quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Diário de Campanha Império de Jade: Episódio 1 - Os Desígnios da Honra




Koni'nichiwa! Como vão vocês? Hora de começar um novo diário aqui, comecei uma campanha de império de jade recentemente e resolvi iniciar uma nova onde de postagem em que comento minha campanha. A ideia é escrever com uma frequência maior, mas em compensação meus posts vão ser mais curtos e com menos conteúdo, talvez apenas algumas fichas e informações sobre o que apareceu na sessão.


O Sentai:

Gabriel - Hangô, Humano Onimusha 1 Desonrado: caçador e aventureiro experiente nas terras estrangeiras, já viveu com muitos povos e aprendeu a controlar sua mácula da tormenta. Uma tamuraniano com atitudes de Gajin. Talvez o seu verdadeiro potencial ainda esteja escondido.

Nariz - Aoi Hono, Mashin Kensei 1 Honesto: Mashin construído para servir o antigo clã matsui, ficou uma década num prédio, sozinho, aguardando as ordens de seus senhores. Enquanto isso, os akumushi (tormenta) nasciam e desapareciam em Tamu-ra.


Caio - Kadanba Lila, Vanara Monge 1 Honrado: esse macacao saltitante e cheio de citações vivia num templo com outros monges. Um dia, no entanto, todos haviam desaparecido. Ele hoje busca o que restou de seus antigos nakama.

Herbert - Kazuzo Acata, Hânio Shinkah 1 Honesto: ainda sem história.

Yuri - Kojiro Mishima, Ryuujin Samurai 1 Digníssimo:ainda sem história.



Ikimashou!

Chegada na capital




Um grande Junco se aproxima da ilha principal do arquipélago de Tamu-ra. O navio que havia partido da cidade de Collarthan, em Sambúrdia, traz vários gaijins e nativos para o novo império. A ilha vai ganhando forma a medida que os dias se passam e é no último dia que já é possível avistar a baía de Shin'Yumeng, ou Shynkio. A nova capital.

Ao desembarcar, aqueles três viajantes perceberam que estavam num lugar familiar, mas diferente. Todo o império foi destruído quando a tempestade Oni-ame chegou, trazendo seus demônios insectoides de outra dimensão, os Akumushi. 15 anos se passaram, até que um cavaleiro de Arton juntou um exército capaz de derrotar o lorde akumushi e enfim permitir que a ilha voltasse a ser habitável. Nos próximos 5 anos, esforços conjuntos de vários grupos, incluindo poderes mágicos, divinos e jutsus, permitiram que aos poucos a ilha se tornasse mais uma vez Tamu-ra.

Porém, era como viver a lembrança de um sonho. A capital e cidades antigas já não existem mais, hoje, o novo império de Jade é um reflexo criado a partir das lembranças daqueles que viveram no passado, das pinturas e obras dos artistas e de parte do reino de Sora (plano de Lin-wu).


Em meio a isso, os viajantes puderam andar pela capital. Uma shugenja em treinamento esperava por eles no porto. Em sua placa estava escrito o nome dos três, que se conheciam apenas de vista. Hangô, Aoi e Kadanba. Com ela, puderam andar pela capital um pouco para aguardar seu encontro com o Imperador, que ocorreria dentro de 2 dias. No dia do encontro, os outros viajantes, Kazuzo e Kojiro, chegariam de navio.

A capital do Império, Shynkio, é uma cidade cosmopolita moderna, com muita influência dos reinos distantes e ocidentais de Arton. Sua influência e liberdade é estranha para os Tamuranianos mais antigos, mas ainda é muito distante para um artoniano típico.

Aqui todos são aceitos, na medida do possível, o que cria uma visão colorida numa cidade construída a poucos anos. Talvez sua variação racial e cultural se compare à distante Malpetrim, por sua posição como um porto para aventuras exóticas.

Seguiram então, andaram pelo centro Chuushinbu até o templo gigante de madeira conhecido como Meiyo'dera. Durante a caminhada, receberam alguns yari de ouro da shugenja. Seu nome era Shotoko Thaisi, vinha de família nobre e estava em treinamento. Durante a conversa, descobriram alguns problemas relacionados a espíritos yokai na cidade. Queriam ajudar a moça -  mesmo que o vanara Badanga desconfiasse que ela mesma podia ser um yokai - porém havia um problema. As investigações dos monges e clérigos indicavam que o centro do problema estava a dois dias de viagem, eles não poderiam perder o encontro com o imperador.

Shotoko sugeriu de resolver as coisas sozinha mesmo, mas o trio parecia interessado em ajudá-la. Graças a argumentações de Kadanba, que recebeu algumas dicas de Hangô e de Aoi, conseguiram alguns Bariki para apressar a viagem. Não sabiam o que eram Barikis, mas aceitaram.

Assim que Shotoko voltou do interior do templo, carregando dois cavalos feitos da mesma perícia de artesão que fabrica os semelhantes ao Aoi, todos se impressionaram. Não se lembravam de tal engenho e puderam sentir orgulho daquele que era o seu povo.

Partiram em viagem.

Comentários:
  • Esse foi o início da primeira sessão, até agora jogamos duas. Acho que eu estava meio travado ainda, deve ser por narrar para um grupo diferente e começar um sistema novo.
  • Mesmo que império de jade seja semelhante ao tormenta, suas pequenas diferenças me confundem mais do que jogar um sistema muito diferente, como DW ou vampiro, por exemplo.
  • O caio tem umas atitudes aleatórias as vezes, como eu tava interpretando a Shotoko e ele gostou de ficar testando Intuição, ele quis tentar adiantar um plot twist que não existia haha por isso acabou achando que ela era um yokai também.
  • As interações foram bem legais, o roleplay ta fluindo bem e já tivemos situações engraçadas, como o Vanara abraçando a mulher para testar a sua teoria. Acho que o fato de termos atores e ter uma mesa formada apenas por psicólogos vai permitir algumas situações interessantes ao longo da campanha.

O Templo em estase temporal


A viagem foi rápida e sem maiores problemas graças às montarias Bariki. Shotoko assumia a posição de curandeira do grupo (aliada curandeira iniciante), visto que aqueles viajantes não possuíam capacidades místicas.

Investigaram a mata, procurando quaisquer coisa fora do comum numa floresta. Hangô saiu na frente como batedor, usando seus anos de treino para perceber a presença de monstros na área. Atrás de uma moita percebeu uma vegetação avermelhada, cor de sangue, poucos metros depois encontraria um templo abandonado em meio a mata. Pedras estranhas saltavam os olhos na região, uma análise mais profunda revelou o material: eram restos em decomposição de akumushi. Demoravam anos para perder seu aspecto quitinoso e terrível.

Todos juntos avançaram pela área, sentindo uma mal estar, como um leve enjoo, o que não parou seu avanço. Na verdade, aquele mal estar era um resquício de um jutsu poderoso em ação na área, sorte que a tenacidade do grupo permitiu que avançassem.

Logo na entrada perceberam uma dezena de ofudas - papiros com dizeres sagrados, semelhantes a pergaminhos - eles diziam algo como "nada entra, nada sai" e estavam colados a reforços de madeira num portão em pedaços. Chegaram a observar as estátuas de cão-leão ao redor e os objetos de metal enferrujados, mas optaram por entrar. Hangô tomou a frente e agachou para passar entre as tábuas de madeira. Foi ai que os ofudas revelaram um efeito, estourando como um trovão e atingindo todos na área.

Houve um momento de desespero ao perceberem que Kadanba estava desacordado, perceberiam que ele tinha um talento para isso. Shotoko o salvou e depois se revezou para cuidar dos outros feridos. Ela não parecia confiante, por isso os outros lideraram a expedição.

No primeiro cômodo viram um buraco de meteorito no teto, sua cratera havia formado uma poção grande de acúmulo de água de chuva,tinha a altura de um homem adulto. Ao redor, resquícios de um acampamento e algumas moedas num corpo. Aoi hono pegou as moedas, um ferimento em sua honra. Kadanba usou de sua agilidade ímpia para subir até o topo e ver o tamanho do lugar.

Era um prédio retangular e reto, tomado de plantas verdes e a vegetação vermelha. Não tardariam a chegar ao fundo de tudo.

No próximo cômodo, viram uma área manchada de sangue antigo e com marcar enegrecidas no chão, como sombras pintadas. O lugar era vazio e tinha uma poça de piche no centro, ela se alongou para cima e formou um corpo estranho. Era um Yuurei, conhecido como sombra em Arton, uma espécie de fantasma. O grupo teve o movimento sábio de respeitá-lo e não ter posição hostil, o que evitou um combate.

Aoi foi até o outro extremo da sala, havia uma barricada com móveis, madeira e pedras barrando uma antiga porta. Parecia responsável pelo salão principal de orações. O Mashin concentrou seu chi e com um golpe desmantelou tudo. A porta se abriu e uma onda de escuridão passou por todos, chegando a sujar suas roupas de uma camada espessa de ectoplasma. O yuurei sumiu com a onda. Todos pensaram se fizeram o certo em abrir o lugar.

Entraram com cautela na outra sala, havia uma luta rolando há pelo menos uma década. Um homem com longo cavanhaque prendia um yokari usando sua sandália. O yokai parecia em dor, com metade do corpo numa fogueira e sua cabeça presa num jarro, o yokai era um narigama. Ao lado do homem, dois Onis gordos e fortes seguravam armas e pareciam atacar. Tudo estava parado no tempo.

No canto da sala encontraram um ofuda que não puderam traduzir, sua tinta estava manchada com o tempo. Shotoko explicava que devia haver um jutsu poderoso em ação e que por estar assim há muito tempo, a barreira entre o plano material e o das sombras estava fraca. Nenhum dos aventureiros entendeu o que ela disse.

Kadanba ficou para trás, estava com medo e muito cauteloso. Hangô foi para frente e jogou o ofuda no fogo, ele não queimou. O fogo era quente, mas como uma brisa morna, fraco para queimar. Foi então que o onimusha colocou o ofuda na boca e o rasgou. O que aconteceu logo após foi uma explosão de energia mágica, primeiro tudo que estava parado foi jogado para lados diferentes, os aventureiros também. Depois o tempo voltou a fluir, os fragmentos de chama incendiavam o cômodo, enquanto o homem finalizada o yokai e os Oni em poucos segundos.

Ele ronronou como um gato e jogou o cabelo loiro para trás, revelando sua verdadeira forma. Um homem tigre algo e forte, de mãos invertidas. Um rakshasa. Shotoko soltou o nome da espécie e começou a tremer, os outros que temiam pareciam fazer por puro instinto. Hangô não tinha inteligência para perceber o que mudou na sala.

O Rakshasa não atacou, ele conversou um pouco com uma voz um pouco afeminada. Explicou exatamente que o que causou os espírito fora a fraqueza da barreira entre o material e o plano das trevas, todos continuaram sem entender. Ele pediu para passar, Hangô soltou provocações dizendo que havia espaço para deixar o lugar. O homem terminou respondendo uma pergunta de Aoi, se apresentando como Dio.

O monstro deixou primeiro o lugar, o grupo deixou depois. Houve uma discussão sobre se mantinham aquilo em segredo ou não, até Shotoko parecia temer as consequências de suas ações, mesmo sendo uma shugenja. Kadanba usou de palavras doces para dizer a necessidade de ser sincero. Deixaram o lugar, tentavam se convencer que foram bem-sucedidos, mas talvez criaram um problema maior do que seriam capazes de resolver.

Comentários:
  • A primeira e a segunda sessão foram curtas. O motivo foi a criação de personagens, quase todo mundo tinha alguma coisa a acertar ou fazer completamente a ficha.
  • Essa era uma de várias side-quests que eu deixei disponíveis na capital, parece que o grupo vai ter que ir atrás delas depois.
  • Dio é baseado num dos vilões de Jojo Bizarre adventure, agora, o quanto ele é inspirado vai depender de como a campanha vai fluir.
  • O final da sessão trouxe muito choro em questão a regra de Honra, vamos ver como o grupo vai fazer quando se acostumar ou ficar mais ciente do que causa perda de honra ou não.

Izakaya, Magistrado e chibatadas

Alta- Magistrada Kanemi

Voltamos para Shinkyo. A viagem de volta não teve nenhum grande acontecimento, exceto um Henge guaxinim que vendia poções do Reinado. Aoi achou um absurdo o valor , assim como todo o grupo. Seguiram viagem e se prepararam.

Enquanto tomavam banho e lavavam suas roupas para encontrar com o imperador, shotoko conseguia o dinheiro que havia prometido pela ajuda com o problema com os Yokai. Do outro lado da cidade, Kazuzo acata e Kojiro Mishima chegavam a cidade de navio, eles logo iriam para o encontro que haviam marcado com o imperador também.

Kadanba estava preocupado pela possibilidade de punição que Shotoko receberia pela missão anterior, até se ofereceu (e ofereceu os outros também) para ser punido junto. Ela negou, a última coisa que queria era fazer aqueles que encontrariam com o imperador atrasar.

O grupo rumou para um Izakaia chamado de Couve Verde, um que servia comida vegetarianas. Parecia que o dono queria inovar aproveitando os gostos dos estrangeiros e de alguns monges. Estavam todos lá e, por acaso, todos deviam encontrar a mesma pessoa. Hangô, Aoi, Kadanba, Kazuzo e Kojiro olharam uns para os outros, enquanto um mashin de avental e lenço na cabeça veio escoltá-los pessoalmente para a sala de jantar.

Lua de Prata era o nome do mashin da estalagem, ele era manco e tinha cicatrizes. Sua voz falhava um pouco, mas parecia animado de receber aquele grupo. No meio tempo, ofereceu pequenos pastéis de petisco. Kojiro usou sua habilidade de detectar desonra para perceber que havia um desonrado entre eles, por isso preferiu esperar ao lado de fora da porta.

Não demorou muito, apenas tempo suficiente para Kazuzo observar as plantas e carpas no jardim. Logo logo, uma mulher aparentemente jovem e com pó de arroz e bela maquiagem entrou na sala. Seu nome era Kanemi, era a alta-magistrada e conselheira do imperador. Pediu desculpas por encontrá-los ali e não ser com o próprio imperador, mas haveria oportunidades no futuro.

Ela falou que precisavam unir um sentai para lidar com um problema num lugar conhecido como Ruína Bakemono. Um buraco que cospe monstros e assola a região. Disse que um grupo de aventureiros tentou explorar e todos faleceram, o único sobrevivente era um Kaijin chamado Motomoro. O sentai precisaria ir para o lugar recuperar objetos de arte da antiga Tamu-ra, num mundo em pedaços, a memória social se torna um de seus maiores tesouros. Conhecer-se como povo e nação pode fortalecer aquele império.

Houve uma ligeira discussão, não que reclamassem do pagamento em 300 Yari de ouro, mas haviam questões quantos aos próprios objetivos do grupo. Aoi descobriu que a família Matsui, que servia, havia morrido durante oni-ame. Kadanba descobriu informações sobre monges nas montanhas e pensou em ir até lá, mas sabia que seria desonrado. Kojiro questionava porque escolher um desonrado como Hangô para o grupo. Enquanto Kazuzo observava a mulher como se fosse uma criança curiosa.

Um detalhe curioso sobre Kanemi era sua voz. Ela mudava de tom e timbre, como se de sua garganta diferentes pessoas pudessem falar. Isso estranhou todos, mas acharam indelicado perguntar o motivo.

Depois de resolvido a questão da missão, Kanemi informou que Hangô, Aoi e Kadanba tinham uma dívida com a sociedade graças as consequências de suas ações. Por isso, ela disse que seriam punidos com 40 chibatadas, ou poderiam abdicar de receber a recompensa da missão na Ruína dos Bakemonos. Hangô foi o único que aceitou as chibatadas. Kojiro logo se ofereceu para punir o desonrado.

Comentários:
  • Segunda sessão, acho que agora to pegando um pouco mais de jeito com o cenário e já coloquei algumas questões quanto a honra e a sociedade, acho que dessa maneira o jogo vai ter um sabor muito melhor.
  • Kanemi e Lua de Prata são NPCs importantes da capital e ambos foram conhecidos na mesma cena. Interpretando ela eu mudava o tom de voz e também explicava um pouco minha intenção. O mashin eu batia na minha garganta com os textos para fazer minha voz sair tremida enquanto falava.
  • O grupo ignorou o motomoro hahaha mas faz parte, seguiram viagem por conta própria mesmo. Vamos ver como vai ser.
  • O Yuri interpretando seu samurai pedindo para dar a chibatada no Hangô foi muito engraçado na hora. Fez todo sentido na interpretação e geral levou de boa, tindo do absurdo da cena.

Urso!

Ainda bem que não encontraram um desses!
Antes de viajar, o sentai resolveu se dividir para ter algum momento para conhecer a cidade e procurar aquilo que consideravam precisar para a viagem. Cada um optou por fazer uma coisa diferente e depois se encontrar próximo a saída da cidade para partirem em viagem.

Aoi e Kadanba queriam conhecer a cidade e talvez descobrir oportunidades de trabalho, no entanto, acabaram se entretendo com as atividades de turismo e voltaram com happis escritos Eu amo Shinkyo. O mashin parecia especialmente animado com a nova capital.

Kazuzo Acata buscava conhecer e conversar com os espíritos da cidade. Porém todo o lugar parecia vazio de espíritos, haviam dois possíveis motivos: ele não olhou nos lugares certos, ou a nuvem negra de Yuurei liberada pelos seus nakama no dia anterior. Fica a questão para episódios futuros.

Hangô e Kojiro foram separadamente fazer compras e acabaram se encontrando num estábulo. Kojiro conseguiu negociar com sua honra para conseguir um cavalo, mas não era uma atitude digna, talvez estivesse desacostumado com os modos de seu povo. O humano vendeu algumas tranqueiras que conseguiu na última aventura.

Todos se encontraram mais tardes e se prepararam para partir. O plano seria uma viagem de dois dias, com um caminho reto por estradas imperiais. Atravessariam muitas fazendas que subiam morros como degraus, produzindo arroz. Além de culturas antigas de Tamu-ra e algumas de Arton. No caminho, tiveram dificuldade para trabalhar em equipe, o que estendeu a viagem por mais um dia.

Era o terceiro dia de estrada, aos poucos o grupo aprendia a trabalhar em equipe e fazer suas funções designadas. Já viram fazendas se transformarem em bosques e em florestas, seguindo um afluente do rio Shirakawa em busca da Ruína dos Bakemonos.

Foi nesse dia que tiveram sua primeira provação como sentai. Um grito no meio da mata assustou todos, era uma mulher hânio que corria nua, fugia de algo. Badanga correu mais rápido para alcança-la. Todos ouviram um grunhido alto, Hangô estranhava não sentir presença de monstros na área. Todos correram tentando ajudar.

Kadanba olhou para trás e viu que devia defender a hânio de um grande urso negro com uma mancha branca no peito. O vanara se posicionou defensivamente, devia sobreviver enquanto os reforços chegavam.

Kadanba era um exímio artista marcial, mas lutar contra uma fera com garras e mandíbula era difícil. Teve que se proteger com sua tetsubo ou seria devorado, foi sua honra que o manteve de pé. Aos poucos os nakama chegavam, apenas Kazuzo era lento demais e demoraria para alcança-los. Todos foram se posicionando e cercando o urso, enquanto o vanara saltava com a hânio pelas árvores e a colocava num lugar seguro, voltando logo depois para combater.

O monstro era forte, acima da capacidade dos aventureiros. Foi necessário estratégia para vencê-lo e também ceder um pouco a desonra, depois de muitos feridos e de um desmaio que quase levou Kadanba a morte, venceram flanqueando o monstro e aproveitando da brecha aberta pelas técnicas de jiu jitsu de Aoi. Lutaram juntos então, katana, poderes espirituais, técnicas marciais e simbiontes.

O Sentai foi vitorioso. Kazuzo e Hangô juntos cuidaram de Kadanba enquanto ele era carregado por Kojiro. Terminaram aquele dia escoltando a jovem para sua casa, algumas horas dali. Enquanto isso, Aoi dava um sermão na hânio, por ela ter causado aquilo tudo tentando ter uma relação antes do casamento.


Comentários:
  • De início, expliquei algumas partes mecânicas pra galera. Como as funções que sempre uso num grupo quando a galera viaja por regiões selvagens: Guia,Batedor, caçador e vigia. Expliquei o que cada uma faz também. Depois falei da função Negociador, que pode entrar como uma das funções, substituindo caçador, já que sugere que há encontro e troca com viajantes e pessoas diferentes.
  • Expliquei também que a cidade é grande e tem muitos gaijin e outros tipos aventurescos. Que eles poderiam contratar aliados (eu inclusive fiz uma tabela de preços), ninguém teve interesse. Essa tabela vai ser usada em outras sessões com certeza.
  • O urso foi um encontro aleatório interessante, o que deu uma animada na ação e possibilitou uma luta contra um chefe para testar de verdade os jogadores. Todos praticamente usaram seus benefícios de honra durante a luta e tiveram que se virar usando estratégia para vencer.
  • No final, contamos o XP e a honra. Rolou muita reclamação por ter pouco XP e por perda de honra, acho que a galera ainda não entrou na onda de jogar pela honra. O XP tem sido baixo nas duas sessões, mas é porque ainda não rolaram tantos desafios. Logo logo isso vai mudar.


Mapa em Hexcrawl da região de Shinkyo
Esse foi o meu primeiro diário de Império de Jade, acho legal ter uma mesa diferente pra variar e dividir espaço com outros mestres de RPG. Vou tentar postar esses diários com mais frequência, espero que gostem. Qualquer dúvida ou colaboração é só comentar abaixo.

Abraços ou beijos

3 comentários:

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