quinta-feira, 5 de julho de 2012

De NPC...

Saudações, meus filhos! Sou eu, Assamita, vosso assassino amigo! Venho aqui para mais uma dica aos mestres e jogadores: NPC's. Muito se fala deles, mas pouco se faz. Então, vamos arregaçar as mangas e fazer!



Sou muito questionado, como RPGista, sobre o que acho acerca dos NPC’s. Bem, eu os acho essenciais para uma campanha. O bom mestre os coloca sobre as seguintes condições: ajudar ou atrapalhar a campanha. Como assim, Assamita? Vou mostrar alguns exemplos, sobre a perspectiva mais perfeita de todas, em minha opinião: o Universo de J.R.R.Tolkien. Então, acompanhem conosco mais uma dica.


Vamos prestar atenção, porque isso é importante!



Você já leu O Hobbit? É claro que já! Você se lembra do Gandalf? Ele sempre sumia, e só aparecia de novo outra hora, ou quando os anões tinham se salvado, ou quando estavam perdendo feio. Mas, mesmo assim, nem fazia muita coisa...

Gandalf é um Istari. Uma raça criada por Ilúvatar. Existem/existiram 5, e os conhecidos através do cinema foram Gandalf e Saruman. Gandalf é um mago muito poderoso, e age como conselheiro dos homens. Ele não pode lutar em batalhas, caso contrário, a história não teria graça. Ele luta hora ou outra, e faz algumas intervenções durante a história, mas nada muito grande. 

Gandalf seria o NPC do tipo: no meio da confusão, ele desaparece, e só reaparece quando os jogadores estão encurralados. Isso é algo que precisa ser muito bem avaliado pelo Mestre: quando os jogadores fazem besteiras! Normalmente, os Mestres só catalogam um plano de fuga, e tudo o que os jogadores podem fazer para se livrarem das encrencas, teria que ser apenas por esse meio. Mas, o problema é O MEIO É SEMPRE O MESTRE QUEM FAZ, E NEM SEMPRE É ALGO PROVÁVEL! Raios, como o jogador vai saber que a m**** da chave está no estômago do bicho? Não poderia ter uma dica? O que falta são as dicas dos Mestres. Se o raio da chave está na barriga do monstro, por que não dizer algo como: 
"Ele possui uma marca na barriga. Ao ver, você percebe que é uma cicatriz, um ponto. Parece que a barriga dele foi recém-costurada, e ainda está fresca, sangrando levemente."?
Ou qualquer coisa do gênero... 
Mas, onde o Gandalf se encaixa nisso? Simples, Mestres: se o Mestre disser que o monstro possui essas características, Gandalf não precisaria aparecer...

Mas, de qualquer forma, um Gandalf, hora ou outra, não atrapalharia...

E o Aragorn? Ah, ele é o herói épico! Nunca corrompido! Coloca os outros, por vezes, em condições mais elevadas do que as suas, sendo ele o herdeiro de Isildur, assim, o verdadeiro rei de Minas Tirith e de Gondor. Inclusive, Elrond fala com ele: "Pare de bancar o guardião e seja quem você nasceu para ser." (ou alguma coisa assim...) Ele é honrado, capaz, habilidoso. Usa uma espada, a Narsil,e é um poderoso Guardião.
Aragorn seria um NPC perigoso de se lidar. Por que perigoso? Ele pode tanto ajudar, quando atrapalhar. Ele costuma tirar armas de tudo quando é canto, além de ser muito habilidoso, e veloz, e ser um excelente Guardião, ou Ranger, e ser muito honrado... Ele tem atributos positivos demais, sendo um personagem, digamos assim, perfeito.
Em uma campanha, um personagem assim deveria aparecer poucas vezes. Apenas para orientar, contar histórias, mostrar o caminho, ser o guia. Na hora da batalha, mantê-lo afastado do calor do momento. Deixá-lo na dele... Caso contrário, ele roubaria toda a cena, como alguns outros.

O Legolas é um caso delicado. Um elfo-cinzento, um sindar (na verdade, acaba se tornando o príncipe deles) muito hábil com o Arco e a Flecha, além de ter uma aljava que faz as flechas multiplicarem a cada uma que ele lança. Ele atira, atira e atira, e elas nunca acabam! Allah, será que o diretor do filme não viu isso? Só naquele Olifante lá ele gastou umas 40!
O caso do Legolas é algo que o Mestre precisa de prudência. Como colocar um personagem tão épico assim na aventura? De maneira pensada. Sabemos que ele pode matar um trilhão de Orcs com uma única flecha, mas quando um personagem assim estiver na aventura, tire o foco dele quando houver batalhas, por exemplo. Separe as coisas: deixe os jogadores se divertirem também. Deixe os jogadores num canto da batalha, enfrentando uma dúzia ou mais de Orcs, e Legolas matando os outros 200... É um caso delicado, porém não impossível.

Gimli. Ah, Gimli! Eu morro de rir com esse Anão! Ele tem sempre os comentários mais engraçados ou irônicos! Uma cena dele no filme que eu adoro encontra-se na versão extendida, no filme 3, quando Aragorn, Legolas e ele vão nas Montanhas daqueles soldados-fantasmas. Ele entra na caverna, morrendo de medo. Tem uma hora que uma mão de fumacinha levanta, e ele começa a soprar a fumaça. Quando ele vê que ficou para trás, ele grita "Legolas! Legolas!" Um anão correndo atrás de um elfo!
Ou aquela parte em que o Gimli, Legolas e Aragorn são encurralados por Éomer, e, quando este diz para aqueles se apresentarem, Gimli diz "Diga primeiro o teu nome, senhor dos cavalos, e então eu direi o meu."
Em uma aventura, o Gimli seria um personagem gostoso de lidar. É habilidoso, sim, mas não tem o mesmo destaque que o Legolas. Ele é leal e companheiro, além de muito engraçado. Use personagens assim sem problemas, e cuidado para não abusar: lembre-se que a cena é dos jogadores, e não dos NPC's.

Quando ao Ned Stark Boromir, não posso falar muito. Filho de Denethor II, Regente de Minas Tirith, é um habilidoso guerreiro. Mas, embora Sean Bean seja um excelente ator, todos os personagens que ele faz são idiotas... E Boromir é um deles. É um guerreiro valente, e protegeu Pippin e Merry até sua morte contra os Uruk-hai. Numa vez, recurepou a cidade de Osgiliath dos ataques de Mordor.
Em uma aventura, um NPC assim poderia ser muito útil. Leal, guerreiro, forte, valente... Só não deixarem ele fazer besteiras, e nem roubar a cena. Combinem bem as coisas, juntem os NPC's direitinho, e tudo ficará muito bom.


Agora, um NPC perigoso, muito perigoso, é o Gollum. Em tempos passados, ele matou o primo que tinha achado o Um Anel. Durante 500 anos, ele o possuiu, e o Anel o corrompeu. Depois, ele perdeu o Anel... Ele quer, a todo custo, recuperar o seu "precioso". 
Um personagem assim pode envenenar os jogadores. Ele deve ser visto como um ser miserável, digno de pena, mas que será o guia dos jogadores. Ele os conduzirá, e, ao mesmo tempo, tentará matá-los. Um personagem assim seria muito mais interessante que todos esses que nós vimos até agora. Por que? Ora, ele não atrapalharia em nada o desempenho dos jogadores: só os objetivos. Um personagem assim que seria bom para uma partida épica de verdade! 



Espero que tenham gostado, amigos. Eu preparei essa ideia com bastante atenção, e acredito que, mesmo assim, deixei passar algumas coisas... Mas, comente, critiquem, adicionem ou retirem! Vós sois os Mestres! Todo o Mestre deve ser livre para moldar uma campanha da forma que quiser, e colocar os personagens que achar mais apropriado. Mas, essas são as opiniões de um RPGista e Mestre não muito bom, mas que adora rolar os dados!
Até mais, e fiquem com o sorrizinho do Gollum:
Até a próxima, pessoal! Que Haqin os ilumine, e que seu Manto proteja todos vocês!

2 comentários:

  1. muito bom esse artigo!!!!! muito bom mesmo!!!! to salvando em pdf agora XD!!!!! passei de nivel so de ter lido !!!!!!

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    1. Obrigado, amigo! Espero que esse artigo possa ter ajudado! =]

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