terça-feira, 28 de março de 2017

Diário de Campanha Tormenta RPG - Tamu-ra: Episódio 7 - Encontro com o Ki-rin


É galera, foi mal! To devendo essa postagem tem dois meses já Haha Ela só foi ficando maior a cada sessão de jogo que passava, mas hj vou contar para vocês muitas cenas extremamente divertidas da minha campanha e quem sabe eu não inspire vocês a criarem diferentes aventuras com isso.

Os heróis evoluíram bastante e estão numa busca implacável as esferas, durante um período se separam de Breareus depois de um mistério sobre seu passado ressurgir. A história está fluindo e se condensando, mas existem muitos mistérios que ainda devem ser revelados enquanto o tempo dos heróis se esvai.


O Grupo:

Tilipe – Daysuke, Humano Cruzado de Tenebra 8, CN: Devoto da Deusa da noite que desceu de Vectora em Tamu-ra, após ver dois ex-companheiros vampiros serem derrotados por outros servos de tenebra e alguns aventureiros. Hoje, Daysuke busca o lendário vampiro que suga a alma das pessoas que dizem viver no império de Jade. Ele pretende se tornar um vampiro também, como todo grande servo de Tenebra.

Gustavo –Tien Suanm, Elfo-do-Céu Samurai das Nuvens 6/Arqueiro 1, LN: Membro de uma raça abastada e raríssima a qual muitos consideram como anjos ou demônios. Tien é um exímio arqueiro que abandonou seu lar, pois não seguia a tradição marcial de sua família. Sendo filho do imperador Tekametsu, foi destacado para auxiliar na busca as esferas.

Denoel – Breareus, Meio-elfo Vassalo 8, LB: Filho de um tamuraniano com uma elfa. Antes de sua mãe perder a vida na batalha derradeira dos goblinóides com os elfos, enviou o jovem filho para Tamu-ra para servir o clã Nobunaga e se tornar um samurai um dia. Seu pai também está morto, porém a honra do clã não deixaria o jovem sem lar. Se tornou um pagem e agora deve subir na hierarquia provando-se digno, enquanto serve Son Goku, seu mestre.

T'challa, Hengeyokai Abençoado de Lin-wu 6 LB: Enviado de Lin-wu para auxiliar Breareus. Acredita nas missões e segue ordens do meio-elfo, mas não consegue evitar a discordância quando o paladino se preocupa mais com suas questões pessoais do que salvar Tamu-ra.

Soldados de Breareus: Humanos Samurai 4, LN/LB: Soldados do clã Nobunaga que servem a Breareus.

Pedro - Yusuke - Humano, Samurai da Montanha 8, LN: Um samurai de uma família que cultua o Deus Menor conhecido como Espada Deus. Suas habilidades sempre foram úteis ao Imperador, que sempre ajudou sua família. Foi destacado por Tekametsu para auxiliar na busca pelas esferas.

Luciano - Kakashi (Nome Verdadeiro: Urik) - Elfo, Ladino 3/Sedutor 3/Swashbuckler 2, CN: Fugiu de Lenórien e resolveu se esconder de Vectora durante uns anos. Precisando de um novo lugar para se esconder, desembarcou em Tamu-ra, assumindo um nome falso. Esconde seu rosto e sua aparência, fingindo que não é um elfo. Todo o seu disfarce, na verdade, esconde o trauma por perder a sua nação.

Filipão - Belrick - Qareen, Swashbuckler 1/Feiticeiro 6, CB: Um Qareen grandalhão que gosta de viajar o mundo e vive a vida a base de jogatina e farra. Tem um grande objetivo de se tornar poderoso como os maiores arcanos de Arton, se espelhando em Vectorius, pretende ter sua própria moradia voadora.

Mateus - Alvo, o Alquimista - Humano, Mago 8, LB: Formado na academia arcana que acredita que a magia deve ser ensinada para todos. Uma dádiva de Wynna que deve ser dada para todos. Ele viaja pelo mundo em busca de novas magias e rituais e pretende usar suas magias para enfrentar aqueles que usam a magia de forma ruim.

Episódios Anteriores:
Episódio 1 e 2 - Os Heróis dos Nonin
Episódio 3 - A Guerra e a Peste 
Episódio  4 - Os Servos de Tenebra e o Caminho até o Clã Nobunaga 
Episódio 5 - A Serviço do Clã Nobunaga 
Episódio 6 - Os Arautos do Peixe que quer ser Deus

A Aventura a seguir ocorre entre o dia 7/Exxin/1389 e dia 8/Pace/1389



Bora ler!


A Fortaleza que Caiu dos Céus


Houve uma pausa na exploração. A entrada para a fortaleza com formato de disco que caiu dos céus estava entreaberta desde a última exploração dos aventureiros; Breareus, Daysuke e Kakashi lembravam do local e estavam nervosos, com medo do que encontrariam e de que aquela exploração representasse mais mortes.

O local ainda estava mal iluminado, um pouco mais sujo que da última vez, no entanto. O Tubo de vidro enegrecido no salão inicial parecia tão misterioso quanto antes, manchas de sangue ainda marcavam o local onde aventureiros morreram da última vez. Os corredores e salas daquela fortaleza formavam um labirinto curioso, as portas não eram nada fáceis de abrir, Kakashi se sentia frustrado ao tentar arrombar a estranha fechadura das portas, força bruta também não era o suficiente.

Ouviam barulhos distantes de passos e de maquinário se movendo, tudo além do alcance da luz pálida de suas magias. Foi quando encontraram um corpo que tudo deu certo, ele possuía um retângulo fino como a lâmina de uma espada, nele havia um símbolo semelhante a letra "A". O objeto chamado de cartão pelos habitantes da fortaleza encaixava perfeitamente nas estranhas fechaduras do lugar.

Para chegarem aonde precisavam, os heróis teriam que encontrar três cartões: A, B e C. Por sorte, seu caminho foi direto, quase como se os deuses guiassem seus passos. Em um momento, entraram numa cozinha onde uma planta gigantesca e alienígena repousava, parecia sair de grandes panelas e tubos. Muitos queriam atacá-la, Breareus ameaçou acordar a criatura, não queria matar um inimigo desacordado. Todos saíram e trancaram o cômodo, Belrick queria incendiar o monstro, mas foi impedido.

Alguns oravam para os deuses em busca de iluminação, a prece foi atendida. Depois de enfrentarem o que parecia um golem trabalhador feito de um metal semelhante ao cobre; encontraram o corpo de um homem com uma roupa que colava em seu corpo e parecia bem leve, ele possuía um mapa da fortaleza e também uma espada afiada que vibrava ao ser empunhada.

Com o mapa, encontraram uma sala cheia de pistões e alavancas. Lá Kakashi pôde usar sua experiência com instrumentos mágicos e reativar a luz em todo o complexo, magias não eram mais necessárias. Era estranho como o local não precisava de tochas para ser iluminado. Daquele cômodo rumaram para o outro andar, onde chegariam a sala de controle.

Na sala de controle encontraram uma dezena de humanos com etnia não Tamuraniana. Suas roupas seguiam o mesmo padrão dos corpos encontrados na fortaleza. A líder daquele povo usava uma pistola diferente daquelas encontradas em Arton, Kakashi viu que não funcionava com ele. Para retirar a fortaleza do lugar, os Heróis tiveram que exaurir suas forças mágicas, que serviriam de combustível para a Nave.

A mulher explicou que vivia num mundo além do céu de Arton e que uma força poderosa daquele mundo impedia a Nave de sair do lugar. Depois de agradecer a ajuda, presenteou os Heróis com uma pedra preciosa, imaginou que valeria alguma coisa.

Os heróis observaram a fortaleza começar a girar e sair do chão, subindo em velocidade constante até virar apenas uma estrela e então desaparecer no céu. A montanha estava mais limpa agora, comum. Um templo foi revelado, ele estava destruído em grande parte, desmoronado por assim dizer. Os heróis entraram no lugar e dois Golens feitos de metal e vidro tomaram vida.

Os inimigos usavam escudos e espadas, representando estilos de luta antigos de Tamu-ra, hoje em dia ignorados por grande parte de seus guerreiros. Belrick foi o que mais gastou energia mágica, não teve muito o que fazer, além de distrair os inimigos. Alvo usou mísseis mágicos para atacar um dos construtos, mas todos foram refletidos e ele caiu no chão ferido.

A batalha não demorou muito, quando estavam cercados, os Golens atacaram a arma de Yusuke -  a mais perigosa contra eles. O samurai entrou em desespero ao ver a arma de sua família se despedaçar, os outros conseguiram acabar com os inimigos. Daysuke pegou um dos escudos mágicos dos Golens para si.

Alvo foi quem pegou a esfera e teve uma visão. Viu a esfera de Tekametsu; viu uma sala escura com ninjas e dois guerreiros que escondia a identidade; também viu uma montanha cheia de dragões e monstros; Um monastério numa montanha alta; um monstro que cavalgava trovões; e, por último, viu uma esfera nas mãos de Breareus.

Depois da visão, todos voltaram para a cidade próxima onde passariam a noite. Mas aquela não seria uma noite tranquila.


Comentários:
  • Bem, essa foi uma aventura muito legal, a exploração de Dungeons é uma parada que eu adoro fazer e usar certas mecânicas pra deixar a Dungeon única é sempre legal. Nesse caso, as mecânicas eram os cartões que eu tirei da aventura Expedition to Barrier Keeps (da imagem acima) e a escuridão.
  • Os jogadores usaram pontos de favor divino para lançar a magia Mapear, magia útil pra cacete haha dei o mapa que eu tinha para eles.
  • Os inimigos do templo eram Guardiões da Luz, eu tinha que quebrar a arma de alguém com eles. Eles tem o talento separar aprimorado.
  • A sessão acabou ai, a treta do Breareus com uma esfera vai render bastante, vocês vão ver.
  • Como terminaram uma Frente (tipo uma quest), todos ganharam 10% a mais de XP no fim da sessão.
Divididos

Enquanto os companheiros guardavam os suprimentos cedidos pelas pessoas do vilarejo, Alvo pensava em sua visão. O mago aguardou até a noite, chamou Kakashi e então acordaram Breareus. Tudo foi revelado, os aventureiros desconfiavam do meio-elfo e de sua lealdade, a discussão durou horas. Breareus disse que não sabia se tinha sido seu mestre que pegou a esfera ou não e que graças a certas atitudes não podia confiar aquela informação aos outros aventureiros.

Alvo então propôs algo, o paladino aceitou a contragosto... Teve que entregar sua esfera para Alvo que a levaria para o imperador. Todos os outros foram avisados da situação e tiveram sua confiança abalada. Tien foi o que mais sentiu, sua missão era encontrar as esferas, como alguém que o ajudava estava escondendo a verdade dele? Foi decidido que todos viajariam no seu novo navio e se dividiriam: Daysuke, Kakashi, Breareus e Tchalla seguiriam para o território Nobunaga, onde o paladino teria que cumprir algumas obrigações; Tien, Alvo, Belrick e Yusuke iriam para a capital encontrar o imperador e devolver as esferas que conseguiram.

A viagem de navio foi curta, envolveu pouquíssimos perigos - toda a região marítima de Tamu-ra estava mais segura desde que os Heróis derrotaram o Aboleth. Deixaram alguns dos seus em Hanamura (cidade principal dos Nobunaga), enquanto seguiam viagem. Breareus foi resolver suas pendências, enquanto T'challa foi investigar o território do clã.

Recentemente, Breareus soube que uma pequena cidade onde havia uma mina que explorou com os seus companheiros havia sido destruída da noite pro dia. A mina estava em decadência e o clã numa crise terrível. Como membro das forças militares e crescendo rapidamente em hierarquia, o meio-elfo descobriu que o clã precisaria entrar na guerra para receber auxílio de suprimentos dos Wei. Sem isso, a população morreria de fome e o clã seria subjugado com facilidade. Passou por cerimônias que representavam sua subida de hierarquia e conseguiu passar alguns dias com Oichi, a gravidez ficava cada vez mais visível, ambos se preocupavam com o futuro de sua criança, mas conseguiram aproveitar os momentos juntos mesmo assim.

T'challa, Daysuke e Kakashi viajaram para a vila destruída. A minha estava desmoronada, retirar todas as pedras e torná-la funcional novamente demoraria anos, os Nobunaga perderam sua maior fonte de metal. A cidade próxima parecia feita de cinzas, apenas algumas colunas eram o que lembravam os viajantes de um local que até uma semana antes estava cheio de cavalos e crianças brincando. Durante a investigação, descobriram que um grupo de homens pequenos vestindo-se de preto foram os responsáveis por aquilo, alguns sobreviventes diziam que eles usavam símbolos parecidos com os de Daysuke.

Nos destroços, o trio acabou conhecendo viúvas que perderam tudo na destruição. Todas eram tamuranianas lindas que logo saltaram os olhos dos três, até mesmo o mais autocontrolado deles não conseguiu resistir ao flerte das mulheres, que logo levou-os até um lago próximo onde banharam-se. A conversa se transformou em beijos, os beijos em sexto e se transformaria em algo pior, não fosse a intervenção de Daysuke. O servo de Tenebra notou a estranheza da situação e conversou com duas mulheres que o separaram dos amigos, ele mostrou que seguia a deusa da noite e que tinha vontade de se transformar num vampiro. As mulheres eram yokais chamadas de Rokuro-kubis, tinham pescoços alongados e certo grau de parentesco com vampiros.

Contaram para o clérigo sobre a lenda dos vampiros que Absorviam Chi. Ele conhecia a lenda e contou que perdeu companheiros que tentavam invocar a presença desse vampiro. A transformação nessa criatura era conhecida como O mais doce dos beijos, elas buscavam a transformação assim como Daysuke. Por terem objetivos semelhantes, as damas não terminaram seu ritual, que envolvia devorar as vítimas depois do sexo. Quando todas foram embora, Kakashi ainda reclamou que Daysuke assustou elas e ficou indignado, mal sabia que ele tinha salvado sua vida.

Na capital de Tamu-ra, Yamadori. Tien e Yusuke resolveram se juntar para visitar o clã do samurai que havia perdido sua espada ancestral. Alvo e Belrick aproveitaram uns dias para comprar algumas coisas para o seu navio, que agora possuía um grupo razoável de marinheiros, um estábulo e um laboratório para pesquisa de magias e criação de itens alquímicos.

A viagem dos dois samurais até as montanhas próximas foi extremamente conturbada, havia algo no local, ele estava cheio de Bakemonos e Yokais. Enfrentaram centopéias-dragões, harpias, Onis e muitos outros monstros. Também tentaram acabar com um Samurai que se recusou a realizar o sepuku - suicídio cerimonial para os samurais desonrados. Ele era chamado de Jackuru e antigo conhecido dos heróis. Mesmo sozinho se provou um adversário terrível, preferiram desistir da luta e deixar que seguisse o seu caminho.

Durante a viagem conheceram uma jovem ninja que cobria seu rosto com uma máscara de cerâmica, seu nome era Akatsu. Ela ofereceu recompensa para os heróis se fossem atrás de perigos da região, como uma bruxa que comia almas e um Oni que fomentava uma rede criminosa. Anotaram os lugares, mas deixariam aquilo para outro momento. A vila do Clã de Yusuke ficava num planalto, onde as pessoas cuidavam dos jardins, se preparando para a chegada da primavera. Todos usavam chapéus de palha e ficavam felizes de ver o samurai. Depois de sofrer algumas chibatadas por perder uma arma lendária de sua família, pôde receber sua nova arma e voltar para a capital.

Alvo havia cansado de esperar e visitou o imperador Tekametsu com Belrick, não antes de forçar o Qareen a ficar sóbrio. Passaram por todas as defesas mágicas, físicas e espirituais do castelo. Subiram uma torre onde havia um dragão de jade no topo até entrarem numa sala com cheiro adocicado e uma música suave tocada pelo próprio Tekametsu. Ele ainda estava atrás de um véu e ficou feliz por ter heróis capazes o auxiliando. Em tempos de guerra, os heróis de Tamu-ra sumiam, pois estavam com obrigações dentro de seus clãs.

Ele deu dinheiro para os Aventureiros após um pedido do Alvo. Nada mais justo, Tekametsu compreendia como a missão era extenuante. O imperador contou sobre a última vez que reuniu as esferas e como a guerra atraíu Yokais poderosos que só partiram graças as esferas, ele então dividiu as esferas com os clãs como uma lembrança de que estavam unidos. Era uma pena ter que tomá-las de volta.

Os heróis deixaram o palácio e foram terminar as últimas mudanças no barco, enquanto aguardavam o retorno dos aliados. Yusuke e Tien foram os primeiros a chegar, Alvo não escondeu seu sarcasmo ao falar que os dois que representavam o imperador não queria priorizar sua missão e foram resolver outras coisas antes de tudo.

De volta a Hanamura. Durante uma noite, Oichi contou algo estranho para Breareus. Ela havia ouvido boatos sobre documentos sobre o passado do meio-elfo que estavam sendo mantidos em segredo na fortaleza do clã. Ela não tinha ideia do conteúdo, mas devia ser importante, já que estava guardado tão bem.

No dia seguinte, Breareus não teve outra opção se não se curvar e pedir ajuda a Kakashi, que ele não confiava, mas era aquele mais capaz de invadir o castelo dos Nobunaga que conhecia. Daysuke, Breareus, T'challa e Kakashi se preparam um dia para a invasão, recolhendo informações, observando turnos de guardas, procurando brechas na seguranças. Quando o dia chegou, Breareus despachou alguns de seus soldados para visitar o castelo e conhecer o trabalho dos funcionários de lá, uma pequena distração que abriu caminho para Kakashi.

O ladino invadiu o local e saiu sozinho, recebendo auxílio de Daysuke que observava e fazia sinais a distância quando o local ficava perigoso demais. Kakashi recolheu o documento e também uma bolsa de carga que encontrou lá dentro, ele leu o que roubou e descobriu que Breareus era meio-irmão de Oda Nobunaga! Ele então saiu do castelo e falsificou o documento verdadeiro, quando todos se reuniram no outro dia, Breareus leu uma mentira.

O paladino descobriu que não era filho de quem achava, mas percebeu que o documento era falso, haviam erros que só estrangeiros fariam. Desconfiou imediatamente de Kakashi, porém a lábia do ladino era poderosa, ele pôde ludibriar o paladino e roubar o documento verdadeiro, que agora ficava em sua bolsa mágica. Depois de agradecer a ajuda de todos, Breareus reconheceu que seu lugar era com o seu clã e se despediu dos seus amigos enquanto partiam para Yamadori.

Ninguém sabe os planos de Kakashi com o documento verdadeiro.

Comentários:
  • Essa sessão foi difícil, o grupo se dividiu em três basicamente. Eu rolei os encontros aleatórios dos personagens do Gustavo e do Pedro e deixei quem não tava jogando na hora rolar para os monstros, foi engraçado e adiantou o jogo. Todos gostaram de participar mais, vou fazer mais vezes.
  • A invasão ao castelo dos Nobunaga não foi nada fácil, envolveu um desafio de perícia gigante que graças aos pontos de ação de Kakashi resultaram num sucesso total. Agora, o Luciano sabe a verdade sobre o personagem do Denoel e tem planos para isso, mas ninguém entendeu direito quais são.
  • O grupo resolveu ir direto para as esferas, não desviar tanto o caminho a partir de agora. Isso deve adiantar a campanha. Acho que antes de Junho a campanha termina.

Um Mês no Mar

O junco dos Heróis estava cheio. Canhões posicionados para protegê-lo de ataques; laboratórios e bibliotecas para estudo; um pequeno estábulo para a carruagem e os cavalos dos Heróis; quartos para funcionários e paara cada um dos heróis. Só faltava Breareus e seus subordinados ali.

Antes de partirem, os heróis pensaram muito em como fazer a viagem e qual seria seu destino inicial. Com cerca de um mês chegariam ao Monte Kyubi, onde fica o monastério dos Wu que devem buscar. Porém, também em um mês, chegariam usando um navio no monte Aokigahara, em seu topo vive o Ki-rin. A sede de aventura de Belrick mandava ir por terra, mas os outros colocaram juízo em sua cabeça e optaram pela opção mais segura: pelo mar.

Dentro do período da viagem, com exceção de alguns encontros terrívelmente perigosos, os heróis tiveram uma viagem tranquila. O mar estava mais amigável recentemente. Puderam notar a mudança do inverno para a primavera, com os ventos quentes e mais agradáveis chegando. Porém o frio não demorou a voltar, rumavam para a região mais fria do Império de Jade para concluir a busca pelas esferas.

Na primeira semana o maior perigo foi o encontro com uma Aparição, um morto-vivo terrível que caça criaturas vivas. Ele matou um dos marujos dos heróis, que foi jogado no mar antes de se transformar em um monstro também, quase matou Belrick que emagreceu muito quando suas energias foram sugadas pela criatura. A espada mágica de Yusuke foi de extrema importância no combate, já que seus poderes tornavam-na capazes de ferir criaturas sem forma física.

As próximas semanas foram mais tranquilas, proporcionando atividades relaxantes para os Heróis. Alguns viram raros golfinhos com chifres e sentiram a sorte de ter uma visão tão incomum; avistaram baleias e mais uma vez impediram Belrick de caça-las e pararam numa praia onde caçaram cancerontes - caranguejos mais largos que cavalos que valem um ótimo dinheiro se capturados com vida.

Quando a viagem estava para acabar, a tripulação foi surpreendida por uma criatura lendária. Um dragão Ryu do Mar, com escamas azuladas que emanavam brilho. A criatura era maligna e estava entediada, não queria simplesmente devorar os poucos habitantes do navio e acabou entrando no jogo proposto por Tien e Kakashi. 

O navio teve que parar e todos perderam horas preparando muitos dos Cancerontes capturados para o dragão, que apreciava não ter que comer algo cru para variar. Os cavalos menos habilidosos do Kakashi também serviram de alimento para a criatura. Enquanto esperava a comida, o Ryu exigiu algo para distraí-lo, propondo que os aventureiros lutassem entre si.

Belrick lutou contra Yusuke, ambos desarmados. Quando o samurai usou sua força descomunal para prender o feiticeiro, ele não viu outra escolha a não ser se transformar numa enorme Hidra de 5 Cabeças! O navio afundou um pouco, era peso demais, Belrick mal pôde se mover naquela forma, mas foi suficiente para se libertar de Yusuke. Kakashi jogou uma espada para o samurai que começou a cortar as cabeças da Hidra. O Dragão ria com uma voz retumbante capaz de preencher todo o horizonte. Belrick voltou a sua forma normal e desistiu de lutar, talvez por medo de perder a cabeça de verdade.

Logo após, o Ryu escolheu Alvo e Kakashi para lutarem entre si. Alvo tem bem menos corpo que Belrick e não conseguiu nem usar suas magias, nem resistir as provocações de Kakashi que o derrubava no chão e agarrava-o com facillidade. O dragão achou a luta sem graça, muita provocação e pouca ação. Sorte que Tien ocupou sua barriga sem demora e impediu que o Ryu visse os Heróis como um aperitivo.

Antes de liberar os heróis, o dragão tirou uma dúvida de Alvo. Que perguntou se o dragão conhecia o Ki-rin. O Ryu foi categorico ao dizer que a criatura era terrível e que ele a odiava, mas não ousava voar tão longe do mar. Disse também para atacarem a criatura se tivessem chance. Alvo entendeu que o Ki-rin deveria ser bom e aquele dragão era terrível, orou para Wynna que estivesse certo.

Comentários:
  • Bem, a parte acima resume uma viagem de um mês de navio recheada de encontros aleatórios. Eu sempre que possível transformo os encontros em algo não combativo para ser divertido. Até porque, o Ryu do Mar tinha ND 25! Não dava para eles lutarem contra ele.
  • A luta do Filipão e do Pedro foi muito engraçada, agora que pegou metamorfose, o Filipão quer usar toda hora, ele so não pensou o que daria errado na situação hahaha Pena que ele desistiu.
  • O morto-vivo que enfrentaram de início era muito forte, deixou o Filipão com Força 1, se levasse mais dano ele morreria e ia virar um morto-vivo na hora. Tenso o bicho. 

O Exército de Terracota

Breareus agora estava tomado de dúvidas, não desconfiava de quem seriam seus pais e não entendia porque falsificariam um documento sobre ele. Chegou a pensar sobre Oichi, mas jamais teve motivos para desconfiar de sua amada. Teve que mudar de postura e fingir que não sabia de nada, agora ele era um capitão e comandava alguns samurai. Era hora de sua primeira missão.

Haviam lendas sobre um exército adormecido de soldados que serviriam o imperador quando a hora chegasse. Os anciões do clã Nobunaga ordenaram que Breareus e seus subordinados destruíssem esses soldados. Tudo indicava que eles ficavam num templo abandonado numa floresta próximo as fronteiras de um dos clãs subordinados aos Nobunaga e o território de Tekametsu. Como ainda era inexperiente, Breareus não fez preparação prévia alguma, além de acompanhar os treinos de seus soldados. Esse foi o seu primeiro erro.

A viagem não demorou mais que dois dias a cavalo nas planícies verdejantes dos Nobunaga. Estava frio, mas nada que impedisse o capitão, seu aliado T'challa e seus seis leais samurais de seguir viagem. Quando entraram na floresta não tardou para serem pegos numa armadilha e então numa emboscada armada por um grupo de seis Ninjas! Os ninjas não serviam os Nobunaga a anos, graças a um erro de um antigo líder, desde então odiavam todos daquele clã.

A batalha foi complicada, Breareus ainda não era acostumado a liderar, mas seus guerreiros eram fortes. Quando alguns ninjas caíram, os outros jogaram bombas de fumaça no chão e antes da névoa dissipar já haviam desaparecido.

O pelotão avançou mais, encontraram um antigo templo tomado pela natureza. Tiveram que unir 3 soldados e Breareus para conseguirem abrir o imenso portão. Lá dentro, haviam alguns prédios antigos em pedaços, cheios de musgo. Houve outro combate com ninjas, que conseguiam saltar novamente em pleno ar e usavam dessa estratégia, de furtividade e de flechas para lutar contra os soldados. O grupo de samurai foi vitorioso, pareciam haver poucos guardas no local. Seguiram para o prédio principal, cuja porta tinha um símbolo de Lin-wu e só um devoto do Deus poderia abrir.

Breareus abriu a porta e viu um grande salão com um palco de madeira que tinha outro símbolo de lin-wu no seu centro. Ao pisar no local, o palco se revelou um elevador que descia até uma mina subterrânea. A mina consistia num amplo salão com passarelas de terra e desníveis onde estavam soldados feitos de terracota - uma espécie de argila. Todos lembravam soldados típicos de Tamu-ra, com uniformes antigos. Breareus desconfiado dividiu o seu grupo e então mirou na cabeça de uma das estátuas, que caiu no chão na hora. Porém, quando a primeira estátua caiu, todas as outras ganharam vida.

O que sucedeu essa cena foi terrível para o jovem meio-elfo. Todos começaram a correr sobre suas ordens, os soldados não sentiam dor e apenas revidavam ataques, mas com um soco jogaram um dos samurai 6 metros pra trás. Quando caiu no chão já estava morto. Todos subiram o elevador tentando atacar e refrear os soldados de terracota, mas não era suficiente.

Talvez tenham destruído 3 no caminho até o portão, que foi trancado rapidamente. Breareus olhou para cima ao ouvir um som ligeiro. Eram os ninjas saltando para a floresta, enquanto os soldados lentamente escalavam o paredão. Todos os samurai recuaram para seus cavalos, aquela batalha estava perdida.

Breareus teve que lidar com a derrota, não estava exatamente confiante no momento. Foi então convocado para falar com generais do Clã e conversou com Kansuke Yamamoto, um devoto de Keen de seu clã. Breareus e Kansuke juntariam seus servos - os samurai e os homens javali, respectivamente - aos soldados de um General do clã. Juntariam uma força de mil homens para impedir que os Soldados de Terracota alcançassem o imperador.

Todos partiram no próximo raiar do dia.

Comentários:
  • Essa cena foi divertida e rápida, é foda ter um jogador sozinho e o resto todo junto. Tentava deixar as cenas dele mais dinâmicas, mas não controlava nada. Talvez ele matasse todos, talvez fugisse.
  • As vezes quando os jogadores enrolam pensando o que vão fazer eu começo a contar de 10 a 0, se não falarem o que vão fazer os personagens ficam parados, tive que fazer isso pro Denoel agir em alguns momentos haha
  • Os ninjas são bem divertidos de usar, só fica chato lembrar todos os truques ninja que eles tem. Na próxima postagem com monstros da Campanha vou postar algumas fichas de ninja também.

A Floresta Amaldiçoada de Aokigahara



O Junco dos heróis atracou próximo ao porto de uma pequena aldeia conhecida como Aldeia da Folha. Estavam a poucos dias da floresta de Aokigahara e do Ki-rin. Nessa aldeia, Alvo colocou os marinheiros que trabalhavam no navio navio para vender os cancerontes que sobravam e também alguns itens alquímicos que tinha preparado em seu laboratório com ajuda de Belrick e Tien.

Recolheram informações, lendas e boatos sobre a floresta. Haviam histórias sobre várias pessoas que iam para o local para se matar; também falava-se da morte de uma santa no local e que agora ele era carregado de maldade por isso; ouviram sobre o Ki-rin, suas lendas típicas sobre ser a katana de Lin-wu e que seus raios traziam e levavam as almas para Sora, onde aguardariam para reencarnar.

Esperaram um dia antes de partir, era bom ter uma cama que não se movia para variar. A viagem durou apenas alguns dias, tranquila na medida do possível, mas era possível ver as marcas da guerra: Suprimentos esvaziados, silêncio onde antes haviam vozes de pessoas e marcas de batalhas. A floresta de Aokigahara não era convidativa, tinha árvores altas que tapavam a luz do sol e um tapete de folhas mortas se misturava a vegetação no chão. Não havia nada de sobrenatural de início, apenas uma pedra com uma linha branca cheia de nós ao redor, marca colocada por sacerdotes em certos locais. No entanto, mesmo que fosse aparentemente comum, haviam um tom amarelado nela, melancólico.

Kakashi planejou a viagem, acreditava que subiriam até o topo em uma semana, então levou suprimentos para 10 dias, só para garantir. Porém, sua carroça e seus cavalos reduziam a velocidade do grupo na floresta, as trilhas eram apertadas e era necessário muito trabalho de todos para poderem se mover com tantos objetos pela região. Logo no primeiro dia começaram a sentir os efeitos da viagem, toda a floresta e sua melancolia parecia ser algo denso, que povoava o ar. Os olhos pareciam enfraquecidos, como se estivessem doentes e pensamentos de morte e tristeza passeavam pela consciência dos heróis.

A cada dia lá se sentiam mais fracos, nos últimos dias Daysuke nem conseguia invocar seus milagres! Em muitos momentos, os heróis se perderam uns dos outros como mágica, tendo que refazer seus passos e perder um dia de viagem. Em outros, alguns heróis tiveram atitudes suicídas, sentiam tristeza e sofrimento no lugar, talvez a morte fosse um conforto naquele caso. Kakashi se sentia abalado e era preocupação de todos, mas foi Yusuke que teve a atitude mais severa.

Quando se perdeu do grupo, assim como Kakashi e Daysuke no mesmo dia, olhou um corpo numa árvore, estava morto, enforcado num galho alto. Sentiu uma vontade forte de subir a árvore e se enforcar, foi isso que fez. Daysuke encontrou o amigo tendo espasmos enquanto lutava para a vida não deixar seu corpo, cortou a corda e caiu da árvore abraçado ao amigo para amortecer o impacto. Ao sentir os ossos cedendo com o impacto, olhou para o samurai, que estava morto.

Quando todos se reencontraram, começaram a discutir sobre o que fazer. Alguns queriam enterrar Yusuke, até usaram magias para falar com seu espírito que pediu para que sua espada fosse levada ao seu clã. Alvo não ouviu ninguém e usou o pergaminho de Desejo Restrito que tinha guardado e ressuscitou o amigo.

No último dia da viagem, já podiam sentir chuva e ouvir trovões, por pouco não saíram com vida daquele lugar. As energias terríveis da floresta matariam Kakashi, Tien e Yusuke com mais um par de dias, logo depois seriam os outros. Ao ver os paredões de pedra molhados pela chuva e a tempestade de relâmpagos, os heróis sorriram aliviados.

Comentários:
  • Eu preparei uma tabela aleatória para a floresta de Aokigahara haha ai quando coloquei os jogadores para rolar o que aparecia no dia, ou eram efeitos de Medo ou era o efeito de se perder do grupo ahha por sorte não rolou combate.
  •  A partir do primeiro dia, cada dia que passavam lá dava um nível negativo para todos! Sem teste de resistência. Ai depois faziam um teste para ver se tentariam se matar no dia, tava tenso.
  • Mesmo com esse clima de aventura de terror, todos gostaram da aventura e falaram que ficou bem foda explorar a floresta e tentar sobreviver a ela.
Nobunaga contra Terracota

O Dia raiou e os ginetes dos Nobunaga montavam em seus cavalos. Carregavam centenas de quilos de equipamentos e já mantinham uma formação típica, preparada para o encontro com inimigos. Kansuke Yamamoto estava cercado de seus guerreiros que lembravam lutadores de sumô, todos em forma humana - reservavam sua transformação em javali para batalhas. Entre tantos samurai mais gabaritados e experientes, Breareus montava seu cavalo pé de pano (sim, esse era o nome); seus soldados o seguiam, enquanto T'challa ficava ao seu lado, como um conselheiro.

Na noite anterior conversou com Oichi, os dois se encontraram e tiveram uma noite de amor. Porém a manhã foi de preocupações, a barriga de Oichi crescera e Oda Nobunaga desconfiava. Logo chegaria a hora de tomar uma decisão: Fugir ou morrer. Breareus então cavalgou, sua cabeça tomada de pensamentos.

A viagem demorou por volta de três dias, os cavalos de qualidade dos Nobunaga auxiliavam a marcha. Nesse período, Kansuke e Breareus conversaram, o samurai de tapa-lho reconheceu o crescimento em hierarquia do meio-elfo e seus feitos; para Kansuke, não importava a raça da pessoa, contanto que se mostrasse útil em combate. Breareus parecia aliviado por ser reconhecido por um samurai tão habilidoso de seu clã.

A Batalha contra o exército de Terracota se inicou num vale. O campo era aberto, os soldados construtos andavam em formação. Os Nobunaga puderam cercar os soldados de Terracota com facilidade e avançaram a toda força. Haviam mais de 3 samurai para cada golem, porém cada golem varia por um dez deles!

Kansuke salvou no centro da formação inimiga, sacou duas katanas e começou a corta pedra como se fosse manteiga. Os guerreiros que lhe serviam se transformaram em bestas com focinhos de javali, eram resistentes a ferimentos que matariam homens comuns e investiram, partindo a formação dos inimigos.

Mesmo com o impacto e a surpresa, os Soldados de Terracota mostraram seu poder. Com um golpe quebravam ossos, formações e ceifavam vidas. Breareus tentou avançar, mas foi ferido e forçado a recuar, o mesmo aconteceu com T'challa.

No meio da batalha ouviu um grito alto seguido de um relincho. O General que comandava a batalha morreu, seu peito afundado, sua cabeça sufocada pelo corpo de seu cavalo morto. Kansuke era quem deveria liderar, mas seu transe de batalha era intenso, não queria sair de onde mais gostava: Do meio da formação inimiga. Breareus não era o mais poderoso, mas teve que tomar o lugar de líder. Graças a suas manobras, todos os Soldados de Terracota viraram apenas pedaços de argila trabalhada. Os Nobunaga foram vitoriosos e os reforços do imperador jamais chegariam.

O retorno para o clã marcaria Breareus, todos reconheceram sua liderança, embora não fosse a correta pelos protocolos. Kansuke e anciões do clã reconheceriam sua perícia e passavam a considerar que ele deveria ter uma posição mais ativa na guerra. Durante um dia, esqueceu-se de suas preocupações. Durante apenas um dia.

Comentários:
  • Usei as regras de batalha de exército do Guia da Trilogia aqui. A parte de Estratégia era fácil, o difícil eram as batalhas menores. O Denoel quase perdeu o personagem dele numa dessas.
  • Tive que falar com o Denoel depois que ele não conhecia a própria ficha, que eu tive que sugerir que usasse várias coisas para poder vencer. Depois falei que eu não iria mais sugerir, porque o personagem era dele e ele que deveria saber o que fazer a cada momento.
  • Mesmo que tenha sido uma cena legal, eu já tava ficando cansado de deixar o Denoel jogando separado do resto dos jogadores. Se fossem dois grupos Ok, mas era ele sozinho num lugar e todos os outros em outro, quebra o ritmo. 
O Ki-Rin



Os aventureiros venceram a floresta de Aokigahara, agora estavam numa região alta e rochosa quase no topo da montanha. A tempestade era forte e a chuva só aumentava a cada passo que davam, encontraram uma pequena gruta onde deixaram seus cavalos se carruagem e se prepararam para escalar um paredão de pedra. Era difícil conversar na região, graças aos trovões constantes e a chuva forte, todos falavam gritando.


O Primeiro paredão não foi simples de escalar. A ventania forte impedia que Tien e Belrick voassem, todos tiveram que usar da própria força e de cordas para vencer aquele obstáculo. As pedras úmidas cortavam os heróis que cometiam o menor dos erros no caminho. Porém, só de estarem fora da floresta se sentiam aliviados e aqueles não eram obstáculos que iriam atrapalha-los.


Depois de vencerem o primeiro paredão, chegaram numa área inclinada com uma cabana modesta e iluminada. Um grupo de crianças fugia da chuva para a cabana, os heróis desconfiaram e destacaram alguns para conversar com aquelas estranhas crianças. Todas eram simpáticas e infantis, falavam de sua comida e de como não lembravam de viver fora dali, apenas uma que sofria abusos dos pais conseguia falar sobre outros lugares, ela se sentia aliviada por morar naquele lugar. Seus nomes eram Ichi, Ni, San, Chi e Go. Todas falaram que havia um trovão na montanha que não parava de cair no mesmo local.


Os heróis voltaram para próximo do paredão, encontraram outro ponto nas rochas que poderiam descansar. Havia uma fonte termal lá dentro, todos se banharam e se aqueceram. Depois de se sentirem revitalizados, começaram a escalada. Dessa vez todos já sabiam o que estavam enfrentando, exceto Belrick que usou seu poder de metamorfose para virar criaturas voadoras e não conseguiu subir de jeito nenhum, sempre era jogado contra o paredão e se feria. Todos tiveram que puxar seu corpo com cordas até lá em cima.

O Topo da montanha tive o formato de uma cuia, não havia vegetação, apenas um chão negro com marcas de queimado. De longe podiam ver um verdadeiro pilar de eletricidade descendo das nuvens tempestuosas acima. Onde o trovão caía estava a esfera, iluminada pela eletricidade e energia. Uma criatura surgiu voando das nuvens, sua forma correspondia a mistura de diferentes seres, como cavalos, dragões, bodes e lagartos. O Ki-rin trotava no ar, uma aura de eletricidade o cercava.

Todos os heróis pensaram que era melhor conversar primeiro, já haviam discutido isso previamente, começaram a falar quem eram e porque estavam ali. Tien e Yusuke falaram que representavam o imperador; Kakashi contou sobre a guerra e as coisas terríveis que aconteciam em Tamu-ra. Alvo, Daysuke e Belrick estavam quietos.

Quando o Ki-rin voou próximo, todos sentiram a aura elétrica e caíram de joelhos, fracos. Yusuke e Kakashi foram atingidos por um trovão. Daysuke mais uma vez salvou seu amigo samurai, entrou na frente e defletiu o trovão de volta para o Ki-rin com o seu escudo. Todos então ouviram vozes em sua cabeça, cada um ouvia uma voz diferente, sempre de pessoas conhecidas e queridas.

O Ki-rin já havia testado a virtude dos heróis e sua capacidade, eles deveriam estar preparados, pois ainda haviam novos testes que deveriam passar para conseguirem as outras esferas. E então, o trovão parou, a esfera estava livre. Daysuke a pegou.

O clérigo de Tenebra teve uma visão das outras esferas. Três estavam com o Imperador Tekametsu, que estudava música; Outra estava no monastério, dentro de um pergaminho e em algum lugar de Sora, porém dessa vez pôde ver um prédio com o formato de um cavalo; outra estava nas montanhas Sanguinárias, num local cercado de Dragões Artonianos, mais ferozes e mortais que os de Tamu-ra. A última esfera estava nas mãos de um samurai de armadura negra, seus rosto tapado por uma máscara purpura. O Samurai parecia conseguir ver Daysuke também. Os dois se encararam e a visão acabou.

Houve um flash então, todos estavam de volta ao pé da montanha, no início da floresta de Aokigahara com todos os seus equipamentos e a esfera. Alvo e Daysuke haviam sido abençoados pelo poder do Ki-rin e não sabiam. Hora de seguir viagem.

Comentários:
  • Em questão de ficha o Ki-rin tem ND 29, não acho que os jogadores teriam chance alguma de enfrentá-lo. Os seus ataques causaram dano não-letal, ele só queria testar a convicção dos heróis, mesmo assim o Luciano achou que ia perder o personagem ahah
  • Parece que a esfera dos Ninja não está mais com eles, agora é o momento que eu adianto a questão dos adversários dos jogadores, que foram vistos poucas vezes. Agora eles irão aparecer mais vezes e com mais frequência.
  • A benção do Ki-rin que eu falei aumenta o dano de magias de eletricidade do Alvo em 10% e as de cura do Daysuke em 10% também. To pensando que a porcentagem é pouca, o que vocês acham? Devo aumentar? 
Traído



Breareus estava confiante, sentia que era um grande General e que teria futuro em seu clã. Nobunaga não descobriria suas traições até Oichi e seu filho estarem a salvo. Por isso, quando Oda Nobunaga o chamou para conversar, foi com prazer.


Nobunaga era um grande ginete, possuía uma grande coleção de montarias do mundo inteiro. Desde grifos, a cavalos, camelos, drakes, etc. Porém a preferida por ele era sua égua, negra e bela que era a que ele cuidava quando Breareus chegou. Nobunaga parabenizou o meio-elfo por seus feitos e disse que teria futuro com o clã. Contou que começou seu treino como um batedor que vigiava o território do clã, conhecia tudo de cabeça e lhe contou sobre um templo ao Deus dos Cavalos numa floresta próxima, disse que Breareus deveria ir até o local para receber as bênçãos e que no futuro iria ter grande prestígio no clã.

Breareus não tinha porque desconfiar de Nobunaga, achava que estava ganhando, que ele enganou a todos. Depois de conversarem mais um pouco, se despediu e planejou ir para o local no dia seguinte. Foi sozinho, mas antes avisou Oichi e T'challa de seus planos.

O local realmente não era distante. Estava numa trilha numa floresta aconchegante, passou por portais vermelhos até se encontrar numa praça com a estátua de um cavalo. O Ambiente tinha o cheiro doce das árvores misturado aos incensos dos devotos que visitavam o lugar, que no momento estava vazio. Desceu de seu cavalo e orou, foi então que tudo deu errado.

Houve uma explosão. Depois outra. E outra. Breareus estava ferido, teve que tirar sua roupas que pegava fogo e saltou para o seu cavalo, enquanto saía do local via bolas de ferro voando em alta velocidade se chocando com o chão, terra voava com as explosões e o barulho típico dos canhões. Seu corpo estava ferido, sua consciência se dissipava.

O seu cavalo o salvou, correu possuído por energia divina. Correu sem parar por quilômetros, mais rápido do que jamais tinha corrido. Breareus só acordou quando sentiu suas costas chocando-se com o chão seco, o ar explodindo pela sua boca, a dor passeando pelos seus nervos. O cavalo terminava de andar e caía no chão, morto. Não houve nem um suspiro de consciência.

Breareus chorou e gritou, vendo que foi traído e que seu cavalo estava morto. Ele não era mais servo dos Nobunaga, perdera tudo. Escreveu para Oichi, ela devia fugir antes que morresse também. Não recebeu resposta. Olhou ao longe para os campos alagados de arroz dos Tekametsu e começou a caminhar, a cada quilômetro olharia para seu pergaminho mágico, estava preocupado com a sua amada.

Mas não veio resposta alguma. Breareus estava sozinho, completamente sozinho.

Continua...

E ai, o que acharam? Várias aventuras diferentes resumidas acima, estou gostando de mestrar em Tamu-ra e espero que a versão oficial do Império de Jade que está pra sair seja ainda melhor do que minhas ideias mirabolantes.

Já estou trabalhando numa versão em PdF da aventura do Aboleth para quem se interessou, deve demorar um pouco para sair porque tenho outros projetos na frente, mas acredito que vão gostar do que vem por ai. Deixem seu feedback ai em baixo, me ajuda a inspirar e dar mais vontade de escrever!

Abraços ou beijos

6 comentários:

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