terça-feira, 28 de maio de 2013

Crônicas de Britvânia - A Queda de Rus

Olá pessoal, eu sou Barney Bee, o bardo. Sou o mais novo integrante da equipe do Mais de Mil dados. Eu trarei até vocês toda semana crônicas sobre um reino imaginário onde os homens são minoria, e uma minoria oprimida. Conheçam o reino de Britvânia e sua raínha louca! A primeira parte dessa história, vocês encontram AGORA.



O reino de Rus era o mais próspero de todo o continente. Mantinha grandes oficinas, minas fartas, as colheitas eram enormes e os silos estavam sempre cheios de grãos. Os homens eram gordos e rosados, e a felicidade deitava-se pelas ruas pacatas e seguras; pois com tanta fartura e tanta felicidade, não havia necessidade de crimes. O reino era, de fato, tão rico e tão politicamente influente no continente, que o rei de Rus havia dispensado há muito tempo o exército; pois não haviam questões internas à resolver e as questões externas... Bem, as questões externas podiam ser resolvidas com moedas de ouro e política.
Mas então eles vieram. Saídos de debaixo da terra, apareceram os Uracs - criaturas nojentas e troncudas, uma mistura de topeiras e halflings que cheirava a maldade e a perversão. Eles saíam de sob o reino, atraídos ninguém sabe pelo quê, pois não amavam o ouro como as criaturas da superfície nem praticavam qualquer tipo de política; eles se interessavam apenas em destruição e perversão. Encontrando pouca ou nenhuma resistência, os Uracs tomaram o reino todo em pouco mais de um mês. Ao cercarem a capital, eles travaram a única batalha que poderia ser considerada digna de nota da invasão; no entanto um ajuntado de poucas centenas de homens tão gordos que mal cabiam em suas armaduras não foi o suficiente para segurar os monstros, que saíam de buracos abertos no meio das formações mal coordenadas, e ao por do sol, a cabeça do rei de Rus era exibida na praça da cidade. Numa paródia do antigo rei, o chefe dos Uracs subiu ao trono, colocou a coroa e bradou com sua voz rouca e gorgolejante da sacada mais alta do castelo: “Cidadãos de Rus! Hoje toma posse o seu mais novo soberano; Eis que sobre vocês reinará Kosha, o Grande e este é meu império, que agora se chamará Uracai, o reino dos Urac!”. E gargalhou. Sua gargalhada ecoou pelo reino na voz de milhares de Uracs invasores.

Aparentemente, não haviam fêmeas entre os Uracs, e eles caçavam as mulheres de Rus para procriação e para a satisfação de seus desejos perversos, arrastando-as para os buracos onde viviam os Uracs. Os homens remanescentes das invasões eram mortos assim que vistos, e em pouco tempo, poucos humanos eram vistos nas ruas ou nos campos. O reino começou a definhar, assolado pela miséria trazida pelos invasores.

O norte do reino, embora tivesse sido espoliado como todo o resto, estava em condições um pouco melhores. Longe da capital, o numero de Uracs era menor, e a região continha várias ermos onde os refugiados se escondiam. Num pequeno grupo de refugiados, estava Britva, uma jovem bela, de cabelos longos e ruivos. Ela colhia frutas nos bosques e levava para seus pais; seus irmãos caçavam e eles se escondiam quando era preciso. Britva era nova, e para ela, a guerra era um acontecimento distante, que pouco havia alterado sua rotina de jovem camponesa.
E então eles vieram. Monstros da escuridão, saídos das entranhas do mundo para devorar a felicidade e a vida; eles atacaram rapidamente ceifando a vida de seu pai e seus irmãos. Sua mãe gritava enquanto era arrastada pelos cabelos para o buraco de onde os demônios saíram, e quando seus gritos cessaram, eles vieram para Britva. Ela era nova demais, bela demais para que eles a entregassem ao chefe sem provarem antes o seu sabor; então eles a violaram. Cada um deles fez seu papel na tortura excruciante que levou a noite toda. Ao amanhecer, eles pensaram que ela estava morta, e partiram.

Mas ela sobreviveu.

O próximo capitulo desta históra já está disponivel aqui: http://athousanddices.blogspot.com.br/2013/06/cronicas-de-britvania-ascensao-de-britva.html Não deixe de conferir!



Quem é o bardo?: Tio Barney Bee vive numa cabana tão velha quanto ele no topo daquela colina verde. Ele ainda toca seu banjo, mas a beleza de sua voz já se foi, e agora ele prefere contar à cantar as histórias que viu em suas aventuras. Contato: E-mail | Facebook.

2 comentários:

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