sexta-feira, 28 de agosto de 2020

#Financia - Shadowrun Anarchy

O Sexto Mundo é cheio de surpresas, chapa. Está pronto para encará-las?

A parada é o seguinte... Talvez você seja fã de obras como Neuromancer e Blade Runner, já assistiu Ghost in the Shell várias vezes e conhece Akira com a palma da mão, mas e aí chapa? Como faz pra jogar nesses cenários? E se eu quiser adicionar elementos fantásticos como elfos, orks e magia? Se liga: O que vamos falar hoje é sobre um dos RPGs mais icônicos do gênero Cyberpunk: Shadowrun, em sua edição Anarchy, que está recebendo um financiamento coletivo pela Editora New Order

Como em todo bom gênero Cyberpunk, o futuro é complicado, mas o que torna Shadowrun tão único, são os elementos complicadores! Temos tudo que faz jus ao gênero: Megacorps com amplos poderes político e econômico, Tecnologia de ponta e recorrente, cibernéticos e biônicos como o ápice das modificações corporais... Agora, pegue tudo isso e acrescente magia, espécies fantásticas como elfos, anões e centauros, dragões como líderes de megacorps e até mesmo concorrendo à presidência! Isso é shadowrun: O encontro entre fantasia e distopia cyberpunk. 

O link para o Financiamento Coletivo é https://www.catarse.me/shadowrun_anarchy e no dia de hoje, o projeto já possui 37% de sua meta base alcançada. Além de Shadowrun Anarchy, o financiamento também visa realizar a pré-venda dos suplementos para Shadowrun 5e "Acelerando" e "Queda Londrina". 


Bem vindo ao Sexto Mundo, Chapa...


Em 2011 o mundo já estava bagunçado o suficiente enquanto se recuperava de uma crise global causada por um vírus que matou 1/3 da população, mas  aí dragões começaram a surgir e pessoas demonstravam aptidões para magia. Bebês começaram a nascer com a  aparência de anões e elfos das lendas e o mundo mudaria para sempre. Enfim... A humanidade teve de aprender a lidar com o diferente (E convenhamos, historicamente falando, somos péssimos nisso.), mas tudo só piorou com a goblinização: Repentinamente pessoas começaram a se transformar em Orks e trolls. Todas as ditas "Meta-Espécies" tinham de aprender a conviver entre si e com criaturas fantásticas como espíritos, dragões e vampiros. Enquanto isso, o progresso tecnológico elevava as maiores corporações mundiais a um status tão grande quanto o Estado onde elas se fixavam. 

Muita coisa aconteceu até chegarmos em 2077, da queda da internet, à ascensão da Matriz; Da eleição que elevou o dragão Dunkelzahn ao cargo de presidente dos estados Unidos Canadenses e Americanos (EUCA), e a passagem do cometa Halley trazendo os transmorfos em 2061. Boatos também dizem sobre inteligências artificiais tentando tomar o corpo de Meta-Espécies.

Enfim... O mundo ta uma bagunça, chapa. Mas pra você, esse é o seu playground, por que e é aqui que entram os Incurssores das sombras, os Shadow Runners. O futuro não foi gentil com todos e muitos vivem à margem da sociedade, a desigualdade cresceu e o Estado e corporações não estão ligando muito pra isso, a não ser quando essas pessoas começam a querer reivindicar os mesmos direitos que eles. Tudo isso faz com que em 2077 o crime compense, afinal quando a Drek fede é a você que aqueles que detém o poder chamam para fazer o trabalho sujo: Espionagem corporativa, sequestro, roubo, extelionato... Ou pode ser que na verdade você seja parte da resistência que quer queimar todo esse parquinho. O importante é que o sexto mundo é cheio de problemas, e você sabe como se aproveitar disso pra fazer dinheiro, afinal: Tudo tem seu preço no sexto mundo, e você pagará seja em dinheiro, ou em sangue.


Sementes de Aventura


De maneira clássica, Incursores das Sombras são foras da Lei que fazem do trabalho sujo seu ganha pão. Muitas vezes você será contratado para uma missão para buscar um item sem receber qualquer explicação sobre quem é o seu contratante (Que muitas vezes se chamará Sr. Johnson) ou qual é o item. Qual o objetivo do seu grupo? Combater as Megacorps e seus planos? Conseguir dinheiro para ajudar o seu bairro pobre? Discutir com seu grupo sobre qual tipo de jogo seria mais legal pode ser muito mais direto para orientar como a narrativa será direcionada. No mais, seguem algumas ideias abaixo:
  • Os personagens recebem um estranho serviço, cujo contratante usa o nick de um hacker lendário dado como morto. Em circunstâncias normais ninguém levaria a sério, mas a criptografia de dados que esse cara usa é de outro nível... A missão envolve entrar na mansão de um figurão que durante a invasão descobrem possuir dados sobre um novo e misterioso projeto de uma megacorp.
  • Os personagens fazem parte da força militar particular de uma megacorp. O pagamento é bom, mas será que os riscos valem a pena? Nesse tipo de aventura, os personagens deverão aguentar os abusos de servir a uma grande companhia enquanto tentam ascender na carreira corporativa pelo caminho "mais fácil". Combater Incursores pode ser algo frequente e a aventura abrirá caminho para alguns dilemas morais (Realmente vale a pena se sujeitar à corp e seus planos?).
  • Todos os personagens são de Metrópole, cenário brasileiro de Shadowrun. Crescidos em uma imensa comunidade à margem do grande centro urbano. Esse lugar está cheio de problemas e, recentemente, na mira de alguns poderosos, cabe ao grupo construir uma comunidade forte e com recursos, para que seu povo não mais pereça.
  • os personagens já foram grandes incursores mas seus dias de crimes chegaram ao fim quando todos foram condenados à criogenia. Muitos anos depois eles despertam a pedido de uma Corp para cumprir uma missão suicida em troca de limparem seus nomes.  Quer um pouco mais de referências? e se ao invés de criogenia, suas memórias fossem transportadas para outro corpo? Nesse modelo as pessoas trocam de corpo ao armazenar suas memórias em um disco que fica anexo à porção cervical da coluna. 

Altered Carbon - Netflix

Bem vindo à Anarquia


Recebi o livro antecipadamente da Editora New Order através de uma parceria com o Grupo NPCs e pude rodar algumas mesas em PT-BR, do livro que conta com a brilhante tradução de Stephan Martins. Shadowrun é um cenário com muitas gírias e pegadas, tá ligado? E a forma como a tradução conseguiu localizar diversos termos para nosso idioma é simplesmente genial e digno de nota, como ele já demonstrou com a tradução do material de Shadowrun 5e. Com relação ao sistema em si, tendo em vista a experiência que já tinha com shadowrun 5e posso dizer que Anarchy conseguiu simplificar muitas rolagens e regras de forma muito mais intuitiva e modesta, com as diretrizes fundamentais para manter o fluxo narrativo. Posso afirmar de cara uma coisa: ANARCHY NÃO É UM SUPLEMENTO PARA SHADOWRUN 5E. Anarchy é totalmente novo, um shadowrun com regras mais simples e uma proposta mais direta com destaque para a narrativa colaborativa. vamos explorar isso com calma a seguir.

Uma coisa em comum entre os sistemas de Shadowrun 5e e Anarchy é a rolagem de dados: você possui atributos e perícias, quando for fazer uma rolagem some os valores de cada um e essa será a pilha de dados de 6 lados (D6) que você irá jogar (Modificadores também adicionam ou retiram dados). Conte todos os 5 ou 6, valores considerados sucessos, e compare com a dificuldade alvo (O número de sucessos necessários para cumprir a tarefa). Esse é um sistema bem familiar para quem está acostumado com outros sistemas de pilhas de dados como o Storyteller.

Uma grande vantagem é que é possível adaptar para Anarchy a maior parte do material de outros suplementos de Shadowrun 5e com pouco esforço e o livro te oferece indicações por meio de um guia de adaptação de Anarchy para Shadowrun 5e e vice-versa. Certamente, ainda estamos falando de dois sistemas diferentes, principalmente pela sua abordagem, por isso não espere conseguir traduzir cada nuância mecânica do seu personagem. Porém, de forma geral a adaptação é muito boa e cumpre seu papel, mantendo a modularidade que é marca registrada de Shadowrun.

Eu não diria que Anarchy se resume a um "Shadowrun com regras simplificadas", na verdade diria que ele é bem diferente disso.  Os temas mais simples são uma consequência direta da proposta do jogo de construção de Narrativa Colaborativa e por isso o nome "Regras Alternativas" se encaixa bem melhor. A mecânica de narrativa colaborativa é simples: Durante o jogo o turno de cada jogador recebe o nome de Narração e  o jogador da vez fica responsável por conduzir a cena, além de descrever as ações dos seu personagem. Isso quer dizer que durante a sua narração você é livre para descrever a ação de alguns NPCs ou até mesmo inserir elementos na cena como o início de uma chuva ácida ou o surgimento de um novo inimigo, e para isso o jogo usa um sistema de "Pontos de Trama": Todos começam com 3  por sessão (podendo aumentar esse valor com Amps) e o mestre começa com 1. Você pode a qualquer momento gastar um ponto de trama (e assim, fazendo o mestre ganhar 1 ponto) para criar uma reviravolta ou adicionar elementos na cena. Você também pode ganhar mais Pontos de trama com interpretações divertidas e inteligentes. Pontos de Trama também possuem outras utilizações.

Ainda assim, esse não é exatamente um "jogo sem mestre", cabe ao Mestre do jogo decidir se uma ação do jogador requer um teste, além de interpretar e rolar dados para os PDMs. O mestre também detém conhecimento sobre a trama e conforme os jogadores adicionam elementos à ela, o mestre também irá pensando em como incorporá-los à história. Tal qual um "Passar o Microfone", Shadowrun Anarchy visa construir histórias memoráveis de forma colaborativa em uma espécie de jogo de improvisação com rolagem de dados. Assim, a história irá se construindo pouco a pouco com a ajuda de todos da mesa.

Mesmo assim, não se engane: Se a narrativa colaborativa não for sua praia, ou a do seu grupo, você ainda por aproveitar o sistema de Anarchy para emular um "Shadowrun de Regras simplificadas" no estilo tradicional de narração e relação entre mestres e jogadores. Ou talvez você queira algo que abre margem para uma abordagem mais Old School com shadowrun, valorizando mais a interpretação e as decisões criativas dos jogadores. Já ouvi relatos de pessoas que conseguiram se utilizar do sistema até mesmo para jogos de RPG Solo! Enfim... Shadowrun Anarchy pode ser uma grande caixa de ferramentas para agradar todos os gostos, até se você quiser traduzir algumas regras mais complexas da 5e.

Conhecendo a ficha





Aqueles que já estão acostumados com shadowrun 5e vão notar logo de cara  algumas semelhanças e diferenças. 

Ao marcar na sua ficha se você é um Emergido ou Desperto você está o caracterizando como um Tecnomante ou usuário de Magia .

Os atributos se mantém os mesmos com exceção de Corpo, Magia e Intuição. O primeiro foi condensado em Força e os dois últimos, de certa medida, em Vontade. Não existem Limites nas rolagens de Shadowrun Anarchy (Uma mecânica de SR5 que limita a quantidade de sucessos utilizáveis numa rolagem).

Disposições e Lances são orientações para guiar sua narrativa. Disposições falam sobre como o seu personagem se comporta e interage, enquanto lances são frases icônicas para ele e que resumem sua forma de pensar e agir. Sua função no jogo é majoritariamente narrativa e ajuda jogadores iniciantes a terem guias sobre como interpretar seus personagens e também adicionar elementos às cenas durante suas Narrações.

Perícias não funcionam de forma muito diferente de Shadowrun 5e. Algumas também foram condensadas como a perícia Atletismo que agora engloba outras de SR5 como Ginástica e Nadar. 

Amps das Sombras podem ser definidos como "todas as melhorias, vantagens, poderes e alguns equipamentos que tornam seu personagem único". Um braço cibernético é um Amp. Um biônico é um Amp. Uma magia é um Amp. Um  ciberdeck (principal ferramenta dos hackers), também é um amp. 
Você possui ao todo 6 slots de Amps e você pode comprar Amps com Carma, além de conseguir melhorar e acrescentar efeitos à eles por meio de um guia de progressão do Livro. Imagine que a personagem "Carmesin" poderia progredir seus reflexos melhorados para lhe dar +1 ponto de trama por cena e seus golpe crítico para somar 2 pontos de dano em ataques corpo a corpo ao invés de 1. 
Por meio da mecânica de uso de Carma, também não se usa mais moeda no jogo, apesar dela ainda existir no cenário. Quer mais equipamentos? gaste Carma. Quer melhorar suas armas e ter uma pistola com mira laser? Carma. Quer melhorar seus amps? Carma. Mais contatos? carma. tunar seu veículo? Carma. Gerenciar recursos é mais rápido e dinâmico em Anarchy.

Você possui 3 slots de Qualidades. Dois para Qualidades Positivas e um para Qualidade Negativa. São benefícios que te tornam ainda mais único.

Armadura e Monitores de Condição são usados sempre que um personagem tomar dano, aplicando primeiro à armadura do personagem e só depois que ele se esgotar se aplica ao monitor de condição referente ao tipo de dano: Físico ou de Atordoamento. O monitor de Condição funciona de forma bem parecida com SR5: A cada fileira marcada você recebe uma penalidade em seus testes.

Material & Recompensas




Em 213 páginas Shadowrun conta com todas as regras que você precisa para entrar de cabeça no sexto mundo, além de contar com guias para adaptar elementos de shadowrun 5e para Anarchy e vice-versa. Há um capítulo inteiro só com fichas de NPCs e outro com fichas de criaturas, além de outro com diversas propsotas de contratos, mini-aventuras para você começar a jogar imediatamente! O livro também conta com um excelente resumo do cenário de shadowrun.

Sobre os apoios, o Menor apoio para conseguir a versão digital de Shadowrun Anarchy é o Anarquia plugada. no valor de R$30,00. 

O Menor Apoio para conseguir o Livro físico é o Anarquia para Chapas, no valor de R$140,00 e que conta com o livro físico e em pdf de Shadowrun Anarchy. Com mais R$20,00 você pode pegar o apoio Anarquia Mundana e além da cópia física e diital de Anarchy, você também leva uma cópia digital do livro básico de Shadowrun 5e.

Além de Anarchy, o financiamento também visa cumprir a pré-venda dos suplementos Acelerando e Queda Londrina, ambos para Shadowrun 5e. 


Acelerando é um suplemento com regras alternativas para criação de personagens, além de expandir opções de jogo como contatos e meta-tipos jogáveis como os centauros e gnomos.


Queda Londrina é um compêndio de quatro aventuras de Shadowrun que se passam em Londres. Perfeito para quem quiser começar a narrar ou estiver atrás de novas propostas para sua campanha.

Além desses é possível encontrar no financiamento apoios que dão direito ao Escudo do Mestre para Shadowrun, Cartas de Equipamento e Feitiços, além de muitos outros suplementos!

Os maiores apoios tem como destaque os Kits Completos de Shadowrun Digital e Físico. Ambos são compostos em mais de 30 itens, a maioria suplementos e aventuras, além dos Livros básicos da quinta edição e Anarchy. O primeiro, no valor de R$200,00 concede todo o material na versão digital e o segundo, por R$700,00, concede para além das versões digitais, 10 itens na versão física, entre eles os livros básicos e as cartas de equipamentos e feitiços.



Esse financiamento é para você se...

  • Curte obras cyberpunk e/ou de fantasia cyberpunk e procura um sistema leve e dinâmico para seus jogos!
  • Gosta de jogos com a pegada da Narrativa Colaborativa.
  • Sempre quis um conjunto de regras mais leves e dinâmicas para jogar Shadowrun.
  • Prefere sistemas de RPG mais leves e abrangentes, com foco nas narrações, ao invés de sistemas com regras mais detalhadas.
  • Curte a possibilidade de jogar um RPG simples e que possa ser customizado para se adequar melhor aos gostos do seu grupo.
EDIT: Se quiser, pode acompanhar o Bate-Papo sobre Shadowrun Anarchy que eu participei na Twitch do Azecos, junto de Carlos Vloet (Mestres Oficiais New Order) e Felipe Dean (Canal Narrador de RPG) clicando na imagem abaixo:

Clique na Imagem para assistir

EDIT 2: Quer acompanhar uma mesa de Shadowrun Anarchy pra sentir a pegada do sistema? Olha essa mesa que eu narrei em parceria com a galera do RPG Next, Taverna Online e Mestres de Aluguel:

Clique na Imagem para assistir



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