sábado, 10 de fevereiro de 2018

Diário de Campanha 3D&T Alpha - The Legend of Zelda: Episódio 1 - O Grande Platô



Você achou que não ia ter diário de campanha? Achou errado, otário! (Referência obrigatória a choque de cultura). Tem um tempo que não faço um diário de campanha para o Mais de Mil Dados, isso se deve a várias razões. A primeira delas é que, ao contrário dos outros postados por aqui, essa campanha que estou mestrando atualmente não é em minha mesa presencial, que, aliás, nem tem jogado nada nos últimos meses.

Outro motivo é que se trata de uma campanha de adaptação de um cenário, estamos jogando uma mesa de Legend of Zelda com o 3D&T Alpha. Minha experiência com esse blog já me provou que postagens que não são focadas no TRPG ou em outros sistemas medievais mais clássicos atraem menos público. Mas quer saber? Foda-se

Hoje vou iniciar esse diário de campanha que deve ter um ritmo bem diferente dos outros que eu venho postado aqui no Blog. Vocês vão entender o porquê. Estão curiosos? Calma, calma. Antes de tudo, vamos conhecer nossos protagonistas primeiro.

Raul – Gengoro, Goron “Anão” Defensor: Um goron de meia tonelada, pacifista e que sempre fala a verdade. É muito falador e surdo e no passado protegia o reino dos Gorons. Ele tem um filho adotivo de outra raça, mas este está desaparecido e agora é só o fragmento de uma lembrança em sua cabeça.

Bob – Hadara, Gerudo Maga do Trovão: Uma das aprendizes da campeã dos Gerudo. Hadara é uma bela mulher de corpo atlético, pele negra e cabelos como fogo. Sempre está se maquiando, parece que sua prioridade não é o combate. Isso até ela desintegrar um inimigo com seu poder bruto.

Valdir – Jekuto, Zora Swashbuckler: Jekuto é um zora que usa uma curiosa bola como força motriz para usar poderes mágicos. Ele é extremamente autoconfiante e se coloca em situações de perigo o tempo todo. Mesmo quando está errado tem um sorriso confiança e convencido no rosto.

Marcus – Makar, Korok Encantor: Um ser da floresta, com o corpo feito de madeira e máscara que cobre seu rosto feito de uma folha da primavera. Está sempre buscando proteger os outros e deixar todos animados com sua música e é dela que flui sua magia natural, uma qualidade artística destinada apenas aos maiores mestres.

Junior – Ingus Kayn, Sheikah Ninja: Este Sheikah tem aparência de um humano japonês de orelhas pontudas. Ele tem vários traumas, mal consegue dormir a noite e não consegue ver nada sujo, o que já o atrapalhou em várias situações. Porém, mesmo assim, quando ele usa seus jutsus e sua espada confiável, nada pode impedi-lo.

Vamos lá!



Criação de Personagens e Mecânica


Desde que tive a ideia para esta campanha eu pensei em fazer algo diferente. Nossa primeira aventura e ponto de partida para o jogo seria o tutorial do zelda, uma área conhecida como The Great Platteau, ou o Grande Platô, já que eu gosto de traduzir tudo que eu uso em campanha.

Eu já havia mestrado essa aventura para testar minha adaptação do jogo e, dessa vez, pretendia começar a usar como uma campanha. No jogo, o personagem principal morreu a uma centena de anos e agora voltou a vida. Ao invés disso, o personagem Link ainda estaria morto e os PJs seriam aqueles que voltaram a vida para salvar o mundo.

Eles então devem trabalhar juntos para enfrentar os perigos do jogo e outras coisas que eu vou modificando com o tempo. A ideia não é copiar o jogo, mas ter uma sensação parecida, até porque, se for pra jogar o jogo é melhor jogar no vídeo game. Uma adaptação idêntica não tem graça nenhuma.

Então, todos puderam criar seus personagens com 5 pontos e eu usaria as regras de tesouro do Manual dos Monstros. Nele, você usa a sua experiência para comprar o loot dos montros quando eles são derrotados. Acho essa ideia simplesmente foda!

Mas, além disso, fui avisando algumas mudanças com base no Tormenta Alpha e no Manual do Defensor, tudo aceito, agora era hora de fazer a ficha. Dois jogadores já eram meus amigos, o Valdir e o Marcus, caras que considero muito e que são viciados em Zelda, como eu. Os outros foram encontrados no facebook numa convocação em algum grupo de RPG, que eu acho que era o Masmorra de Valkaria e o do Mais de Mil Dados, mas não tenho certeza. Acabou que nosso grupo estava cheio de baianos, uma galera que não conhecia, mas que adicionou muito para a mesa.

Todos os personagens não tinham memória de quem eram, mas toda sessão um jogador poderia gastar 1 PE (ponto de experiência), para iniciar um flashback jogável. Isso adicionaria história a mesa e o personagem ganharia um Ponto de destino. Isso funcionou no início, mas vocês vão ver em próximas postagens que a gente já abandonou essa ideia.

Para fechar, criamos um servidor no discord pra jogar, ideia do Raul. Lá nós jogamos por chat e durante a semana jogamos em texto algumas cenas mais curtas. Hoje em dia temos uma aba para mercadores do jogo, algumas para os flashbacks que já rolaram, uma para off , outra para o jogo em si e uma para o XP das sessões e fichas atualizadas dos personagens.

É uma campanha bem mais interativa que as outras, mas que gera um ambiente bem legal, com informações abertas para todos e resolução de cenas mais rápidas por texto, para o jogo ser mais focado em cenas mais importantes. Tente fazer algo assim numa das suas campanhas, vai melhorar bastante o ritmo do jogo.

Ressureição

Um som agudo entrou como uma agulha nos ouvidos de todos. Seus corpos envoltos num líquido viscoso e morno que descia por entre compartimentos e deixava de abraçar os corpos, deixando com que um formigamento tomasse a todos. Uma voz feminina e suave clamava por aqueles heróis do passado, chamando todos pelos seus nomes, suas únicas memórias.

Estavam na câmara da ressureição, uma sala escura com paredes de grandes azulejos negros e luzes azul neon. Uma penumbra que aos poucos assaltava os olhos de quem passou tempo demais dormindo. Todos se levantavam, alguns usavam roupas íntimas de um material que se juntava ao corpo. Todos foram chamados para pedestais negros com um símbolo como o de um olho com uma única lágrima escorrendo. Lá todos pegaram um item chamado de Sheikah Slate.

Para nós, aquele item pouco maior que a palma de uma mão lembraria um celular ou um tablet. Sua tele era sensível ao toque e ele tinha várias funções sem memória, algo que só no futuro seria descoberto pelos heróis. Um deles, no entanto, foi convidado para atualiza-lo com uma Runa. Um fragmento de poder de milhares de anos no passado. Kayn recebia a runa Amiibo, o que lhe permitiria conjurar um animal ou arma de outro lugar no tempo ou no espaço para ajudá-lo. Dizia a voz suave.

A porta daquele lugar se abriu, ela tinha o mesmo símbolo que havia no Sheikah slate e no braço de Kayn. Eles se olhavam, falavam pouco e grunhiam. A porta revelava uma caverna que parecia ter tomado uma construção ancestral e a luz cegante de fora da caverna. Aquele não era o mundo real, ainda.

Vestiram-se em trapos e mantos antigos, com armas enferrujadas, velhas e sem corte e rumaram para fora daquele lugar. Hadara acordaria mais tarde que os outros, um dia depois e passaria por tudo aquilo, sozinha.

Lá fora, saíam da caverna para um mirante com vista para centenas de quilômetros a frente. Viam que estavam num planalto erguido sobre campos gramados que se estendiam por quilômetros. Um imenso castelo parecia tomado por uma névoa enegrecida e energética. Ao seu redor, montanhas dividiam o espaço do firmamento, algumas nevadas, outras pontudas, uma imensa cuspia fumaça para os céus. Esta chamou a atenção de Gengoro.

Olharam mais perto, para o Platô. Uma floresta surgia abaixo daquele desfiladeiro que estavam. Muralhas cercavam aquele planalto que estava envolvido em névoa. Um antigo templo gigantesco podia ser visto do lado direito e pouco antes dele, numa trilha que não via movimento a anos, estava um homem velho cozinhando alguma coisa numa fogueira.

Comentários:
  • Essa foi a primeira cena da primeira sessão da campanha. Achei importante destaca-la, pois é nela que o mundo é apresentado e o mistério de onde estão e o que estão fazendo já da um clique nos jogadores. Nessa época, quase ninguém tinha jogado o jogo que estávamos nos inspirando, o que mantinha ainda mais o mistério de tudo. 
  • O Bob só entrou na segunda sessão, se não me engano, mas até lá teve umas tretas bem legais e ele seguiu o mesmo padrão dos outros personagens em questão de história. 
  • Essa mistura de tecnologia antiga e um mundo tomado pela natureza meio pós-apocalíptico é bem legal de se explorar. Vários jogos usam esses clichés, então nada mais justo que usar no RPG também. Eu mesmo me inspiro em aventuras old school com esse tipo de premissa para preparar algumas coisas da campanha. 
  • No começo eu ainda tentava imitar mais as mecânicas e temas do jogo, agora eu já larguei isso e mudei algumas coisas.

A Torre


Enquanto deixavam a câmara da ressureição, os heróis começavam a conversar uns com os outros. Todos tinham personalidades distintas, mas a falta de memórias para sustenta-las era apavorante, como se estivessem constantemente com algo na ponta da língua que não conseguiam falar. Descobriram que seu Sheikah Slate tinha um mapa, porém este mapa não tinha figura alguma, era apenas uma tela preta com um símbolo azul de onde saíram e um símbolo amarelo indicando alguma coisa na beirada do Platô. Não foi difícil aprender que podiam se teletransportar para o símbolo azul, o que viria a ser útil no futuro.

Todos pareciam agitados de conversar com o velho que tinham visto, eles desceram a trilha em meio a grama e foram em sua direção. Kayn ficou desconfiado e observava tudo de longe, tinha medo, só não sabia do que.

O velho parecia simpático, mas não compartilhou o seu nome durante a conversa. Ele ajudou todos a se alimentarem e se hidratarem. Disse que vivia naquele lugar sozinho a muito tempo e que não sabia da existência da caverna de onde surgiram. Ele deu umas indicações e dicas para tomarem cuidado naquele lugar, pois haviam muitos monstros por ali. Todos então se despediram e tiveram a sensação de que encontrariam ele novamente.

Resolveram investigar o templo primeiro. Ele parecia uma igreja gótica em pedaços, toda a sua parede leste estava demolida e parte do telhado também. Lá dentro, encontraram uma estátua imensa de uma deusa antiga. Seu nome é Hylia e sua estátua representava o que parecia uma anja meio rechonchuda orando. Makar podia conversar com ela com facilidade, enquanto os outros sentiam uma sensação de paz e ouviam poucas palavras de boa sorte. Eles pareciam favorecidos depois da visita, porém, ainda assim, houve perigo.

Gengoro subiu até o topo daquele templo com Kayn, ambos viram uma criatura a quinhentos metros de distância, num bosque. Era uma espécie de centauro, do tamanho de um elefante. Seu corpo de cavalo era forte e sua cintura humanoide parecia o híbrido de um homem e um leão, com juba listrosa e chifres. A criatura, mesmo muito distante, retirou um arco das costas e encarou os heróis. Gengoro em sua inocência, não viu perigo ou ameaça e acenou dando um tchau para o monstro que no futuro descobririam que se chama Lynel. O monstro acertou uma flecha próximo do coração do Goron, que caiu de cima do templo até se espatifar no solo sagrado. Todos correram e usaram suas capacidades mágicas e outras coisas que encontraram para salvar a vida dele. A partir daquele momento, Gengoro iria evitar aquele monstro de qualquer jeito.

Dali, partiram em direção ao ponto indicado no mapa que possuíam. Gengoro ainda brincava e fingia que estava tudo bem, mas seu coração confuso palpitava, sua memória estava fora de alcance e estava tomado de angústia por não saber onde estaria nem quem seria.

Ao chegarem no ponto, descobriram uma pequena caverna com uma estrutura semelhante àquela da câmara da ressureição. Um pedestal tinha um formato perfeito para um Sheikah Slate ser encaixado e eles fizeram isso.
Assim que foi ativado, vários coisas apareceram na tela num idioma que nenhum deles conhecia. A caverna tremeu e um terremoto se espalhou por todo o mundo. Aquele lugar se ergueu do chão, 50 metros para cima. Era uma torre! E em todo o mundo, outras como aquela surgiram. Animais correram desesperados e os heróis se encolheram próximo ao Gengoro para se protegerem, ainda assim, foram feridos.

O Sheikah Slate foi atualizado, eles agora tinham um mapa daquela região. Mas não estavam prestando atenção naquilo no momento. O Castelo a distância começou a se envolver de energia, um tom vermelho rosado. A névoa energética se condensou, formando o corpo gigantesco de um demônio como um javali. Seu grito ecoou por todo o mundo, enquanto sua boca fantasmagórica abria até rasgar e voltar a ser névoa.

A voz feminina falou com todos mais uma vez. Implorando que eles derrotassem aquele monstro, eles eram a única esperança daquele lugar. O nome do lugar era Hyrule.

Comentários:
  • Ainda na primeira sessão, o Kayn era um Sheikah com o kit Guerreiro mágico. Depois, ele resolveu mudar para Ninja, que funcionou bem melhor para o grupo. 
  • A ideia de liberar o mapa não é muito RPGístico, mas eu quis manter e mantenho até hoje, já que gera situações interessantes. Eu ainda penso em dar uma editada nos mapas do jogo para poder usar eles num estilo de Hexcrawl. 
  • Mesmo tendo gráfico infantil, ao passar pro RPG, a narração dos montros e dos perigos deixa tudo mais assustador. Quando o Raul viu o Gengoro levando uma flechada de 30 de dano (ele tinha 15 de vida), ele viu que os monstros não estavam ali para brincadeira. 
  • Eles então usaram o Ponto de Destino que ganharam no templo, falando com a deusa, para salvar o amiguinho.

Os Quatro Santuários

A voz do velho assustou todos. Ele estava ali, na torre, atrás dos heróis. Estava com raiva, chamou o espectro no castelo de a Calamidade Ganon. Disse que aquilo destruiu o mundo no passado e que até hoje ameaça a vida de todos, matando o mundo aos poucos.

Todos conversaram, queriam sair daquele platô. O velho disse que havia um feitiço antigo naquele lugar, que era difícil sair ou entrar dali. O Lynel que estava no Platô só conseguiu entrar porque tinha saltado de uma montanha até ali! Porém, ele sabia como vencer o feitiço e faria isso pelos heróis, contanto que eles fossem em quatro santuários e trouxessem o tesouro deles até ele. Todos esquadrinharam o horizonte e usaram o Sheikah Slate para marcar os santuários no mapa. O velho então disse que iria encontrar com eles quando concluíssem aquela busca e mandou tomarem cuidado. Pouco depois, usou um aparato estranho, como uma asa delta, para descer flutuando lentamente da torre, deixando os heróis sozinhos.

Descer da torre não foi nada fácil. Apenas Makar e Jekuto tiveram facilidade, já que um pôde usar uma folha para imitar o velho e o outro tinha um talento nato para qualquer esporte. Os outros tiveram uma descida perigosa que acabou ferindo-os um pouco. Eles então usaram algumas coisas que o velho ensinou para juntar recursos e cozinhar algumas coisas para eles. Makar e Hadara eram capazes de fazer receitas especiais que ajudam-nos com as intempéries da viagem.

Passariam dias viajando no Platô. No primeiro, encontraram um acampamento de monstros que parecia o crânio de um monstro antigo. Lá enfrentaram Bokoblins, que são seres goblinóides de pele rígida e hábitos bárbaros; e keeses, morcegos terríveis de Hyrule. Tudo porque Jekuto não gostou do jeito que os monstros olharam para ele e, como se acha tanto, resolveu atacar para mostrar que era melhor. Isso acabou gerando discussões no grupo depois.

Ainda assim, deixaram o Zora num pequeno lago, já que ele não podia ficar muito tempo longe da água e se dividiram. Gengoro e Kayn foram até o primeiro santuário. Ele ficava nas ruínas do que parecia ser um antigo castelo. Nele, estavam pedaços gigantescos de cerâmica que serviam de guardiões no passado, alguns acordaram e atacaram os heróis com rajadas a laser. Eles fugiram.

Dentro do santuário, perceberam que estavam num complexo subterrâneo muito limpo cheio de luz. Um ambiente que seria impossível de existir naquele mundo tomado pela natureza. Gengoro recebeu uma runa lá, com ela, ele poderia criar explosivos e detoná-los a distância. Eles usaram isso para destruir escombros e chegar até o corpo de um monge mumificado que falava com eles através de telepatia. Assim que encontraram com ele, seu corpo se desfez em cinzas que tinham uma coloração esverdeada, ao invés de vermelha e eles voltaram para a superfície.

O grupo se reuniu finalmente e viajaram em direção ao próximo santuário. Ele ficava numa região alagada, quase um pântano. Viajando até lá, encontraram Koroks como Makar que contaram histórias do mundo para eles. Durante a noite, viram um dragão celestial de centenas de metros cruzando os ceús. Por onde ele voava, tempestades surgiam.

O segundo santuário também descia um elevador até o fundo da terra e revelava um labirinto criado cuidadosamente por um povo de tecnologia superior. Ali, Makar conseguiu a runa Magnesis, que permitia que ele controlasse objetos de metal.

Ao saírem do santuário, viram-se numa noite assustadora, cheia de barulhos de monstros e predadores e uma tempestade de trovões. Resolveram se teletransportar para onde haviam renascido, porém o lugar estava tomado de lobos. Depois de um combate rápido, venceram os inimigos e acamparam no lugar até a chuva passar, dois dias depois. Jekuto havia deixado comida para um dos lobos feridos e esse lobo acabou seguindo os heróis.

O grupo acabou lutando com um grupo de Bokoblins liderado por um maior e mais forte que podia crescer enquanto ficava mais forte. Gengoro usou sua força inumanada para jogar o inimigo longe e ainda roubou o seu facão, que quebraria alguns dias depois, mas se provaria útil. Jekuto pode imitar o poder do Bokoblin e optou por se dividir do grupo. Todos foram para um santuário num paredão montanhoso, enquanto o Zora usou magia para resistir ao frio da região tomada de neve do Platô.

Antes disso, todos já haviam tentado viajar no frio, mas foram quase derrotados por monstros transparentes feitos de uma gosma gélida e paralisante. Jekuto confiava o suficiente em si mesmo para tentar ir sozinho mesmo assim e foi. Ele, no entanto, teve a companhia do Lobo que havia alimentado. O grupo ia batiza-lo de abigobaldo.

Em cada um dos santuários, o grupo teve que ldiar com diferentes desafios e descobrir novos poderes. Jekuto conseguiu a runa Cryonis, que permite criar objetos a partir da água. Enquanto Hadara conseguiu stasis, uma runa que permitia que ela paralisasse objetos e criaturas no ar, durante um período de tempo.

Comentários:
  • Esse é o resumo de várias sessões diferentes, a missão inicial dos jogadores estava quase concluída, só falta o próximo passo. 
  • Infelizmente, até aqui o Marcus e o Valdir já estavam faltando muito. Tive que chamar atenção deles, mesmo sendo aqueles que tinha mais intimidade na mesa, o que fez com que eles saíssem dela não muito tempo depois. 
  • Cada jogador ficou com uma runa, mas todo mundo pode usar o Sheikah Slate do amigo, só passar de mão. Isso já foi usado em várias situações na campanha e faz a galera dividir o peso das ações. Fica bem mais fácil, mas é legal ver o trabalho em equipe. 
  • Como os personagens do 3D&T tem desvantagens, eu sempre mestro o sistema com uma lista das desvantagens de cada um e tento usá-las no máximo de cenas possível. A galera costuma entrar na onda e fazer merda de propósito para entrar no personagem hahah

O Desafio Inesperado

O velho estava do lado de fora do santuário. Estavam todos ali, exceto Jekuto e Abigobaldo. Ele então propôs uma charada. Disse que era para encontrarem com ele no lugar onde os santuários se encontravam. Ele então desapareceu em meio a fogos fátuos verdes. Todos estavam desconfiados, quem era aquele velho?

Assim como haviam planejado, todos se teletransportaram para a câmara da ressureição e se reuniram. Eles mataram a charada rapidamente, descobrindo que dava para fazer um x entre os santuários e esse X teria como o seu centro o templo que haviam visitado no primeiro dia.

Todos andaram até lá, atravessaram as antigas portas tomadas de mofo e plantas e ouviram um chamado. O velho estava no telhado, ele dizia que eles estavam no lugar certo e podiam encontrar com ele lá em cima. Mas, antes disso, precisavam vencer um último desafio.

Foi ai que uma sombra surgiu voando contra o sol. Era um guerreiro vestindo em armaduras leves e uma camisa azul. Nas costas carregava um escudo, uma espada e um arco. Seu nome era Link.
O guerreiro começou o combate atirando flechas antes mesmo de cai no chão. Ao cair, colocou o escudo no pé e deslizou, se reposicionando rapidamente. O grupo teve que se unir, Gengoro protegia todos, enquanto Hadara atirava trovões à distância. Kayn foi para cima com Jekuto usando sua bola para conjurar magias e atacar o guerreiro. Makar tocava seu violino para ajudar os amigos.

O guerreiro era ágil e sagaz. Trocava de estilos de luta com facilidade. Segurou o tranco contra todos e demorou para ser ferido e quando parecia estar se esgotando, ou ferido demais, tirava um suco, um bolo ou até um bife da mochila e devorava antes mesmo dos heróis poderem tocá-lo. No fim, Link foi derrotado, não antes de deixar quase todos inconscientes. Ele fez um gesto de respeito ao levar o último golpe e sumiu nas mesmas chamas que o velho.

Lá em cima, o velho e Link esperavam pelos heróis. Eles parabenizavam os heróis e o velho pôde contar a história por trás daquilo tudo. Num flash de luz, ele se revelou o Rei de Hyrule. Rhoam Basforamus Hyrule era seu nome e estava até com roupa real! A Calamidade Ganon havia surgido no passado, haviam 100 anos desde seu retorno. Era um mal ancestral que atacava Hyrule ao longo das gerações.

Na última vez, todos estavam preparados, mas o monstro surpreendeu a todos. Tomou controle das maiores armas do reino. Derrotou seus guardiões e atacou o castelo. O rei havia falecido, mas seu espírito fez questão de proteger os heróis para que eles voltassem para derrotar a besta. Link, assim como os heróis, tinha falecido em batalha, na mesma batalha.
Kayn se lembrou de todos no campo, cercados de construtos como aranhas que soltavam raios laser. Eles protegiam a princesa. Todos caíram. Link faleceu tendo certeza de que protegia a princesa e os heróis.

A Princesa se chamava Zelda. Ela organizou os planos para colocar os heróis naquele lugar e renasce-los. Ela então foi sozinha para o castelo enfrentar Ganon. Por 100 anos a princesa usa seus poderes para selar o mal, mas o pouco que escapa esta matando aquele mundo. Quase nada sobra vivo.
O rei então dissipou a névoa ao redor do Platô. Disse que o objetivo era destruir Ganon no castelo. Disse também que havia uma velha que poderia tirar dúvidas de todos. Ele então desejou boa sorte enquanto Link fez um gesto de respeito. Os dois espíritos partiram dali e agora começava a jornada de verdade.

Comentários:
  • Quando eu mestrei essa aventura como teste, o Link não era um chefe. Mas eu senti que tinha algo faltando, foi ai que tive a ideia de mudar a história e coloca-lo como o primeiro chefe da campanha. 
  • Todo mundo curtiu a ideia e foi uma luta bem difícil e divertida. Geral se impressionava com cada movimento dele e ação e tiveram que agir juntos para ter chances. Foi foda.

Esse foi o primeiro diário dessa campanha. O que acharam? Comentem!

Abraços ou beijos

9 comentários:

  1. Vou tentar acompanhar essa campanha junto com os posts. To lendo a de Tamu-ra e to curtindo demais. Parabéns.

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    1. Valeu a força ai Luiz! Bom que vc ta gostando, tenta continuar acompanhando mesmo

      Flw

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  2. Parabéns por essa iniciativa! Eu sou rpgista a muito tempo, apesar de ter minhas preferências de sistema, curto muito ler diários de campanha, não importando o sistema. Que continuem a jogatina! Paz e d20's

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    1. Valeu Marcos! Brigado, continue acompanhando ai, da maior força

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  3. Gosto muito dos Diarios de Campanha, e gostaria que disponibiliza-se a ficha dos jogadores como no diario do MCU e com descrição da aparencia deles, os equipamentos adiquiridos. Tambem gostaria das fichas dos NPC e e as mudanças nas regras que esta utilizando, assim como à aba do discord sobre mercadores do jogo que pode ser como um exemplo para outras mesas.
    E aproveitando o espaço acho as aventuras mais fluidas no 3d&T Alpha que estão jogando menos tempo com regras e mais com historias a se contar e particularmente estou preferindo estas por abrirem espaços maiores para interação de mesa, apesar de não jogar a anos ainda continuo acompanhando as novidades do mercado e adoro ler os diarios por isso vejo a interação dos jogadores com comentarios do mestre uma ideia brilhante.
    Se algum dia precisar de um jogador pode entrar em contato: buda.ricardo@gmail.com
    Continuem assim e um grande abraço.

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    1. Oi Ricardo, valeu pelo apoio. Vou postar aqui as fichas dos jogadores e do Link como um chefe. Vou guardar a ideia sobre o discord para fazer um breve tutorial de como usar o programa para uma mesa de RPG.

      As fichas iniciais da galera vão estar aqui e a partir da próxima postagem vou atualizando com elas:

      Ficha de Exemplo: Link (5 pts): F0, H3, R2, A 0, PdF 0; Hylian; Equipamento, Genialidade; Sobrevivência; Mudo, Código de Honra dos Heróis.

      Ficha dos Jogadores:
      Kayn (5 pts): F1, H2, R1, A 0, PdF 0; Sheikah; Espada Longa(corte), Máquinas, Magia Elemental, "Guerreiro Mágico(kit) Dano mágico*" , Depressivo, Paranoico, "Sheikah Slate: Runa Amiibo"

      Gengoro: F2, H2, R1, A 3, PdF 0; Goron(aceleração, arm. extra, vuln. gelo mod esp); escudo;pv extra;, Goron defensor(posição defensiva); audição ruim; pacifista; codigo da honestidade; codigo da redenção; Bomba - Bola de fogo h+pm+1d6

      Hadara F0, H1, R2, A0, PdF 0; Gerudo; Mago do relampago (Magia Elétrica); Sobrevivência; Magia elemental, Elementalista do ar, Pontos de magia extra; Codigo dos herois, Compulsiva (maquiagem), Guia(equipamento de sobrevivencia); Magias: Ataque Mágico, Cancelamento de Magia, Detecção de Magia, Força Mágica, Pequenos Desejos, Proteção Mágica, Armadura Elétrica, Enxame de Trovões e Raio Desintegrador

      Kayn (6 pts): F0, H3, R1, A 0, PdF 0; Sheikah; Ninja(kit); windcleaver(corte)
      PV 5 PM 15
      Vantagens: Crime, Invisibilidade, Pontos de Magia "Golpe de misericórdia,Técnicas ninja"
      Desvantagens: Compulsivo(limpeza), Paranoico, Código de Honra (dos ninja)
      Itens:"Sheikah Slate: Runa Amiibo"
      Magias: Asfixia, Cegueira, Nevoeiro de Hyninn, Silêncio

      Jekuto: F0, H3, R1, A0, PdF0; pv5; pm15; Zora; swash(kit); blitzball(esmagamento)
      Vantagens: Anfíbio, magia elemental, pontos de magia extra 1, esportes
      Desvantagens: Fetiche(blitzball), código de honra(cavalheiro), megalomaníaco

      Makar: F 0,H 2,R 2,A 0,PdF 0; korok, kit(encantador) PV 10, PM 10; vantagens: xamã, Aparência Inofensiva, Alimentação Saudável
      Desvantagens: modelo especial, codigo de herois
      Magias: Marcha da Batalha, Sono, Vento Espiritual
      Perícias: Artes
      Sheikah Slate: Runa Magnesis

      Ficha do Chefe: Link (Ningen)
      O antigo espadachim e guarda real de Zelda. Diziam que ele era o herói da profecia, até que ele morreu lutando para defender a princesa. Dizem que ele morreu ao lado de outros heróis.

      F 0, H 3, A 0, R 4, PdF 0; PV 30; PM 20; Hylian; Aventureiro Nato (Destino e Sorte dos Heróis), Chef (Alimentação Saudável e Boa Alimentação); Arena (Ermos), Ataque Especial (F, tempestade de Golpes, 2 PM), Equipamento Especial (veja abaixo), Genialidade, Movimento Especial (Queda lenta, constância e deslizar), Pontos de Vida Extra, Reflexão; Sobrevivência; Mudo, Código de Honra dos Heróis.
      Magias (técnicas de Sobrevivência): Farejar Tesouro, Proteção Mágica
      Equipamento Especial: Com um movimento e 2 PM, link pode mudar o seu equipamento entre as duas seguintes fichas:
      • Espada Longa e Escudo: F 3, A 2; Guerreiro (Crítico automático e Armadura completa); Usos Extras. Munição 6.
      • Arco Longo: PdF 4; Arqueiro (Chuva de Disparos e Tiro Longo); Tiro Múltiplo. Munição 4.
      Destino: Link tem 1 PD que pode gastar como bem entender.
      Sorte dos Heróis: Pode passar automaticamente em 3 testes de Resistência por dia.
      Alimentação Saudável: Link possui 6 porções de comida que pode devorar com um movimento para recuperar 1d6 PVs.
      Boa Alimentação: Link pode preparar um prato ao custo de 2 PMs que aumenta seu valor de R+1. Esse bônus já está calculado na ficha dele.
      Culinária: Link está sobre o efeito de uma receita Pesada. O que lhe garante um bônus de +3 em sua FD.

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    2. Muito obrigado, acho que assim ajuda a matar a curiosidade não só minhas mas como dos outros leitores.
      No caso da aba dos mercadores acho legal um tutorial à parte, mas a lista de npc's e itens dos mercadores é isso que gostaria de ver cono esta organizando isso, seria como se fosse a cidade de alguns Boardgames? como Shadows of Brimstone onde existe uma tabela para gastar o ouro entre as missões e comprar equipamentos uteis, da uma pesquisada e avisa se achar legal a ideia.

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  4. Segue o exemplo do board game Shadows of Brimstone:
    PONTOS DE INTERESSE:
    1. Consultório do Doutor: cura; comprar: bandagem e tônico.
    2. Ferreiro: Forjar pedra negra; comprar: cavalos.
    Acampamento: acontecimentos diversos (falta de segurança)
    3. Armazém Geral: comprar: vestimentas, armas e equipamentos.
    Hotel: 10$ por dia (segurança)
    4. Salão: entretenimento; comprar: bebida.
    5. Igreja: curar loucura, auras abençoadas e curar corrupção.
    6. Posto avançado: vender pedras negras, treinar com soldados e obter recompensas.

    Cada localidade tem uma tabela de eventos e serviços possíveis aplicável a diversos locais e até mesmo mercadores de rua.

    Conceito facilmente adaptado para RPG de mesa e pode até mesmo ser expandido baseado em eventos ou localidades. Sua principal função é ajudar ao mestre a se organizar e até mesmo ser a base de um mundo vivo pois cada ponto de interesse tem uma tabela propria de acontecimentos que podem dar mais sabor a uma simples exploração de um povoado gerando acontecimentos aleatórios e imprevisíveis de um desconto no bar a uma tentativa de assassinato sugiro modificar a lista original para dar mais o sabor pretendido para a aventura.

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    1. valeu pela dica! Vou incluir esses eventos na próxima postagem

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