava os escravos e fazia perguntas.

Enquanto isso o abençoado de Wynna via as poderosas armas no interior do navio, uma em especial lhe chamou atenção: Uma imensa arma formada por uma cadeira de dois canhões com rasgos virados para o centro, aonde se atiravam duas bolas de metal interligadas por uma corrente. Ele subiu e avisou ao aliado, libertando os moradores e os armando, enquanto olhava com pesar para os minotauros mortos - não se via contente com matança desnecessária - enquanto isso recolheu uma papelada jogada a estibordo aonde se falava de um lugar chamado Poços de escravos. Arok sentou-se no canhão e atirou contra uma e depois duas e três torres. Apenas uma restava inteira e por uma imensa sorte, San fora até lá e matará os seus vigias.

Ganodorf libertou Wargs e montou em um, atacando com ferocidade enquanto libertava sua fúria. Bison ainda possuía algumas magias e pôde impressionar os Ogros ali presentes. San atirou até suas flechas acabarem e então desceu para assassinar o máximo de inimigos possíveis enquanto saltava de cantos obscuros. Ablon fazia chover magias, com fogo, eletricidade e névoas sobre os inimigos. Arok liderando uma turba de aldeões libertos ceifava goblins com sua gadanha, arranjando tempo para conjurar magias entre um golpe e outro. Shazam, o clérigo de oceano liberto se transformou numa feroz criatura d'água e atacou os invasores.

Foi uma luta sangrenta e feroz, os goblinóides estavam cercados e perderam números rapidamente. Pessoas do vilarejo perderam a vida no encontro, os heróis se feriram, porém cercaram o inimigo. Derrubaram os seus maiores expoentes de força e vigor, deixando apenas alguns goblins, bugbears, hobgoblins e 2 minotauros restantes. Jaral, Ganodorf e Lee-sin sorriam cansados pelo combate magnífico que os envolveu.

Vitória.

Comentários:
  • Tai uma cena tensa. Não, eu não narrei um combate épico, eu só narrei alguns ataques em busca de algo que valorizasse a história da campanha naquele momento, mesmo sendo uma manobra ousada o grupo tinha grandes chances de ganhar. 
  • Quando preparei a aventura eu coloquei numa tabela a quantidade de criaturas de cada tipo na cidade, isso ajudou a calcular a chance de vitória no final, que estava bem grande.

Tiberius

O Navio cheio de novos escravos atracou no porto de Tiberius, a capital do reino de Tapista e de todo o Império de Tauron. Tiberius é uma das maiores e mais imponentes capitais de todo mundo, deixando muitos de seus visitantes impressionados com sua belíssima arquitetura que mistura perfeitamente tons de branco, cobre, dourado e vermelho numa profusão de orgulho e potência.  A cidade é protegida por poderosas muralhas, que abrigam sua intrincada rede de vielas, ruas e avenidas, que formam um verdadeiro labirinto capaz de deixar qualquer não minotauro perdido sem um mapa (um dos bons).

Uma inovação da engenharia dos minotauros, permitia que a água de dois aquedutos fosse desviada para todas as casas da cidade. Tornando o local mais aconchegante para seus moradores livres, além disso, escravos circulavam de um lado para o outro fazendo serviços. Nesse ínterim, Iron fora levado pela cidade labiríntica até uma venda de escravos, num palco alto aonde os escravos ficavam presos num púlpito como mercadorias numa vitrine. Olhava ao seu redor e via grandes painéis de cobre aonde escravos serviam com orgulho grandes minotauros, talvez figuras históricas.

Quando deu conta, Iron estava cara a cara com um alto e forte minotauro, talvez o maior que já vira. Sua pelagem era selvagem, seu rosto bovino possuía uma bondade e selvageria inerente e estava acompanhado de um séquito de concubinas e filhos, aparentemente, que foram comprando outros escravos daquela venda. "Meu nome é Otwin, a partir de hoje serei seu senhor." Falou isso e tirou as moedas de seu bolso, pagando a quantia equivalente ao preço do elfo - nem muito alto, nem muito baixo.

Enquanto seus acompanhantes iam ao mercado comprar outras coisas, Otwin foi seguindo para a casa com Iron. No meio do caminho uma emboscada foi armada, um grupo de minotauros assaltantes cercou os dois, eles já estavam o observando desde a compra e queriam roubar o novo escravo e tudo o que o senhor carregava.

Otwin sacou uma bela alfange das costas e partiu num urro de fúria, com um corte decepou o braço e cortou o pescoço de um dos assaltantes, mandou que o escravo pegasse o arco do inimigo caído, enquanto ele ia para cima dos outros. Iron usou as poucas flechas disponíveis e a pouca mobilidade que tinha com suas amarras para dar os melhores tiros que podia, enquanto Otwin terminou de massacrar os inimigos. Por fim ele tomou o arco e as flechas do escravo, cuspiu no chão: "Tauron teria vergonha de vocês, venha comigo, Iron".

Comentários:
  • Otwin é um dos NPCs que mais gostei dessa campanha até agora e olha que fui eu que criei ahha
  • Um belo fim pra aventura do elfo escravo não?


O Pagamento

A missão fora cumprida. San entregou a carta de Silvia para Ablon entregar em Malpetrim por ele, Ganodorf resolveu que iria partir com o anjo e com o fintroll Arok, pois eles eram muito fracos para se defenderem sozinhos (que mentira!). Os aventureiros se despediram e tinham certeza que encontraram aliados para outras futuras missões, embora o seu destino os afastará, uma dia iriam se unir e trabalhar juntos novamente. O anão Ganodorf ainda pegou um dos wargs dos inimigos derrotados como sua nova montaria antes de partir.

Arok, Ganodorf e Ablon chegaram em Malpetrim, a cidade livre, e viram porque ela era a preferida de muitos aventureiros: Todos ali pareciam ser aventureiros ou trabalhar para ajudar aqueles que se aventuravam! Foram para o porto entregar a carta a Tchê, encontraram um moreau do búfalo marinheiro bem bonito que leu ela e logo depois pediu para que esperassem, então entregou uma resposta e ofereceu 30 moedas de pagamento, que já foi logo pagando! Depois disso o grupo rumou para encontrar Mark Silver, seu contratante e um dos membros do conselho da cidade.

Bison, San, Lee-sin e Jaral se apresentaram a Silvanus, eles aproveitaram para levar alguns prisioneiros, entre eles dois minotauros e alguns goblinóides que não foram linchados pelos moradores do vilarejo. O Imperator ficou satisfeito e ofecereu um prêmio a mais para cada um, totalizando 30 moedas de ouro a mais para cada, perguntou se havia mais alguma coisa, quando o grupo lhe entregou a carta sobre os poços de escravos. Ele pediu tempo para investigar aquilo, porém ficou satisfeito e disse que contrataria o grupo novamente no futuro.

Mark Silver resolveu sua própria cota de prisioneiros e também uma cópia da carta; os aventureiros explicaram que tiveram ajuda de outro grupo e que este levou a original. Ele precisaria de tempo para investigar aquilo, porém o paladino se sentiu bem recompensado ao notar que teria uma chance de dar um golpe pesado na aliança negra, depois de dar um golpe no império de Tauron. Pediu para que ficassem na cidade durante um tempo e depois se despediu deixando algumas moedas a mais pelos prisioneiros e o suficiente para pagar a estadia durante aquele tempo.

Comentários:
  • Trabalhar com objetivos secundários nas aventuras é bem legal e como não se trata de um video game, os jogadores não precisam saber exatamente quais são. É só dar uma dica ou outra...

Então galera, o que acharam? Os posts dessa nova campanha provavelmente vão sair bem maiores do que o da campanha anterior, afinal tenho que lidar com mais de um grupo e aventura ao mesmo tempo para preparar e para conta a vocês. O que estão achando da campanha? Lembrem de acessar o site, só fiquem atentos para os spoilers!

Abraços ou beijos

3 comentários:

  1. "com cicatrizes no pescoço e no pulmão direito" ?!?!?!? O pulmão tava a vista? OoO Corre negada é um zumbiiiii...

    No mais sempre muito legal de se ler, CONTINUE.

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