terça-feira, 1 de agosto de 2023

Campanha: Tormenta 20 - Episódio Final: Odisseia Planar

 

Olá, quanto tempo! Estamos aqui em mais um diário de campanha, dessa vez de uma conclusão. É a primeira vez que concluo uma campanha de T20 (que durou 3 anos e fomos do nível 1 ao 20), o que começou como uma mesa de playtest virou duas com grupos diferentes no meio da pandemia e então uma única mesa com os membros de cada uma. Para comemorar o final eu tentei trabalhar com a metalinguagem do RPG como mídia, como já haviam visto no último diário que o avatar de valkaria se provou responsável por fazer aventuras aparecerem de novo em Arton. Dessa vez, no capítulo final, entrei em contato com todos que jogaram que gravaram audios como se participassem da última batalha.

A ideia é contar de forma resumida como foram os últimos meses com os comentários típicos e disponibilizando conteúdo para você narrar sua própria aventura, use como quiser, mas dê crédito, ok? Ai quando eu concluir a campanha de coração de rubi que também está acabando, pretendo fazer um post sobre narrar campanhas longas, então vamos ao primeiro passo desse projeto.

Redentores de Valkaria:

Pedro - Haddgar, Elfo seguidor Arcanista 20: Doutor em magia pela academia arcana, estudioso de portais e com um projeto pessoal contra a supremacia purista. Resolve investigar movimentos suspeitos em prol de provar para o mundo o perigo que os puristas ainda apresentam com suas armas secretas em seu território.

Frico - Moyashi, Humano Forasteiro bardo Kensei 20: Artista andarilho de Tamu-ra e iniciado nos jutsus, esse espadachim aos poucos foi ganhando as malícias dos ocidentais, mas mantendo a tradição oriental de seu povo dentro de si. Não é o exemplo do que a honra quer dizer, mas é do que a honra poderia ser.

Tilipe -Ellie, Sílfide Barda Wu-jen de Pacto Infernal 20: Depois de um tempo afastada de aventuras, Ellie reencontra antigos companheiros e se une a eles para uma missão secreta que envolve a busca por um avatar perdido de Valkaria.

Tiago - Zord, Golem Clérigo de Valkaria Peregrino 20: esse homem artificial sonha em um dia realizar o seu desejo e se tornar um ser humano, para poder sentir como os outros sentem. Para isso foi criado e desejou se devotar
a deusa da humanidade e das aventuras, das buscas impossíveis.

Nariz - Aoi Hono, Mashin Reconstruido Lutador Wu-jen 20: um mashin criado para servir um clã de Tamu-ra da época pré-tormenta, ao ser acordado descobriu que aqueles que serviu foram extintos e se uniu a um sentai, até ser derrotado e cair no mar. Foi reconstruído 10 anos depois e se uniu ao grupo de aventureiros formado por estrangeiros e tamuranianos. 

 

Antigos Membros:

Pedro - Ethan, Kliren Pistoleiro Inventor 13: Quando criança, foi deixado por seu pai para viver com um tio na cidade fora-da-lei chamada smokestone. Lá aprendeu os caminhos da pólvora, mas não se limitou a eles, qualquer oficio que parava na sua mão dominava.

Tilipe - Lissa, Dahllan Batedora Caçadora 14: Nascida das terras misteriosas de Pondsmania, desde nova era habilidosa com arco e flecha e logo saiu de casa para conhecer o mundo mesmo sabendo que seria perigoso. Pelo destino, sorte ou azar chegou a Smokestone e logo conheceu um casal muito simpático que sempre a tratou como se fosse da família, Ethan e sua esposa, e entre uma caçada e outra ela sempre estava junto deles. Até que um dia uma tragédia aconteceu e Ethan partiu da cidade. Lissa decidiu depois de um tempo voltar para casa e rever a família e sua irmã que estava de chegada, mas não teve muito tempo, pois logo recebeu uma carta de seu amigo pedindo pela sua ajuda e assim ela partiu novamente.

Marcus - Mai, Medusa Dançarina das Sombras Bucaneira de Valkaria 11: criada e treinada pelas dançarinas das sombras, ordem de assassinos de grande estirpe, essa medusa nasceu para as aventuras, se virando e sobrevivendo as piores provações. Seu objetivo é lutar pela liberdade sempre, ainda mais agora que viveu a experiência de ser escrava após uma missão malsucedida.

Henrique - Luna, dama da noite, Dahllan Acólita Clériga de Alihanna Primordial 11: Com um sangue de fada e talento para surpresa, Luna tem voz doce e se dedica a proteger os outros (mesmo que eventualmente também mostre os poderes necróticos da natureza). É inovadora e nada cliché, criando soluções que outros como ela jamais pensariam.

Aventuras Anteriores:

Sobre a Campanha
Episódio 1 - Rio de Prata, Lugar de Gente Feliz 
Episódio 2 - Um Ensaio em Verde
Episódio 3 - O Covil do Terceiro
Episódio 4 - Labirinto Planar
Episódio 5 - Dia de Tormenta
Episódio 6 - O Crânio de Tauron
Episódio 7 - O Dragão Imortal
Episódio 8 - Tamurania e Fábrica de Monstros
Episódio 9 - O Mistério da Moska
Episódio 10 - O Avatar Capturado por Puristas


Vamos lá

 

Separados

Em diferentes cantos do cosmo os aventureiros despertam, estavam nus e confusos com a nova informação, mortos no plano dos deuses. Aoi e Zord eram apenas seus elementos primordiais. Logo de cara conheceram os perigos dos planos, lutando contra unidades de inimigos com bestas, magos e guerreiros. Ellie livrou-se mais fácil, sem ser notada. Depois começaram a caminhar, o plano era entender o que aconteceu um com o outro e se reunir.

No caminho foram abordados por inimigos mais fortes dessa vez, Ellie capturada por Gozu e Mezu, guardiões do inferno e seguidores de Diavolo. Em pouco tempo Haddgar arranjou um jeito de se comunicar num comércio improvisado entre os planos, todos conversaram e e descobriram que teriam que se reunir no inferno, Moyashi já estava em Sora e poderia viajar, enquanto os outros se uniriam.

Para serem mais capazes de lutar, Aoi e Zord conseguiram comprar corpos, com o tempo o comércio de golens avançado do éter se provou útil, cada um vestiu-se numa forma física melhor para suas habilidades. O lutador virou um gigante robusto como um gorila, enquanto o clérigo de Valkaria teria um corpo de lobo capaz de correr pelo ar também. A viagem foi feita num imenso peixe cósmico chamado Gog'magogue, a capitã era uma Dahllan de galhos como cabelos crespos e se tornou uma aliada a partir dali.

Comentários:

  • Eu fiz uma mecânica simples pra galera jogar como elementais mais fracos e iniciei geral num ambiente cheio de inimigos que tinham que se virar para fugir, lutar ou conseguir informações. Foi legal cada um se virando em mapas que exemplificavam o plano que cada um tinha parado.
  • Essa semana a galera começou a brincar mais com as mecânicas e acabou bem forte, nenhum é especialmente combeiro mas com tudo que foram arranjando acabaram bem fortes. Por exemplo, deixei o Aoi e Zord meio que comprar corpos com as modificações de forma selvagem. 

Resgatando Ellie

Pouco antes da missão de ir até o inferno, os aventureiros começaram a ser visitados por avatares ou visões dos deuses. Todos do panteão estavam interessados em sua odisseia, portanto ofereciam poderes para acompanha-los de perto. As vezes mais de um deus oferecia ao mesmo tempo e o grupo tinha que oferecer um. 

Se reuniram nas planícies de sal e ódio do inferno, conseguiram comprar uma máquina de guerra temporária que adiantaria a viagem até a caverna onde Ellie era mantida. Os guardas infernais protegiam seu corpo que estava amarrado num pilar que se movia, durante a luta se revelou como um outro inimigo, uma serpente gigantesca.

Mesmo contra 3, já não era a primeira vez que lutavam contra aqueles inimigos, o que possibilitou uma mudança rápida de estratégia. Os poderes dos deuses também se provaram úteis na vitória. Com a sílfide do grupo resgatada, voltaram a nave, mas ela estava em coma e assim ficaria. Alseídes arranjou uma cama confortável e tratou de cuidar dela por enquanto. A partir daquele momento, seriam batizados por Aoi como Redentores de Valkaria.

Comentários:

  • Nessa época o Tilipe teve que se ausentar da mesa por um tempo, a galera até pensou se usavam de desculpa para ele sair de cena, mas disse que não ia fazer sentido eles largarem a Ellie no inferno.
  • Quando perderam os equipamentos, resolvi me inspirar em Hades e ter uma utilidade para o dado do panteão. Os PJs iriam ser visitados pelos deuses e poder aceitar seus poderes concedidos, se seguissem suas obrigações ganhariam mais pontos com os deuses até ter acesso a poderes ainda mais fortes! Acabou que isso se vinculou a história de Aoi que acabou devoto de Tanna-toh no fim; Moyashi que virou de Lin-wu e Haddgar que virou de Wynna.

A Cidade de Eirene

Agora o grupo precisava se preparar e conheceram um dos mundos mais estranhos do eter. Eirene era uma cidade que flutuava no espaço no meio de poeira cósmica multicolorida, lar de Klirens que ainda habitavam parte do mundo de seu deus falecido. O lugar tinha uma política baseada em democracia, que para os aventureiros parecia loucura!

Foi ali que encontraram a oficina de um velho amigo, Ethan, o inventor do grupo. Mesmo que tenha se matado para estar com a família ali descobriu que viveria apenas outra vida e que agora sua esposa tinha outra família, ainda assim pôde ser pai de seu filho que havia sido tirado dele. Ele conversou e se atualizou e então virou o forjador oficial, embora estivesse aposentado para participar de batalhas.

Com armas e corpos forjados e reforçados, começaram a criar o seu plano. Haviam muitos perigos e mistérios nos planos, mas queriam focar naqueles mais pessoais. Por isso, iriam viajar para Arton para tentar recuperar seus corpos e almas, depois ir atrás de Kally para ter seu apoio contra Diavolo. Como um gog'magogue não conseguia voar em território Artoniano, o mago do grupo se dedicou a conseguir um material natural de Arton que usaram para viajar: eles mesmos.

Comentários:

  • Depois de anos, queria tanto apresentar novos personagens e NPCs, quanto focar em fechar pontas soltas e fazer uma certa homenagem a tudo que passamos no jogo. Ethan voltar é uma dessas situações.
  • Eirene quase virou uma base, mas nessa fase já estávamos fazendo sessões mais curtas pelos horários de todos. Saímos de sessões de 5 h para sessões de 2:30 a 3 h, mas acabamos jogando toda semana praticamente. Tirando pausas por causa de questões pessoais de todos.

Recuperando os Corpos

Era estranho retornar a Arton, já havia passado um tempo e o ano de 1423 trazia sérias mudanças. Usaram de magias divinatórias para descobrir que seus corpos foram levados até um mausoléu perto de Nova-Malpetrim. Havia um mistério de como aquilo havia acontecido, mas antes de investigar resolveram visitar a cidade dos aventureiros. Foi assim que acabaram com um grupo de 20 iniciantes (ou estagiários), que conheciam suas histórias e foram importantes para contar rumores. Em troca só queriam acompanhar uma aventura e ver como era.

O mausoléu era subterrâneo com vários andares e com efeito anti-magia fraco, impedia uso de queda suave. Todo o lugar foi construído abaixo de um templo do panteão abandonado, lugar conhecido por ser palco de uma batalha na saga do disco dos três. Desafios físicos e monstros estavam no local, levar aqueles sem grandes habilidades dificultou, mas por fim acabaram num salão amplo cheio de covas onde os redentores encontraram seus próprios corpos.

O problema, é que seus corpos resistiam! Eles estavam enfeitiçados e iniciaram uma batalha, tentavam lutar e não se destruir ao mesmo tempo. Haddgar parece que foi quem menos ligou, uma vez que se explodiu com bola de fogo e depois usou desejo para recuperar o corpo. Os outros conseguiram muitos de seus itens de volta, mas o mago não. Uma vez que se concluiu foram ressuscitados por Zord e viram seu corpo atual e o antigo se unirem em um só, agora estavam mais seguros para as próximas aventuras. Ainda seguindo, Moyashi sacrificou sua antiga arma para Lin-wu e conseguiu uma katana com um espírito ancestral depois.

Comentários:

  • Com a mudança de horários eu passei a mudar a preparação também, mesmo que eu goste de fazer algo mais aberto e não linear, tentar algo assim iria perder tempo precioso toda semana. Já que a gente teria que considerar o tempo de todo mundo ponderar as opções, então resolvi cortar dungeons que já havia esboçado e outras cenas viraram perigos complexos, como o mausoléu.
  • É engraçado como certos desafios com soluções óbvias mas que não funcionam sempre quebram os meus jogadores. Lógico que era fácil só se jogar, mas quando o lugar se mostrou uma área anti uma magia (a desculpa é que fazer contra todas é caro e uma só é barato ahhah) a galera teve que pensar.
  • Legal eles lutando contra eles mesmos, para garantir eu tinha feito uma cópia simplificada da ficha de todos antes deles perderem todos os itens. Aqui já estavam na casa do nível 17, indo para os mais poderosos de Arton.

O Tesouro de Kallyadranoch

O próximo passo foi seguir a trilha do dragão, até o pico mais alto das sanguinárias. Para iniciar precisavam fazer oferendas de itens, nessa hora desejo se mostrou útil novamente. O ambiente era tão inóspito que sem magias de proteção o corpo não teria nem chance. Ao chegar no topo confrontaram 4 dragões que eram guardiões de Kally, os inimigos venceram o grupo por pouco e os redentores de valkaria acabaram capturados.

Permaneceram como escravos enfeitiçados por meses nas montanhas, um complexo gigantesco que ficava dentro e fora do monte do dragão adormecido. Ao perceber, iniciaram uma rebelião de semanas, com táticas de guerrilha que levavam eles aos poucos a conseguir recursos de volta. Eventualmente, a rebelião levou o grupo para um confronto direto com o deus que vivia na montanha.

Kallyadranoch tinha cabelos multicoloridos como escamas de vários dragões e estava ali em forma real, não de avatar. Uma batalha seria inútil, então arranjaram uma solução mais simples. Eles precisavam acabar com Diavolo para salvar Ellie e se vingar, para isso teriam que mata-lo de verdade, o que só seria possível em Drashantir, mundo de Kally. Ele não tinha acesso a seu mundo haviam eras, mas deu uma unha para que o grupo se teletransportasse até lá e também usou de seus poderes para tirar Ellie do coma. O grupo assim conseguiria o que queria e o deus também.

Comentários:

  • A subida do monte foi um desafio de perícia, que logo levou a um combate contra 4 dragões de ND 15, cada um tinha baforadas de elementos diferentes. O povo tava perdendo já quando jogamos uma sessão que metade do grupo faltou, ai eu narrei a luta só com metade dos inimigos. Acabou que perderam, mas uma luta assim não era nada fácil mesmo.
  • Fiz um desafio de perícia que representava a fuga e rebelião, imaginando que não seria algo fácil, a inspiração principal foi um episódio de Rick e Morty que eles percebem que estavam presos há um tempão e escravizados.
  • A conversa com Kally foi tensa e havia um mapa de batalha se a coisa fosse pra esse lado, não que ia ser uma luta fácil, mas vai que o grupo da uma cagada sinistra! Tilipe já estava disponível para voltar a jogar então essa foi a desculpa perfeita.

Drashantyr, o mundo do Dragão

Drashantyr era uma planeta imenso dominado por dragões que criaram sociedades, aqui ao invés de isolados, viviam voando em formação como pássaros, habitando regiões que faziam sentido. Nesse lugar, há pouco espaço para humanos ou raças pequenas, embora ainda possuam pequenas comunidades. Eles mal se lembram de Kally, acreditam numa espécie de energia que chamam de poder supremo, a essência do deus que está vinculada aquela terra.

Nesse lugar, tiveram que conversar com os locais e conhecer suas técnicas. Os aventureiros estavam em outro patamar comparado aos guerreiros que conheceram , mas precisavam de um guia , fizeram amizade com um homem de pele negra que dominava jutsus chamado Yasuke. Aoi e Moyashi que perceberam as semelhanças das habilidades, ele foi útil.

Desde que Kally desapareceu, quem passou a dominar o lugar foi a Mamãe Kobold, que criavam as criaturas do nada e que mantinha um vulcão como sua base. Ela era territorialista e brigava com todos. Sua região cheia de enxofre era pontuada por placas de "não entre" ou "propriedade da mamãe". Como eram aventureiros, entraram mesmo assim.

Comentários:

  • Eu peguei aqui a questão do império de jade apontar que a magia dos jutsus vem de Kally e não de wynna como um detalhe desse plano, a galera curtiu.
  • Colocar a grande vilã dessa aventura como a mamãe kobold foi uma ideia que eu tive lendo o livro do mundo dos deuses TRPG. A minha versão dela ficou com uma ficha absurda, eu quis fazer uma vilã que não era conjuradora em nível alto e ainda assim perigosa.

A Mamãe Kobold

Os corredores do lar vulcânico da Mamãe Kobold estavam cheios de perigos. Os Kobolds surgiam em centenas de uma vez, carregados de essência divina que fazia com que explodissem ao morrer! Não que fosse a primeira vez que lutavam contra uma situação assim, mas era perigoso.

Lá dentro também enfrentaram aranhas que soltavam teias e as incendiavam e poderoso fantasmas capazes de conjurar e dissipar magia, usando espinhos espectrais para ferir e dominar a mente do inimigo. Foi uma das lutas mais difíceis para o grupo. Porém, sairam com uma verdadeira fortuna, roubando todas as finanças da vilã. Aoi carregava peso como um caminhão, quando saíram da propriedade puderam conjurar a mansão de Haddgar e guardar o dinheiro para o futuro.

Eventualmente, encontraram o quarto onde a vilã dormia, lá estava um dragão triste. Ellie conversou com ele e notou como tinham uma relação tóxica e convenceu o dragão a se unir ao grupo na batalha que viria. Na última sala a Mamãe estava com milhares de Kobolds ouvindo um show de piano, a fada começou desintegrando e ai a luta rolou. Ela era forte e num momento voou para Haddgar, ceifando sua vida. Zord o ressuscitou e o grupo logo conclui acabando com a vilã. A essência de Kally estava livre e o lar dos monstros começou a desmoronar.

Comentários:

  • Uma das coisas mais engraçadas é que usei o mesmo mapa da época do Covil do Terceiro para a mamãe, mudando alguns detalhes das salas e tipos de inimigos na área, mas ficou bem legal e deu uma dungeon pra galera explorar antes da campanha terminar.
  • A ideia da Ellie de falar com o dragão foi muito engraçada, virou um aliado útil.
  • A mamãe dava 42d6 de dano por ataque, o Haddgar não tankou, mas foi ressuscitado. Rolou uma discussão porque ele estava usando a versão antiga de segunda chance . Ainda bem que essa magia mudou, era roubada demais.

Contra Diavolo

O covil impedia movimentação planar, então todos tiveram que correr e usar outras habilidades, menos Haddgar que ficou até o último segundo quando o efeito ia passar e se teletransportou. Se encontraram do lado de fora, podiam ver no horizonte um dragão do tamanho de uma montanha lutando contra nuvens de outros dragões e vencendo! Surge um outro dragão que logo vira um elfo, era Edauros, o sumo-sacerdote de Kally. Disse que concluíram sua missão então o deus iria recompensa-los depois de concluir o que estava fazendo.

Depois do sumo-sacerdote se despedir, o grupo então usou poderes místicos para encontrar o inferno original que existia naquele reino, lá poderiam matar Diavolo. O vilão mesmo encurralado era ardiloso e já armou uma emboscada numa região vulcânica onde colocou duas armas de fogo demoníacas - metralhadoras giratórias. Eram imunes a magia, o próprio diabo se multiplicou e iniciou a batalha.

Aoi logo notou que havia um truque, o original estava invisível e foi descoberto. Ele em poucos segundos matou Moyashi e desintegrou o corpo de Aoi, ainda com cópias sobrando. Zord usou um poderoso milagre para ressuscitar e Ellie fez uma paródia de sua magia e fez o mesmo com o outro, depois de Haddgar usar um desejo e recuperar o corpo desintegrado. Dali o vilão não tinha chances, mesmo que trocasse de corpo entre cópias acabou ceifado. Agora Ellie era dona da própria alma de novo, um dos aliados de Nozomi foi destruído. Porém, Kally tinha um reino divino e novos diabos poderiam nascer neste universo.

Comentários:

  • Pela presença forte de Tamu-ra na campanha e a ideia de reaproveitar aventuras antigas, achei legal reaproveitar o Diavolo, acabou sendo um vilão desde o início que desafiou o grupo de várias formas.
  • A cena do desmoronamento eu usei um perigo do Lenda de Ghanor, Pedro chegou atrasado por isso a desculpa dele teletransportando no final.
  • Um dos melhores tesouros da campanha foi o kimono do Diavolo, que dava velocidade ao usuário se perdesse 10 PV, podendo ele mesmo escolher perder ou ativando se ele se ferisse. O Aoi ficou muito bom com isso.

Últimas Preparações

Depois de derrotar Diavolo, os aventureiros voltaram para Eirene onde encontraram Ethan e Alseídes, que não viam a meses. Ao contarem tudo resolveram usar o dinheiro e artefatos que conseguiram de presente com Kally para concluir algumas pendências em suas vidas. Haddgar se dedicou a academia arcana, conhecendo seu novo reitor e ficando amigo de wynna; Aoi agora possuía um monastério abençoado por Tanna-toh e Lin-wu nas montanhas uivantes; Zord era um poderoso líder religioso e agora sabia que era um ser vivo, satisfeito com sua existência; Ellie conseguiu uma amizade com o dragão de duas cabeças que uma hora roubou sua alma; Moyashi fez as pazes com o irmão e se tornou a visão clara da nova geração de Tamu-ra.

Nozomi era o alvo agora, escondida numa fortaleza no continente negro, um lugar imapeável no plano de Odisseia. Com as bênçãos de Tanna-toh Aoi sabia que precisavam criar uma bússola com três itens que encontrariam naquele plano. Ethan iria contruí-la. Em primeiro lugar, precisavam do sangue de um titã, que conseguiram batalhando com um poderoso Hecatonquiro da época da revolta dos três, a criatura de 100 braços e 50 cabeças foi um desafio difícil, mas menor mortal que os últimos.

Depois, encontraram uma montanha abandonada e sem vida por dezenas de quilõmetros, se aproximar do lugar feria ou diminuía o tempo de vida daqueles ali. Moyashi era o mais preocupado por ter uma vida humana. O lugar guardava uma poderosa bomba que não foi destruída quando humanos usavam-a para dizimar raças inteiras. Ali encontraram um osso de uma raça extinta.

O último desafio foi invadir a base dos caçadores de aventureiros, na lua de Odisseia. Os inimigos vestiam-se com peles encantadas de suas vítimas e eram poderosos, o assalto foi rápido pois dois já davam trabalho para os redentores e quanto os alarmes soaram sabiam que dezenas viriam. Ali conseguiram o imã da bússola. Com as três partes, fariam agora o item que precisavam.

Comentários:

  • As bênçãos dos deuses deram poderes absurdos pra galera, como o Haddgar sempre ganhando PV temporário ao usar magia e o Aoi passando em um teste de conhecimento automático por turno. Foi legal que a galera ficou mais variada, com o tempo todos tinham RD e imunidade a medo também.
  • Uma vez o Christiano deu uma dica boa para narrar níveis altos assim: um combate sem risco de TPK não deve ser jogado. Em cenas que a galera limparia o chão com os inimigos eu preferia fazer perigos do que uma batalha mesmo.
  • Foi o Nariz que sacou a ideia da montanha, estava cheia de radiação, tiveram que usar magia para virar uma forma astral para entrar. A ideia era mostrar o lado ruim da humanidade e da deusa Valkaria.
  • Acabar com os caçadores era uma side-quest que a galera não fez, então o grupo estava forte e virou uma ameaça para ser resolvida em campanhas futuras.

O Festival de Aventureiros

Ethan conclui a sua forja, era um imã capaz de encontrar Nozomi. Sabiam que para derrota-la precisariam repetir o que foi feito na época da revolta dos três, um festival de aventureiros. Portanto antes de iniciar viajaram com seu Gog'magogue até o centro de Odisseia para a maior masmorra de todas onde vivia Valkaria. Ao contrário do que pensavam, o lugar testou todos individualmente, colocando-os contra suas maiores falhas e temores. Zord teve que sobreviver a uma vida pacata, outros tiveram que lutar e reviver momentos traumáticos como o vazio e a chegada da tormenta. Valkaria encontrou todos vitoriosos no fim.

Valkaria estava em forma real, gigantesca numa sala redonda que parecia o interior de Arton, com continentes desconhecidos! Ela recontou como Nozomi foi a primeira humana de Tamu-ra e como ela não era contra o plano do avatar, embora achasse violento e colocava o mundo em risco. A deusa admirava seus redentores e prometeu intervir para o festival ser possível. Enquanto atravessavam os oceanos e viam o continente negro e suas bestas inimagináveis o festival se iniciou.

Em todo o cosmo, aventureiros ouviam um chamado e se prontificavam a responder, seja correndo, cavalgando, de barco, engenhoca, voo ou o que quer que seja, tentavam chegar até a batalha que iria acontecer. O gog'magogue sobrevoava uma imensa fortaleza na montanha, protegida por exércitos de lefeu, goblinóides, fantasmas e todo tipo de ameaça já encontrada. Foi ai que portais se abriram, embarcações chegaram e velhos amigos surgiram. Dyx, Luna, Mai, Sieghardt, Lissa... foram só alguns dos que chegaram, ali os aventureiros teriam a ajuda que precisavam!

Comentários:

  • Um tempão atrás vi um vídeo sobre arquétipos em histórias comparando filme da Marvel e Dc que me deixou com uma ideia na cabeça. Muitas vezes RPG é sobre o arquétipo do guerreiro, conseguir poderes e usa-los. Já a minha ideia no fim, com todo mundo jogando já no nível 20 por um ou dois meses, foi que chegassem ao aspecto do mago, que é sobre sabedoria e ser capaz de pensar e escolher.
  • A ideia de entrar em contato com jogadores antigos e gravar audio como se tivessem na luta final rolou na minha cabeça meses antes da sessão, eu já tinha tudo que precisavam dois meses antes só pra vocês terem ideia! Alguns demoraram mais que outros, mas os jogadores acharam a ideia do caralho (obviamente inspirada em vingadores) e foram com tudo pra batalha final. Cada um recebendo 1 aliado mestre além de outros que já estavam na batalha como o dragão de duas cabeças, Edauros e dois aliados para o Frico.

Contra Nozomi

A maior inspiração do final

Os navios inimigos e aliados se chocavam, Kobolds explosivos arremessados e feitiços conjurador por Ablon, um abençoado que lutava a favor de Nozomi. Muitos feitiços se tornavam inúteis com o anjo lá atrás de suporte, mas as coisas foram mudando quando os aventureiros venceram as muralhas e começaram a abrir caminho na porrada. Haddgar, Ellie e Zord tiveram que usar muita da sua mana para dar chance aqueles que iam na frente. Acabando com Aoi abrindo caminho na porrada nos vilões e depois socando Ablon para fora do continente!

Foi então que rajadas de treva concentradas vieram de dentro das construções, destruindo tudo e fazendo chover como meteoros no terreno inferior. Haddgar usava a magia que podia para controlar dano, Ellie voava com Zord pelos escombros, Aoi e Moyashi usaram abordagens mais físicas. Do meio da cratera abaixo, junto de exércitos de aventureiros que resistiram a batalha acima, viram o avatar Nozomi com uma imensa lança montada em Baltric, o poderoso dragão imortal.

Baltric e Nozomi eram mais rápidos e preparados, começando com o dragão parando o tempo e preparando os dois para o que viria. Nozomi mudava de táticas, como se fosse um grupo inteiro de aventureiros numa só criatura. O que se iniciou foi um combate cheio de vai e vem, em que o grupo tinha que escolher sabiamente quem e quando atacar, além de quais magias impedir de serem conjuradas. O inimigo era capaz de matar qualquer um rapidamente se não tivessem preparados e protegidos, então os milagres de ressureição forem importantes aqui, mas os Redentores já eram um grupo coeso e experiente e tiveram poucos momentos que não estivessem com alguém pronto para salvar.

O dragão foi aquele que caiu primeiro, depois Nozomi contra as centenas de aventureiros que sobravam lutava contra multidões e aguentava baforadas dos dragões que apoiavam o grupo. Ellie usou de suas bolas de fogo seguidas com sua cópia capaz de conjurar para atacar com tudo. A última bola de fogo veio acompanhada da silhueta de Moyashi que a partiu ao mesmo e explodiu seu corpo.


Comentários:

  • A mecânica da unidade de vilões era que sempre que fosse alvo de ataque ou magia o PJ rolava 1d8 e algum tipo de inimigo tomava a frente, mudando como devia ser enfrentada.
  • O Ablon deu um puta trabalho pra galera, imune a duas escolas e dissipando, além de colocar a galera numa situação difícil. Até teve umas confusões porque coloquei a batalha mais abstrata mas foi bem legal.
  • Agora, Nozomi e Baltric estavam difíceis demais, como venceram acho que tava ok, mas a galera em vários momentos teve a sensação de que tudo ia pra vala. Venceram por um triz, disputando quem ia dar o golpe final. Que foi o Tilipe mas o Frico fominha já tava rolando ai descrevi que foram os dois juntos hahah
  • Então, só pra constar, dragão ancião ND 20 e avatar ND 20 na batalha final. Teve coisa da ficha de Nozomi que tirei de última hora porque achei que ficaria muito lento, vou postar com tudo.

 Epílogo

 O tempo parou durante a explosão, milhares de aventureiros de todo o cosmo eram pegos pelo efeito enquanto no centro de tudo estavam os Redentores de Valkaria. Na imensidão branca e saturada o corpo de nozomi carbonizado flutuava, sua cabeça apenas alguns centímetros acima de seu pescoço, enquanto aos poucos a própria deusa se aproximava.

Naquele instante, Nozomi e os heróis tiveram uma última conversa, eles entenderam o plano dela mas haviam aprendido com cada um de seus encontros, sejam vitórias ou derrotas, o que e pelo que fazer. Apontaram para o avatar o que fizera de errado, eles não se aventuravam apenas por isso, mas porque tinham quem proteger ou se dedicar. Não eram só heróis que possuíam poderes, mas também eram heróis cuja empatia e inteligência o colocavam em outro patamar. Assim que a própria Valkaria se aproximou, seu avatar se transformou num feixe púrpura e a atingiu como um tiro. Pois a perda de um avatar sempre é um golpe poderoso num deus.

Um tempo depois, Moyashi vagava por Tamu-ra e encontrava seu irmão, ele tentava convencer o herói épico a ajudar na política mas ele era um homem do povo e da viagem. Estaria sempre protegendo sua terra, símbolos púrpura sobre sua roupa indicavam que ele havia substituído Nozomi em sua função.

Zord já se reconhecia como um sujeito a tempos, mas sua natureza única como golem o permitia se reinventar. Passou a habitar vários corpos diferentes, experimentando outras existências e tomando agora para si a responsabilidade de sumo-sacerdote de Valkaria. Com tantos aventureiros ceifados na batalha e a deusa ferida, era preciso uma nova geração digna.

Haddgar considerava aquilo o início de sua verdadeira jornada, era um elfo afinal e poderia ainda viver por séculos. Ele passaria a desafiar a magia e inova-la, seja como professor na academia arcana onde deixava uma cópia sua, seja em qualquer plano da existência.

Ellie reconhecera suas aventuras e visitava constantemente os amigos, não havia sentido para ela viver sem a presença deles e de suas ligações. Num mundo de barreiras, a fada era uma ponte entre os povos.

Aoi, finalmente teve sua terceira chance de viver e se tornou um sensei, agora seu monastério ficava nas Montanhas Uivantes onde iria ensinar o caminho do punho e do conhecimento, aberto a todos e onde juntaria outros professores dignos de Tamu-ra e além. Enquanto seus amigos optaram por continuar na estrada, ele quis se aposentar. E merecia isso.

Fim

Conteúdo da última aventura

Bestiário MMD

Abraços ou beijos!

Um comentário:

  1. Parabéns pela conclusão desse trabalho incrível não estou conseguindo acessar o conteúdo do último capítulo. Poderia me ajudar ?

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Qualquer forma de agressão, ofensas, desrespeito, discussões, preconceito racial, sexual, religioso ou ético, será banido. Somos jogadores de RPG, e não de futebol... E se você é Troll eu sou Elfo (Away)