Hoje lhes apresento o primeiro capítulo sobre a nossa mais nova jornada por Arton. Nesta primeira aventura os aventureiros recebem uma importante missão relacionada a vila pesqueira de Kamalla, enquanto se preparam para viajar e ver com os próprios olhos o que aconteceu lá, os aventureiros tem suas próprias aventuras e desventuras nas cidades de Petrynia.
Grupo 1: Este grupo começou suas aventuras em Trandia (Petrynia).
Filipe - Ablon, Aggelus Abençoado de Wynna 1 LB: Ablon tem sangue angelical e um talento com magia de se fazer inveja. É benevolente embora as vezes repense suas ações, gosta de se gabar da sua capacidade de ajudar os outros embora isso não o atrapalhe no seu papel de curandeiro mágico.
Mateus - Arok, Fintroll Necromante 1 LN: Arok é um fintroll, ser das profundezas de arton com um passado negro. Possui uma afeição por trolls (seus primos feios), mortos vivos e por conhecimento, este o responsável por levá-lo a se aventurar pelo mundo da superfície.
Luis - Iron, Elfo Ranger 1 CN: Elfo egoísta e bom de tiro, não costuma se preocupar muito com os outros, mas também não possui paciência para ferrar ninguém, até alguém pegar no seu calo.
Grupo 2: Este grupo começou suas aventuras em Altrim (Capital de Petrynia).
Victor - Bison, Moreau do Búfalo Druida 1 NB: Bison é um moreau do búfalo criado em Arton por seus pais, treinado para lutar tão bem quanto qualquer guerreiro e para se preocupar com qualquer criatura viva pela sua família. Estes atributos tornam o moreau um parceiro ideal para qualquer aventura, embora seja um tanto calado.
Gustavo - Leen-sin, Humano Monge 1 LN: Este rapaz tamuraniano foi treinado nos maiores e mais respeitados mosteiros do mundo, sua luta é quase uma arte com extrema perfeição e eficiência. Ele almeja se tornar poderoso e um dia poder retornar a vida em seu antigo lar, quem sabe não possua um pequeno feudo ou monastério para ele no futuro.
Filipão - Jaral, Humano Clérigo de Keen 1 LN: Seguidor de keen nascido no reino de Trebuck, aonde perdeu sua família e principalmente sua irmã que o iniciou no clero para lutar contra a Tormenta. Hoje tem como objetivo unir-se a todo tipo de força, aproveitando qualquer vantagem estratégica para um dia vencer a Tormenta.
Luciano - San, Elfo Ladino 1 CN: San é um elfo um tanto chato, péssimo em dialogar com as pessoas que deseja um dia retornar ao seu antigo lar, hoje em dia dominado pelas forças de Thwor Ironfist.
Participações especiais:
Daniel - Ganodorf, Anão Bárbaro 1 CB: Este anão deixou a vida nas profundezas para uma vida de farra e perigos na superfície.
Richard Lionhear, Qareen Paladino de Khalmyr 1 LB: Um qareen que treina constantemente para um dia se tornar o maior dos desafiadores da tormenta!
Episódios Anteriores:
Site da Campanha: Desdobramentos de Guerra
Prólogo
Arton é um mundo de problemas, todo mundo sabe. Um mundo de dragões imponentes, fadas malucas, demônios guerreiros e anjos salvadores; um mundo controlado por cordas nas mãos de 20 deuses, que vez ou outra perdem o controle sobre suas crias; é também um mundo de um império elfo caído, um exército goblinóide tão perto do mundo "politizado" que podemos sentir seu cheiro; um mundo de guerras, sendo a mais recente a guerra taúrica. Porém, principalmente, Arton é um mundo de Tormenta.
1409 é o ano que nossa campanha se inicia, já se passaram 3 anos desde que uma manobra militar de extrema importância aconteceu, dividindo o antigo Reinado - uma massa de Reinos diferentes como um único império - em 3 coligações de reinos unidos por motivos próprios. Tudo começa em Petrynia, um reino conhecido por suas histórias fantásticas e heróis importantes, um local com grandes focos de resistência ao império de Tauron e sua cultura enfiada goela abaixo nos moradores do Reino.
Nos ultimos anos, inimigos começaram a se mover; como a tormenta que vem crescendo em cultos, assim como seus demônios tem se aventura em lugares distantes das famosas áreas de tormenta - bolsões alienigenas da anticriação controlados pelos Lefeu mais poderosos. Igrejas como as de Sszzas e de Kallyadranoch crescem em poder, enquanto o culto do antigo líder do panteão Khalmyr (Deus da Justiça) cresce em poder e o culto a antiga deusa élfica é quase inexistente, restando-lhe apenas o cargo como escrava de Tauron, o deus da força e dos minotauros, atual líder do panteão.
E é nessa bagunça, nesse mundo cheio de perigos pipocando em todos os cantos que nossa campanha tem início.
Comentários:
- Escolhi por começar em Petrynia pois é um de meus reinos preferidos, porém começamos em 1409 para não embolar facilmente com as aventuras da campanha anterior.
Altrim é a capital de Petrynia, uma cidade portuária de grande porte e uma das principais cidades pertencentes a rota de Vectora. Desde as guerras táuricas a cidade passou por algumas mudanças boas e ruins; suas pontes de madeira estão aos poucos dando lugar a pontes de Pedra e mármore da arquitetura táurica, os esgotos agora são completamente subterrâneos, banhos públicos e jardins que lembram labirintos movimentaram a cidade, e escolas agora ensinam o idioma dos minotauros tanto quanto o Valkar (idioma comum). Escravos desfilam com seus senhores, no geral minotauros, mas aristocratas e nobres com dinheiro de sobra gostam de comprar carne e osso como serviçais, a imensa estátua de Cyrandur Wallas - mítico criador do reino - com Khalmyr agora possui um Tauron vigilante aprovando seus aliados. Bem no centro da cidade havia a chácara do Imperator (Termo táurico para general, tradução livre), aonde ele discutia o manejo de tropas e de mercenários/aventureiros além de discutir a segurança da cidade e de todo o reino.
Era neste lugar que estavam os aventureiros, mais precisamente na sala do conselho do Imperator. Silvanus era seu nome, um minotauro de meia idade com uma barriga protuberante e músculos robustos cobertos com uma camada de pelos grossos típica de sua raça, seu rosto bovino possuía uma linha de pelos brancos que ia do seu focinho até sua nuca, passando entre seus dois chifres afiados. Vestia uma túnica branca com um broxe simbolizando o escudo do reino de Petrynia. Sua expressão era de tédio, não acreditava que os aventureiros a sua frente eram os mais indicados para o serviço, mas eles passaram pelas entrevistas preliminares, deviam ser bons (rezava para não estar enganado).
Estavam a sua frente Lee-sin, um humano monge careca e com vestes simples; Jaral, um clérigo de keen armado pra guerra, com uma brunea, espada curta e escudo; San, o mais quieto e tímido do grupo, elfo que viveu de roubos nos seus últimos anos, subestimando a própria inteligência; e Ganodorf, um anão mal encarado tão largo quanto um armário com uma carranca de desafio. Silvanus olhou no fundo dos olhos de seus convidados e explicou a missão:
Alguns batedores identificaram atividade goblinóide suspeita numa vila pesqueira a poucos dias da cidade. O nome desta vila é Kamalla e ela possui alguns soldados minotauros que não entregam seu relatório a alguns dias, tudo indica que os goblinóides atacam o local. Como uma jogada política, o Imperator decidiu chamar aventureiros para resolver o problema, oferecendo boas 100 moedas de ouro em troca da libertação da vila e de informações sobre os goblinóides. Todos os aventureiros aceitaram de bom grado. Perguntaram algumas coisas sobre a viagem e se botaram a caminha para fora da chácara.
Antes de deixarem o lugar, uma donzela de beleza exótica os parou. Ela era morena, com orelhas caídas e pontudas, chifres pequenos escondidos na cabeleira negra em trança, seios fartos e um nariz preto e redondo na ponta. Era uma minaura, uma mutação que ocorria em alguns filhos de minotauros, transformando-os em híbridos. Ela falou com animação com o grupo e dispensou os soldados, acompanhando os aventureiros até a porta. Pediu um favor para eles e jurou dar 50 moedas de ouro caso fosse cumprido. Pediu para caso os caminhos deles os levassem para Malpetrim que entregassem uma carta para um marujo que estaria lá no próximo mês chamado Tchê. Depois de entregá-la ela pagaria.
San com sua voz esganiçada pediu que aumentasse o preço e por medo dos homens a garota aceitou aumentar para 100 moedas. Negócio fechado, era hora de aproveitar um último dia naquela cidade antes da missão.
Comentários:
- Silvanus foi um NPC que eu gostei bastante de criar, não precisa de ficha para mostrar que é poderoso e imponente, além de ser um dos maiores políticos daquele reino na minha Arton.
- Silvia é uma minaura, queria usar a raça mesmo que fosse numa side-quest e taí uma side que foi legal de narrar xD Futuramente vocês verão os desdobramentos dessa carta. A família do Imperator vai continuar aparecendo com frequência na campanha.
- Os jogadores pensaram em ler a carta, mas acabaram não fazendo. Sorte deles, pois ela possuía uma armadilha de fogo para proteger de fuxiqueiros.
Trandia é o nome de uma cidade portuária de médio porte em Petrynia. Esta cidade é um dos melhores pontos, e também o mais barato, de onde saem diversos navios para Galrasia. Muitas das criaturas gigantescas e únicas da ilha são vistas eventualmente aqui, algumas são capturadas e vendidas para pessoas ricas e com dinheiro para gastar em frivolidades, como um réptil voador que não cospe fogo... Os gilhões do império de Tauron são mais frouxos aqui, a milícia não chega nem perto da presente em Altrim e os avanços estruturais (embora existentes) são menos perceptíveis. Um antro de bandidos e criaturas da pior espécie, um lugar perfeito para contratar aventureiros.
Dentro de uma taverna chinfrim sentavam-se a mesa um homem de estatura média, cabelos brancos e olhos dourados, de beleza impossível, seu nome era Ablon; acompanhando ele estavam Arok, um fintroll treinado em necromancia, muitas vezes confundido com um humano doente; e Iron, um elfo de peles negras e cabelos no estilo da grande savana, trazia consigo apenas um arco longo, algumas flechas e uma tanga. Já sentado a mesa, oculto por um longo capuz negro, estava Mark Silver um dos maiores paladinos de Khalmyr de todos os tempos. Mark falava com sua voz grave enquanto olhava para aquele grupo promissor a sua frente, segundo seus informante alguns minotauros não estavam sendo leais o suficiente numa aldeia próxima.
Minotauros pegam prisioneiros e os transformam em escravos, assim como outros meliantes, sendo assim a escravidão pode ter até data de vencimento, dependendo do crime que a gerou. No entanto, na vila de Kamalla, alguns minotauros começaram a contrabandear escravos ilegais. Aqueles que não cometeram crime algum e estavam agora os exportando para todo o império. O Paladino pediu descrição e ofereceu 100 TO de recompensa ao grupo, porém pediu que reportassem a sua missão em Malpetrim, aonde estariam mais seguros. Depois de fechar o acordo e tirar algumas dúvidas o paladino deixou o lugar, montando em seu cavalo pronto para seguir viagem.
O grupo bebeu mais um pouco e então Arok teve uma ótima ideia, olhou em volta e resolveu que queria usar um pouco do dinheiro que lhe restava para apostar. Jogar wyrt provavelmente. Ablon e Iron permaneceram na mesa, observando seu amigo limpar os bolsos dos outros jogadores, até que foi chamado para uma mesa algumas horas mais tarde num "clube de cavalheiros". Chamou seus amigos e foram juntos até lá.
Comentários:
- Muitas das minhas aventuras nessa campanha estão baseadas numa região ou cidade que pode ser explorada do jeito que os jogadores preferirem. Obviamente escrevo algumas side-quests antes, mas caso algo apareça na minha cabeça na hora eu usaria fácilmente haha
Enquanto caminhaavm pelas praças de Altrim e aproveitavam o ar de calmaria na cidade, Lee-sin, Jaral, San e Ganodorf viram algo no mínimo curioso. Um homem forte com barba e cabelos negros, usando uma armadura completa e uma grande espada nas costas. Ele possuía um pergaminho na mão e gritava para todos pedindo ajuda enquanto era ignorado. Não custava nada ver o que ele queria, certo?
"Meu nome é Richar Lionheart" dizia o paladino enquanto olhava Jaral e seu símbolo de keen, curiosamente o clérigo observava o símbolo de Khalmyr no paladino no mesmo momento. Richard era um Qareen e possuia tatuagens por todo ombro e peito, porém sua armadura não as deixava a vista. Ele contou que andou investigando um culto ao deus da tormenta e que a população andava descrente do inimigo naquele bolsão de paz no meio de Petrynia. Estava em busca de aventureiros dispostos a ajudá-lo, porém um amigo seu, Bison ainda não chegara na cidade e ele não era forte o suficiente para ir sozinho. Os aventureiros se entreolharam, alguns possuiam motivos pessoas para lutar contra a tormenta e então resolveram ajudá-lo.
Nas próximas horas, Richard contou tudo o que sabia sobre os Lefeu e o culto. Falou que eram adversário formidáveis, mas não esperava que o grupo tivesse que enfrentar um desses, talvez apenas cultistas que se entregaram a corrupção de tal forma que sua anatomia fosse diferente. Quando tenebra dominou os céus eles partiram para um beco, ergueram uma pesada tampa de esgoto e desceram para as fétidas galerias de esgoto abaixo da cidade.
Comentários:
- Essa foi uma das side-quests que eu tinha preparado para a aventura, foi legal ver os jogadores preocupados por enfrentar lefeu e também ansiosos para testar os personagens.
Arok caminhou pelo beco escuro com seus amigos, a sua frente ele viu uma casa modesta de dois andares construída em madeira. Uma porta dava para o beco onde estava, resolveu pedir para seus amigos esconderem-se num lugar próximo e fazer algum sinal caso algo ruim acontecesse, enquanto isso foi entrando no lugar. Bateu na porta, disse a senha e já chegou estalando seus dedos para jogar. Sentou-se em uma boa mesa aonde senhores claramente grandes comerciantes ou nobres de sangue gastavam suas moedas no wyrt, em meio a muita fumaça, dados e cartas.
A primeira mesa foi para o Fintroll aprender, esta era muito mais difícil do que a anterior e acabou perdendo algumas moedas. No entanto estava atento e logo na segunda conseguiu ganhar um pouco de dinheiro, recebendo metade do que perdeu na primeira rodada. No terceiro foi convidado para outra mesa, aonde se apostava mais dinheiro, teria que jogar tudo que ganhou até agora (incluindo da mesa anterior), resolveu arriscar e entrou. O jogo foi tenso e demorado, todos blefavam e alguns tentaram roubar, porém, no fim, Arok abriu seu sorriso branco quase transparente ao ter sorte e ganhar daqueles que mais entendiam de wyrt ali.
Enquanto isso, do lado de fora. Iron e Ablon conversavam sobre alguma coisa, ou era sobre mulheres ou magia, ou mulheres magicas... Infelizmente sua falta de experiência ficou clara quando não notaram o grupo de 4 minotauros entrando pela mesma porta que seu amigo entrara uma hora antes. Arok sorria com o seu dinheiro e o colocava na sacola, quando vários minotauros entraram no lugar, com armadura e armas típicas de legionários gritando em Valkar e Táurico que todos estavam presos em nome de Tauron! Arok pensou até em sacar seu gadanho preso as costas e lutar, mas viu que seria inutil e provavelmente morreria. Ergueu as mãos e largou o dinheiro.
Ablon e Iron se esconderam e já se prepararam para armar um plano capaz de libertar seu companheiro.
Comentários:
- As vezes uma aventura não precisa de premissas épicas, só o resultado das ações dos jogadores pode trazer muita dor de cabeça e cenas muito divertidas.
- Uma coisa que eu ando fazendo é narrar os erros dos personagens como importantes para a experiência adquirida ao longo da campanha. Tipo a falta de experiência citada acima.
Richard guiava os aventureiros pelo esgoto, graças a alguns pedidos, o Qareen pôde iluminar as galerias com globos feitos de pura luz. Jaral ia logo ao seu lado parar provar-se um bom guerreiro, seguido de Ganodorf e Lee-sin e lá atrás San. Durante a caminhada, o paladino explicou que o culto capturara uma mulher chamada Lucilia e que orava para Khalmyr que ela estivesse viva e segura ainda, uma de suas orações se provou verdadeira.
Chegaram a uma ampla câmara arredondada de onde 4 outros túneis convergiam. Na parede oposta ao túnel que chegaram, um altar improvisado feito de carne decomposta a cabeça de um minotauro completamente pútrida, braços de 4 raças diferentes e matéria vermelha áspera e afiada vindo de áreas de tormenta servia de apoio para o corpo empapado de sangue e suor de Lucilia. Eram 4 cultistas, que terminavam a sua oração em um idioma tão complexo que dava dor de cabeça, falaram rápido até suas línguas doerem e antes dos aventureiros puderem reagir a mulher teve sua barriga aberta por um lefeu que cresceu do tamanho de um bebe ao tamanho de um minotauro, com rosto insectóide numa mistura de quelíceras e carne exposta, duas mãos terminando em armas como uma pinça de um caranguejo e as garras de um leão.
Lee-sin correu para cima dos Cultistas ergue a perna e saltou rodopiando, derrubando dois desacordados com a potência de seu golpe. San retesou seu arco e começou a tentar cravar flechas na carapaça da criatura, enquanto Jaral, Richard e Ganodorf iam para frente com armas em punho e gargantas gritando! A criatura era terrivelmente resistente, aguentava os golpes sem se abalar e revolvida com força dobrada, Jaral tentava atrair a besta para abrir a guarda para o anão e o Qareen, o anão dava machadadas com força incrível enquanto urrava como um urso e Richard clamava por Khalmyr que abençoasse sua arma com um golpe feito para destruir o mal.
Uma flecha cravou no que parecia ser o pescoço da criatura, enquanto todos lutavam para conseguir olhar para o alvo que parecia corroer mais e mais suas mentes a cada golpe. Lee-sin cercou a criatura e começou a socá-la, porém esta girou seu quadril 180 graus e desferiu um golpe forte na tempora do monge, fazendo-o cair desmaiado no chão fétido. Jaral continuava com seus ataques tímidos e sua defesa fugaz contra a fera, enquanto Richard aproveitava o máximo de seu poder de paladino. Quando a fera desferiu seu ataque seguinte o paladino quase perdeu os sentidos e Jaral também, Ganodorf viu o lefeu como uma presa a ser abatida e lançou-se ao ar com fezes nos seus pés e o machado cada vez mais preso em suas mãos, desferiu um potente golpe que amassou o crânio da criatura expelindo uma maça cinza borbulhante que causava mais náusea que o esgoto.
A criatura fora derrotada pelo bárbaro que gritava de prazer pela luta. San correu para tirar Lucilia de suas amarras e levar os feridos para fora daquele local terrível. No meio da luta dois cultistas fugiram, aqueles iam demorar para tentar algo assim novamente.
Comentários:
- Lefeu sempre dão trabalho, não importa qual nível você esta. Para as criaturas da tormenta serem mais fortes só faltava resistência a magia, ai ia foder de vez haha
- Engraçado o garoto que só jogou uma vez matar o chefe da aventura, ele se divertiu muito. Tinha uns 11~12 anos, então sua narração era bem viva e ele imaginava cada movimento da luta antes de narrar o que ia fazer, bem legal apresentar o RPG pra alguém assim haha
Ablon e Iron seguiram os minotauros e seus prisioneiros até um prédio largo e pouco alto vigiado por alguns guardas na entrada e janelas largas que renovavam o ar do local. Algumas janelas eram bem menores, claramente aquelas destinadas aos prisioneiros, com barras de aço tão rígidas e resistentes quanto fosse possível. Ablon não conseguiria invadir o local furtivamente, tampouco possuía magias boas o suficiente para tentar, então deixou o trabalho com Iron.
Arok se acomodou na sua cela apertada 3x2 com outros dois prisioneiros (nenhum deles era um dos endinheirados que jogava com ele) no subterrâneo da instalação. Mesmo preso sentia um alivio por estar debaixo da terra e pensava em como escapar já que tivera sua boca tapada para não recitar magias e seus objetos confiscados. Iron subiu no segundo andar sem dificuldade, sua destreza élfica e o pouco peso que carregava lhe ajudou na manobra, viu-se numa sala cheira de papéis com uma porta fechada para um corredor iluminado, resolveu ir até ela.
Ao abrir a porta talhada com o desenho do minotauro o elfo ouviu som de passos, sua percepção élfica era excelente e ele era um batedor esperto. Retornou a sala que estava anteriormente e se escondeu atrás de uma mesa. Os passos foram ficando mais perto e o elfo pode ver um minotauro armado entrando na sala e indo em sua direção, ele lhe rendeu. Mas é claro, minotauros tem faro.
Quando percebeu que seus dois amigos estavam presos, Ablon perguntou para os guardas quando aconteceria o julgamento, eles informaram que seria no dia seguinte e em que lugar ocorreria, partiu para uma estalagem aonde passou a noite, aguardando a ultima chance de libertar seus amigos.
Comentários:
- Mais uma situação que encaixa no que eu falei sobre como os personagens ganham experiência. Outra cena que tive que improvisar que foi tornando a aventura ainda mais unica.
Depois de um dia de descanso e de boa comida o grupo estava pronto para sua verdadeira aventura, a vila de Kamalla. Tomaram um café da manhã reforçado, passaram a noite cuidando de seus feridos e logo na hora de partir encontraram Richard com um homem estranho nos seus quase 2 metros de altura, ele tinha a pele coberta de pelos, um cabelo grosso de onde surgiam chifres de búfalo e uma barba trançada, montava uma criatura única e bizarra, mistura de tucano, galinha da Angola e cacatua de 4 patas. Seu nome era Bison e ele queria partir na aventura com o grupo.
Richard apresentou o amigo por se sentir ressentido de não acompanhar o grupo, porém jurou que aquele era um dos mais poderosos druida que já conhecera. E seria um aliado e tanto em aventuras vindouras. Depois de terminarem de se apresentar pegaram a estrada, rumo a vila pesqueira.
Comentários:
- Bison é um personagem do Victor, ele joga pouco, porém o personagem dele é um dos mais exóticos da mesa e tem o histórico mais completo também. É uma pena ele não poder jogar tanto, mas mesmo não jogando o personagem dele ajuda bastante haha
Um anfiteatro cheio de pessoas de todas as raças gritando revoltadas ou chorando de alegria, era assim que Ablon descreveria o local de julgamento. O anfiteatro era bem no meio da cidade e graças aos clérigos de Khalmyr e Tauron presentes, qualquer prisioneiro tinha o direito de ser defendido por quem quisesse. Os devotos então analisavam e discutiam os argumentos, até dar a sentença para os prisioneiro.
O meio-anjo aguardava com ansiedade a hora que seus aliados viessem e ela chegou. Primeiro foi Arok, que veio coberto em trapos fechando os olhos com força para não ver Azgher. Seus olhos ardiam enquanto ele aguardava calado sua chance de falar, quando pôde convocou seu amigo Ablon que subiu num púlpito e começou a explicitar a "inocência" do amigo. Disse que o fintroll vinha de um lugar além de Arton e que não sabia que o jogo era proibido, que era um sujeito justo e que não teria feito aquilo caso soubesse que poderia lhe trazer problemas. Não foi muito difícil convencer os juízes que foram pegos na fala precisa do anjo. Arok estava solto. Depois de pegar suas coisas e se unir a Ablon os dois aguardaram a chance de defender o colega Elfo.
Iron subiu no pequeno palco enquanto os clérigos diziam as suas acusações, invadir um local privado e importante para o governo e aparentemente tentativa de libertar um prisioneiro. Muitos minotauros guardas o vaiaram tentando incentivar a população, mas não deu certo. Arok e Ablon subiram ao pulpito juntos e começaram a pedir atenção dos clérigos.
O elfo estava com a sua tanga (não tinha como piorar a sua roupa mesmo...) e olhava apreensivo para aqueles que decidiriam seu destino. Arok disse que o elfo não sabia o que fazia, porém o clérigo de Khalmyr disse que em todo lugar invadir propriedade dos outros é crime e invadir um prédio da lei local era bem grave; o clérigo de Tauron sugeriu que o elfo fosse levado como escravo para ser protegido. Ablon e Arok apelaram dizendo que seu amigo era deficiente e se vestia de forma estranha por problemas na cabeça, o que só favoreceu o argumento do clérigo do deus da força. Por fim um martelo chocou-se na madeira e declarou: Iron, de agora em diante, será um escravo!
Comentários:
- O que acharam do julgamento? Um começo de campanha bem animado, não é? Aguardem os próximos capítulos!
Comentem abaixo o que acharam da nova campanha e tirem suas dúvidas sobre a aventura!
Ablon? Que nome criativo pra um angelical heim?? xD
ResponderExcluirhahah foi sugestão do mestre, o jogador perguntou um nome de anjo e falei esse haha culpa do eduardo spohr
ExcluirNovamente um texto escrito com vontade! Já começou bem com “Arton é um mundo de Tormenta” :)
ResponderExcluirO que em especial agrada o mestre em Petrynia? Curti o estilo árabe de Trandia, mas faltou uma foto fodona do Silvanus hein!
Lição aprendida sobre narrar os erros dos personagens e mais um ponto positivo pelo fato de um mestre dessa grandeza topar jogadores novatos: certamente eles jamais se esquecerão de uma aventura tão bem feita e guardarão em seus corações como uma partida de RPG pode ser divertida!
Abraços ao mestre, um dos mais talentosos e esforçados que conheço, e aos jogadores!
O Silvanus tem uma imagem no site da campanha, além dele o site possui imagens de outros vários NPCs, muitos que ainda não apareceram no diário.
Excluirhttps://desdobramentos-de-guerra-trpg.obsidianportal.com/
Só dar uma olhada depois, vlw pelos elogios e continue acompanhando. Abraços!
Acabei de ver: muitas fotos mesmo de vários personagens! Bacana deixar daqueles que faleceram, dá um ar a mais de realismo! Campanha show!
ExcluirValeu Marco, fique de olho!
ExcluirMe surpreendeu, cara, parabéns! Ótimo capítulo, ótima campanha, personagens variados e adorei a ideia das side quests. A dica da progressão em experiência e dos erros dos personagens é muito útil e seu estilo de narração está cada vez melhor! Vou acompanhar sua campanha ^^
ResponderExcluirValeu, cara! Continue acompanhando que jajá vamos jogar a última sessão. Abraço
ResponderExcluirMuito bom, achei que os dois iriam se livrar fácil do xadrez, parabéns, "assisto" sempre que dá, as campanhas.
ResponderExcluirE mestre, quanto você demora em média para concluir a produção de uma campanha? Você tem alguma postagem que trate do assunto aqui no "Mais de Mil Dados"?
Minhas campanhas geralmente demoram um ano, a de 3D&T q ta rolando atualmente deve durar 6 meses, por causa da diferença de um sistema pro outro. Não deixe de ler a outra campanha também haha
ExcluirSobre postagens de organização da campanha, acho que minahs dicas estão dentro dos diários, sobre uma postagem sobre isso eu não lembro de ter não, mas tem tanta coisa aqui que as vezes até esqueço haha
Abraços!