segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Diário de Campanha Tormenta RPG - Tamu-ra: Episódios 3 - A Guerra e a Peste



Fala galera! Nas duas últimas semanas rolaram três sessões da minha campanha de Tormenta em Tamu-ra. Como as sessões tem sido curtas, por causa dos compromissos dos jogadores e por faltas, estou optando por escrever os diários a cada duas semanas. Mas, quando as sessões tiverem mais acontecimentos, vou escrever na mesma semana para não acumular.

O Tiago por enquanto está fora do grupo, pois está para se mudar para o Japão! Por isso tem ficado sem tempo para jogar, o personagem dele não morreu, mas está ausente do grupo e sumiu sem dizer para onde iria. A campanha tem andado de forma bem divertida, com sessões bem diferentes umas das outras, desde roleplay bobo, encontros com NPCs importantes, batalhas campais e aventuras de infiltração e horror. Leiam para conferir!

Alice - Alera, Aggelus Barda 2, NB: Ainda sem história, mas é uma barda que toca pratos e arranca suspiros por onde passa.

Tilipe – Rakin , Qareen Usurpador 3, CB: Deixou o plano de Wynna para Tamu-ra. Em suas andanças encontrou uma biblioteca antiga onde ouviu falar de uma técnica capaz de usurpar os poderes dos deuses. Ele então buscou aprender essa técnica. Depois de chamar atenção perguntando para todos sobre isso, ele foi sequestrado e recebeu o treinamento.

Gustavo – Shyvaradesh, Humano Linhagem de Storm Giant 1/ Guerreiro 2, CN: Filho de dois aventureiros de Vectora, eles sempre levaram o seu filho em todas as aventuras, o que o acostumou com situações de risco. Quando adulto, ele escolheu fugir de casa e deixar Vectora, pois quando se aposentaram não queriam a mesma vida para o filho. Hoje em dia, vive em Tamu-ra como um aventureiro.

Dudu – Toru, Golias, Monge da Arte Suave 2, LN: Vindo de uma ilha dominada por sua espécie, foi recrutado como poder braçal assim como vários de sua espécie pelo imperador. Foi treinado pelos mestre do Imperador, depois de seu treinamento foi levado para trabalhar em troca de grandes recursos enviados para a sua terra. Agora vive como um fugitivo que largou a vida de gladiador escravo que foi lhe dada.

Denoel – Breareus, Meio-elfo Vassalo 2, LB: Filho de um tamuraniano com uma elfa. Antes de sua mãe perder a vida na batalha derradeira dos goblinóides com os elfos, enviou o jovem filho para Tamu-ra para servir o clã Nobunaga e se tornar um samurai um dia. Seu pai também está morto, porém a honra do clã não deixaria o jovem sem lar. Se tornou um pagem e agora deve subir na hierarquia provando-se digno.

Episódios Anteriores:
Episódio 1 e 2 - Os Heróis dos Nonin

A Aventura a seguir ocorre entre o dia 22/Dantal/1389 e o Dia de Tenebra de 1389

Bora ler!

Sinuca de Bico
Toru, um golias
Um balde de água fria arrepiou o corpo de Shivaradesh, ele abriu os olhos e se viu de joelhos com apenas as roupas de baixo todo sujo de lama e molhado. Na sua frente estava um anão que possuía um sotaque forte, puxando o "R" quando falava no idioma valkar. O guerreiro recebeu a proposta de auxiliar aqueles mercenários estrangeiros que serviam ao clã Tekametsu contra os monges do clã Wu que haviam descido suas montanhas e rumavam para a capital. Na situação que estava, o homem com sangue de gigantes aceitou se curvar e indagou onde estava sua companheira de orelhas de coelha, mas os mercenários não conseguiram a manter presa. Estava desaparecida desde a noite.

A alguns quilômetros dali, um grupo de monges que vestiam armaduras de Tamu-ra e panos como turbantes na cabeça acordavam Rakin. O clã havia reconhecido suas tatuagens místicas e pediu por seu auxílio na batalha que viria, infelizmente as forças deles não estavam em seu ápice e precisavam de toda ajuda possível. O qareen aceitou de bom grado e depois de um tempo tratou de tentar ajudar um jovem meio-elfo de roupas sujas do clã nobunaga.

O meio-elfo tinha o nome de Breareus, servia o clã nobunaga como um pagem, alguém que cuidava dos cavalos e se perdeu do seu senhor durante uma viagem até a capital, dizia que foi atacado por um Oni. Como membro de outro clã, os Wu o utilizaram como escravo e o forçaram a cuidar de seus cavalos, até que Rakin com seu charme sobrenatural conseguiu que o jovem servisse na retaguarda na batalha que aconteceria mais tarde naquele mesmo dia.

No lado dos Tekametsu, uma jovem bela de olhos vermelhos como fogo foi capturada enquanto andava próximo do acampamento dos mercenários. Acreditavam que ela era uma espiã, mas logo descobriram que não era. Um mercenário meio-orc que não tinha noção da própria feiura logo se afeiçoou por ela, o que a salvou. Outro capturado foi um golias que é procurado por aqueles que servem o imperador, os soldados se animaram com a recompensa que conseguiriam com ele e saquearam o seu dinheiro. Shivaradesh e a barda foram capazes de convencer os mercenários de que um golias lutador de sumô de dois metros e meio de altura seria útil na batalha.

A tarde, os dois exércitos se encontravam. Era uma batalha que envolvia milhares de pessoas, os mercenários eram numerosos, porém a vantagem era do clã Wu graças aos seus guerreiros de treinamento excepcional os dois exércitos desceram morros para se chocar num vale. A ansiedade e excitação consumia os soldados, sangue quente, adrenalina e medo. Muitos estavam acostumados, menos os heróis, eles estavam em suas primeiras experiências como soldados, torciam para não ser a última.

Comentários:
  • No dia desta aventura, nós confundimos que estava de cada lado. Por isso, quem leu o outro diário deve estranhar que na verdade o Gustavo estava do lado dos mercenários e o Filipe do lado dos monges.
  • O roleplay foi bem legal, a Alice é iniciante e está se acostumando ainda com o jogo, mas se divertiu com o jeito que eu falava e os outros também. Todos fizeram piadas com os seus pratos nada furtivos de se usar em combate haha
  • O Golias do Eduardo tem a história bem legal, eu ajudei ele com algumas coisas, como o fato histórico de que os lutadores de Sumô eram treinados para lutarem pelo imperador. O resto veio da cabeça dele. Até marcamos uma ilha de seu povo no mapa.
A Batalha contra o Clã Wu


A olha da batalha se aproximou com velocidade, as horas anteriores passaram como minutos, enquanto a ansiedade se diluía por todos os soldados. O Clã Wu não estava com os seus maiores soldados, mas era bem representado por ex-monges e guerreiros que lutavam por um povo que sabia que um Imperador fraco de espírito não poderia liderar uma nação. Os mercenários, por outro lado, lutavam por alguém justo e que pagou bem, e tinham a vantagem principal em seus números.

Os heróis começaram na retaguarda. Breareus usava vestes de terceira mão de seu clã, os Nobunaga, e era visto como um estrangeiro e inimigo entre as linhas dos Wu; Rakin, era de outro plano, mas era reconhecido como um aliado poderoso, graças aos poderes mágicos. Toru andava com Alera sobre sua proteção, sempre tocando seus pratos para ditar o ritmo dos mercenários; Shyva estava eufórico pela luta e logo que teve oportunidade entrou na batalha de cabeça.

Shyva era o único que se sentia realizado ali, os outros temiam lutar por quem não deviam e, por isso, se mantiveram recuados durante a batalha. Toru conseguiu defender o acampamento dos mercenários de alguns soldados inimigos avançados, graças à palavras mágicas de Alera, ganhou mais um metro de altura e espalhava os soldados inimigos com golpes sem dificuldade alguma, era um mestre no que sabia fazer.

Rakin ficou na retaguarda dos Wu, já com uma hora de batalha, encontrou um grande clérigo de Lin-Wu - tão poderoso que era possível sentir uma energia emanando dele - lutando de frente com Shyva. O Qareen não queria que o amigo morresse, mas estavam em lados diferentes. Teve muito cuidado para conseguir roubar as magias dos Deuses sem que o clérigo próximo conseguisse identificá-lo. Com conjurações precisas, fez o amigo com sangue de gigantes recuar. Porém, Keen, o Deus da Guerra, reconheceu no guerreiro uma vontade de fogo e durante uma prece para ter mais força, concebeu um milagre capaz de fechar suas feridas.

O pagem dos nobunaga, Breareus, protegeu o acampamento do clã Wu de um guerreiro novato como ele, alguém que plantava arroz e aceitou o pagamento para se unir aos mercenários para cuidar da família. Mesmo com um poderoso cavalo de guerra, mais treinado na batalha que ele mesmo, teve dificuldades de defender o acampamento, mas por sorte foi salvo por tropas que mudaram de posição. Assim que viu uma oportunidade, levou ordens para um pelotão e ao se retirar do campo, usou da vegetação e da velocidade de seu cavalo para fugir da batalha.

Do outro lado, Alera já sentia que suas magias não seriam suficientes, olhou para Toru que viu uma oportunidade e ambos fugiram do combate, por sorte seus batedores estavam focados na batalha, um problema mais imediato. Rakin conjurou uma magia de voo e saiu do campo de batalha, deixando os membros do Clã Wu furiosos. Enquanto isso, Shyvaradesh lutou e lutou, mas não podeia lutar uma batalha que não era sua para sempre e fugiu também.

Nas montanhas próximas, os heróis se encontraram por acaso, houve uma breve discussão, mas Rakin conseguiu acalmar a todos ao compreenderem que estavam naquela situação por ironia do destino. Maldito Nimb! Resolveram se unir para juntos chegarem a capital.

Comentários:
  • Como esta campanha é focada na guerra, muitas batalhas em larga escala vão rolar. Os jogadores tem um histórico de sempre perderem nesse tipo de batalha, por isso to treinando eles desde já haha
  • Eu organizei alguns quadrados que representavam as áreas da batalha: acampamento, retaguarda, fronte e atrás das linhas inimigas. Os jogadores se moviam a cada rodada ou se mantinham parados e rolavam os eventos que ocorriam com eles por ali. Eu gosto de batalhas assim, mas o Denoel não curte muito, faz parte haha
  • O mais legal dessa cena foi como a história do mundo estava sendo contada com a presença dos jogadores, mesmo que eles não tenham sido uma força tão poderosa a se contar no meio de tantos soldados. Um detalhe engraçado é que o Gustavo lutou contra um cruzado de Lin-Wu ND 12 e o Tilipe ao mesmo tempo! hahah por essa cena ele ganhou um ponto de favor divino de Keen ahaha
Ryujin
Casa abandonada de Ryujin
Durante a noite da batalha, os heróis fugiram e armaram acampamento num local distante. Eles conversaram sobre quem eram para não viajarem como completamente desconhecidos, abriram o mapa e calcularam 3 dias de viagem até a capital Yamadori. Porém, estavam a menos de um dia de distância do local onde os bandidos haviam indicado como esconderijo de seu líder, onde ficaria o tesouro deles.

O mais teimoso entre todos e com maior noção de dever era Breareus, mas ao garantirem que a viagem não seria muito desviada, o meio-elfo aceitou ajudá-los a recuperar o tal tesouro. A viagem no dia seguinte foi tranquila, chegaram sem dificuldades ao local indicado no mapa. Era uma floresta temperada com arvores de altos troncos retos e um pequeno córrego seco onde uma ponte passava, Alihanna havia tomado quase tudo para si. Em algum lugar por ali, achariam o que buscavam. No entanto, antes disso ouviram um guincho e um choro na floresta, Toru foi investigar.

Entre alguns arbustos, com a perna presa numa armadilha antiga e enferrujada, estava um Bakemono. A criatura tinha a pele cinza e cerca de um metro de altura, olhos esbugalhados amarelos e vermelhos, presas e garras negras e podres. Num ato de crueldade, Shyva e Rakin impediram que a criatura fosse solta de imediato, antes fizeram algumas perguntas para ela, como onde ficava o esconderijo que buscavam e se existia alguém ali. Conseguir descobrir que quem comandava tudo era um Oni de nome Ryujin, o meio-elfo do grupo já havia enfrentado um Oni e não gostou nada de ouvir aquela informação.

Depois que a criatura foi solta, os heróis notaram que estavam cercados por outros parecidos espalhados pela floresta. Aconteceu uma batalha entre dez Bakemonos e os heróis, o bakemono que libertaram não pôde garantir a segurança dos heróis e nem a própria, foi atacado pelos irmãos da própria espécie. Breareus brilhou com eu cavalo, derrotando vários com cortes e coices.

Seguiram rumo a direção dada pelo Bakemono da armadilha, alguns achavam estranho a crueldade com que a criatura foi tratada. Mas preferiram se manter calados. Os heróis seguiram pela floresta de forma furtiva, na falta de um especialista no ofício, Rakin tomou a dianteira - estava acostumado a se esconder de religiosos. Encontraram uma casa de dois andares meio abandonada, quieta. Uma pequena trilha levava até um portal vermelho com arestas pontudas, dois bandidos simples, nonins forçados à vida de crime, tocavam um sino.

Uma gueixa veio andando com passos curtos, vestia-se como uma flor de cerejeira, era bela, porém quase caricata em seus trejeitos e com seu guarda chuva vermelho rodando no ombro direito.  Falou algo com os bandidos que os heróis não ouviram e entregou-lhes um pergaminho, ela olhou pelo mato e viu Toru escondido, fingiu que nada havia acontecido e voltou para a casa.

Toru, Rakin e Alera foram de encontro aos bandidos, enquanto os outros permaneceram ocultos. Os bandidos eram simples e falaram que Ryujin, o Oni, dava informações de bons locais e pessoas para roubar ou saquear, porém pedia um pouco em troca. Havia um porém, ninguém conhecia sua aparência e os bandidos não pareciam saber que era um Oni. Os três heróis foram até o sino e o tocaram, querendo conseguir mais informações disfarçados como bandidos.

A gueixa retornou, seu chinelo e meias estavam um pouco sujos de lama. Foi educada, mas percebeu o ligeiro tremor nas falas dos heróis, sabia que mentiam. Eles não tinham o que oferecer além de seus serviços para Ryujin, então a serva olhou para Rakin e pediu para que a acompanhasse, ele foi temeroso, olhando por cima dos ombros para os seus companheiros.

Sumiu pela trilha e começou a sentir um cheiro férreo no ar, a gueixa abriu a porta e pediu para que ele entrasse primeiro. O seus passos foram vacilantes, ao acostumar-se com a penumbra e o cheiro cada vez mais forte, se deparou com um cômodo com fumaça e um caldeirão, onde outras mulheres preparavam uma mistura que parecia ser feita dos ingredientes nas paredes.

Corpos humanos presos sem pele nas paredes, o sangue pingava de sua carne vermelha, haviam pessoas de todos os tamanhos e estruturas, o que indicava que haviam adultos e crianças ali. Segurou a bile de seu estômago que veio com ácido em sua garganta e avançou, tremia. Deixou os calçados e entrou com a gueixa numa área mais suave, porém ainda impregnada pelo cheiro nojento.

Sentiu o chão de palha sobre seus pés e entrou numa sala escura, apenas iluminada por pequenas janelas que atiravam raios de sol para dentro do cômodo. Um humanoide grande e gordo alimentava-se de uma coxinha preparada por suas servas, era pequena demais para ser a de um adulto... Ofeceu para o qareen que recusou enquanto gaguejava. A penumbra revelava chifres saindo de um cabelo branco, um corpo azulado e gordo e forte. Uma voz grave falava com o usurpador, já sabia tudo que os heróis queriam falar-lhe.

Ele falou que sabia dos feitos de Rakin contra os bandidos que enviara para cobrar tributo do vilarejo em sua primeira aventura. Admirou-se pelos feitos do herói e sua capacidade mágica excepcional, houve uma proposta: conseguir uma esfera mágica no plano de Lin-wu e trazer para ele. Rakin aceitou com a voz trêmula, para garantir que obedeceria foi ordenado que despisse o seu Kimono e mostrasse o braço direito. As mãos grandes com garras do Oni queimaram o braço do qareen num formato místico.

Antes de liberá-lo, Ryujin admirou-se dos feitos do qareen e lhe deu 50 TL como investimento, queria garantir que a missão fosse cumprida. Ao sair daquele local, não respondeu nenhum de seus amigos, tudo que ele queria era deixar aquele lugar o mais rápido possível.

Comentários:
  • Essa cena foi interessante, pois agregou um combate fácil para os jogadores (os bakemonos tem ND 1/2), infiltração e furtividade. Além do Roleplay fodástico com o Oni.
  • Mais uma vez eu uso do horror para dar aquele drama nas cenas da aventura, é legal criar monstros indefensáveis e terríveis como o Ryujin, mas também é legal usar daquele vilão com motivação muito próxima dos heróis, como o Lobo da campanha anterior.
  • O que vocês acham de aventuras com tons de horror como a dessa cena?
Yamadori

Depois do encontro com o Oni, a viagem até a capital de Tamu-ra foi tranquila, no caminho tiveram apenas encontros curiosos com bakemonos fazendo suas necessidades como cachorros e uma fada que perdeu sua flauta na floresta. Passaram pelo templo de Amateratsu, nome dado ao Deus Azgher em Tamu-ra, comeram de graça e fizeram doações, mas não obtiveram nenhuma pista do aliado que desapareceu.

A capital, Yamadori, era uma jade no meio do império. Uma cidade que cresceu como um feudo, com muitas casas e comércio crescendo ao redor da gigantesca fortaleza do clã Tekametsu, com suas estátuas de dragões de jade gigantescos no topo. Havia uma população mista, com bem mais estrangeiros do que no resto do arquipélago. No local sofriam menos preconceito que em outros lugares, o que já dava uma leve brisa de ar fresco para os não-humanos.

Após alguns dias calado, Rakin contou para Shyvaradesh o que ocorreu com o Oni, preferiram manter segredo daquelas informações. Breareus teve que encontrar com o seu mestre em missão diplomática e se separou do grupo nos próximos dias. Graças a algumas economias do qareen, todos ficaram num hotel luxuoso com uma fonte termal artificial criada por um druida.

Optaram por aguardar a chegada de Vectora, onde poderiam comprar coisas exóticas e o guerreiro do grupo poderia reencontrar a sua família. Yamadori passava por um festival em comemoração a vinda da cidade voadora. No festival, vários desafios estavam espalhados pela cidade, coisas simples, mas que pagavam bem. Diziam até que quem ganhasse seria bem visto pelo imperador. Escolheram participar.

Os heróis participaram de vários e se tornaram vitoriosos em pelo menos uma categoria, além de irem bem numa segunda. Shyva ganhou disputas de quebrar tábuas e até tijolos com golpes, Rakyn ganhou um torneio de majong, Alera treinou o melhor besouro lutador de sumô da cidade, Toru chamou atenção na meditação e em testes de fôlego. Dois dias antes do Dia de Tenebra, quando Vectora chegaria, acordaram com visitas de ninjas em seus quartos. Todos foram convocados para um encontro com o imperador no dia seguinte.

Comentários:
  • Essa cena aconteceu na última semana, só o Filipe e o Gustavo apareceram para a aventura, o que é meio foda... Falei com o pessoal que se forem faltar vão perder a vaga, já que tem três jogadores na lista de espera da mesa já.
  • O personagem do Tilipe é bonito demais, ele já chamou atenção da atendente do Hotel que ficaram e rolou um romance, mas nada que vale escrever em um paragrafo.
  •  Os desafios eram baseados em testes de habilidades (For, Des, Con, Int, Sab, Car) com CD 10, 15 e 15 de novo, cada vitória rendia 10+1d20 TO. Todo mundo conseguiu uns trocados. Além disso, foi uma ótima desculpa de juntar todo mundo para falar com o imperador.
O Encontro com Tekametsu 
Imperador amarelo da China, uma das minhas inspirações pro Tekametsu
Estavam reunidos na frente da grande fortaleza. Portões de madeira mágica e talhada com maestria, soldados usavam mascaras e estavam armados com obras de arte bélicas. Os portões se abriram e foram guiados por uma turba de funcionários, as roupas eram de uma amarelo forte, quase dourado e negras.

Era um verdadeiro castelo, prédios secundários e diferentes palácios igualmente fortificados e belos. Os ventos do inverno batiam na porta, mal poderiam imaginar quão belos seriam aqueles jardins na primavera. Rakin teve a impressão de ver um vulto no telhado, mas não sabia se tinha certeza. Sentia um mal estar estranho, devia estar em solo sagrado, péssimo para os seus poderes.

Houve uma bateria de revistas e testes para compreender a tendência de cada um entre os presentes, então foram levados até uma pagode no centro da fortaleza, tinha mais de dez andares com telhado pintado com esmero. Lá dentro circularam por uma longa escadaria, no centro havia uma estátua de ouro e jade que representava Lin-wu. Já no topo, encontraram um homem de vestes cerimoniais, com uma bola brilhante que parecia ser feita de vidro colorido orbitando a sua cabeça como uma lua ao redor de um planeta.

Ele gritou: KAI! E nada aconteceu, Alera e Rakin sabiam que aquilo servia para dissipar qualquer encantamento que não fora detectado antes. Pararam na frente de uma porta e receberam indicações para prestar respeito e não se aproximarem demais. Entraram.

Era uma sala com o chão feito de madeira, haviam obras de arte nas parede e algumas janelas. Todo o local tinha cheiro adocicado por incensos diversos, o som era agradável, pois o imperador tocada um gu zheng por trás de um véu branco no centro do cômodo, seus olhos brilhavam com energia, parecia jovem em seus mantos negros e amarelos, cercado de almofadas e narguíles. Parou de tocar por educação.

Sua voz era suave, porém tinha tosse e parecia doente, fraco. Admirou os feitos dos heróis e pôde contar para que os chamou ali. Há algumas centenas de anos atrás, os clãs estavam em guerra e Tekametsu conseguiu unir a todos graças ao seu clã e sua amada, uma antiga Deusa Menor. Porém ela morreu, Lin-Wu o presenteou com sete esferas mágicas capazes de voltá-la ao que era, no entanto,  o povo de Tamu-ra estava em grande dificuldade e precisou que essas esferas fossem usadas com eles. Para acertar a paz, cada uma foi dada para um dos clãs e outras duas foram deixadas em outros lugares.

Tekametsu continuou sua fala. Ele precisa de heróis capazes de recuperar as esferas de Lin-wu para ele, sem que seja necessário despachar tropas ou deixar claro para seus inimigos que ele está enfraquecido, mesmo que muitos sejam os boatos sobre este fato. Os heróis aceitaram a missão. Para dar uma direção para todos eles, o imperador fez flutuar uma esfera laranja de trás do véu até os heróis, que deveriam tocá-la. No segundo que ela abriu o véu, puderam ver a aparência pálida e doente do imperador.

Ao tocarem a esfera, tiveram uma poderosa visão sobre o paradeiro das outras esferas. Viram um homem de costas num dojo com centenas de armas de todos os tipos; viram uma ilha com uma forte tropa naval sendo atingida por um meteorito; uma caverna numa cadeia de montanhas rodeada de dragões; uma vila onde ninjas treinavam suas artes ocultas; Um monastério numa imensa montanha, num de seus cômodos repousava um imenso livro escrito Sora em sua capa; viram a si mesmos deitados em convulsões no chão do imperador; e, por último, vira uma poderosa tempesate em que um raio caiu e tomou forma quadrupede enquanto rugia.

A missão seria árdua e perigosa, o imperador deixou claro que deveriam cumpri-la o mais rápido que pudessem e em segredo. Sabiam que os yokai no reino estavam aumentando, devia ser reflexo da fraqueza de Tekametsu e aceitaram o fardo. Todos receberam mil Tibares de Ouro como adiantamento e se despediram do imperador com reverências. Tinham uma missão perigosa em mãos, deixaram o local ansiosos pelo dia de Tenebra.

Antes de deixarem aquele andar, olharam para trás quando ouviram um som agudo vindo da sala de Tekametsu, um homem alto e esguio com vestes finas e estrangeiras surgiu no local, possuía um cavanhaque pontudo. Shyva o reconheceu na hora, era Vectorius.


Continua no Próximo Episódio...

E ai, o que acharam dessa aventura? Não deixem de comentar! Desde que mestrei um one shot de Horror, resolvi usar mais desse recurso nas minhas aventuras para pesar de verdade as ações de certos vilões e poderes.

Para a experiência da minha mesa eu estou usando o método de XP normal do Tormenta RPG, com algumas mudanças. Os jogadores receber um modificador de -10%, 0 ou 10% de experiência por roleplay; perder 10% de XP para cada companheiro perdido na aventura; ganhar 10% ao concluir uma frente (seria uma quest) e ganham 1% do XP para o próximo nível de bônus se sobrevivem a uma sessão. O que acham desses modificadores? Obrigado pela leitura, galera.

Abraços ou beijos!

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