segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Diário de Campanha Tormenta RPG - Tamu-ra: Episódios 1 e 2 - Os Heróis dos Nonin


Olá, Leitores! Hoje é dia de iniciar mais um diário de campanha aqui do blog. Diferente da nossa última campanha, que era bem linear, resolvi mestra algo bem diferente. Depois de assistir alguns gameplays de um jogo exclusivo pro PS4 chamado "Nioh" eu tive a ideia de iniciar uma campanha na era feudal do Japão. A ideia foi evoluindo e quebrando as barreiras do Japão feudal, agora englobando mitologia asiática no geral.

Depois de pesquisar história real, lendas, jogos, etc. - ainda estou pesquisando - eu optei por rolar a minha campanha em Tamu-ra, o império de Jade de Tormenta RPG, antes da Tormenta atingir a ilha. Li tudo que eu podia sobre o cenário e percebi que Tamu-ra é uma tabula rasa, para servir justamente de Background para os heróis. Li o Aventuras Orientais do D&D e enfim consegui chegar as ideias que eu queria. Para terminar a mistura, estou usando técnicas de criação de mundos do Dungeon World, onde os jogadores ajudam na criação do mundo de jogo com o background e acontecimentos de cada sessão. Desenhamos o mapa de Tamu-ra e depois de marcarmos alguns pontos de interesse pudemos começar a nossa campanha. O resultado das primeiras sessões, você vai encontrar a seguir.


Tilipe – Rakin , Qareen Usurpador 2: Deixou o plano de Wynna para Tamu-ra. Em suas andanças encontrou uma biblioteca antiga onde ouviu falar de uma técnica capaz de usurpar os poderes dos deuses. Ele então buscou aprender essa técnica. Depois de chamar atenção perguntando para todos sobre isso, ele foi sequestrado e recebeu o treinamento.

Pedro – Yoni, Elfo Invocador 2: Nos últimos três meses ele fugiu para Tamu-ra para fugir da guerra élfica após a derrotada do avatar de Glórien. Estudou magia élfica e também com alguns mestres tamuranianos.

Filipão – Alian Marius, Humano Swashbuckler 1: Caçador de baleias que se uniu a um grupo de piratas que o sequestrou sobre ameaças de morte. Desembarcou em Tamu-ra com companheiros de pirataria com o objetivo de interceptar um grupo de aventureiros com um grande tesouro que viaja pelo mar.

Gustavo – Shyvaradesh, Humano Linhagem de Storm Giant Guerreiro 2: Filho de dois aventureiros de Vectora, eles sempre levaram o seu filho em todas as aventuras, o que o acostumou com situações de risco. Quando adulto, ele escolheu fugir de casa e deixar Vectora, pois quando se aposentaram não queriam a mesma vida para o filho. Hoje em dia, vive em Tamu-ra como um aventureiro.

Tiago - Moreau do Coelho (fêmea), Cavaleira do Panteão 2: Não lembrei o nome e ele fez o favor de deixar o nome da personagem dele em japonês, no próximo diário as informações serão adicionadas aqui.

Bora ler!

Criação de Personagens
No período entre o final da última campanha e o início dessa, eu dei uma parada com o RPG. Joguei só uma aventura de um amigo, enquanto meus jogadores jogavam um para o outro a responsabilidade de mestrar. Eles até hoje evitam fazer isso, não sei se é por medo ou preguiça, porque eu acho que estão bem preparados para mestrar depois de tanto tempo jogando.

Nesse período estavam todos pedindo para jogar Tormenta, querendo uma mesa medieval, porém, quanto joguei a aventura do meu amigo percebi que os jogadores pareciam nem saber jogar. Eles fizeram personagens bem fracos e escolheram coisas que não era úteis nem para eles mesmos nem para ninguém. A ideia da minha nova campanha já estava na minha cabeça e eu resolvi que ela seria difícil e que não abriria tantas vagas para jogadores, para que o jogo rolasse mais rápido e sem off.

Os jogadores tiveram que entender que subir de nível não seria igual a enfrentar desafios mais poderosos, na verdade, passar de nível seria só ter mais recursos para enfrentar os perigos do mundo. Então, fiquei um mês encontrando os jogadores um de cada vez para criar as fichas. eles teriam 24 pontos para dividir entre suas habilidades básicas (for, des, con, int, sab, car) e poderiam pegar uma desvantagem, ou ganhar talentos de acordo com a categoria de idade. Outra opção, seria escolher um linhagem, uma regra extra do Unhearted Arcana do D&D 3.5, assim os jogadores ganhariam poderes em níveis variados de acordo com a descendência com determinadas criaturas, em troca sacrificariam alguns de seus níveis.

O Gustavo pegou uma linhagem de Gigante da Tempestade, o que já da algumas possibilidades de aventuras para o futuro e fala muito sobre o seu personagem. No dia, todos contaram suas histórias, mas ai eu tive que pedir para mudar muita coisa, mesmo com um mês eles tiveram preguiça de preparar algo curto. Além disso, praticamente nenhum deles tinha algo oriental em suas histórias ou habilidades, o que tirava um pouco do clima do jogo. Depois de negociar as modificações, os jogadores marcaram no mapa onde seria a vila que a campanha iria se iniciar, então marcamos os territórios dos clãs da campanha e alguns pontos de interesse relacionados ao Background dos jogadores, como a biblioteca onde o personagem do Tilipe descobriu sobre as técnicas de usurpação.



Os Heróis dos Nonin
Toda a aventura se passou no mapa acima
Um grupo de heróis descansa de suas viagens pelo Império de Jade numa pequena aldeia de pescadores, há outro como eles ali, seu nome é Rakin, um qareen com uma tatuagem que cobria parte do rosto e o braço esquerdo, exposto para fora de seu kimono. Os nonin (plebeus) daquele vilarejo passavam por tempos de vacas magras, seu dinheiro e mantimentos ia em grandes quantidades para os Daymios próximos que travavam uma guerra feudal no momento - haviam boatos do Imperador Tekametsu estar enfraquecido, o que inflou antigas rivalidades e desejo de conquista - mesmo com pouco, o povo não deixou de ceder um pouco de água e bolos de arroz para os viajantes, que sentavam como podiam frente a arvore de Sakura no centro do vilarejo.


As folhas rosadas estavam secas, já era fim de outono, mês de Dantal. Sentiam o vento frio se aproximando, o córrego próximo e o mar a poucos quilômetros mantinham a umidade alta. As mulheres do vilarejo faziam os afazeres com as crianças, quase todos os homens viajavam para pescar e estavam ausentes durante aquele dia. Um grupo chegou falando alto da ponte de madeira do vilarejo, atravessaram o umbral e pisaram no chão úmido com suas sandálias, um deles tomou a frente, armado de um Tetsubo gritou em alto e em bom som que eles estavam ali para cobrar impostos e que queriam muito dinheiro.

A jovem cavaleira que acompanhava o grupo tentou oferecer pagamento, em sua ingenuidade demorou para notar que eram bandidos e que o preço que cobravam era caro demais. Logo os viajantes se uniram para afastas os bandidos, que se dividiram entre dois atacando com arcos e dois usando tetsubos. Yoni, o elfo conjurou uma pequena cópia sua para atacar os inimigos; Shivaradesh com o seu corpanzil e cabelos brancos, usou sua foice para atacar os inimigos. Em pouco tempo estavam derrotados, um deles fugiu com rapidez e prometeu voltar.

Os heróis voltaram-se para trás e viram as mulheres em pânico, algumas foram ajudar com os corpos, outras afastavam as crianças. Ouviram o barulho de algo deslizando, era a parede de papel de arroz de uma das casas, de lá surgiu um homem manco na casa de seus quarenta anos, usava o cabelo raspado no topo da cabeça com coque no meio da careca. Aquele era Tetsuo Kurosaki, o ancião da vila. Ele convidou os heróis para tomar saque e conversar. Porém antes disso olhou a moreau do grupo dos pés a cabeça e ordenou que ela ajudasse as mulheres antes de entrar.

Comentários:
  • Essa introdução da campanha serve de tutorial para como funcionam os combates e para relembrar regras, gosto de fazer isso no Tormenta porque as regras podem ser complicadas, bom também que ajuda os novatos, como o Pedro.
  • Além das diferenças culturais, Honra e preconceito vão estar bastante presentes nas aventuras dessa campanha. O próprio Tetsuo é machista, na hora da interpretação deixei isso claro, tratando a personagem do Tiago diferente e até evitando olhar para ele.
  • Logo no início da sessão o mapa do vilarejo já foi posicionado, ele seria de grande importância mais para frente.
Tower Defense

Todos haviam retirado seus sapatos e apoiavam-se em seus joelhos na frente de uma pequena mesa, sorviam o saquê em recipientes triangulares. A conversa só se iniciou quando a moreau entrou no recinto. Tetsuo era rígido e falou a verdade logo de início, não devia enrolar os heróis. Seu vilarejo seria atacado aquela noite, não possuía homens capazes de segurar os bandidos e não queria imaginar o que aqueles nonin sofreriam nas mãos dos bandidos. Ele disse estar com pouco dinheiro, ofereceu 50 TO e comida para a viajem dos heróis, além de um cavalo e uma carroça. Todos aceitaram.

Rakin e Yoni haviam conjurado magias e ficaram descansando no vilarejo para conseguirem usar todo o seu poder na hora do ataque, eles auxiliaram as pessoas do vilarejo a construir barricadas e erguer pequenas torres com madeira de barcos que estavam sendo construídos no vilarejo. Por sorte, haviam sete homens capazes de lutar no local, que viriam a calhar mais tarde. Shivaradesh e a cavaleira que era devota de Azgher seguiram até a praia, onde gastaram algumas horas para encontrar Kappas. Ouviram no vilarejo que as criaturas místicas produziam oleos poderosos e inflamáveis.

Shiva reverenciou as bestas que o cercavam, eles tinham pele verde e reptiliana, cabelos sebosos com um buraco alto meio, onde sempre havia água, nas costas possuíam a carapaça de uma grande tartaruga. Mesmo com a linguagem debilitada, tudo correu bem e voltaram a noite para se preparar para o combate.

Quando Tenebra já estava alta no céu, um barulho alto de tambores começou a ser ouvido por todo o vilarejo. Os heróis se prepararam em suas linhas de defesas, os pescadores seguravam clavas com força e o nervosismo de iniciantes. A ponte logo a frente do vilarejo atravessava um rio, onde Rakin escondeu seu poderoso elemental da água, pretendia cercar os inimigos. A luta começou, haviam seis deles. Flechas atravessavam as barricadas que tornavam a ponto o único caminho direto para aquele local, quando o primeiro inimigo atravessou, Tetsuo deu um tiro barulhento com um velho mosquete que tinha e acendeu o óleo Kappa, uma parede de chamas ergueu-se e dividiu os inimigos das pessoas do vilarejo. Porém aquela barricada não duraria muito, pois graças a um erro de cálculo, Yoni conjurou um meteorito que caiu dos céus e estraçalhou as defesas do vilarejo, abrindo passagem para os bandidos.

Com o passar do tempo, uivos e latidos foram ouvidos. Os bandidos haviam circulado o vilarejo e chegaram com cachorros treinados, que miravam as pernas dos heróis e seus aliados, derrubando-os para serem estraçalhados no chão. Rakin usava o elemental para se proteger, enquanto se movimentava pelo local usurpando as magias dos deuses, ainda uma pequena coceira nas costas dos maiores ícones do panteão, por enquanto. A cavaleira do grupo subiu casas e travou batalhas contra arqueiros furtivos e bem posicionados dos inimigos, depois saltou do telhado direto em um grupo de bandidos. Shivaradesh ceifava a todos com sua foice, até o final da batalha, foi atingido apenas duas vezes.

Um tiro certeiro matou o elemental de água de Rakin, que num ápice de luto ficou paralisado de medo e angústia. Dividiam uma ligação telepática, que quando quebrada causava verdadeira paralisia. Yoni teve que ajudá-lo arrastando-o para um canto, onde se uniram a Tetsuo com sua arma barulhenta e destruidora, várias cópias do elfo invocador lutavam contra diferentes inimigos, mas foi uma magia de sono certeira que conjurou que mudou a maré da batalha, desacordando cinco inimigos ao mesmo tempo. No fim, após contarem, perceberam que eram seis bandidos para cada um dos heróis, além dos cachorros que davam mais trabalho que todos os outros.

No dia seguinte, Rakin interrogou os bandidos que sobreviveram e estavam presos no galpão do vilarejo. Ele mostrou muita crueldade, ao enfiar uma adaga na patela do joelho de um deles, antes mesmo de fazer qualquer pergunta. A cavaleira e Yoni se recuperavam, tiveram ferimentos graves e quase deixaram o mundo material. Shiva e Rakin marcaram no mapa a base daqueles bandidos e, depois de uma conversa sobre aventuras com Tetsuo, marcaram uma fortaleza no litoral. Sabiam também que Vectora passaria por Tamu-ra dentro de duas semanas, decidiram que nesse período deveriam ir para a capital.

No dia seguinte, recuperados e devidamente abastecidos, rumaram para a estrada, começando finalmente suas aventuras por Tamu-ra.

Comentários:
  • Para cada jogador presente no dia, haveriam 6 bandidos e 1 cachorro. Pensei nessa proporção, porque o pessoal botou pressão e 10 pessoas prometeram que iam jogar. Como não to com tanto tempo assim, limitei para cinco vagas (mas vão virar 6), mas na primeira sessão ia deixar aparecer todo mundo, para já introduzir os personagens.
  • Quem morrer nessa campanha vai sair da mesa e dar a vaga para algum outro jogador que vai ficar de fora, imagina quem ta na fila pra jogar uma pelada haha
  • Essa batalha foi bem tensa e demorou bastante, terminei a sessão com os jogadores ainda sem saber para onde iriam exatamente ou em que ordem visitariam esses lugares. Gravei um vídeo sobre esse assunto que você pode ver aqui.
Viajando Pelos Ermos
adivinha quem aparece
Tamu-ra é um arquipélago não muito vasto, possui muitas estradas e vilarejos que devem impostos a um senhor feudal, ou Daymio. Há policiamento nas estradas, porém não existe forma alguma de iluminação. Andar com uma carroça com feno e comida era um luxo de poucos, luxo esse que os heróis tinham acesso. A viagem era tranquila, o Sol não cansava o lombo do cavalo ou a cuca dos heróis, o frio que começava a ser problema a noite, por sorte tinham bastante comida graças a sua missão no vilarejo.

Rakin tentou puxar assunto com os outros heróis, havia se juntado a eles para viajar até a capital e não ligou de explorar um pouco antes com eles. Porém, foi ignorado, todos pareciam estar preocupados com seus próprios pensamentos, o que tornou a viajem monótona. Enquanto o segundo dia não houve problema algum, no primeiro dia a noite Yoni foi atacado por dois lobos quando estava de guarda, sua resistência era tão baixa que após alguns ferimentos quase desmaiou de dor. Os aliados acordaram no meio da noite e o ajudaram, conjurando magias e enxotando as criaturas. Um viajante surgiu enquanto o ataque acontecia e os ajudou. Tinha o corpo moreno, parecia de um lugar tropical distante... Com certeza era de Arton. Seu nome era Alian, um homem bem mais falante que havia se perdido de alguns companheiros de sua tripulação de piratas - nada sábio dele espalhar que era pirata por aí, diga-se de passagem - pediu para se unir a trupe para viajarem juntos até a capital, todos aceitaram.

Ter mais um era perigoso, porém o bucaneiro tinha suas rações em sua mochila e não demandava nada além de um pouco de papo de hora em hora. No terceiro dia de viagem, após atravessarem uma longa ponte que ligava a ilhota que estavam com a grande ilha de Tamu-ra, passaram por uma plantação de arroz, onde chamaram atenção dos nonins que ergueram seus chapéus alongados de palha para ver a trupe passar. No caminho cruzaram com um comerciante halfling de longa barba e uma carruagem cheia de geringonças. Alain tentou roubar o velho, que logo sacou e debochou do pirata. Ele vendeu poções, bálsamos, cordas e tralhas para os heróis, sempre com seu vício de linguagem de falar "ou não" no fim de todas as suas frases. Era batizado de Khalmyr, mas não tinha nada a ver com o deus.

Vendeu também informações sobre o forte que os heróis queriam conhecer, disse que ele foi atacado por um Lich e seus servos gigantes, a batalha não estava lá muito boa, então o morto-vivo amaldiçoou todo o local, fazendo com que todos que estivessem ali fossem transformados em mortos-vivos e o local jamais deixaria de ser amaldiçoado enquanto ele estivesse vivo, ou não.

Todos se despediram com uma risada, o velho halfling era simpático, mesmo que fosse extremamente estranho encontrar alguém daquele povo em Tamu-ra. Se tudo desse certo, chegariam no forte no meio do dia seguinte. Mas não deu certo.

Comentários:
  • Os encontros aleatórios da minha campanha serão bem perigosos, mas nem todos serão combativos, os jogadores tem que compreender que nem tudo se resolve com luta.
  • Para ajudar na hora de rolar um encontro eu estou usando uma tabela que postei por aqui sobre o que os monstros estão fazendo quando são encontrados.
  •  Eu rolo a chance de um encontro de dia e de noite, depois rolo aleatório se será com um monstro ou não e depois rolo tabelas que eu fiz ou achei na internet para saber o que vai ocorrer. Na primeira noite foram dois lobos, na noite deste dia foi o encontro abaixo que encerrou a sessão.

A Bruxa


Era noite, o vento frio farfalhava as árvores da floresta onde os heróis repousavam. O pangaré deles dormia em pé, preso na carroça. Os outros se espalhavam como podiam próximo a fogueira que erguia um filete de fumaça aos céus, Yoni era o guarda da vez, parecia que Nimb não havia rolado bons dados para ele aquele dia. Tiveram que deixar a tranquilidade da estrada para o barulho de centenas de animais noturnos da floretas, pois o forte não possuía estradas diretas, porém o som dos animais foi o que denunciou que algo estava errado, quando apenas o barulho do vento pôde ser ouvido.

Com medo, Yoni começou a acordar os amigos, todos perceberam que algo estava errado, ele havia usado um pergaminho com um Alarme ao redor do acampamento, seja o que for que estava na floresta ainda não estava perto demais, todos se levantaram e se armaram. Rakin usurpou o poder das fadas de Wynna para conjurar pequenas criaturas com uma aura azul que voaram pela floresta, já em penumbra por magias anteriores, em busca de um alvo. A fada voou ao redor de uma mulher com um kimono negro com desenhos de rosas na parte mais baixa e cabelo preso, como uma gueixa. Mas era uma queixa que parecia ter sido queimada, jogada na lama e na poeira, sua franja tapava seus olhos, sua mão possuía unhas de 15 centímetros que reluziam como o aço. Ela começou a se aproximar rindo, mesmo vendo ela o barulho parecia vir de todos os lugares, todos tremiam e se preparavam

Todos estavam prontos para atacar quando necessário. Shivaradesh tentou dialogar, entender o que ela queria, porém ela ria como uma jovem envergonha, mas sua voz ecoava assutadoramente enquanto ela caminhava lentamente até os heróis. O usurpador do grupo conjurou as plantas da floresta para prender a mulher, que apenas teve que andar mais devagar, ela mordeu os lábio e gemeu com tesão, saboreando o momento e com um gesto fez surgir um paredão de líquido negro e vivo entre os heróis. Yoni caiu prostrado no chão, havia invocado uma cópia sua para lutar, mas ela nem se moveu, pois o mago estava cego. Ao seu lado, sentiu o corpo de Alian cair sem vida.

Rakin estava isolado atrás do paredão de seis metros de altura e muitos metros para os dois lados, lembrou-se de sua mãe e os contos sobre as poderosas bruxas que devoravam almas, sabia que eram fracos demais, que não teriam chance. Gritou para os amigos correrem e fugiu com seu elemental, controlando o ar para fazê-lo voar para longe dali, torcendo para que alguém saísse com vida.

O cavalo se soltou e saiu dando coice e galopando pela floresta, Shiva e a cavaleira conseguiram fugir em desespero. Yoni mesmo cego conjurou um cavalo e montou nele, porém já sentia a vida deixando o seu corpo, desmaiou em cima do animal feito de magia, que foi sumindo a cada metro de sua galopada, até o corpo do elfo se chocar no chão quebrando alguns ossos. Shivaradesh tomou coragem e olhou para trás, viu a bruxa enfiando a mão inteira na garganta de Alain e puxando um globo branco que pingava iluminando o rosto da criatura, era a alma do pirata. Ela então pegou a alma e a devorou, saboreando o pequeno banquete que teria.

Epílogo

Rakin perdeu as energias, estava no chão, exausto, ofegante como se seus pulmões fossem arrebentar o seu peito, ele olhou para frente, um grupo de mercenários que não pareciam de Tamu-ra se aproximavam dele. Shiva e a cavaleira correram, ambos jogaram as armaduras no chão e começaram a vesti-las enquanto tomavam água de um lago próximo, um grupo surgiu marchando, usavam armaduras samurai e panos que envolviam a cabeça como turbantes, lanças erguidas.

Continua no Próximo Episódio.... 

Eae, galera! O que acharam desse diário? O que vocês acham de um grupo de nível 1 ou 2 dar de cara com um inimigo de ND 13 aleatoriamente durante uma sessão? A segunda sessão deveria ser mais longa, mas como os jogadores atrasaram eu resolvi fazer mais curta e depois da cena da bruxa não haveria porque continuar, afinal foi um fim de episódio perfeito.

Na próxima postagem do diário eu trago a regra de XP que eu estou usando e já vou começar a trazer algumas fichas que eu adaptei para esta campanha. Não deixem de comentar e conferir o nosso último video, ok?

MMD #8 - Exit Points

Abraços ou beijos

2 comentários:

  1. Bem bacana, mas a tabela que você linkou ta quebrada, se puder upar dnv eu queria ver.
    Vlw e parabéns, parece que deu bastante trabalho preparar essa campanha.

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    Respostas
    1. opa, o blog mudou o link esse ano. Só mudar a parte athousanddices para maisdemildados no link que fica tudo certo.

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