E ai!? Hoje é dia de diário de campanha aqui no Blog. Em primeiro lugar, vou pedir desculpa pela demora. Formei na minha faculdade recentemente e estou estudando pra um mestrado, o tempo ta curto. Agora, devo agradecer por vocês que nos acompanham. Graças a vocês, consegui publicar uma aventura na Dragão Brasil!
Na postagem a seguir, vocês vão ler o resumo dos acontecimentos de várias sessões da minha campanha. Muita treta já aconteceu e a campanha já acabou. A minha ideia é fazer um one shot mês que vem como um epílogo da campanha. Vocês tem suas teorias sobre o que vai rolar nessa sessão?
Sem mais enrolação, vamos lá!
O Grupo:
Tiago - Hykaru, Moreau do Coelho (Henge) Cavaleira do Panteão (Azgher) 11, NB: Antiga integrante do grupo de aventureiros, enviada pela igreja de Azgher para auxiliar o Imperador Tekametsu em sua busca pelas esferas de Lin-wu.
Tilipe – Daysuke, Humano Jiang-Shi Cruzado de Tenebra 10/Guerreiro 2, CN: Devoto da Deusa da noite que desceu de Vectora em Tamu-ra, após ver dois ex-companheiros vampiros serem derrotados por outros servos de tenebra e alguns aventureiros. Hoje, Daysuke busca o lendário vampiro que suga a alma das pessoas que dizem viver no império de Jade. Ele pretende se tornar um vampiro também, como todo grande servo de Tenebra.
Gustavo –Tien Suanm, Elfo-do-Céu Nobre1/Samurai das Nuvens 7/Arqueiro 4, LN: Membro de uma raça abastada e raríssima a qual muitos consideram como anjos ou demônios. Tien é um exímio arqueiro que abandonou seu lar, pois não seguia a tradição marcial de sua família. Sendo filho do imperador Tekametsu, foi destacado para auxiliar na busca as esferas.
Denoel – Breareus, Meio-elfo Vassalo 13, LB: Filho de um tamuraniano com uma elfa. Antes de sua mãe perder a vida na batalha derradeira dos goblinóides com os elfos, enviou o jovem filho para Tamu-ra para servir o clã Nobunaga e se tornar um samurai um dia. Seu pai também está morto, porém a honra do clã não deixaria o jovem sem lar. Se tornou um pagem e agora deve subir na hierarquia provando-se digno, enquanto serve Son Goku, seu mestre.
T'challa, Hengeyokai Abençoado de Lin-wu 11 LB: Enviado de Lin-wu para auxiliar Breareus. Acredita nas missões e segue ordens do meio-elfo, mas não consegue evitar a discordância quando o paladino se preocupa mais com suas questões pessoais do que salvar Tamu-ra.
Soldados de Breareus: Humanos Samurai 4, LN/LB: Soldados do clã Nobunaga que servem a Breareus.
Pedro - Yusuke - Humano, Samurai da Montanha 11, LN: Um samurai de uma família que cultua o Deus Menor conhecido como Espada Deus. Suas habilidades sempre foram úteis ao Imperador, que sempre ajudou sua família. Foi destacado por Tekametsu para auxiliar na busca pelas esferas.
Luciano - Kakashi (Nome Verdadeiro: Urik) - Elfo, Ladino 5/Sedutor 3/Swashbuckler 3/Lenda Urbana 1, CN: Fugiu de Lenórien e resolveu se esconder de Vectora durante uns anos. Precisando de um novo lugar para se esconder, desembarcou em Tamu-ra, assumindo um nome falso. Esconde seu rosto e sua aparência, fingindo que não é um elfo. Todo o seu disfarce, na verdade, esconde o trauma por perder a sua nação.
Filipão - Belrick - Qareen, Swashbuckler 1/Feiticeiro 10, CB: Um Qareen grandalhão que gosta de viajar o mundo e vive a vida a base de jogatina e farra. Tem um grande objetivo de se tornar poderoso como os maiores arcanos de Arton, se espelhando em Vectorius, pretende ter sua própria moradia voadora.
Mateus - Alvo, o Alquimista - Humano, Mago 10, LB: Formado na academia arcana que acredita que a magia deve ser ensinada para todos. Uma dádiva de Wynna que deve ser dada para todos. Ele viaja pelo mundo em busca de novas magias e rituais e pretende usar suas magias para enfrentar aqueles que usam a magia de forma ruim.
Episódios Anteriores:
Episódio 1 e 2 - Os Heróis dos Nonin
Episódio 3 - A Guerra e a Peste
Episódio 4 - Os Servos de Tenebra e o Caminho até o Clã Nobunaga
Episódio 5 - A Serviço do Clã Nobunaga
Episódio 6 - Os Arautos do Peixe que quer ser Deus
Episódio 7 - Encontro com o Ki-rin
Episódio 8 - O Mais Doce dos Beijos
A Aventura a seguir ocorre entre o dia 22/Pace/1389 e dia 3/Altossol/1389
Bora ler!
Sombria
Um aventureiro típico de sombria |
O Clérigo de Tenebra se sentia revigorado, a transformação em Jiang Shi fortaleceu seu corpo e mente, mesmo que agora não estivesse mais vivo. Estar no mundo de sua Deusa padroeira fortalecia seus poderes ainda mais, dando-lhe acesso a poderes a milagres que apenas clérigos mais próximos a deusa tinham acesso. O elfo e o qareen, no entanto, estavam enfraquecidos no local. Magias de luz não funcionavam, forçando-os a recorrer a tochas para iluminar o caminho em que a própria grama parecia querer feri-los.
Explorar outro plano exigia precaução, diferente de Sora - que você vai conhecer daqui a pouco - Sombria era hostil com os vivos e qualquer combate traria ferimentos que dificilmente seriam curados. Durante os vários dias de sua viajem, os aventureiros tiveram que aprender a contornar as fraquezas de Daysuke e interagiram com mortos-vivos que viviam em vilarejos de lápides. Belrick chegou a dar sangue para um mendigo vampiro que era aleijado.
As magias de metamorfose de Belrick permitiram ao grupo atravessar desafios, como uma planície inteiramente tomada de arame farpado. Kakashi usava de sua lábia para negociar com os mortos e foi responsável pelo desconto em armas reforçadas compradas pelos aventureiros. O vendedor era um anão que montava num imenso javali cheio de baús. Sua cerveja era a melhor que Belrick jamais tinha provado.
A viagem acabou culminando numa grande cidade murada e protegida dos perigos externos chamada de La Noche. Lá, foram recepcionados por uma cidade vazia, evacuada. Um rato gigiantesco, maior que um prédio de dois andares, atacou o grupo. Durante o ataque, um punhado de arroz caiu no chão, Daysuke não lutou até contar todos os grãos. Por sorte, um trio de caçadores ajudou os aventureiros.
Ludwig (Paladino), Gregor (Pistoleiro Arcano) e Masamune Date (Samurai) eram caçadores, aqueles que lutam contra as trevas no mundo da deusa da noite. Ao perceberem que Daysuke era um Jiang Shi, houve tensão. Kakashi então interveio e conseguiu manter a paz, em troca de ajudar o trio com um grupo de centauros-aranha. A luta contra os centauros ocorreu na praça da cidade, as criaturas não eram particularmente fortes, mas conseguiam dissipar magia com facilidade, o que causou problemas para o grupo.
Os caçadores deram informações da chamada Torre dos Demônios da Pólvora. Os mestre da burocracia infernal eram aqueles que saberiam livrar Daysuke dos fardos de sua maldição, fortalecendo-o ainda mais. Tudo não passava de um engodo.
Daysuke conheceu os demônios de braços alongados e muitas bocas, sentiu o cheiro vibrante de sua pólvora e foi surpreendido com uma escolha. Deveria aceitar um contrato de retornar para Sombria e lá ficar para sempre, assim que concluísse sua missão. O clérigo se recusou, aidna buscou ajuda de uma bruxa antes de partir daquele lugar, mas o custo era alto.
Todos voltaram para Tamu-ra com um gosto amargo na boca. Ficaram mais experientes e tiveram sua percepção de mundo transformada, ao verem outro mundo gigante e com suas próprias criaturas, mas não conseguiram seus objetivos. A transformação de Daysuke deveria bastar.
Comentários:
- A minha principal inspiração para Sombria é o jogo Bloodborne. Até os caçadores que apareceram na história são baseados em NPCs do jogo, pelo menos em sua narração.
- O rato apareceu como uma piada para zoar o Filipão, que uma vez narrou um rato com o tamanho, segundo ele irrelevante, igual ao de um ônibus hahaha
- O grupo ainda retornará para Sombria, mas isso fica para o próximo diário (que eu juro que vai demorar menos pra sair do que esse).
Sora - E o Dojo
Horror Blindado |
A missão era simples: encontrar um Dojo lendário, onde venceriam os campeões dos cinco elementos para conseguirem sua esfera. A viagem seria calma, Alvo pediu para descansarem enquanto ele estudava para poder teletransportar o grupo pelo mundo sem riscos maiores. Durante esse período, Tien e Breareus foram os responsáveis por compras os suprimentos do grupo, inclusive negociando pequenas esculturas de cada aventureiro para alguns comerciantes Nezumi - homens-rato.
O lugar que estavam era uma imensa tenda com uma escultura de madeira que lembrava a cabeça de um cavalo. Uma Henge égua chamou a atenção de Breareus, que ficou horas conversando sobre montarias com ela. Um vendedo possuía uma grande mochila cheia de mochilas de carga menores penduradas, vendia de quase tudo. A sensação era de férias, o lugar aconchegante lembrava uma visão bucólica de Tamu-ra, diferente dos desafios do monatério do Monte Kyubi. Mas não deveriam demorar.
Alvo foi capaz de teletransportar o grupo perfeitamente para a entrada do monastério, mesmo que fosse inexperiente com esse tipo de magia ainda. O dojo ficava numa pequena ilha, no delta de um imenso rio. Suas muralhas antigas e abandonadas eram pintadas com afrescos e seu portão principal era vermelho como sangue. O primeiro desafio ocorreu no portão.
Onis atacaram os heróis, lideram Varghars e Cabeças fantasmagóricas de Onis. Os Varghars tinham um veneno em sua mordida que impedia a pessoa de se curar durante muitos dias, um deles conseguiu ferir gravemente o braço de Yusuke. O samurai não deixaria a missão, então arrancou o próprio braço e continuou lutando. Todos ficaram impressionados com a sua atitude.
Uma vez que o combate foi vencido, era hora de explorar o Dojo. O pátio era dividido em dois por uma grande muralha com uma única porta, a única forma de abri-la era destruir um imenso tronco de madeira com um golpe marcial; os aventureiros foram nesse portão mais tarde e venceram esse desafio. Outros prédios ocupavam o patio, cada um com o seu segredo e tesouros. Conseguirem coisas como armaduras, armas mágicas e um cajado com o poder da luz.
Onis e mortos-vivos espreitavam a todo o momento e uma dezena de combates ocorreu no local. Inclusive um contra um Nue, figura mítica de um tigre imenso que controla a eletricidade, Tien e suas flechas mataram a criatura, sem a intervenção dos outros. Num momento, Yusuke vestiu uma armadura possuída por um demônio. Para venceram o monstro, tiveram que ferir o samurai, que gritava para incentivar os amigos. Por fim, como prova da vitória, o samurai passou a vestir a armadura do demônio.
O verdadeiro desafio veio com o tempo, depois de um dia de luta e exploração. Num prédio com piso de palha havia uma estátua de um dragão dourado, na sua boca estava a esfera. Seu corpo possuía 5 símbolos, cada um representando um elemento (fogo, água, terra, metal e madeira). Assim que a estátua foi tocada, o desafio começou.
Três elementais anciões surgiram, um de fogo, outro de água e um terceiro de terra. Eles eram tão poderosos que quase mataram os aventureiros. Alvo teletransportou todos para longe, todos foram curados e passaram um dia revendo as estratégias, a fé dos aventureiros ficou abalada e muitos acharam que não haveria forma de vencer.
Porém, quando retornaram melhor preparados, os aventureiros logo conseguiram superar as resistências e poderes dos inimigos. Tien e Alvo voavam longe do alcance dos inimigos, enquanto ajudavam aqueles que ficaram no chão. Quando o primeiro elemental caiu, um dragão verde que representava a madeira surgiu em seu lugar, o perigo aumentou. O último elemental era um samurai feito de metal puro. O combate terminou com Alvo e Tien gravemente feridos, enquanto seus amigos estavam desmaiados no chão. Uma verdadeira prova do poder dos heróis.
Quando todos acordaram graças a algumas poções e posteriormente os poderes curativos de T'challa, resolveram tocar a estátua novamente. A boca do dragão abriu, a esfera caiu e se desfez. Era falsa... Seus inimigos já haviam conseguido recuperá-la, tudo foi em vão.
Todos voltaram para Tamu-ra, comendo um bolinho de arroz mágico entregue pelos monges do Templo. A vitória tinha gosto de derrota, mas era inegável o quanto tal desafio foi importante para o crescimento dos heróis.
Comentários:
- O local com a cabeça de cavalo eu me inspirei no Zelda, da pra ver que fiquei bem empolgado com o jogo ultimamente né?
- Uma sessão acabou sendo baseada na compra e venda de itens, os aventureiros acabaram ficando com vários itens mágicos bons que continuaram rendendo bem depois dessa aventura.
- O Denoel ficou puto que desmaiou 3 vezes num encontro aleatório contra esqueletos, mas não ganhou XP. Tudo porque eu tirei críticos demais e costumo jogar tudo aberto.
- O macete para derrotar os guardiões era fazer uma tática de guerrilha, matar um, ir embora. Voltar no outro dia e matar outro... Até acabarem todos.
- A surpresa da esfera não estar onde deveria pegou todos os jogadores de surpresas e deixou eles com raiva dos vilões (e de mim, lógico).
- Como eu tinha muitos jogadores, costumava deixar aqueles que não estavam jogando controlando os monstros durante os combates, para manter todo mundo engajado. Costuma funcionar aqui, já tentou fazer isso?
Amigos Unidos
Hykaru acordou, penteou o cabelo e as orelhas e vestiu sua máscara, seu kimono e sua armadura. Aquela armadura, feita para quem luta através das artes marciais era um presente de Azgher (ou Amaretarsu, em Tamuraniano) para sua devota. Sonhará que um dia lutaria contra as trevas e que o destino do império de Jade estaria em suas mãos um dia, ela estava certa.
A igreja de Azgher disponibilizou a moça para os serviços do Imperador Tekametsu, que acreditava que seus servos precisavam de reforços em sua missão na busca pelas esferas de Lin-wu. Mais uma vez a jovem estaria ligada àqueles que fariam a missão, mas sua participação foi curta e acabou antes mesmo dos aventureiros que iniciaram tudo chegarem a capital Yamadori.
As tropas avançavam. Wei foram derrotados, os Tokugawa tinham aliados em Arton e ganhavam terreno, lutando com o que sobrava dos exércitos inimigos. Wu se dividiam na luta contra Tekametsu e Tokugawa; enquanto Nobunaga lutava contra o imperador por honra. Os aventureiros se encontraram no meio deste conflito, mais uma vez.
O ponto de encontro era a capital dos Tokugawa. Todo o reino estava em marcha, a população se movia para a capital em busca de comida e talvez a chance de lutar - melhor que morrer de fome. Um visitante ilustre havia desembarcado a pouco na cidade: Skhar, o Dragão Rei Vermelho. Todas as armas eram confiscadas e enviadas para o exército Tokugawa. Belrick chegou a perder algumas posses numa patrulha, nada demais.
Foi então que houve uma jogada de mestre, os aventureiros descobriram que a esfera dos Tokugawa estava em algum lugar das montanhas sanguinárias. A ideia inicial era invadir a cidade e descobrir onde ela estava e depois viajar para lá. Mas foi quando Alvo percebeu que os rivais que buscavam a esfera estavam na cidade que a solução surgiu na cabeça dos aventureiros: Eles não iriam para a cidade.
Breareus encontrou Oichi e seus subordinados. Agora que todos estavam unidos e visivelmente mais fortes, optaram por reunir-se em Yamadori, a capital. Lá entregariam as esferas que encontraram até agora para Tekametsu e usariam um pergaminho raro de Desejo Restrito que possuíam para teletransportar diretamente para o lugar onde encontrariam a esfera. Depois de Alvo e Daysuke usarem suas magias e comandarem os soldados para viajar até as Montanhas sanguinárias (uma viagem que demoraria um mês), todos foram para a capital.
O encontro com o imperador foi místico, como sempre. Breareus teve a verdade sobre seu passado revelada: ele era um filho bastardo do irmão de Oda Nobunaga. O imperador ofereceu abrigo político para o samurai e sua esposa graças às vantagens políticas que aquilo traria. Então, apresentou a todos a nova aliada deles, Hykaru.
A noite foi de distração, precisavam descansar um pouco e engolir as derrotas e mudanças no status quo do grupo. Daysuke agora era um morto-vivo; uma nova aliada que seguia o deus (a) do sol; a viagem para Arton. Belrick felizmente conseguia distrair a todos com sua bebedeira, mas até ele parecia mais sério agora e evitada beber demais.
Quando a hora chegou, todos se encontraram com Alvo que recitou seu desejo e fez com que todos viajassem milhares de quilômetros num instante. Estavam em Arton.
Comentários:
- O Tiago começou a campanha com a galera, mas teve algumas questões que fizeram ele parar. Agora ele está de volta e jogou com a Hykaru até o final da campanha. Como ele escolheu fazer uma cavaleira do Panteão, eu aproveitei para revisar umas coisas na classe que ficaram muito fracas, como os pontos de cosmo.
- A ideia de não invadir a região dos Tokugawa foi genial e colou muito com a ideia da campanha funcionar como um imenso sandbox. Só pra lembrar, como até então não existe um livro sobre Tamu-ra, muita coisa foi criada na mesa, com regiões, NPCs e povos.
- Se fosse a uns anos atrás admito que ia ficar bolado com a criatividade dos jogadores de evitar algo que preparei, mas na verdade fiquei aliviado com o adiantamento haha a campanha já tava me cansando bastante nesse ponto.
- Bem, fica a questão: como seria fazer invasões furtivas e lidar com intriga contra um Dragão que está dentre os seres mais poderosos de Arton?
- O Luciano na hora deu uma reclamada que o imperador quebrou o mistério sobre o passado de Breareus (personagem do Denoel). Mas era necessário, a campanha estava caminhando para o seu final e não era justo manter o personagem às escuras, tanta coisa importante para ele precisava acontecer a partir daquele ponto.
O Ninho do Dragão
Imagem de FF XIV, usei de base para o meu desenho da Dungeon |
O lugar era talhado na própria pedra e tinha símbolos que representavam o clã Tokugawa: um triângulo com outro menor de cabeça para baixo dentro. O portão era extremamente pesado e exigiu a força sobrenatural de Daysuke e a força marombeira de Yusuke para ser aberto. Lá dentro muita escuridão e poeira aguardava os heróis.
Logo no primeiro cômodo, Kakashi abriu uma porta imensa com uma tranca desafiadora até para um ladino experiente como ele. Assim que foi aberta, um Nue - imenso tigre com cauda de serpente e poderes elétricos - saltou sobre o grupo. Eles o derrotaram rapidamente, mas muitos já haviam se ferido. Aquele era um sinal do que encontrariam lá dentro.
O Corredor próximo à entrada tinha um grupo de 5 estátuas que representavam monges em diferentes posições de meditação. Interagir com elas não teve efeito algum. Seguiram então mais adentro no local. Hykaru se propôs a fazer o mapa do lugar, enquanto magias iluminavam parcialmente o ambiente. Mais tarde descobririam que o templo tinha 3 andares imensos com pelo menos uma dezena de cômodos cada um.
Eventualmente ouviram uma voz que não era passível de ser definida pelo sexo. Ela fez com que os heróis tivessem alucinações terríveis e desativou seus poderes mágicos temporariamente. Tal evento ocorreu muitas vezes na dungeon. Foi num desses momentos que o documento sobre o passado de Breareus saltou das coisas de Kakashi; um combate entre os aventureiros quase aconteceu, mas a jovem Hykaru conseguiu colocar panos quentes.
O objetivo da exploração não tardou a se revelar. Ao encontrarem um monge mumificado com uma aura azulada. Um dos aventureiros o tocou, sentindo-se fraco logo após, enquanto assistia o corpo do monge se desfazendo como cinzas azuladas. Haviam 5 destes no lugar, cada um foi tocado por um aventureiro diferente.
Durante a exploração, encontraram muitos itens poderosos e monstros terríveis. Como nagas, Trolls xamãs, Nues e cabeças de Onis. Mas o maior desafio do lugar foi um imenso portão que era aberto quando duas correntes pesadas eram puxadas. Daysuke conseguia puxar um lado sozinho, enquanto os outros se uniram para puxar o lado oposto. O problema era que ao largar as correntes o portão se fechava.
Depois de uma hora de muita discussão, optaram por deixar Kakashi para trás, eles voltariam e usariam magias para atravessar o lugar. Mas o elfo era esperto e cosneguiu achar seu próprio caminho, destrancando portas e achando passagens secretas. Inclusive negociando com Nurikabes - uma espécie de Yokai que comumente se disfarça de parede.
O momento de maior desespero durante a exploração, no entanto, ocorreu por acaso. Ao encontraram uma área secreta, os heróis avistaram um outro monge. Mas era uma mulher! Diferente dos outros, ela estava mais bem conservada. Seu corpo ficava numa pequena ilha num cômodo alagado. Daysuke num primeiro momento teve medo de entrar no lugar.
Belrick começou a conversar com a mulher, ela não respondia. Ele sabia q ela estava ouvindo e muitos começaram a tentar fazê-la responder. Quando foi tocava, uma onda se espalhou e desacordou muitos dos heróis, eles acordaram uma hora depois. O grupo insistiu, a segunda onda então veio, muito pior que as outras. A mulher urrou um: "CALEM A BOCA". Imediatamente, Alvo, Belrick e Kakashi caíram mortos no chão. Daysuke correu para os amigos e teletransportou todos para Sombria e de lá para o templo de onde viera Hykaru, onde pôde salvar os seus amigos. O custo foi alto, no entanto. Tenebra viu a atitude como uma traição e retirou os poderes de clérigo de seu servo.
Breareus reagiu ao grito de outra forma: Sacou uma katana e correu para a mulher, gritando um poderoso Kiai que destruiu a existência da monge. Algumas horas depois, os aventureiros falecidos haviam voltado a vida e foram teletransportados de volta para o templo. Continuaram seguindo a exploração, ainda mais temerosos e enfraquecidos.
Comentários:
- O Pedro tinha encontrado um braço de ogro, a gente mudou pra Braço de Oni pra ficar com cara do cenário.
- Usar uma dungeon assim, em que os jogadores tem que desenhar o mapa para não se perderem já cria uma graça por si só. No caso, a magia Mapear só permite ver o mapa durante um período curto de tempo, então o mestre pode colocar o mapa que fez na mesa e deixar um cronômetro pros jogadores copiarem, obviamente proibindo celulares haha
- Essa foi uma das grandes Dungeons da campanha, sendo o desafio final que os jogadores enfrentaram antes da chefe final. A ideia era deixar todos os desafios semiprontos no início, mas tive que atualizar bastante o conteúdo pelo poder dos jogadores e pela quantidade de personagens na mesa. Um único monstro acabava sendo fácil demais de derrotar por eles.
- Cada monge tocado e ativado causava um nível negativo, o lugar ficava mais difícil a cada passo dado.
- A atitude do Tilipe de perder os poderes para salvar os amigos foi muito nobre e tensa, um verdadeiro momento épico na mesa. Mas foi engraçado que na hora que deu a merda, um ficou jogando a culpa para o outro. Mais um ponto pro Tilipe por agir ao invés de pensar.
A Batalha pela Esfera
Nameless King, um dos chefes do Dark Souls 3 e minha inspiração para a batalha |
Assim que todos atravessaram, o portal sumiu. Os heróis foram recepcionados por 5 gigantes com arcos muito bem posicionados pelo campo: dois numa torre em pedaços e outros três no gramado, longe demais para os heróis chegarem antes de algumas flechas ferirem os seus corpos.
Foi o momento que exigiu mais tática dos aventureiros em toda sua carreira. Belrick manipulou o caos e se tornou praticamente intocável, sua energia mágica o tornava resistente a ferimentos e seu tamanho lhe fazia um alvo convidativo, o que ajudou os outros a fecharem a distância contra os gigantes. Mas aquele era apenas um pedaço do desafio.
Um dragão azul passou voando e rugindo, invocando uma tempestade de trovões e energias arcanas que protegiam seu corpo e de uma guerreira tamuraniana armada com uma lança e magias. As investidas do Dragão e suas magias intercalavam entre um herói e outro, todos viram a morte de perto uma dezena de vezes durante aquele combate.
Hykaru corria com sua armadura, como se ela não fosse nada. Parecia se mover tão rápida quanto o som. Os gigantes davam trabalho, mas eram pouco ante sua capacidade marcial sagrada. T'challa se provou um dos maiores curandeiros de Tamu-ra no combate, remendando ferimentos mortais com uma simples oração. Breareus demorou, mas ao chegar na torre, derrotou cada gigante rapidamente com dois golpes em cada.
Yusuke era lento, mas feriu o dragão; uma vez que Alvo conjurou uma magia que fez com que a besta caísse da segurança de seu voo. Daysuke era o mais poderoso ali, travou golpes contra a lanceira e o dragão, mas era ferido facilmente. Sua regeneração e resistência vampíria não era suficiente, principalmente quando sua inimiga conjurou cura completa em seu corpo, que quase foi desintegrado no processo.
Com metade dos aventureiros caídos, Daysuke venceu o combate para todos. Ele escalou o poderoso Dragão azul e rendeu sua cavaleira. Na ameaça de um golpe mortal, ela se rendeu. O grupo então recebeu a esfera de Lin-wu. Ao toca-la, voltaram para o templo.
O desafio dos Tokugawa foi o mais difícil que enfrentaram, parecia que o clã era o mais paranoico quanto ao poder das esferas e optou por guarda-las bem demais. Aquele desafio provou mais uma vez que os heróis eram poderosos e seriam capazes de salvar Tamu-ra. Porém, o tempo estava acabando. Antes de concluirem a viagem de volta, a capital ainda enfrentaria um cerco.
Era hora de levar o combate até os inimigos, uma aposta para conseguir as esferas restantes e devolvê-las à Tekametsu.
Conclui no Próximo Diário
Então, o que acharam? Desculpe mesmo pela demora, me formar me deixou um pouco mais atarefado que o dê costume... Deixe seu comentário sobre as aventuras! E pra justificar um cadinho a demora, só a dungeon final desse diário demorou um mês para ser vencida, então dê uma colher de chá, ok?
Abraços ou beijos!
Eu sempre faço esse lance de engajar os jogadores cujos personagens estão fora de cena, fazendo eles controlarem os npcs. É bem legal, todo mundo participa! No mais, campanha foda!
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