domingo, 17 de fevereiro de 2019

Diário de Campanha Império de Jade: Episódio 3 - Os Aventureiros sem alma


Opa, como vão? Dia de um diário de campanha aqui no blog. Para você que não sabe, estou me aventurando a mestrar o sistema Império de Jade, uma pequena variação do Tormenta RPG já conhecido pelos leitores do blog. A mesa é presencial e tenho lançado os diários a cada duas semanas, aproximadamente.

Vamos para os dados então.


O Sentai:

Gabriel - Hangô, Humano Onimusha 2 Desonrado: caçador e aventureiro experiente nas terras estrangeiras, já viveu com muitos povos e aprendeu a controlar sua mácula da tormenta. Uma tamuraniano com atitudes de Gajin. Talvez o seu verdadeiro potencial ainda esteja escondido.

Nariz - Aoi Hono, Mashin Kensei 2 Honesto: Mashin construído para servir o antigo clã matsui, ficou uma década num prédio, sozinho, aguardando as ordens de seus senhores. Enquanto isso, os akumushi (tormenta) nasciam e desapareciam em Tamu-ra.

Caio - Kadanba Lila, Vanara Monge 2 Honrado: esse macacao saltitante e cheio de citações vivia num templo com outros monges. Um dia, no entanto, todos haviam desaparecido. Ele hoje busca o que restou de seus antigos nakama.

Herbert - Kazuzo Acata, Hânio Shinkah 2 Honesto: ainda sem história.

Yuri - Kojiro Mishima, Ryuujin Samurai 2 Digníssimo: Membro de uma família de renome que descobriu atitudes desonradas do pai. Escolheu andar pelo mundo a serviço de pessoas honradas para limpar o nome da família e pretende retornar quando puder comandá-la.


Episódios Anteriores:
Episódio 1 - Os Desígnos da Honra 
Episódio 2 - A Ruína Bakemono


Ikimashou!


O Pudim Negro


Foi mais de um dia na escuridão opressiva daquela câmara de caverna. Havia um cheiro de mofo e umidade desconfortável no local, o sentai aproveitou para ficar conversando, estavam todos sem energia desde a última luta e preferiram ficar encolhidos num canto. Hangô foi o único a sair do acampamento, andava furtivo ignorando os puxões de orelha dados por Kojiro por suas técnicas.

Retornou a tempo de descansar, com alguns Yan de cobre no bolso e um mapa do segundo andar que achou num corpo. Todos dormiram, ao acordar se viram surpreendidos. A luz das tochas não alcançava o corredor, ouviram um grito e notaram que a escuridão não era natural e atacava um bakemono (Goblin). O companheiro do pequeno já estava morto. Kadanba logo avisou que era um pudim negro, enquanto a besta gelatinosa se aproximava devorando tudo no caminho.

Tiveram que fugir, alguns se atrapalharam mas estavam sempre cuidando uns dos outros, apesar das brigas. Salvaram o Goblin e correram para o cômodo da batalha do dia anterior. O cheiro era horrível.

Kadanba usou seus conhecimentos do monastério wu-li para conversar com o humanoide monstruoso. Kojiro viu que era alguém desonrado e se recusou a ficar perto da conversa. É um samurai bem dramático, se está incomodado todo mundo sabe, faz cena. Os outros estavam atentos, não podiam entender a conversa, só achavam interessante as capacidades do vanara.

O goblin contou que o lugar tinha muitos monstros diferentes, incluindo Akumushi e Kaijin. Ele contou também que já foi usado de esconderijo de bandidos, dando direção para o objeto do sentai: encontrar objetos de arte. Disse para terem cuidado, pois haviam corredores alagados. O baixinho foi solicito e até ofereceu mais ajuda, todos recusaram dada a falta de honra do mesmo. Misto de preconceito e cautela.

Subiram para o primeiro andar e pegaram um corredor que não haviam explorado ainda, mas estava marcado num dos mapas que encontraram. Deixariam a exploração das camadas mais profundas daquele labirinto para o futuro. Houve uma incongruência nas informações do bakemono, haviam dois corredores inundados, qual seria o verdadeiro?

Aoi Hono, o mashin, tinha peças soltando faíscas, estava fraco. Porém, era o único que não precisaria respirar, mergulhou e investigou os lugares. Numa das câmaras, que era a menor, encontrou correntes enferrujadas pendendo do teto com corpos esqueléticos. Um deles trajava uma O-yoroi com o símbolo do clã que servia, os matsui. Recolheu o corpo e armadura juntos, iria dar um enterro digno para o ancestral.

Foi então para o segundo túnel. Lá encontrou um salão amplo e irregular, enfeitado com prateleiras, tapetes e quinquilharias. Era o lugar certo, voltou e avisou os amigos que avançaram com ele. Foram poucos incidentes no caminho, só é importante lembrar que no começo da carreira qualquer incidente pode ser mortal.

Comentários:
  •  Graças as explorações e o tempo que passaram na câmara, considerando mais de 20 horas parados e depois 8 de descanso, rolei várias vezes minha tabela de encontros. O povo reclamou que eu considerei que o pudim tava atacando eles, o que forçou eles a fugirem.
  • Na verdade eu só não rolei iniciativa porque queria dar uma chance, deixar o bicho atacar ia matar alguém e destruir vários equipamentos com certeza. 
  • Nessa sessão o Gabriel faltou, o Hangô virou um Aliado guardião iniciante temporariamente. Dei até opção de 3 aliados possíveis que poderia ser hahah o povo queria que ele desse bônus maiores, mas geral ta nível 2. 
  • O Goblin foi parte do encontro aleatório também. Os jogadores não tinham escolhido idiomas ainda, tática básica de escolher de acordo com o que precisar hahaha Mas é justo, principalmente num grupo de iniciantes do sistema.

Contra os Aventureiros


Aquele salão cheio de objetos roubados foi esconderijo de uma antiga trupe de bandidos de Tamu-ra. Por estar abandonado há 20 anos, muitos de seus tesouros haviam perdido o valor. Ainda assim, encontraram objetos de valor, resquícios da cultura antiga que seriam de grande valor para o império. Receberiam 300 yan de ouro pela missão, mas cada um dos objetos valia muito mais do que isso.

Enquanto guardavam jarros, ídolos e outros objetos, ouviram um baque alto. Havia algo estranho no salão escuro. Logo descobririam o que era. Um sentai formado por quatro começou a atacar o grupo de várias frentes diferentes. Era formado por um Ryuujin Monge, um Nezumi Bushi, um Hânyo Wu-jen e um Mashin Samurai. Todos estavam nus, tinham olhos completamente brancos e eram pálidos - no caso do mashin, suas luzes eram fracas ou apagadas. Kojiro não pode sentir honra em nenhum deles, eram como animais ou yokais.

O combate testou o grupo taticamente, foi necessária uma mistura de habilidades de todos para derrotar um a um os aventureiros inimigos. O Ryuujin inimigo caiu em sono profundo graças aos encantos de Kazuzo. Kadanba e Kojiro lutaram contra o Nezumi, acabando com ele num golpe mortal do vanara. O hânio inimigo causou grandes problemas, voava numa pequena nuvem dourada e encheu a sala de fumaça, até atacou o grupo todo com uma magia de fogo num momento, fato que fez Aoi muito feliz. Havia muito tempo que ele não se curava. O Samurai surgiu da água com uma naginata e com um golpe derrubou Kazuzo, ele ficou desacordado até o fim do combate.

Uma vez vitoriosos, era hora de partir. Todo o encontro foi muito estranho e um mistério, talvez aqueles eram os aventureiros que exploraram o lugar antes do sentai. Aoi pegou o corpo com O-yoroi e Hangô pegou o corpo amarrado do monge Ryuujin. Ele se debatia e gemia, só que era como um bicho aprisionado. Levariam ele para a cidade.

Depois de algum tempo conversando e de nadarem de volta pela passagem, chegaram ao salão central do primeiro andar, onde havia uma lagoa e vários oonokamis - caranguejos gigantes ou canceronte no idioma artoniano. Olharam para cima e viram uma luz natural fraca vencer os cem metros que separavam aquele cômodo da entrada das ruínas. Estavam planejando o que fazer, quando Kojiro saltou e escalou sozinho. Levou uma corda encontrada no esconderijo dos bandidos e amarrou a corda deixada pelo grupo alguns dias antes. Agora seria mais fácil subir, mas não menos demorado.

Aoi foi escalando, passou por Kojiro até chegar lá em cima e encontrar um rolo com cem metros de escada. Era construída com ripas de madeira entre duas cordas. Desceu tudo e puxou a corda do grupo. Todos subiram. O samurai ficou lá em baixo, queria derrotar um Oonokami e vender para compensar as famílias dos aventureiros. No entanto, não esperava que a besta caranguejo era forte demais para ele. Com dois golpes ele quase desmaiou e teve que correr escada acima para se salvar.

Depois de muita zoação dos nakama, atravessaram a cortina d'água e puderam apreciar o ar puro e a miríade de cheiros e cores de uma floresta. Era bom sair de um ambiente opressivo depois de tantos dias. Passariam o dia ali colhendo comida para viagem, espetos de peixe eram tipicamente bons para sentai como eles.

A viagem de volta não durou muito e foi quase sem encontros. Ainda bem, já que Aoi provou para o grupo que até um mashin podia dormir, ele é um péssimo vigia. Num dos dias Kojiro foi surpreendido com a visão de um dragão celestial voando pelos céus, sentiu-se agraciado por Lin-wu, diziam que a visão dava sorte.

Outro encontro digno de nota foi com uma caravana do clã Tokugawa. Era o clã que criou o estilo de duas espadas, conhecido por ser bem despojado e misturar palavras em ningo e varukaru enquanto falam com sotaque forte. Conversaram com o líder da comitiva, um shugenja que contava sobre um torneio na cidade de Ryuu'ken. As concubinas e servos que o acompnhavam indicava que era uma figura importante.

Muitos do grupo pareciam animados com a possibilidade de testar sua força e desafiar membros de clã para provarem-se honrados. Aprenderiam muito, com certeza. Até mesmo Kadanba que muito falava parecia ter mais gosto pelo combate do que demonstrava.

No próximo dia, chegariam a cidade de Shinkyo.

Comentários:
  • Resolvi unir a saída da Ruína Bakemono e a viagem de volta numa cena só para facilitar, assim acho que vou dar foco nas cenas mais importantes.
  • A luta foi bem divertida. Como de costume, o primeiro movimento dos jogadores foi ficar chorando que o encontro era difícil. Até que eles foram vitoriosos e falaram que foi fácil! Herbert caiu num ataque e não quis usar sua honra para se curar, não queria levar outro ataque e cair de novo, isso gerou discussão.
  • Embora pareça uma estratégia válida, falei que nada me impede de atacar quem está desarmado, ainda mais com ataques em área. Por sorte, para acertar o grupo que estava de pé não pude acertar ele também.
  • O Kojiro fugir foi muito engraçado ahaha todo mundo ficou chamando ele de desonrado e tal, mas o Yuri entrou na onda e agiu como se o personagem tivesse numa grande crise, até se recusando a comer.
  • Para caçar eu usei um desafio de perícia do Manual do Malandro de exemplo. O herbert fez uma outra versão com Conhecimento (Natureza) para achar comida vegetariana pro Kadanba. 
  • Pra falar a verdade eu nem lembro se eu dei nome para o cara do Clã Tokugawa. Achei legal como a galera empolgou com a ideia do torneio. Agora que eu considero que o tutorial da campanha acabou e o povo vai ter liberdade para ir e fazer o que quiser, ver eles se empolgado me deixa cheio de ideias para outras aventuras.

A Maior de Todas as Honrarias

O Imperador e o sumo sacerdote
Estava o sentai numa sala gigantesca cujo chão de madeira muito bem encerado brilhava. Pilares e mosaicos desenhados na parede representavam momentos mitológicos da história de Tamu-ra, no centro da sala havia um véu esbranquiçado e do outro lado ficaria o imperador. A alta-magistrada Kanemi e um séquito de funcionários ficavam no canto da sala. Todo o grupo estava em posição de referência com a cara no chão.

Ouviram uma voz fina chegando, ela até dava uma desafinada, como a de um jovem prestes a entrar na puberdade. Era o imperador Tekametsu, agora reencarnado num corpo de criança de não mais que 10 anos. Ele era muito mais despojado e cerelepe do que esperavam, o que causou um alivio e dúvida no grupo. Como alguém tão jovem comandava a nação? Kojiro estava emocionado e se recusava a olhar para o imperador. Kadanba chorava de emoção e se jogava aos pés do mesmo. O chão bem encerado ajudou na hora de separar o vanara do semi-deus.

Tekametsu agradeceu o sentai por suas ações, falou com pesar dos perigos da nova Tamu-ra e de como era importante ter aliados naquele momento. Ele comentou que alguns cometeram crimes e não deveriam receber nada pela missão, mas dada a importância resolveu aumentar o pagamento, o que deixou o dinheiro do grupo desnivelado. Ele e Kanemi acordaram de presentear o grupo com uma Pena de Hinotori, item mágico capaz de trazer uma pessoa morta recentemente de volta a vida.

Todos sentiam-se honrados, até mesmo aqueles que não se preocupavam tanto com isso, como Kazuzo e Hangô, sabiam que estavam sendo reconhecidos por alguém de grande importância para esse e outros mundos. O imperador depois deixou o grupo, disse que teria uma reunião com um viajante importante que chegaria logo mais. Aoi imaginou que seria Vectorius, estava certo, a cidade de Vectora se encaminhava para Tamu-ra e chegaria num futuro próximo.

Kanemi agradeceu o grupo e conversou com todos. Já haviam resolvido algumas coisas previamente. Ela se encarregou de investigar a armadura e o corpo trazidos por Aoi e o aventureiro sem honra foi colocado no grande templo de Lin-wu da cidade. Ela comentou que agora estava numa busca por artefatos do antigo círculo dourado, os antigos conselheiros do imperador. Um de cada raça. Foi ai que explicou o estranho fenômeno que ocorria com sua voz. As vezes ela soava como uma mulher adulta, as vezes como um homem de meia idade, as vezes como alguém andrógeno. Seu corpo era um depósito das almas do antigo círculo.

Trocou mais algumas palavras com o grupo, citando que a cidade nezumi de Krrat'karr devia estar próxima de um antigo artefato. Mas tinha poucas informações. Pediu para o sentai entrar em contato caso ouvisse falar de qualquer pista possível e se despediu. Finalmente, desde que chegaram no novo império, poderiam explorar sua capital.


Comentários:
  • Para cortar gordura, narrei que rolou um corte de cena como de star wars para começar o encontro com o imperador. Para quem não conhece, eles parecem que são feitos no power point.
  •  O herbert que é o cara que fala japonês e manja mais da cultura japonesa ficou reclamando de umas coisas, normal ahha
  • Para mim, interpretar o imperador como alguém contido não teria graça. Já que ele é tão poderoso e honrado, mesmo jovem, acho interessante colocar ele bem infantil. Isso balanceia com o seu poder e inteligência, até porque ele estaria conversando com um dos maiores magos de Arton alguns minutos depois.
  • A frente Os Tesouros do Círculo Dourado está rolando já. Como a ideia é uma campanha aberta, cabe aos jogadores encontrá-los ou não e vai ficar a disposição deles devolver os artefatos imediatamente ou usá-los enquanto vão encontrando.

Filler





Shin'yumeng, ou shinkyo, a nova capital, era uma cidade moderna. Em meio a bosques e florestas de vegetação típica tamuraniana e clima subtropical, surgiam pagodes e prédios, estátuas e portais. No porto, juncos iam e voltavam trazendo comércio e pesca. A cidade era bonita, o sentai já sabia disso, agora podiam ver através da beleza e conhecer seus detalhes.

Cada um daqueles tamuranianos tinha seus próprios objetivos na cidade e poderiam explorar o lugar com calma até se sentirem confortáveis para partir em viagem. Sabiam que seja qual fosse o seu próximo destino, precisariam vencer muitos dias em ermos. Por isso, aproveitavam o que podiam de civilização, naquele lugar que unia Arton à Tamu-ra.

Aoi Hono, tinha como prioridade o corpo que trouxe da Ruína Bakemono. Kanemi ofereceu ajuda a ele e prometeu que lhe daria informações logo sobre quem era o dono da armadura. Também aproveitou para encontrar um homem do clã Tokugawa numa casa de chá, seu nome era Cho e ele pediu para o mashin que conseguisse ingredientes alquímicos com Kappas para poder salvar sua mãe de uma terrível doença. O kensei estava entre a honra e a ética. Não deveria negociar com seres desonrados, mas matá-los não parecia certo. Aquela missão seria um segredo seu e ele decidiria o que fazer no futuro.

Hangô foi abordado por uma criança e convidado a visitar o Izakaya do mashin chamado de Lua de Prata. Deveria levar Aoi e Kadanba com ele para um encontro misterioso. Deu de presente para a criança um couro que conseguiu em suas caçadas, valia um bom dinheiro. Com seu jeito seco, foi atrás de Motomoro, um Kaijin que também explorou a ruína bakemono. O monstro rubro tinha ferimentos que jamais seriam curados, era amargurado e tratado com preconceito. O onimusha sabia como era isso e acabou arranjando um amigo. Contou de sua aventura e de como levaram um de seus antigos companheiros para o templo de Lin-wu. Aquela atitude bondosa teria recompensas no futuro.

Kojiro tinha objetivos simples, gastou dinheiro para quitar uma dívida que conseguiu ao conseguir um cavalo para si. Também comprou algumas coisas com o dinheiro que tinha - coisa que todos os outros também fizeram uma hora ou outra. Foi no templo rezar e meditar, pedindo desculpas por sua fuga de combate. Acabou conhecendo a shugenja Chotoko, conhecida de seus nakama. Também se certificou que estava tudo certo com o aventureiro que trouxeram.

Kazuzo se divertiu olhando a cidade, saltitante. Se alongava aqui e ali, via tudo com curiosidade. Acabou ouvindo falar de um campeonato num karaoke, uma banda que tocaria para quem quisesse cantar. Chamou Kadanba para ir com ele. Também foi convidado por uma senhora chamada Masako para livrar seu Izakaya simples de maus espíritos.

No campeonato de Karaoke, Kadanba e Kazuzo viram uma hânyo empolgada chamada Sayuri apresentando a modalidade. Ela gesticulava muito e fazia formas de v com os dedos sobre os olhos. A dupla se saiu muito bem, até se embebedaram um pouco de saquê para vencer suas vergonhas. Numa última rodada acirrada, o vanara venceu, entoando mantras do monastério Wu-li. Prometeram se encontrar no Izakaya antes de dormir.

Hangô e Aoi aguardaram Kadanba que chegou ligeiramente bêbado. Todos entraram, recepcionados pelo mashin manco de voz modulada. Levou todos até sua sala mais chique, lá dentro encontrariam um conhecido trajando roupas nobres de detalhes absurdos. Suas mãos estavam invertidas num corpo de tigre. Era Dio, o Rakshasa. Como monge, Kadanba não permaneceu nem por um momento. Pediu desculpas e se retirou. Os outros dois conversaram um pouco, Dio parecia suave, oferecendo mil Yan de ouro para cada por tê-lo salvo, ofereceu outras coisas também. Os aventureiros se recusaram e queriam se retirar. Antes disso, o onimusha disse que recusaria o dinheiro e aceitava que Dio não fizesse mal aquela cidade como pagamento. O monstro disse que não estava em seus planos. Depois do encontro de embrulhar o estômago o grupo se dividiu novamente.

Uma última desventura ocorreu no Izakaya simples. Kazuzo enrolou seu amigo monge para ambos dormirem num quarto que diziam ter maus espíritos. As pessoas que dormiam no lugar acordavam sem ar e temiam morrer em poucos dias. Para investigar isso, o Shinkan usou um jutsu para fazer o companheiro dormir magicamente.

Mais tarde, um yokai conhecido como Yamachichi entrou saltitando como um mico no quarto. Ele tinha uma cabeça em forma de tigela e corpo de mico com bunda despelada. Hangô estava curioso com tal criaturinha e resolveu conversar, perguntando porque usava o lugar e se o que fazia matava. Era inofensivo, só se alimentava de ar, o que causava um mal-estar que logo passava. Seu maior perigo era mesmo o susto. Enquanto conversava, sentou no peito do vanara adormecido. Nessa hora ele acordou e num salto deu dois socos no bicho que quase desmaiou, ele gritou para o bicho não voltar ali e o saltou.

Kazuzo estava triste por perder o pequeno amiguinho Yokai. Kadanba se recuperava do susto e viu que atacou uma criatura indefesa. Independente do que aconteceu, foram recompensados, podiam dormir no Izakaya simples de graça como pagamento.


Comentários: 
  • Cada um dos jogadores rolou testes de obter informação, acabei usando isso para falar umas side-quests que eu tinha preparado para a cidade e deixei cada um escolher duas cenas que iria fazer no primeiro dia na cidade. Isso deu bastante destaque a todo mundo, menos o Yuri, mas faz sentido pro personagem dele.
  • Caio e Herbert zoaram muito na parada do Karaoke, ficaram falando que eram os reis do Filler. Dei até uma colher de chá e não tirei honra por usar atuação pra ganhar dinheiro. 
  • Rolou muito roleplay nessa sessão, o Herbert falou que foi a que mais gostou. É divertido ir criando o cenário e seus personagens com cenas simples e rápidas. Ainda estão no nível 2, mas agora o mundo evoluiu bastante. Vamos ver como os jogadores vão agir nas próximas sessões.


Dio, o Rakshaza
Mapa da Ruína bakemono, feito a mão, foi mal a baixa qualidade

Fichas


Nezumi Kensei: Nezumi Kensei 1, Nulo; Pequeno, Desl. 9m; PV 23; PM: 5 (Limite 1); CA 14; Corpo-a-corpo: Tetsubo +6 (3d6+3); Faro, visão na penumbra, Arma eleita (tetsubo), Técnica de luta; Fort +3, Ref +5, Von +1; For 17, Des 17, Con 17, Int 12, Sab 13, Car 10, Hon -

Perícias e Talentos: Acrobacia +7, Iniciativa +7, Intimidação +8. Foco em Arma (tetsubo), Ataque Poderoso, Arma exagerada.

Equipamentos: Tetsubo obra-prima grande.

Hanyô Wu-jen: Hanyô Wu-jen 1, Nulo; Médio, Desl. 9m; PV 10; PM: 15 (limite 10); CA 11; Corpo-a-corpo: ataque desarmado -1 (1d3-1); Espírito Livre (+4 contra restrição de movimento), Poder Salvador; Aprendiz da Mente, Percepção Elemental, Raio Elemental; Fort +2, Ref +1, Von +3; For 8, Des 12, Con 14, Int 20, Sab 12, Car 19, Hon -

Perícias e Talentos: Conhecimento (Arcano) +8, Enganação +8, Identificar magia +12, Intuição +5, Percepção +5, Sobrevivência +5. Abrir chacra (inteligência e carisma),

Jutsus: Básicos (CD 15) – Nuvem veloz, Leque de chamas, camada de gelo, bomba de fumaça , Face horripilante.


Ryuujin Monge: Ryuujin Monge 1, Nulo; Médio, Desl. 9m; PV 19; PM: 5 (1); CA 18; Corpo-a-corpo: Ataque desarmado +4 ou +2/+2 (1d6+3); Honra Superior, Resistência Celestial (Eletricidade, Fogo e Frio), Visão no Escuro, Dano desarmado, Rajada de Golpes, sexto sentido e Técnica de luta; Fort +7, Ref +9, Von +7; For 16, Des 14, Con 16, Int 10, Sab 16, Car 8, Hon -

Perícias e Talentos: Acrobacia +6, Atletismo +7, Diplomacia +7, Iniciativa +6. Casca grossa, Rigidez raivosa.

Mashin Samurai: Mashin Samurai 1, Nulo; Médio, Desl. 9m; PV 21; PM: 7 (4); CA 11; Corpo-a-corpo: Naginata +7 (1d12+8 mais 1d6 de fogo, x3) ; Construto, Imunidades (atordoamento, doenças, enjoo, fadiga, luz, paralisia, trevas, sono e venenos), Quase Vivo, Sem cura, Cura elemental (fogo), Visão no Escuro; Devoto de Lin-wu, detectar desonra, Espadas Ancestrais +1; Fort +3, Ref +1, Von +5; For 19, Des 12, Con 13, Int 10, Sab 17, Car 8, Hon -

Perícias e Talentos: Acrobacias +5, Iniciativa +5, Ofício (Metalurgia) +4, Percepção +7. Devoto de Lin-wu, Ataque Poderoso, Golpe com duas mãos.

Equipamentos: Naginata flamejante.


Mais um diário, galera. Espero que estejam curtindo o formato mais curto. Quando tiver mais informações vou adicionando por aqui para vocês saberem como é minha preparação e vou dando dicas de como é mestrar o sistema que ainda tem bem pouca informação por ai.

Abraços ou beijos

Um comentário:

  1. Aaaaah, eu tava empolgado pra ver o mapa, mas a qualidade não ajuda kkk Ademais, ótimo diário, essas partes de calmaria são realmente muito legais pra dar um ar e desenvolver os personagens fora da ação

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