segunda-feira, 16 de junho de 2014

Diário de Campanha Ravenloft - Episódio 4: Perdidos nas águas do Tempo


Em primeiro lugar, estou aqui pedindo desculpa pela falta de diários. O meu objetivo agora que estou de férias é correr atrás do prejuízo e terminar o bestiário de Darksun (que está em revisão). Então, sem enrolar mais, vamos à aventura!

O Grupo

Filipe - A'dam,  Herdeiro da Raposa Magus 3 LN: Um humano com olhos sempre em movimento, cauda e orelhas de raposa. É ruivo e parece estar acostumado a presença de animais, além de vestir roupas bem exóticas. Chegou a terra das Brumas da mesma forma que outros aventureiros, só que fugiu de um combate com esqueletos, só encontrando os futuros aliados um dia depois de sua chegada.

Gustavo - Arcoverde, Meio-dríade Druida 3 NB: Druida de grande ligação com as plantas, capaz de moldar a madeira como barro e usá-la como bem quiser. Vivia numa terra de grandes florestas onde criaturas possuíam poderes além do comum e eram treinadas para lutar entre si. Tem um bulbassauro como companheiro animal.

Filipão - Baltric, Qareen Bardo 2/Swashbuckler 1 CB: Este jovem músico sempre teve grande dificuldade em escolher um instrumento de sua preferência, porém isso logo se resolveu quando se aventurou na terra das brumas. Sua herança qareen da terra o torna forte e belo, arrancando suspiros de todas as moças que o vem.

Pepé - Callahan, Humano Samurai 3 LN: Como a grande tradição de Tamu-ra (Arton) demanda, Callahan se tornou um samurai em missão para seu senhor feudal. Participando ativamente de missões de reconstrução da Ilha, o jovem se tornou um grande espadachim e segue seu código de honra onde quer que esteja.

Mateus - Ed, o faísca, Sprite Ladino 3 CN: Ed é um Nativo de Pondsmânia (Arton), uma fada macho de 30 cm que vivia de pequenos furtos e traquinagens. Para se divertir costumava mudar as coisas de lugar, mudar cores, estragar leite, dar nó em crina de cavalos, etc. Nunca para de brincar e é por muitos tachado de louco, mas e quem não é?

Mudo - Jarvan, Troglodita Guerreiro 3 LN: Um trog líder de uma tribo de caçadores que vivem numa região pantanosa e pré-histórica. Anda com escudo e sem armadura para aproveitar sua capacidade natural de se mesclar a ambientes como os melhores lagartos, nunca deixou de capturar uma presa.... Até agora.

Java - Liv, Medusa Barda 3 CN: Liv é uma medusa que usa suas cobras negras no cabelo como um dread, anda de calça jeans e um casaco de couro como armadura. Veio de um mundo onde a tecnologia é mais comum, onde já existem celulares e até carros, porém muitos monstros são incomuns. Sua capacidade de canto e de beleza a tornam uma sereia na terra, uma caçadora sedutora e perigosa.

Episódio Anterior
Episódio 1: Bem-Vindo à Terra das Brumas 
Episódio 2: A Bruxa da Floresta 
Episódio 3 : Um Aqueduto Perdido no Tempo

Bora Ler!



Voltando para a entrada/A Cantina


Ed, Baltric, Jarvan e Liv se recuperam do tombo e retomam o fôlego da recente corrida por suas vidas. Seus olhos batem numa sala com muitos itens de valor guardados e então o bicho do ouro morde todos, fazendo-os correr para conseguir os itens, divindo-os entre si. Haviam 500 moedas de ouro, uma tapeçaria que devia valer umas cem moedas e um colar com 3 pedras vermelhas (capaz de lançar bola de fogo 3 vezes por dia), além de uma espada de prata e um machado de mithril. Após recolher tudo de valor, abriram a porta de madeira e seguiram por um corredor de paredes de mármore bem iluminado.

Callahan, Arcoverde com seu bulbassauro e A'dam atravessaram a ponte correndo, a madeira falhava e trincava com as pisadas desesperadas enquanto o ar frio dos fantasmas sobia suas espinhas. Em menor número o grupo resolveu fugir dos fantasmas e alcançou um corredor. Pararam e olharam para trás, os espíritos pareciam não ser capazes de segui-los; pode-se ouvir uma respiração de alívio e então se olharam. Completamente divididos, resolveram andar pelo aqueduto até achar os companheiros. O corredor era úmido e cheio de plantas que lutavam para abrir passagem nas pedras, tiveram que usar as tochas para ilumina-lo e conseguir seguir caminho.

Com a fada voando na frente, Baltric e os outros aventureiros alcançavam um enorme lance de escadas em espiral, os degraus tinham marca de pegadas recentes e estavam limpos (na medida do possível). Olharam para baixo e para cima, decidindo por seguir para cima. Pareciam estar em outra ala do aqueduto, muito limpa e conservada.

Enquanto isso, Callahan conversava com Arco e A'dam durante sua passagem por uma enorme passarela de pedra. Dali podiam ver varias pás que seriam usadas para conduzir a água pelo aqueduto, um sistema de engenharia bem complexo e sem igual naquele mundo, porém as pás estavam enferrujadas e quebradas, inúteis a anos com um pequeno ranger causado pela "armadilha" da sala das cordas. Depois de atravessar a passarela chegaram a um corredor com uma porta que resolveram entrar. Estavam numa cantina, os trabalhadores do aqueduto deviam se alimentar ali, agora o local era povoado por ratos errantes e vários trabalhadores que morreram e se erguiam como carniçais sedentos por carne humana.

Baltric e Liv andavam juntos por um salão parecido com a entrada do templo, porém mais iluminado, com tochas presas na parede e uma enorme estátua de bronze. Outra diferença marcante notada por Jarvan e Ed foi a presença de uma ponte sobre um lago, coisa que não viram na entrada do aqueduto. A estátua se revelou um golem, um poderoso guardião que serviria de proteção caso o aqueduto fosse atacado por o que quer que fosse. Ao se serguer, o grupo correu para trás, ficando próximo a escada, preparando-se para o combate os aventureiros pegaram suas melhores armas, mas seu treino não os preparou para o golpe do Golem.

Callahan ergueu suas lâminas de família e correu desferindo dois golpes na barriga de um carniçal. Bulbassauro, feroz como um animal selvagem, posicionou-se na frente do Arcoverde e mordeu um carniçal pronto para atacá-lo com suas garras podres e sujas. A'dam preferiu por usar suas magias para manter os inimigos afastados, aproveitando os móveis do local para se proteger.

O golem socou sua própria barriga, um ressoar como de um imenso sino atordoou os aventureiros que botaram as mãos nos ouvidos de reflexo, três socos titânicos foram efetuados fazendo o ar deixar os pulmões dos heróis, até Ed levou um golpe. Liv foi a mais afetada, o soco a empurrou metros para cima e para trás, deixando ela indefesa para sua queda no abismo de escadas. Estava morta.

A'dam pegava em armas e lutava ao lado de seu companheiro samurai, os carniçais possuíam machados e garras que cortavam como ceifadeiras, tiveram que trabalhar em equipe, mas conseguiram destruir todos. Já eram muito mais experientes agora do que quando chegaram aquele lugar terrível..

Baltric vira uma aliada morrer e sentia o peso dos golpes do golem, com uma ideia desesperada se concentrou no colar que acabara de conseguir e usou-o para invocar 3 bolas de fogo explosivas no teto. Parte do teto se desprendeu e desabou na hora, levando o golem e parte da escada dezenas de metros abaixo. Com muita sorte, a estratégia funcionou e Baltric, Jarvan e Ed não tiveram o mesmo destino que sua companheira.

Comentários
  •  Mais um ensinamento que eu tirei do Dungeon World (que eu vivo dizendo que é o meu livro do mestre): Dividir os jogadores! Isso faz com que eles tenham que passar por situações difíceis de forma não convencional, já que não podem contar com tantos aliados como de costume. 
  • Uma dica boa para quando dividir o grupo é tentar dividir o tempo e ir mestrando as duas situações ao mesmo tempo e, se ocorrer um combate, tente sincronizá-lo com outro acontecendo com o outro grupo. Isto serve ppara não deixar tedioso para ninguém e contar a iniciativa como se fosse só um enorme combate exige dos jogadores atenção dobrada.

Descendo para as profundezas/Um mergulho arriscado
Oie
Retomando o fôlego e tentando afastar o desespero de perder um aliado; Baltric, Ed e Jarvan resolvem descer as escadas, afinal, destruíram um bom pedaço destas o que tornaria uma subida um pouco difícil. Seus caminhos os levam para um andar perto do ultimo subterrâneo, onde um metro d'água escondia o chão. Resolveram entrar no corredor mais próximo e investigar, quem sabe não encontrariam seus amigos?
A'dam, Arcoverde e Callahan finalmente conseguiram achar um corredor que levava a descida principal, depois de uma hora olhando cuidadosamente salas vazias e destruídas. Chegaram a escada com cheiro podre, degraus rachados e corrimãos destruídos. Alguns andares abaixo uma grande quantidade de água cobria mais de um andar e uma parede destruída levava a um antigo corredor que agora formava uma fenda.
Jarvan não notava, mas Ed e Baltric podiam ver o quão organizado era aquele lugar, além de possuir uma bela engenharia comparada as maiores construções de seus respectivos mundos. Pegaram uma curva, depois outra, até avistar uma porta Solitária e mais bonita que as anteriores no fim de um corredor. Entre eles e a porta um antigo conhecido: Um cavaleiro de armadura pesada, escudo de torre e corpo cadavérico.
Callahan pulou e dobrou os joelhos para absorver a queda, ajudando arco enquanto A'dam saltava com maestria para a ilhota formada por um enorme pedaço da escada caído a anos. Entraram na fenda e forçaram a vista para poder enxergar com suas tochas um esqueleto jazido no chão. Seu corpo não possuía cabelo, apenas esqueletos de cobras estranhamente próximos a sua cabeça. O corpo possuia um arco curto meio velho, mas em estado usável e alguns itens úteis. Voltaram para a ilhota e perceberam que para continuar deveriam se molhar. Respiraram fundo, amarram cordas para não se perderem um do outro e mergulharam.

Jarvan tomou a dianteira e ergueu o escudo roubado de um cavaleiro como aquele em sua frente, rugiu e fez sons de guerra com sua garganta repitiliana, Baltric estava logo ao seu lado com espada em punho e Ed voava um pouco acima de suas cabeças, esperando a oportunidade para sumir da vista.

O samurai liderava o grupo, era o melhor atleta entre aqueles ali, mesmo que sua armadura puxasse seu corpo para baixo como se tivesse 4 vezes mais pesado. Bulbassauro, Arco e A'dam nadavam logo atrás torcendo para que o ar que tinham fosse suficiente para não morrerem afogados. Arco olhou pra trás e soltou uma bolha, um grito abafado de terror (Glub) que alertou seus aliados com o retesar da corda. Eram carniçais, mas eles nadavam muito rápido sem armadura alguma, como peixes saindo de suas tocas.

Ed sumiu, sua habilidade de fada e de ladino era testada nessas situações e ao se tornar imperceptível resolveu circular o cavaleiro enquanto desembainhava sua lâmina do tamanho de um palito de dente pronto para achar um ponto fraco naquele inimigo. Baltric pulou para trás e tocou uma música com sua flauta, inflando o espírito de Jarvan que desferia golpes ferozes com uma picareta. O cavaleiro revidava e atacava com sua espada bastarda deixando poucos centímetros de abertura a cada golpe.

Avistaram uma saída, uma luz externa que tremeluzia debaixo d'água, era a superfície. Callahan foi primeiro e engatinhou para fora respirando forte e soltando todo o gás carbônico que poluía seus pulmões. Arcoverde chegou com seu animal sacudindo o corpo para se secar, mas foi A'dam com seus sentidos de rapoza que olhou para o lado ao sair e viu um enorme jacaré olhando-os com ar de quem achou um banquete. Animais usavam aquele lugar de morada agora, infelizmente.

Jarvan levou um corte no braço e estremeceu, a fúria tomou seu corpo e lhe deu força. Segurou a picareta com força, sentindo suas mãos arderem e usou o escudo para bloquear uma estocada. Abriu a guarda do cavaleiro e girou seu corpo num movimento arriscado e feroz, a ponta de trás da picareta atravessou o elmo e o osso, desprendendo o crânio do cavaleiro de sua coluna. Seu corpo perdeu o movimento na hora e caiu como se nunca tivesse vivido.

O jacaré andou abrindo sua enorme boca pronta para abocanhar e arrancar pedaços,porém Callahan ouviu o grito de A'dam sobre o inimigo e se preparou. Rolou no chão enquanto desembainhava suas espadas e depois deu um salto para frente cortando o focinho da criatura com um X feito com sua katana e sua wakisashi ao mesmo tempo. O couro do bicho era resistente, mas tamanha a força do golpe ele cedeu e metade da mandíbula superior e do crânio se dividiram com aquele golpe.

O trog usou o pé para tirar o crânio de sua picareta e prendê-la novamente na cintura, enquanto caminhava para a porta vendo uma fada apressada destrancando a porta. Era um escritório, uma papelada que devia ser de informações daquele lugar estava espalhada e jogada por todos os cantos. Procuraram por coisas úteis e acharam algumas moedas e objetos que poderiam ser vendidos, além de uma varinha feita de adamante que guardaram para os seus outros companheiros.

Arcoverde olhou com pesar para o animal morto, mesmo vendo que foi um mal necessário e se apressou para escalar uma parede e sair daquela área perigosa. A'dam e Callahan também subiram, todos ajudando o bulbassauro a escalar com cordas sem machucá-lo. Estavam num local subterrâneo que parecia levar a um corrego, podiam ouvir uma enorme cachoeira a distância e alguns espíritos vagando sem rumo e sem se importar com eles.

Saindo do escritório, desceram para o andar com o metro d'água, abriram uma porta e andaram por alguns minutos por corredores inundados. Ed usava as sombras daquela área que parecia o local de trabalho da maioria das pessoas daquele lugar, iluminado a cada 5 metros por uma tocha bem alta. Passaram por corpos dilacerados, com sangue fresco sujando a água e uniformes destruídos. Estavam bem fundo naquele lugar e ainda não haviam achado os seus companheiros.

Comentários:
  •  Mais uma vez sincronizei situações chave nos dois grupos diferentes, dessa vez usei um desafio de perícia seguido de um combate no susto que terminou muito rapidamente. 
  •  Acho legal usar os mesmos inimigos que antes davam trabalho para o grupo em várias aventuras. Isto da uma noção clara do quanto os personagens evoluíram, ainda mais quando você repete um chefão bolado. 
  • Alguém já sacou o que está acontecendo com os dois grupos? Se não sacou, na próxima cena tudo vai se resolver.

Prisão/Liberdade

Baltric olhava atento para o lugar que estavam, o corredor úmido revelou tubulações quebradas durante algum tipo de combate, aquela área era onde o maior volume de água era mantido, dizia Ed com seu vasto entendimento de engenharia - ganho com a sua mania de invadir tudo - andaram até uma varanda que revelava um complexo de túneis e andares antes de um lago subterrâneo que aos poucos aumentava o volume. Foi Jarvan que encontrou o detalhe mais bizarro naquele cenário, um ninho feito de folhas, galhos, objetos e gosma produzida por saliva e corpos. No seu centro, três ovos com 60 cm se embaralhavam naquela visão bizarra.

Os aventureiros comeraçaram a se preocupar, andaram por várias salas e andares e não tiveram nenhuma pista do paradeiro de seus companheiros, a morte começou a passar por suas cabeças. Arcoverde falou com bulbassauro, ele havia farejado uma coisa. Acharam, jogado numa vala molhada formada dos destroços daquele lugar, um corpo. Era uma mulher, não fosse os buracos no rosto e as larvas que andavam pela sua carne seria bonita, morrerá a poucos meses, usava uma armadura completa e um mosquete jogado próximo a mão direita, carregava uma bolsa com munição e um odre seco. Pegaram tudo que podiam, A'dam sugeriu que ela fosse uma das aventureiras do grupo que derrotou o vampiro da cidade enquanto ajudava os seus companheiros com os pertences da moça.

Aproximaram com cautela do ninho, não podiam saber de que criatura aquilo era, porém pelo tamanho pareciam ser de... Shh. Passos pesados ecoavam pelo corredor, espatifando poças e fazendo o chão tremer. Jarvan e Baltric se esconderam atrás de um dos móveis usados no ninho, Ed usou a escuridão a seu favor e parou seu bater de asas. Um enorme dragão, tão alto quanto um elefante e negro como ébano se encolhia nos corredores, seu enorme pescoço se moveu e observou os ovos. Parecia uma fêmea que abriu um sorriso com seu rosto de fera e num movimento rápido de trovão prendeu Baltric, Jarvan e Ed! A criatura tinha percepção infinita e chamou aqueles ali de intrusos, carregando-os até uma enorme cela, jogando para servir de janta. Ed, o pequenino, foi colocado uma jaula ainda menor e teve a tranca amassada, para torná-la impossível de abrir. A dragoa olhou-os com ar de superioridade, até ouvir outro barulho, ergueu-se e foi investigar.

Ainda caminhando pelo subterrâneo, o grupo achou um closet e abriram um sorriso típico de exploradores de tumba como eles. O local possuía armaduras, armas, um escudo como o do cavaleiro esqueleto, um cordão de três pedra vermelhas, entre outros tesouros, era a sorte grande para eles! Depois de sair usando um carrinho de mão para conseguir carregar tudo, e achando ainda melhor o fato dos espíritos do subterrâneo não atacarem, olharam ao longe para a queda da cachoeira subterrânea. Callahan foi o primeiro a perceber, uma forma feita de trevas com milhares de dentes surgiu e rugiu. O barulho criado parecia sair dos pesadelos, um ecoar destrutivo que feria os tímpanos e paralisava quem o ouvira, seu som corroia a alma e distorcia a realidade, como se o mundo não fosse mais mundo. Correram, fugiram, deixariam seus companheiros para trás, não fosse a sorte e o acaso os ajudando.

Ed usava tudo que podia para abrir a jaula, mas estavam presos. Começaram a ouvir a dragoa lutando, não sabiam contra o quê, no entanto, tinham esperança de ser seu amigos, estavam errados. O corpo caiu pesado sobre a jaula, entortando-a e fazendo jorrar o sangue da dragoa. Um homem nobre com roupas finas caiu equilibrando-se nas barras e arregaçando as mangas, olhou para baixo, seu rosto escondido pela escuridão sorriu e deixou os prisioneiros a própria sorte. Durante um dia ouviram barulho de luta, durante cinco anos ficaram ali presos.

Objetos de menor valor caiam do carrinho de mão enquanto ele tremia no chão irregular, viraram uma, duas, três vezes em corredores diferentes, até achar uma enorme cela com um esqueleto de dragão em cima. Lá dentro acharam prisioneiros parecidos com Ed, Jarvan e Baltric, porém com mais barba, cabelos desgrenhados e sujos, mais magros e com marcas no corpo que não possuíam antes. O trog agora possuía uma papada como de uma iguana. O sorriso de reencontro foi incrédulo e seguido de desespero, fugiram juntos do dragão subterrâneo. Só os deuses sabem o que aconteceu com os aventureiros durante os anos de reclusão.

Comentários:
  •  Tenho que agradecer ao blog Pontos de Experiência pela ideia de dungeons que não seguem um contexto lógico e ao Legend of Zelda por me dar a ideia de uma masmorra que acontece ao mesmo tempo no passado e no presente. 
  • Alguém já tinha notado que o grupo estava em períodos diferentes? 
  • O grupo que ficou preso ganhou 6 pts de insanidade direto e, também, perdeu alguns de seus equipamentos que se deterioraram com o tempo. Porém, quando passaram de nível ganham dois níveis ao invés de um só, só pra não se sentirem tão passados para trás.

O Guardião final



Saindo do subterrâneo o grupo unido mais uma vez parou por alguns minutos para poder se armar e ir embora daquele lugar maldito. Olhavam-se como se não se conhecessem, como se olhavam a meses (ou anos) atrás. Uma outra surpresa os aguardava.

Um som retorcido começou a ressoar no térreo, Baltric reconheceu o rosto do golem de Bronze derrotado a tanto tempo, agora no meio de uma pilha de destroços. Aquele golem era especial e a magia que o dera vida era poderosa, seu elmo começou a subir, erguendo entulho e destroços consigo, formando um corpo. Na sua cabeça, um escudo cheio de espinhos tomava lugar de parte da cabeça do monstro que estava pronto para matar os intrusos.

Ainda fracos, mas com ódio inflando suas veias, o grupo trabalhou em equipe e conseguiu derrotar a criatura, graças a um golpe final heroico de Jarvan que subiu em sua cabeça e cortou a conexão com o corpo. Depois uniram-se e desferiram golpes até não sobre nem um pedaço de cobre na área. O escudo de espinhos era mágico e Jarvan pegou para si como um troféu e um prêmio de consolação para uma exploração tão perigosa.

Era hora de voltar para a lança de gregor e pensar no que descobriram, não antes de se recompor e beber na taverna até os problemas irem embora.

Comentários:
  •  A luta final foi só para deixar um desfecho mais épico para a dungeon, não havia real necessidade. Maaas, acho que acabou animando os jogadores que se foderam bastante com esta dungeon. 
  •  Quem ouviu o rugido do dragão subterrâneo levou pontos de insanidade também, isso fez com que a aventura se tornasse um moedor de carne para os jogadores que começaram a sentir os verdadeiros perigos de ravenloft neste episódio.
O que acharam da aventura? Vou tirar o atraso do diário de campanha e mais aventuras emocionantes vão chegar, fiquem de olho!

Abraços ou beijos.

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