segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Campanha: Tormenta 20 - Episódio 9: O Mistério da Moska

Fala galera, como vão? Hoje lhes trago mais um diário de campanha, a nossa campanha remake continua explorando novas versões de aventuras antigas já apresentadas. Dessa vez eu me inspirei em várias e nenhuma, a partir do 10º nível sigo a dica na jornada heroíca que o tutorial acabou e da pra jogo ser mais solto e mais difícil.

Por isso, optei por começar uma série de aventuras que vão amarrar as histórias que serão apresentadas. Tivemos algumas mudanças com jogadores que saíram e outro que mudou de personagem já que estava cansado, então nossa equipe vai ser um pouco diferente. Foram alguns meses diferentes narrando, com muitas sessões investigativas basicamente sem combates, até o final cheio de desafios mortais para os aventureiros. Por isso, dessa vez não tem aventura escrita para baixar, mas apresento algumas regras que bolei nessa postagem e o link para nosso bestiário no final do post. Espero que gostem.

O Grupo de Aventureiros:

Pedro - Ethan, Kliren Pistoleiro Inventor 13: Quando criança, foi deixado por seu pai para viver com um tio na cidade fora-da-lei chamada smokestone. Lá aprendeu os caminhos da pólvora, mas não se limitou a eles, qualquer oficio que parava na sua mão dominava.

Henrique - Luna, dama da noite, Dahllan Acólita Clériga de Alihanna Primordial 11: Com um sangue de fada e talento para surpresa, Luna tem voz doce e se dedica a proteger os outros (mesmo que eventualmente também mostre os poderes necróticos da natureza). É inovadora e nada cliché, criando soluções que outros como ela jamais pensariam.

Marcus - Mai, Medusa Dançarina das Sombras Bucaneira de Valkaria 11: criada e treinada pelas dançarinas das sombras, ordem de assassinos de grande estirpe, essa medusa nasceu para as aventuras, se virando e sobrevivendo as piores provações. Seu objetivo é lutar pela liberdade sempre, ainda mais agora que viveu a experiência de ser escrava após uma missão malsucedida.

Frico - Moyashi, Humano Forasteiro bardo Kensei 12: Artista andarilho de Tamu-ra e iniciado nos jutsus, esse espadachim aos poucos foi ganhando as malícias dos ocidentais, mas mantendo a tradição oriental de seu povo dentro de si. Não é o exemplo do que a honra quer dizer, mas é do que a honra poderia ser.

Tilipe - Lissa, Dahllan Batedora Caçadora 14: Nascida das terras misteriosas de Pondsmania, desde nova era habilidosa com arco e flecha e logo saiu de casa para conhecer o mundo mesmo sabendo que seria perigoso. Pelo destino, sorte ou azar chegou a Smokestone e logo conheceu um casal muito simpático que sempre a tratou como se fosse da família, Ethan e sua esposa, e entre uma caçada e outra ela sempre estava junto deles. Até que um dia uma tragédia aconteceu e Ethan partiu da cidade. Lissa decidiu depois de um tempo voltar para casa e rever a família e sua irmã que estava de chegada, mas não teve muito tempo, pois logo recebeu uma carta de seu amigo pedindo pela sua ajuda e assim ela partiu novamente.

Tiago - Zord, Golem Clérigo de Valkaria Peregrino 12: esse homem artificial sonha em um dia realizar o seu desejo e se tornar um ser humano, para poder sentir como os outros sentem. Para isso foi criado e desejou se devotar a deusa da humanidade e das aventuras, das buscas impossíveis.

Nariz - Aoi Hono, Mashin Lutador Wu-jen 12: um mashin criado para servir um clã de Tamu-ra da época pré-tormenta, ao ser acordado descobriu que aqueles que serviu foram extintos e se uniu a um sentai, até ser derrotado e cair no mar. Foi reconstruído 10 anos depois e se uniu ao grupo de aventureiros formado por estrangeiros e tamuranianos.


Aliados

Legionários - Minotauros soldados: uma dúzia de soldados minotauros que usa de formação tartaruga para proteger seus superiores e os aventureiros.

Silvanus - único paladino de Tauron: Um minotauro paladino de Tauron que participa do conselho de Tiberus, graças a uma estratégia estranha e misteriosa ele mantém seus poderes de paladino, embora seu deus esteja morto.

Original:
Nenhuma

Playtest:
Sobre a Campanha
Episódio 1 - Rio de Prata, Lugar de Gente Feliz 
Episódio 2 - Um Ensaio em Verde
Episódio 3 - O Covil do Terceiro
Episódio 4 - Labirinto Planar
Episódio 5 - Dia de Tormenta
Episódio 6 - O Crânio de Tauron
Episódio 7 - O Dragão Imortal
Episódio 8 - Tamurania e Fábrica de Monstros

 

 


Vamos lá

Rio de Prata

Passaram dois meses desde os últimos eventos que acompanhamos. Enquanto Moyashi, Zord e Aoi deixavam tamu-ra rumo a um pequeno vilarejo para ajudar seus amigos, se despediram de Ellie que iria resolver questões pessoais depois de sua jornada até o Império de Jade. Ethan, Mai, Luna e Talyon tiveram meses complicados, perderam a memória e o controle de seu corpo por um dia para o infernal Diavolo e durante esse período curto cometeram ações terríveis que colocaram várias igrejas bondosas em seu encalço. A única pista que tinham era o nome Rio de Prata, uma pequena vila no interior de Petrynia, na costa oeste de Arton. Ethan convocou uma amiga dahllan como a Luna para ajuda-los, seu nome é Lissa uma arqueira renomada.

Não viajaram juntos até a cidade, isso fez com que o primeiro encontro entre muitos deles depois de meses ocorresse durante uma emboscada de bandidos. Eram vários deles, usaram uma mulher local de isca e estavam todos armados com granadas, além de serem todos lefou, o que era um sinal estranho. Ethan, Talyon, Lissa, Zord e Aoi lutaram contra os bandidos na estrada antes de partirem para a vila. Algumas horas depois, Mai, Moyashi e Luna se encontraram na mesma encruzilhada, estavam preocupados com a carnificina na estrada, quando surgiu um homem máquina que se dizia um inevitável, um anjo do deus da ordem que estava atrás dos dois aventureiros que desafiaram a morte. A batalha foi curta, pois Luna usou uma magia para jogar o anjo para outra dimensão, mas sabiam que ele retornaria, já era o segundo encontro do Moyashi com a criatura.

Ao chegar na vila, Luna estranhou ver o lugar tão caído e com poucas pessoas, a taverna onde aceitou sua primeira aventura e onde adotou sua filha lefou, Moska, estava abandonada. O que chamava atenção no local era um antigo templo de Khalmyr que virou acampamento de minotauros, não mais que meia dúzia deles. Os aventureiros se reuniram, trocaram figurinhas sobre as últimas aventuras, Lissa se apresentou, então começaram a investigar o lugar. Por que aquele lugar vazio era sua única pista?

A investigação levou o grupo a invadir casas para procurar coisas suspeitas, onde descobriram que os bandidos lefou eram filhos de pessoas da região; também foram até os minotauros onde conversaram com Trincadus, um minotauro que reconheceu Luna. Ele estranhou o grupo perguntando da taverna, disse que haviam 10 anos que estava fechada, o que deixou os aventureiros em choque. Realmente, mais tarde ao investigar, descobriram os resquícios do abandono depois de tanto tempo, mas as memórias não eram falsas, então havia algo poderoso em jogo ali.

Trincadus contou do perigo na região com criaturas da tormenta, a proximidade de duas áreas de tormenta em áreas migratórias trazia muitas bestas a região, por isso a vila estava num estado de abandono. O império em decadência também não tinha muitos recursos para mandar para a vila, diferente de como foi em outras épocas. Em conversas, ouviram falar da busca do último paladino de Tauron, Imperator Silvanus, de destruir a tormenta em Tiberus. Assim como os rumores de uma vidente de Thyatis em Nova-Malpetrim que podia ajudar o grupo com informações sobre os mistérios a sua frente.

Decidiram ajudar a cidade com os bandidos antes de rumar para Nova-Malpetrim, graças a uma engenhoca de Ethan feita com os restos da fábrica de monstros, poderiam viajar até a cidade num instante. Foram seguindo pela mata próxima , buscando pistas da presença da tormenta, Lissa aqui brilhava com suas habilidades de caçadora, até encontrarem um sacerdote da tormenta com vários bandidos e alguns demônios-inseto de guarda. Uma luta se iniciou.

O grupo inimigo assim como os aventureiros era capaz de fortalecer com poderes mágicos os seus, além de possuírem ataque de longo alcance e de área, como explosivos, não foi uma luta fácil. Ethan brilhou com suas várias engenhocas, Moyashi mostrou suas técnicas novas de jutsu, assim como Zord e Aoi que ficou numa função defensiva. Ao vencerem o combate e retornar para a cidade, viram de longe um grupo de aventureiros cheio de devotos caçando-os. Usaram a engenhoca para fugir dali para a cidade dos aventureiros.

Comentários:

  •  O mistério da passagem do tempo e da Moska que está desaparecida envolveu bastante os jogadores, em cada sessão enquanto estavam investigando isso, a gente parava pelo menos uma hora para discutir possibilidades e ideias. Eu ficava quieto, mas gostava das interações.
  • Rolou uma questão aqui com o Ethan, o Pedro é o mais combador do grupo, agora com a Lissa do Tilipe temos o segundo lugar. Mas a gente estava usando algumas regras erradas e isso acabou fazendo o personagem dele se destacar demais nas cenas, tive que sair revisando regras e tal pra nerfar ele, mas na verdade só passamos a usar a regra correta. Por exemplo, engenhoca e magia não combarem. 
  • Ainda assim, importante falar que todos tem alguma coisa fora das regras, o Ethan tem revolver de barril, por exemplo, o que é normal numa mesa, ajuda personagens a se destacar e representa mudanças que passam ao longo do jogo. Eu nem sou anticombo, mas é importante avaliar quando algo sobressai demais, pra não acabar com a experiência para os outros, quando você comba muito o risco é que os outros jogadores sintam aquilo os prejudicando ao invés dos inimigos sentirem.

Nova-Malpetrim

Nova-Malpetrim era uma cidade costeira, distante alguns quilômetros de sua antiga versão, que foi reconstruída após os eventos da chamada flecha de fogo. Os aventureiros surgiram a alguns quilômetros da cidade, podiam ver seu esplendor e se preparar. A cidade dos aventureiros era um risco para um grupo procurado , então coube a Mai disfarçar os companheiros que andavam na cidade.

Lá, descobriram pistas da presenta de Sir Allen Torren, sumo-sacerdote de Khalmyr que visitava a cidade, Moyashi e Mai estavam apreensivos, tentando evitar seus representantes. Tiveram um problema com Talyon que chamou atenção demais e acabou capturado, mas não podiam ir atrás dele no momento.

Enquanto andavam pela cidade, puderam visitar locais que já conheciam do passado, como algumas estalagens, o mercado, etc. Nessas andanças, Ethan encontrou um grupo de cientistas como ele e conseguiu negociar uma engenhoca com outro, trocando suas funções, ele teria que adapta-la para aprender a usar, mas aumentaria o seu recurso junto de sua moto, teletransporte, etc. Também trabalhou no corpo de Aoi, iniciando seu plano de acoplar uma de suas engenhocas no corpo do mashin. Foi uma oportunidade de ouro visitar uma cidade como aquela, mesmo que discretamente, já que podiam comprar todo tipo de item incomum e se preparar para suas próximas aventuras. Eventualmente, encontraram a pequena barraca da vidente de Thyatis chamada Esmeralda e a visitaram.

Dentro da barraca feita de panos exóticos de toda Arton, podiam ver uma série de quinquilharias aparentemente inúteis, mas que demonstravam a quantidade de clientes que ela já teve, cada um a presenteou com algo único e foi o que os aventureiros fizeram. Eram lembranças e presentes de suas viagens, representações de sua cultura. A idosa então começou a embaralhar cartas cujos desenhos se moviam enquanto contava sobre a história de cada um daqueles que estavam a sua frente, comprovando suas habilidades. Estranhamente, aqueles capazes não conseguiam reconhecer magia nos seus feitos.

Entre as cartas e falas dos augúrios misteriosos, Esmeralda apresentou aos aventureiros alguns fatos sobre o mistério que tinham em mãos. Um deles era que o grupo controlado por Diavolo ajudou cultistas do inferno em toda Arton, usando suas habilidades para protege-los, cura-los ou até matar grupos de aventureiros, o que resultou em problemas com Diabos em toda Arton; outro fato era que o que ocorreu em Rio de Prata e o mistério da taverna fechada há 10 anos representava um poder do que seria uma magia de 6º círculo, ou a magia dos deuses como Zord chamou; a terceira verdade, era de que Moska estava viva e que seu nome era Vitória, a criança de 10 anos vivia numa favela no que restou de Tiberus, Luna se emocionou ao ver sua filha. Mesmo com respostas, se sentiam ainda mais perdidos, claramente havia algo em jogo misterioso que precisavam resolver. Agradeceram Esmeralda antes de partir.

Depois de muito discutirem, sabiam que Silvanus, o homem que escravizou Mai por meses e já derrotou Luna e Moyashi era um dos homens mais importantes de Tiberus, pensaram em ir lá, mas antes encontrariam com vossa santidade Allen Torren. Foi um plano que envolveu a habilidade de todos, para organizar pistas falsas e abrir caminho suficiente para que encontrassem o sumo-sacerdote de forma furtiva numa das igrejas de Valkaria na cidade. Um verdadeiro trabalho de espionagem.

Sir Allen Torren estava numa reunião com o bispo até que o servo de Valkaria avisou que iria pegar algo na cozinha. Nesse meio tempo, o homem sentiu a presença dos aventureiros antes deles surgirem por uma passagem secreta, deixou que falassem apenas pela audácia de um plano tão perigoso. Antes de começarem a conversar, conjurou um poder no cômodo para que não pudessem mentir, o que acabou prejudicando Moyashi que foi traído pela própria malandragem.

Na conversa, os aventureiros explicaram a questão dos Inevitáveis e também o que motivou as ações daqueles que visitaram o inferno. O sumo-sacerdote foi compreensível, mas disse que ainda deviam pagar , disse que deviam ajudar Silvanus em Tiberus e em troca dar informações para ele. O que conseguiriam seria um pouco de folga para poder viajar, com buscas menos intensas. Ele não tinha poder sobre os inevitáveis, já que eram forças do destino, mas disse que seria possível dar um jeito neles, pois haviam lendas sobre o assunto. Cabia aos aventureiros descobrirem como.

Eles então deixaram o lugar pela mesma passagem secreta, logo depois o bispo voltou. O grupo ainda descansou um dia disfarçados na cidade antes de usarem de teletransporte para viajar até Tiberus.

Comentários:

  •  Já estamos no momento do jogo que teletransporte é comum, eu preparei regras pra viagem caso os PJs tivessem sem PM ou quisessem economizar, por exemplo, mas já escrevi a aventura considerando que esse recurso estaria disponível.
  • Por motivos de força maior, Filipão teve que deixar a mesa, então eu coloquei na história que seu personagem foi capturado. É uma solução rápida e no contexto faz sentido, visto que era um dos heróis procurados desde a última aventura.
  • Toda a cena da Esmeralda foi massa, me inspirei um pouco na cartomante do Curse of Strahd do D&D, mas coloquei a pitada de Arton ali, como os poderes derivados de Thyatis. Uma coisa que não comentei acima, é que ela deu uma segunda chance para todos, que em regras era para cada um poder refazer sua ficha, apenas mantendo raça e origem, em troca de um nível. Se quiserem fazer isso no futuro devem encontrar com ela. Zord foi o único que mudou até agora.
  • Que para o personagem é bem importante, ele é um construto, mas está se entendo cada vez mais como um ser vivo, depois de entender a questão da alma para os Tamuranianos e agora a capacidade de mudar sua essência.
  • Todo o role do Allen Torren foi um desafio de perícia para criar a oportunidade do encontro, expliquei pra galera que é algo complexo pra só uma magia ou teste resolver, para eles imaginarem também que o outro lado tem outros seres tão capazes quanto, mas que eu não ia ser capaz de detalhar, mas em história era isso.
  • Essa parte da aventura foi basicamente só roleplay, com mais uma hora de discussão sobre as possibilidades da história e o que está se passando por trás dos panos.
  • Tiago chegou a chutar que como eu narrei a aventura de Rio de Prata várias vezes tinha a ver com essas vezes, como se tudo ocorresse em paralelo, também que Vitória era aquela semi-deusa que acabaria com a Tormenta e tal. Não confirmei nem neguei isso.

A criança em Tiberus

seguindo as direções da Vidente

Através de um teletransporte, os aventureiros chegam em Tiberus, a capital em pedaços do Império de Tauron. A vista de sua arquitetura mítica devastada pela metade por restos de um corpo colossal do deus dos minotauros, cuja energia rivaliza com a área de tormenta aos seus pés, trazia memórias aos aventureiros. Foi ali que Moyashi, Luna e Mai tiveram uma de suas grandes derrotas.

Moyashi reclamava com Ethan, Luna e Zord sobre os teletransportes, ele sempre ficava enjoado quando faziam esse movimento planar. Mesmo ouvindo o espadachim, não dava para negar a utilidade do poder. Eles então se espalharam explorando a cidade, circulando seus distritos com a moto montada por Ethan e Lissa, enquanto outros preferiram ir para o porto e beber em uma de suas tavernas, onde tiveram uma noite divertida com os locais, cheio de bebidas e flertes. Mai foi abordada por minotauros que a convocavam em nome de Silvanus, ela disse que aceitaria a reunião num outro dia.

Enquanto isso, no local antes conhecido como favela dos elfos, os aventureiros descobriram uma casa próxima de um terreno baldio onde brincava uma lefou de olhos de mosca. Mais tarde o grupo rumou para lá, onde Luna era movida por seu instinto maternal para organizar uma distração e permitir que conhecesse a criança que fora sua filha. Conheceram a família de adotados, aproveitando uma festinha criada pela música de Moyashi, os pais adotaram a criança aos 6, sua família morreu durante o evento que levou a queda de Tauron. Zord estava desconfiado e usou uma magia para vasculhar o inconsciente da criança, encontrando memórias recalcadas do colo de Luna e da presença de Moska em suas aventuras.

Os aventureiros acabaram se despedindo e conversaram sobre, tudo indicava que a primordial de Alihanna havia sim cuidado de Moska por um ano, quando a perdeu algo ocorreu e ela passou a viver com uma outra família no passado até se reencontrarem no presente. O que viveram juntas não era uma mentira afinal. Preferiram deixar em segredo as memórias, embora fosse uma escolha melancólica.

Buscaram um lugar para pernoitar e se preparar, no dia seguinte teriam um encontro também difícil, onde encontrariam um homem que já os derrotou.

Comentários:

  • Mais um pedaço da aventura de basicamente mistério e roleplay, acho que foi divertido quebrar o ritmo das aventuras de ação, mas ainda vamos retornar para grandes perigos e dungeons.
  • Acho que aventura não é só luta, acho até meio bobo quando é assim, portanto eu tento abrir possibilidades de desafios de vários tipos e resoluções diferentes. 
  • Todo o lance da Moska veio da minha ideia de não querer que os aliados sejam apenas bônus na ficha, eles tem que ter personalidade, história e objetivos.Acho que acabou sendo um encontro e uma aventura curta importante, envolvendo a história pessoal daqueles personagens, o que fez muitos jogadores animarem com a campanha.

Encontro com um antigo inimigo

Toda vez que procuro minotauro velho aparece umas artes nesses estilo

O último paladino de Tauron ganhava cada vez mais prestígio com seus feitos e milagres que canalizavam a energia do deus num momento que a fé era fraca em Tiberus. Foi na sua mansão previamente invadida por Mai, Moyashi e Luna que a reunião acontecera.

Era estranho atravessar aqueles corredores, assim como era também para Zord que havia realizado a missão quanto ao Crânio de Tauron para o minotauro. Foram bem recebidos no lugar, encontrando uma legião de trabalhadores livres agora, além de minotauros e a minaura filha do imperator chamada Silvia, uma bela moça de chifres pequenos que se retirou da reunião. Durante o jantar, Silvanus conversou com os aventureiros sobre questões quanto a sua região e área de tormenta. Também ajudou os aventureiros a pensar numa maneira de como se vingar de Diavolo.

Segundo a metáfora do minotauro, o inferno era como um rio, havia um inferno correndo no plano de Tauron, assim como há um correndo no plano de Lin-wu, mas esses rios são afluentes de um principal, que flui do poder de Kallyadranoch. Os aventureiros já começaram a se planejar para descobrir como encontrar isso.

Depois do jantar, tiveram uma reunião secreta, onde todos bebiam uma espécie de veneno para impedir de mentir - uma técnica curiosamente parecida com o outro paladino que encontraram. Nessa cena, aqueles mais observadores entre os aventureiros notaram que por baixo do peitoral do minotauro havia algo estranho se movendo. Silvanus então revelou seu corpo de onde saíam pequenas patas de inseto, era corrupção da tormenta!

O que acontecia, era que o minotauro descobriu que comer a carne de Tauron garantia poderes divinos para seus devotos, mas por uma escolha política do triunvirato que comanda Tiberus, optou por manter em segredo. Ele come a carne para usar os poderes, mas sabe que é um recurso finito e se a informação vazar pode ser problemático. Porém, alguns dias atrás, algo foi visto voando para dentro da área de tormenta, ele teme que alguém tenha descoberto e está roubando o lugar.

Em troca de recursos para os próximos objetivos dos aventureiros, ele pede que o ajudem em sua missão, só que antes vai testa-los. Todos aceitam. Nos próximos dias, Zord tem sonhos pela primeira vez na vida, em que vê uma mulher sendo torturada por puristas. Era estranho um construto sonhar, ainda mais que suas memórias não eram turvas como de um humano, eram gravações precisas de suas vivências. A névoa típica do sonho era novidade para ele.

O teste consistia num combate simples contra uma legião de minotauros! Aventureiros iniciantes naquelas condições correriam de medo ao ver os soldados musculosos em formação tartaruga se aproximando, mas aquele grupo ali já conheceu outros planos, matou dragões e dominou técnicas antigas, eles lutariam tranquilos. Lissa se posicionou em ruínas para poder atirar, mas a defesa inimiga abria poucas brechas para suas flechas, Ethan ajudou na artilharia, foram Aoi e Moyashi para frente, com Zord na retaguarda apoiado por Mai insegura de lutar contra aqueles que já a escravizaram. Luna resolveu usar uma estratégia poderosa para vencer, controlou a água de um córrego próximo até aumentar a ponto de inundar o campo de batalha. Já feridos e cansados os minotauros se renderam.

A quantidade de técnicas e poderes dos aventureiros demonstrava experiência e que muitos dos boatos sobre eles eram verdade. Silvanus estava tranquilo, deu recursos necessários e uma boa cama para todos, pois no dia seguinte partiriam para...

Comentários:

  •  Muitos jogadores mudaram de personagem ao longo da campanha, mas o Silvanus é um NPC conhecido, até na mesa da Jornada Heroica ele já apareceu por aqui.
  • O Frico foi um dos que mais elogiou o rolê da história se autoreferenciar, acho interessante que o RPG não seja só um trem, sempre pulando pra cidades novas, novas pessoas, etc. É legal comparar encontros com inimigos ou aliados antigos em momentos diferentes da campanha e da história daqueles personagens.
  • Todo o rolê da carne de Tauron dar poderes foi uma desculpa que pensei tem tempo, mas acho que tematicamente da uma característica importante pra Tiberus, além da questão do império em decadência.
  •  A legião de minotauros era uma ficha de falange, os aventureiros de nível mais alto nem ganharam XP da luta, tipo o do Tilipe ou do Pedro. Nariz que tava mais atrás que se deu bem, teve vários encontros que pra ele davam XP e pros outros não, rapidinho ele correu atrás do prejuízo.
  • O designe que eu tenho pensado das aventuras agora é ter menos encontros, mas eles serem mais difíceis, mais no nível dos jogadores, para a gente upar mais rápido, mas também avançar a história.

A área de Tormenta de Tiberus

Minotauros e voluntários de outras raças reforçavam as fronteiras com a área de tormenta, com portões para as principais trilhas e muralhas evitando os distritos destruídos da cidade. Os aventureiros se aproximaram do limiar preparados, todos com presentes de Silvanus, armas e munições de aço rubi importadas de Yuvalin.

A área de tormenta marcava o vermelho que lutava contra as emanações azuis do corpo do deus em decomposição. O ar tinha uma fumaça presente e vermelha, construções em pedaços que em partes se tornavam vivas e pareciam se mover, distorções como corpos ou monstros, muitos daqueles que morreram na área viravam partículas paralisadas no ar com a expressão de sua morte e dor como esculturas bizarras. Os olhos lacrimejavam, a garganta e o nariz coçavam, a própria psique tinha dificuldade de calcular o que estava vendo naquela explosão de sentidos. Aos poucos as coisas tomaram as formas de insetos e seres rastejantes típicas que marcavam a tempestade rubra.

Lissa tomou a frente e pelos próximos dias iria guiar o grupo na sua caçada por pistas dos invasores, nem sabia o que procurar , mas sua capacidade treinada era inigualável, podia encontrar uma agulha num palheiro e era isso que estava fazendo. Optaram por não descansar para a busca ir mais rápido, mas sentiam o quanto a mera presença na área exauria suas forças, tudo era mais cansativo. Encontrou estranhas farpas não corrompidas, um sinal do que procuravam. Ethan até tentou avaliar, mas era um fragmento pequeno demais para inferir qualquer coisa. Acompanhando o grupo de aventureiros, Silvanus e uma legião de Minotauros serviam de guarda para as investigações.

O primeiro grande desafio da área de Tormenta foi o seu clima bizarro. Uma precipitação rubra cuja torrente rubra rasgava a pele. Todos tiveram que se esforçar para correr para fora da área o mais rápido possível. Ethan e Lissa fugiram na moto engenhoca do inventor, os primeiros a sair, mas ainda assim torturados pelo ácido. Moyashi com seus jutsus de primor atlético corriam e saiu logo depois. Porém os outros sofreram, Aoi teve que abrir caminho para os minotauros, enquanto Zord usava uma nuvem criada por magia para levar os aliados. Mai estava na nuvem, mas chegou a cair para o ácido, seu corpo estava morto, mas a alma sobreviveu graças a uma aposta que fez meses antes ao sacar uma carta do baralho do caos. Tiveram que ir e voltar para a área e se encher de feitiços e milagres para se recuperarem depois daquele perigo.

Depois da experiência de morrer e ressuscitar, Mai compreendeu um pouco melhor Moyashi. O grupo então percebeu o perigo da área de tormenta, seguindo por um dia sem dormir, mas o corpo de todos já estava exausto. Silvanus deu a pista de um antigo templo de Tauron que talvez pudesse ser purificado para descansarem. Ao chegar no lugar, encontraram uma construção arredondada construída sobre um platô de mármore, a única coisa que estava a salvo do que já foi um complexo bem maior. Lá enfrentaram dezenas de Uktril, além de um sacerdote da tormenta que potencializava as criaturas inimigas. Por sorte, a engenhoca que potencializava Aoi começou a funcionar e ele segurou o tranco do lado dos legionários. Foi Luna que quase perdeu a vida nessa, ficando por um triz, mas seus aliados partiram sua formação para resgata-la. Ali descansaram, não foi uma noite boa de sono, mas serviu para o mínimo de descanso que podiam. Zord sonhou novamente aquela noite.

No dia seguinte teriam mais 16 horas de marcha e busca, todos estavam exaustos, mesmo assim, antes de encontrar seu objetivo lutaram contra Hurobakks, centauros/besouros imensos de quatro braços que atropelavam prédios para atacar o grupo! Moyashi, Zord, Aoi e Lissa foram o destaque nessa batalha, vencendo os inimigos que podiam quebrar equipamentos antes de perderam suas principais armas.

Depois da caçada incessante, Lissa apontou a frente o objetivo do grupo: aos pés de uma carcaça de Tauron, repousava material de mineração e os restos de um navio no meio dos esqueletos de prédios vivos. O navio chamou atenção de Ethan, já tinha ouvido falar da invenção, mas era a primeira vez que via uma, se tratava de um navio voador! O lugar tinha várias pilhas de corpos, todos com uma carcaça porosa da tormenta, mas alguns eram mais corrompidos que outros e esses se uniram no corpo gelatinoso de carne derretida em constante sofrimento de um Esmagador Coletivo.

O corpo do esmagador coletivo era uma verdadeira máquina de guerra da tormenta, mas não era um lefeu. Todo o segredo da luta foi perceber isso, já que os aventureiros estavam acostumados a ver suas maiores táticas não funcionarem com as criaturas da tormenta, quando perceberam que aquele monstro não era como os outros puderam lutar de verdade. A criatura criava um nível de ruído que atrapalhava a concentração na hora de usar magias e engenhocas, atirava corpos que ficavam tentando agarrar os alvos, além dele mesmo agarrar próximo de seu corpo e deixar a pessoa presa na multidão que era sua existência.

Lissa ficou de longe atirando, era aquela que mais gerava perigo para o inimigo, mas por um erro de cálculo acabou cercada por dezenas de zumbis de matéria vermelha, como se manteve em posição desvantajosa para poder atirar acabou agarrada pela multidão. Zord teve que usar de suas magias para explodir os zumbis e resgatar a mais nova companheira. Ethan estava no corpo do monstrão, Moyashi arriscou tudo para subir na besta e libertá-lo a tempo do inventor exausto e ferido ativar sua engenhoca em Aoi. Foi o mashin com seus punhos de espírito do fogo que destroçou a criatura, uma vitória que deixou a vida de todos por um triz, mas uma vitória ainda assim.

Não foi difícil investigar os destroços ali e reconhecer o material, tudo se unia aos sonhos de Zord em fim. Era material purista, estavam minerando o material para usar em seus engenhos de guerra terríveis. O devoto de Valkaria estava sonhando esse tempo todo com um avatar de sua deusa capturada pelos fascistas e esse seria seu próximo passo.

O grupo dali se dividiu, estavam devidamente treinados e preparados, alguns iriam investigar o território dos puristas, enquanto outros iriam até as Sanguinárias atrás de Kallyadranoch. Se prepararam, transformados pela última aventura. Aoi dominando seu elemento como um Wu-jen, Moyashi mestre de arma como um Kensei e Zord vitorioso indo salvar um pedaço de sua deusa era agora um peregrino dela e recebeu uma arma mágica de presente de sua igreja.

Comentários:

  • Nessa parte da aventura, o Marcus acabou saindo da mesa também, estava com outras prioridades, então o personagem ficou como aliado. Mas a galera vivia deixando de usar ou esquecendo de seus benefícios, podia ter ajudado eles.
  • No dia que narrei a aventura, na primeira visita a área de tormenta eu fiz um monólogo de uns bons minutos narrando toda a sensação de entrar o local, como ficavam os sentidos, os pensamentos, o que viam ao longe, a arquitetura bizarra, etc. Como foi improvisado , não tinha como transferir pra cá as descrições que eu dei :/
  •  Geral tava zoando o Tilipe porque a Lissa era o único personagem super de boa na área de tormenta, mas ele quando trocou já planejou que ia fazer alguém bom pro desafio que ia aparecer. É como se ele tivesse jogando no New Game+ ou com detonado, mas ele tinha fraquezas tão óbvias que eu podia explorar como mestre que eu até evitei pra não frustrar. Só usei uma delas na cena final.
  • Usei de base algumas regras da Jornada Heróica para criar os perigos dessa área de tormenta. O Silvanus e a Legião em formação tartaruga eram dois aliados mestres diferentes para ajudar o time.
  • A luta contra o esmagador coletivo tinha várias peças se movendo, como armadilhas e novas habilidades para o monstro ser uma ameaça para um grupo grande, ninguém morreu, mas foi por uma questão estratégica dos jogadores e também eu pegar leve de não desarmar o Tilipe haha mas eu acho que funcionou, se as peças não tivessem se encaixado como foram era TPK ou pelo menos metade indo pra vala.

Material


 

Dessa vez, como a aventura foi escrita de uma maneira muito menos desenvolvida do que as anteriores, preferi não trazer ela pra cá. Prefiro pensar em desafios mais soltos quando o jogo caminha para os níveis mais altos, em contraponto com uma trama que ocorre de fundo e os jogadores podem intervir e modifica-la. 

Mas, ainda assim vou trazer alguns materiais aqui, que são as distinções que alguns dos PJs conseguiram para os personagens. Eu mantenho um placar de 5 pontos, quando o personagem alcança seus objetivos 5 vezes ou age de acordo uma distinção única aparece, são poderes que o personagem passa a poder pegar quando passa de nível, não da pra começar com distinções, é um jeito de valorizar os personagens dos jogadores que interpretam mais ou se dedicam a um único.

Wu-jen

Sua dedicação ao seu elemento ou espírito natural te garante novas habilidades, abraçado o caminho dos elementos de Tamu-ra. O exemplo abaixo é para fogo.
  • Aceleração Elemental*. Você usa a dobra para acelerar seus movimentos. Você aprende e pode lançar a magia Velocidade, mas apenas em si mesmo. Pré-requisito: fogo. 
  • Andar no Ar*. Você recebe deslocamento de voo igual a seu deslocamento em terra, mas ainda precisa terminar seu movimento em solo. Pré-requisito: fogo.
  • Canhão de Magma: você aprende e pode lançar Lança Ignea de Aleph. Pré-requisito: Fogo. 
  • Controlar Fogo: você aprende e pode lançar a magia de mesmo nome. Pré-requisito: Fogo.
  • Espírito externo: seus ataques corpo-a-corpo passam a causar +1d6 de dano de fogo.
  • Rajada elemental: Por 1 PM para cada ataque, você pode usar seus ataques corpo a corpo com alcance curto.
  • Golpe Elemental. Quando faz um ataque desarmado, usando seu Dano Elemental, você pode desferir um Golpe Elemental, com efeitos determinados por você. Você constrói o seu Golpe Elemental escolhendo os efeitos da lista a seguir. Cada efeito possui um custo; a soma deles será o custo do Golpe Elemental (mínimo 1 PM e máximo igual a seu nível). Quando sobe de nível, você pode reconstruir seu Golpe Elemental e alterar suas propriedades. Você pode escolher esse poder outras vezes para criar golpes diferentes.

Kensei

  • Ataque Extra: quando usa a ação atacar, você pode gastar 2 PM para realizar um ataque adicional com a mesma arma.
  • Especialização em Arma: escolha uma arma. Você recebe +2 em rolagens de dano com a arma escolhida.
  • Presente dos Ancestrais: sua ligação com sua arma atrai atenção de seus ancestrais. Escolha uma arma, ela passa a ser considerada um aliado (além dos benefícios comuns) enquanto empunha ela
  • Mestre em Arma: escolha uma arma. Com esta arma, seu dano aumenta em um passo e você pode gastar 2 PM para rolar novamente um teste de ataque recém realizado. Pré-requisito: Especialização em arma com a arma escolhida.

Peregrino de Valkaria

  • Ímpeto: como um guerreiro.
  • Improviso: você pode gastar 1 PM para ser considerado treinado numa perícia que não possua por um único teste, essa habilidade pode ser usada como uma reação.
  • Arma de Valkaria Aprimorada: o dano de qualquer arma que saiba usar aumenta em uma categoria.
  • Liberdade total: Você recebe +5 em testes contra efeitos que possam aprisioná-lo, como a manobra agarrar ou a magia Imobilizar.
  • Desafiador: quando enfrenta um inimigo de ND maior que o seu, qualquer habilidade com custo em PM diminui o custo em -1.

Novo Item Mágico - Mangual Aventureiro (Valkaria): Arma encantada como um presente de Valkaria para devotos de Arton. Este Mangual Formidável tem o cabo e a cabeça feitos de aço, interligados por uma corrente coberta de ouro. Nas mãos de um devoto, torna-se um Mangual Formidável e Dançarino. Nas mãos de um devoto de 11º nível ou mais, torna-se um Mangual Formidável Energético e Dançarino.

Imagens

Batalha contra Esmagador Coletivo próximo do corpo de Tauron

Templo de Tauron abandonado na área de tormenta

área inundada do teste de combate proposto por Silvanus

Mapas preparados para possíveis encontros aleatórios

Então, o que acharam desse capítulo da campanha? Como eu falei, a história engatou e esse trem não vai parar, vamos ver como os aventureiros vão lidar com isso no futuro.

 Bestiário MMD

 Abraços ou Beijos

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