Cinco, eu disse: Cinco Meses sem nenhum post da coluna Os livros do mestre. Em primeiro lugar, peço desculpas aos fãs da coluna, ela vai voltar com força total agora! E em segundo, hoje o post vai falar de outro livro ligado a galera do Jovem Nerd, mais precisamente, dos cariocas do Matando Robôs Gigantes (ye, baby)! O Espadachim de Carvão. versão brasileira, C.R.E.U.Z.A.
Para quem ainda não conhece, o livro conta a história de Adapak, um jovem de 19 ciclos filho de um dos 4 deuses do mundo de Kurgala. O herói, grande nerd conhecedor de enciclopédias e livros de aventura, é forçado a fugir de sua morada e sobreviver no mundo real, que ele descobre ser muito pior que imaginava.
O Espadachim é um livro muito bem narrado, Affonso, o autor, é iniciante, mas já mostra a que veio. Sua narrativa é rápida, porém se permitindo maior detalhes na hora de descrever o mundo de Kurgala. A história é contada seguindo Adapak, por muitas vezes mostrando ao leitor o que ele pensa ou deixando clara a sua mente infantil.
Mundos criados para livros únicos são, quase sempre, simples e sem estruturas definidas, no entanto, o autor tece Kurgala como uma verdadeira ambientação - daquelas que a gente compra um livro só para conhecer. É uma fauna bizarra e divertida, as várias espécies de Kurgala possuem aparência e habilidades muito características e é impossível não se ver jogando com qualquer uma delas. Um sistema métrico próprio e medidas de tempo ajudam o mundo a tomar forma e cor, eu até me medi pelo sistema do livro e descobri que tenho (aproximadamente) a mesma altura do personagem principal.
Próximo ao fim do livro a história se acelera, mas mantém um esquema que se repete desde o começo: um capítulo trata do presente e logo é seguido por um que fala do passado. Com o tempo conhecemos o personagem e sua história, além de descobrirmos como é viver com um deus. O livro é muito bom e eu me sinto feliz de ver que alguém que eu admiro se mostrar um autor fantástico, parabéns ai Affonso haha.
E no RPG?
Kurgala é mundo impressionante e não é dificil imaginar uma campanha usando-a de pano de fundo. As raças estão ali, assim como as "classes" - as básicas do D&D resumem quase tudo. Mas o que me chamou mais atenção foi o estilo de combate do personagem.
Adapak possuí um estilo de combate bem característico, com base nos círculos que o permitem antecipar e reagir a movimentos inimigos. Não é perfeito, mas é quase. Logo depois de ler um livro me veio na cabeça um personagem com duas espadas que lutasse tão rápido quando o garoto, sorte que já tenho um parecido pronto para começar uma campanha, agora é só introduzir o estilo ao Roleplay.
Leiam o livro, leitores! É hora de prestigiar nossa literatura fantástica que está cada dia melhor e conhecer esse mundo "rocambolêsco" de espada e sandálias.
Abraços ou beijos
Estou querendo montar uma aventura baseada em Kurgala, mas não sei por onde começar. :/
ResponderExcluirja li o livro umas duas vezes.
Rapaz, acho q é só fazer um mundo meio deserto Low fantasy aha tenho q reler pra lembrar coisas mais específicas, como raças e tal, mas acho q já é um começo
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