quarta-feira, 12 de junho de 2019

Diário de Campanha Império de Jade: Episódio 8 - A Fortaleza Flutuante dos Wako

Zu Chai, líder Wako (música tema da luta contra ele aqui)

Olá, leitores! Hoje vamos voltar a Tamu-ra e também para Arton para continuar a história da nossa campanha de Império de Jade. Nas últimas sessões os jogadores exploraram uma dungeon, fugiram da prisão e enfrentaram o primeiro grande chefão da campanha. Depois tivemos uma sessão que eu mesmo chamei de filler, em que os jogadores passaram uns dias na cidade de Collarthan.

Um dos nossos jogadores resolveu sair da mesa, o Gabriel dos outros diários daqui do blog, faz parte. Também tivemos uma troca de elenco, vocês vão ver.


Página da Campanha no Obsidian Portal

O Sentai:


Gabriel - Hangô, Humano Onimusha 5 Honesto: caçador e aventureiro experiente nas terras estrangeiras, já viveu com muitos povos e aprendeu a controlar sua mácula da tormenta. Uma tamuraniano com atitudes de Gajin. Talvez o seu verdadeiro potencial ainda esteja escondido.

Nariz - Aoi Hono, Mashin Kensei 5 Honesto: Mashin construído para servir o antigo clã matsui, ficou uma década num prédio, sozinho, aguardando as ordens de seus senhores. Enquanto isso, os akumushi (tormenta) nasciam e desapareciam em Tamu-ra.

Nariz - Wujiko, Henge Ninja 3 Desonrada: Uma ninja deixada para trás pelo seu clã, viveu em Arton até concluir sua missão. Agora é hora de voltar para o Império de Jade e descobrir sua nova missão.

Caio - Kadanba Lila, Vanara Monge 4 Honrado: esse macaco saltitante e cheio de citações vivia num templo com outros monges. Um dia, no entanto, todos haviam desaparecido. Ele hoje busca o que restou de seus antigos nakama.

Herbert - Kazuzo Acata, Hânio Shinkah 4 Honesto: suas história é um mistério.

Yuri - Kojiro Mishima, Ryuujin Samurai 5 Digníssimo: Membro de uma família de renome que descobriu atitudes desonradas do pai. Escolheu andar pelo mundo a serviço de pessoas honradas para limpar o nome da família e pretende retornar quando puder comandá-la.

Andrezza - Neko, Henge Yakuza 3, Desonrada: Uma henge viajante com a aparência de um gato selvagem conhecido como Leopardo de Tamu-ra. Um dia descobriu uma capacidade estranha de tomar a forma humana, que usa eventualmente, mas sempre prefere se manter em forma felina.

Aliados

Nariz - Kazuko, o lanceiro (+2 no ataque e dano): Samurai em treinamento de família nobre que resolveu seguir Aoi após ser derrotado em combate. Hoje em dia considera o mashin seu sensei.


Nariz - Buroli, o grandão (RD 2 , +1 em CA): Grandalhão e brigão que sempre ganhou suas lutas nos combates clandestinos dos cantos das cidades pesqueiras.

Episódios Anteriores:
Episódio 1 - Os Desígnos da Honra 
Episódio 2 - A Ruína Bakemono
Episódio 3 - Os Aventureiros sem alma
Episódio 4 - Desventuras pelo interior de Tamu-ra
Episódio 5 - As estrelas levam à Ryuu'ken
Episódio 6 - Dare ga motto naku? (Quem chora mais?)
Episódio 7 - Olho por olho, dedo por dedo.


Ikimashou!


Na Garganta do Espírito da Terra




Escuridão.

O sentai avançava pelos corredores cavernosos que pareciam ter um formato interno como o de uma sanfona, talvez como se estivessem realmente no corpo de uma criatura gigante. Os vários corredores e bifurcações eram explorados um a um, alguns não davam em nada, outros eram pequenos demais para esconder os planos que procuravam. Neko deu sorte num desses, encontrou alguns yan antigos e quem ninguém sentiria falta.

Na exploração daquele grupo, acabaram eliminando os corredores, faltavam poucos. Num desses, encontraram um fosso que dava para uma sala parcialmente inundada e cheia de Oonokamis - caranguejos gigantes, grandes inimigos de Kojiro - preferiram contornar o fosso. Noutro corredor, se surpreenderam com dois corpos, cadáveres de barriga inchada como se estivesse lotada de vermes. Logo a frente havia uma porta dupla e pesada de madeira, indiferente ao tempo.

Aoi, Kazuzo e Neko investigaram os corpos e a câmara. As portas pesadas precisavam ser movidas juntas para abrir, parecia que um mecanismo interno ligava os seus movimentos. Neko sabia que haviam outros cadáveres do outro lado. Aoi resolveu queimar os corpos, um sinal de respeito e cautela, sua atitude fez com que fosse atacado. Mas as criaturas não representavam perigo para os heróis.

Depois de muito esforço físico as portas foram abertas, Neko usou suas habilidades ladinas para travar a porta, na dúvida tinham um plano B que era segura-las com os bastões imóveis de Aoi. Mais Gakis (zumbis) do outro lado, mais uma vez facilmente derrotados. O corredor a frente parecia mais trabalhado e definido, menos natural e com uma figura estranha. No centro do corredor várias moedas, amuletos e outros itens flutuavam. O mistério foi investigado de longe, luzes de tocha iluminando e dando pistas. Era um Cubo gelatinoso, criatura que podia derreter facilmente tudo que era orgânico.

Aoi tomou a frente, estava sem os dedos desde o combate contra o pudim negro e se arriscou, mergulhou na gelatina e sentiu uma ardência, mas não o suficiente para mata-lo. Atravessou, iria investigar e depois retornar para os nakama. Os outros logo viram que o cubo começava a avançar lentamente, se puseram a se afastar no mesmo ritmo.

O mashin acabou parando numa sala de portas duplas comuns, sem mecanismos, lá dentro encontrou um grande altar com 19 estátuas em posturas de meditação e jutsus, todas de ouro fazendo caretas. Dois monges mortos e mumificados pareciam orar para aquelas figuras, um deles com um guarda-chuva particularmente diferente em mãos. Entre os atores, uma tigela grande com água cristalina.

Aoi pegou o guarda-chuva como pôde sem seus dedos e tocou a água para beber. Isso acordou todas as estátuas de ouro, Asuras. Ele saltou, abriu o item que conseguiu e descobriu que ele crescia quando estava aberto, tentou correr e fechar a porta, mas a força conjunta das criaturas era maior... correu e foi atacado no caminho, o guarda-chuva bloqueava alguns inimigos, mas não todos. Acabou mergulhando no cubo gelatinoso quando o mesmo quase chegava no portão duplo, recuperou um amuleto que flutuava na gosma e saiu do outro lado soltando fumaça. Ao olhar para trás, via os monstros que o perseguiam se jogando no cubo e se desfazendo rapidamente.

Agora reunidos, o sentai analisou os itens que conseguiram. Kadanba e Kazuzo descobriram as capacidades ligadas a jutsus de destreza do guarda-chuva e que o amuleto recuperado aumentava a duração de jutsus, muito bem equipados seguiram. Kazuco puxava saco de seu mestre mashin no caminho.

Ultima passagem, hora de encontrar o que procuravam. Estavam num arquivo, como uma biblioteca com ofudas, pergaminhos e livros. Alguns efeitos elementais pequenos ocorriam no cômodo, quase imperceptíveis. Faíscas, eletricidade estática, umidade, etc. Símbolos dos elementos. Num lampejo de energia, assim que o sentai encontrou os planos que precisavam, um grande rosto de Oni feito de fogo surgiu flutuando, era um Bakudan.

O monstro de fogo lutou contra Aoi no corpo-a-corpo, ele mordia com força e feria, nem mesmo a capacidade de cura pelo fogo protegia o mashin. Os outros lutaram distantes ou conjurando. Quando a criatura parecia ser derrotada explodiu com toda força e chamas. Aoi saiu curado, aquele arquivo foi destruído, mas salvaram o objetivo da missão.

Ao retornar e abrir a garganta com cócegas, se viram cercados. Pessoas do vilarejo armadas mirando no sentai, Wakos, Godofredo, a líder do vilarejo e o líder de todos eles: Zu Chai, o ex-samurai.

 Comentários:
  •  Nessa sessão só a Andrezza, Nariz e Herbert apareceram para jogar, eles ficaram preocupados do jogo não funcionar, mas funcionou muito bem. Esse grupo acabou jogando uma sessão depois sozinhos novamente, tenho que entrar em contato com o grupo quanto a faltas.
  • Uma exploração bem simples de um complexo subterrâneo com algumas características estranhas, gosto de usar ambientes assim, nem tudo precisa ser explicado, deixe os jogadores criarem. Eles já estavam achando que estavam nos alvéolos pulmonares do Espírito da Terra nesse ponto.
  • Rolou um descanso para geral recuperar vida e PMs antes de explorarem, no máximo rolou um papo com o Godofredo, que virou um NPC chamativo nessas sessões. Talvez eu volte com ele no futuro.

Capturados



 Buroli entrava com os seus músculos inchados num recinto de luxo, aquele homem gigantesco estava cabisbaixo e intimidado, murcho. No recinto, em meio a almofadas e narguiles, estavam vários animais de diferentes tipos, todos de pelugem bonita que formava desenhos complexos. Mamíferos, pássaros, peixes. Predadores ou não. Todos ao redor de um homem-tigre de mãos direitas e esquerdas invertidas.

O ronronar amedrontador de alguém que se deliciava com aquilo tudo. Dio olhava para Buroli, conseguiu o que o jovem pediu e lhe ofereceu, um Ofuda com poderes além da compreensão de uso único. Deveria usar aquilo para ajudar o seu mestre.

Buroli olhou, até leria tudo se não fosse impedido. Não era muito sábio. Levou aquilo, se despediu com uma reverência acuada. Era hora de subir no balão e resgatar o seu mestre!

Falhou.

Ao se aproximar da gigantesca fortaleza marítima de Zu Chai, formada por vários navios acoplados uns nos outros, foi atingido por um canhão. O balão explodiu e caiu, do corpo carbonizado do guerreiro o Ofuda foi resgatado.



Semanas se passaram desde o dia que foram capturados. O sentai tentou fugir e resistir diversas vezes e de diversas formas, seus inimigos eram inteligentes e testaram seus poderes e habilidades, prendendo cada um em celas adaptadas as suas capacidades. Hangô preso em correntes que impediam que emanasse seu poder, Kazuzo passando fome numa cela - recusava a comida dos desonrados - e Neko presa numa gaiola reforçada para não se espremer e escapar.

Estavam separados, mas sabiam que estavam perto uns dos outros. Com ajuda de guardas, sinais ou até informações passadas em momentos de banho de sol, mensagens escritas ou sinais, podiam se comunicar. Precisavam de tempo e planejamento, seu plano de fuga real como um grupo demorou uma semana para se organizar. Descobriram os horários dos guardas, a motivação dos Wako e onde estava o Clã Wu que também foi capturado.

Nos próximos dias, Hangô foi chamado para conhecer o capitão, tentou contar os passos e rastrear sem enxergar, mas não era capaz de tal feito, ainda. Zu Chai o recebeu num lugar antes de seu quarto pessoal, parecia querer esconder algo. Nas paredes restos de monstros caçados, alguns deles eram Akumushi. Aquele homem disse que caçava Akumushi e que queria que o onimusha se unisse a ele, contou como sobreviveu fugindo para o mar e passou anos lutando contra a Oni-ame, como aquilo o mudou, conhecia o verdadeiro inimigo. Hangô se recusou, mas compreendeu o que o seu inimigo passara.

Kazuzo também foi chamado, Zu chai parecia querer convence-lo de traçar outro caminho. Ele mesmo já fora um samurai, hoje lidera os Wako. Ele sofria por ter de estar em lados opostos do herói, aquele de honra inabalável. Ambos discordavam, mas se respeitaram o tempo inteiro. Aquele povo queria trocar o sentai pela posse do Atol das Rochas, serem donos de sua própria região, mas para isso manteriam poder e acabariam com a potência de um dos poucos Clãs. Não conseguiriam o que queriam.



Comentários:
  • A cena do Buroli com o Dio não aconteceu nesse momento cronológico da narrativa, mas achei que no diário encaixaria melhor assim. Foi legal adicionar o Dio de novo na história, a cena em si tem várias dicas do que planejo pro futuro, mas nada óbvio.
  • Para simplificar a fuga, considerei que já haviam passado algumas semanas, toda aventura de Fuga que já vi ou narrei o povo foge de primeira, não há tensão. Se você baixar a aventura no final vai ver como funciona, cada teste de preparação durava um dia, considerando que era um teste em conjunto e demorava para avisar a todos, dei uma colher de chá apenas pra Andrezza com obter informação.
  • O desafio de perícia resume a cena a seguir e é onde a ação ocorre de verdade.
  • Como eu falei pros meus jogadores, o Zu Chai e a aventura de hoje fecham o primeiro Arco da Campanha, a partir de agora as coisas vão mudar, por isso quis criar um antagonista com motivações que atravessam os principais temas do cenário: Honra, Tradição e Tormenta.

A Fuga

Godofredo, o homem-tubarão
 A noite certa chegou. Num esforço conjunto o sentai se esgueirou, apertou-se contra barras, arrombou portas, intimidou, prendeu e desacordou guardas. Estavam livres, o convés principal do grande navio que servia de centro daquela base. Juncos, caravelas, naus e jangadas unidas por cortas e passarelas de madeira formavam o complexo com seus vários andares.

Tinham poucos minutos antes de perceberem a fuga, armaram um plano rápido, tinham que libertar o clã Wu, depois recuperar seus equipamentos. Hangô resolveu soltar um navio sozinho, queria criar uma distração e partiu. O sentai junto não teve dificuldades em libertar o Clã, muita da responsabilidade caia nas costas de Neko, que era a mais habilidosa fora de combate e nuam situação dessa. Parecia já ter fugido da cadeia uma ou duas vezes antes.

Hangô foi para a caravela e soltou o que a mantinha próxima do navio principal, logo os Wako próximos perceberam e começaram a atacar o onimusha. Alguns usavam mosquetes, uns mais robustos carregavam canhões nas mãos! Mas o maior inimigo do combate foi uma dupla de wakos, um com pernas atrofiadas e outro muito forte que lutavam juntos. O menor gritava: "toda velocidade a frente!". Derrotaram Hangô, o que aconteceria com ele agora?

O sentai libertou o clã Wu e pós logo eles para trabalhar! Havia um navio tartaruga em posse dos Wako, eles abordariam e tomariam o controle do navio. Deviam usa-lo para fugir. Agora era hora de recuperar os seus itens, todos viram de longe o corpanzil de Godofredo carregando um ofuda - já sabiam que Buroli que conseguiu o item - resolveram atacar o homem-tubarão e seus comparsas atiradores.

Em sua voz fanha, Godofredo temia por ter que lutar de novo com o grupo. Todos gritavam para Kazuzo coloca-lo para dormir, mas ele não acreditava que seria capaz, colocou os atiradores no lugar do monstrão. Neko roubou o ofuda durante o combate e leu em voz alta:

ZA WARUDO

O tempo ao seu redor parou, ela ficou surpresa com o efeito e correu. Sozinha roubou e conseguiu os equipamentos do grupo (bem, a maioria deles), quando o tempo voltou a correr estavam todos devidamente equipados. Godofredo se rendeu.

Estavam prontos para fugir, o navio tartaruga iria zarpar, mas antes de saltarem para a liberdade ouviram uma voz gritando. Zu Chai vinha com sua tetsubo de osso de gigante no ombro, desafiava o sentai para um combate. Eles se olharam e aceitaram.

Logo de cara ele mostrou como era forte, aguentou os ataques carregados de honra de Kojiro e ainda revidou a altura. Quando parecia estar cercado urrou e liberou todo o poder do mar que treinou durante anos, se transformou numa criatura meio caranguejo, meio homem. Blindado e forte, pronto para a batalha.

O combate foi difícil para o sentai, as flechas de Neko mal feriam Zu Chai; os encantos de Kazuzo foram destinados a cura dos companheiros principalmente e para invocar Yokais para ajudar; Aoi, Kojiro e Hangô lutavam no corpo a corpo. O onimusha começou desacordado, um refém para atrair a fúria do grupo. Num momento, Aoi caiu em pedaços, Neko usou uma pena de Hinotori para ressuscitar o mashin, mas ele continuou lutando fraco e acabou caindo novamente. Kojiro finalizou o vilão cortando suas pernas e cabeça.

Os Wako em choque viram o seu chefe caído em pedaços. Eles deixaram o grupo partir no meio da noite, levaram o corpo de Aoi e seus itens. Neko roubou uma arma que estava na cintura de Zu Chai. Era um vitória importante, mas uma vitória amarga.

Comentários:
  • Os desafios de perícia estavam muito tensos, muitos testes estavam envolvidos. Em caso de falha os jogadores podiam voltar a ser capturados de novo e perderem mais dias até se soltarem, também rolava uma tabela de reação assim que concluiam um desafio.
  • O Gabriel foi sozinho e foi surpreendido num combate, se ele tivesse agido primeiro podia ter fugido, foda que os inimigos venceram a iniciativa e ele foi pego pelo vilão.
  • Eu curti o combate contra o Zu Chai, achei que ficou com cara daqueles chefes malucos de JRPG e vilões de anime bizarros, estilo One Piece. A transformação em caranguejo deixou a defesa dele alta demais, o povo acabou focando na parte mecânica, talvez com mais criatividade não tivesse terminado como terminou.
  • É isso, primeira morte da campanha foi do Aoi, ele podia se curar mas focou em continuar atacando. Uma pena, gostava do personagem, mas ele não vai ser esquecido.

Filler: Collarthan


Não haviam recursos suficientes no navio tartaruga roubado pelo sentai e o clã Wu. Sua única opção foi viajar até Arton, para a cidade costeira de Collarthan em busca de ajuda com os contatos de Hwang Wu. O porto agitado era marcado por pessoas de todos os povos e raças, muitos inclusive tamuranianos preparando-se para viajar para o Império. A cidade que cobria toda a área costeira tinha uma visível cadeia de montanhas de florestas densas e ricas e um monolito totêmico observava toda a cidade, uma homenagem a deusa da natureza e do mar, que dizem abençoar a cidade.

Chegando no porto com um navio tão diferente, não demorou para chamarem atenção. Figurões, bandidos e nobres logo queriam conhecer o lendário Navio Tartaruga. Isso deu um momento para o sentai pensar no que fazer, viam o corpo de Aoi em pedaços e haviam passado a última semana enlutados pela perda. Hangô havia decidido ficar por Arton, onde era o seu lugar. Todos queriam tentar trazer Aoi de volta e se uniram na busca, iriam partir com o objetivo de conhecer a cidade.

A dupla improvável, Neko e Kazuzo, a gata e o cachorro, investigaram a cidade. Não sabiam falar o idioma local direito, mas conseguiram roubar um pergaminho de um trio de bandidos. Ele tinha o símbolo de Alihanna, deusa da natureza, parecia uma convocação. Neko usou seus recursos para arranjar um aliado tradutor dos Yakuza que acompanharia o grupo durante aquela exploração.

Dali subiram até o marco dos animais (o monolito) e viram uma bela e altiva druida elfa expulsando o mesmo trio de bandidos de antes. O tradutor de nome Mizuhito sabia que o pergaminho roubado continha informações de tráfico de feras, o que irritava muito os Druidas. A moça libertou um rouxinol de uma gaiola, mal sabia ela que se tratava de Wujiko, uma henge ninja capturada sem querer.

Depois de uma conversa em que se discutiu muito as diferenças culturais do império oriental e dos reinos ocidentais, o grupo andou pela cidade admirando a beleza das pessoas da cidade com suas pinturas artísticas e roupas de verão. A elfa ainda estranhava a curiosa descrição que recebera, pediram para tentar curar um amigo deles, feito de cerâmica com mãos e que soltava fogo (imagem no final da postagem), seria capaz de tal feito?

Ao chegarem no navio viram uma turba, liderada por Alevir, o prefeito da cidade, que queria ter a honra de conhecer Hwang Wu. Passaram o resto do dia aguardando a elfa fazer seus rituais e magias num cômodo fechado onde só havia o corpo de Aoi. Kazuko era o mais apreensivo. Depois de muitas horas, a elfa estava impressionada pela criatura, mas não era capaz de retornar sua alma ao corpo. Porém, conseguiu conserta-lo com seus milagres.

Neko agradeceu e perguntou se podiam retribuir de alguma forma, a elfa acabou enviando aquele grupo para o distrito de Atoleiro, onde tudo está em pedaços depois do ataque de um dragão há cerca de 6 meses. Lá conheceram a pobreza e miséria de pessoas desabrigadas, numa cidade tão rica era estranho ver o quanto a pobreza e riqueza andavam lado a lado. Os nobres que viviam próximos da região nada faziam contra os reflexos do desastre.

Um paladino havia tomado para si a responsabilidade de cuidar daquele povo, seu nome era Kilvin, um lefou - raça estranha para os tamuranianos, lembrava Hangô - devoto de Tauron, deus da força e que carregava um belo berrante. Neko e Kazuzo ofereceram ajuda ao cabisbaixo paladino, estavam impressionados pela sua força e capacidade de cura, mas viam que não estava num de seus bons dias. Organizaram forças tarefa de cura e Neko tratou de usar seus contatos para influenciar Alevir a ajudar os pobres, já que assim teria mais votos.

Dito e feito, problema encaminhado para ser resolvido. Kilvin estava feliz e conversou e bebeu com o grupo, ofereceu cachaça, bebida típica de Sambúrdia. Todos conversaram e o paladino disse que havia um outro problema, algo que poderia afetar toda a cidade e precisaava de ajuda. O sentai ainda tinha um tempo em Collarthan e resolveu ajudar, guiados pelo lefou seguiram para um charco onde uma criatura gigante de seis patas, asas e um longo nariz se alimentava. Era um gigantesco mosquito, Aedes, rodeado de uma nuvem de mosquitos menores.

A criatura drenava sangue, perfurava e causava muitas doenças diferentes com a mordida, mas foi derrotada por fim. Neko e e Kazuzo tiveram ajuda de Wujiko, a henge estava perseguindo o sentai desde que foi libertada, furtiva e distante. Juntos venceram o monstro e voltaram para a sua terra, que também era estranha, mas de forma familiar.


Comentários:
  •  Quis fazer um capítulo em Collarthan como transição, uma sátira ao Rio de Janeiro pra variar a sátira/homenagem a cultura oriental que é o Império de Jade.
  • Além de tudo, saiu o playtest do Tormenta 20 e pretendo mestrar a aventura da imagem para testar o sistema, uma versão adaptada por enquanto. Se a iniciativa T20 sair muitas das minhas aventuras e campanhas vão sair lá como material para download pago, até porque eu tenho que pagar conta como qualquer um.
  • O Aedes virou um chefe estranho e poderoso, a capacidade de dar várias doenças, ataque a distância e corpo-a-corpo e a aparência elevam ele para um patamar diferenciado. Só tem um porém, ele parece encaixar mais em cenários como Ravenloft ou outros com monstros bizarros. 
  • Tiveram muitas faltas nessa sessão, fiz várias referências a uma campanha antiga que rolou na cidade de Collarthan e inspirou alguns eventos da Ilha do Umbral, só o Nariz sabia.
  • Agora o grupo tem uma ninja e o Herbert resolveu pegar jutsus de fogo, não faz sentido na build pegar agora, mas em história faz. Como aprender a usar jutsus de fogo em homenagem ao amigo falecido.

Fichas


Tripurasura, Asura ND 2
Pequenos espíritos invocados por Asuras mais poderosos para acompanhar e corromper ou levar a vida de um conjurador a ruína. Alguns trabalham em Prol de levar aqueles que seguem o Bushintau para se afeiçoarem mais aos espíritos sombrios, se disfarçando ou revelando sua presença de cara, dependendo do alvo.

Asuras seriam como são chamados os espíritos das trevas do Bushintau.

Yokai 3, Pequeno, Desonrado
Iniciativa +8
Percepção: Percepção +8, visão no escuro, detectar Jutsu
Classe de Armadura: 20
Pontos de Vida: 21
Pontos de Magia: 9
Resistências: Fort +4, Ref +5, Von +5, cura acelerada 2, RD 5, Resistência a ácido e eletricidade 10, imunidade a doenças e venenos.
Deslocamento: 6 m
Ataques Corpo-a-corpo: Mordida +5 (1d4-1 mais veneno)
Habilidades: For 8, Des 14, Con 12, Int 14, Sab 15, Car 13, Hon 7
Perícias: Acrobacia +8, Conhecimento (Arcano, Planar) +8, Furtividade +12, Identificar Magia +8.
Mudar de aparência (M): cada Triporasura tem uma forma alternativa que pode assumir e usar para se aproximar de seus alvos. Essa forma sempre é pequena, por isso costuma se disfarçar como criança, Nezumi ou outras criaturas pequenas.
Veneno: Ferimento, Fort 13, 1d4 de sabedoria.
Tesouro: padrão.

Bakudan - Bomba ND 5
Um elemental explosivo de temperamento perigoso. A versão abaixo é de Fogo, mas existem versões de gelo, eletricidade e de outros elementos também.

Yokai 8, Médio
Iniciativa +16
Percepção: Percepção +5, visão no escuro, detectar elemento (fogo)
Classe de Armadura: 21
Pontos de Vida: 72
Pontos de Magia: 16 (8)
Resistências: Fort +9, Ref +11, Von +7, Redução de dano 10/magia, Vulnerabilidade a frio, imunidade a fogo, cegueira, paralisia e veneno.
Deslocamento: 6 m, voo 12 m
Ataques Corpo-a-corpo: Mordida +14 (2d6+8 mais 1d10 de fogo)
Habilidades: For 16, Des 20, Con 16, Int 6, Sab 12, Car 10, Hon -
Talentos: Ataque Poderoso, Duro de Matar.
Corpo flamejante (M): Qualquer criatura a distância de combate corpo-a-corpo da Bomba sofre 1d10 de dano de fogo.
Autodestruição (M): caso seja reduzida a 0 PV, uma bomba vai explodir como o Jutsu Explosão de Fogo centrada em si mesmo, a CD de Reflexos é 18. Normalmente, uma Bomba gasta todos os PMs que ainda tem nesse último ataque.
Tesouro: padrão.

Uma diferente versão da bomba


Gigante e Manco ND 7
Humanoide 10, Grande (alto), CM
Iniciativa +16
Sentidos: Percepção +14
Classe de Armadura: 19
Pontos de Vida: Gigante: 80 Manco: 50
Resistências: Fort +10, Ref +8, Von +6, visão ampla.
Deslocamento: 12 metros.
Ataques Corpo-a-corpo: Tacape +16 (2d8+13)
Ataques à distância: Besta de repetição +10 (1d12+5, 19-20) ou Besta de Repetição +8/+8
Habilidades: For 27, Des 16, Con 20, Int 15, Sab 12, Car 16
Pericias e talentos: Atletismo +21, Acrobacia +16. Ginga das Ondas, Usar arma exótica (besta de repetição), Tiro Certeiro, Tiro Rápido, Ataque certeiro, Ataque Poderoso, Trespassar.
Iniciativa Dupla: Gigante e Manco possuem 2 iniciativas por turno, sendo a segunda 10 pontos abaixo da primeira. Na primeira, Manco age, na segunda, Gigante.
Vida Dupla: Agindo como um, ambos possuem sua própria quantidade de pontos de vida. Quando o Gigante morre, ele perde 10 em for e 6 em con, além de não poder mais andar e não possuir mais a habilidade iniciativa dupla. Se Manco morre, Gigante perde 7 em Int, Sab e Car e não possui mais a habilidade iniciativa dupla.
Tesouro: Duas bestas leves de Repetição, Tacape, Bolsa de dinheiro (20 TO), 30 Virotes.

Wako  ND 2
Iniciativa +4
Sentidos: Percepção +6, visão no escuro
CA 19
PV 43
PM 1
Deslocamento 9 m
Ataques corpo-a-corpo: machado de batalha +6 (1d8+2, x3)
Ataques à distância: mosquete +7 (2d8+2, 19-20/x3) ou Canhão Portátil +7 (3d12+2, x3 o atirador é empurrado 3 m para trás depois de atirar)
Habilidades: For 15, des 14, con 14, int 10, sab 8, car 8, Hon 7
Talentos: tiro certeiro, tiro preciso, na mosca.

Zu Chai, o Ronin dos mares: Meio elfo-do mar, Ex-samurai 2/Bushi 8, Desonrado, ND 8; Médio, desl 12 m, natação 12 m; PV 103; CA 25; PM 23; corpo-a-corpo: Tibia +17 ou +17/17 (3d6+12, 18-20); a distância Arcabuz +13 (3d6, x3, cone de 6 m); visão na penumbra, respirar na água; Espadas ancestrais +1 (não funciona), Estilo de Combate (Iaijutsu), Detectar desonra (não funciona), Resolução (RD 5, 15 PV), Sucateiro, Bateu levou, movimento rápido, Talento de sobrevivente (Violência Velada, Duro de Matar), Alvo irresistível (-2), Esquiva Sobrenatural aprimorada, Fortificação (25 %); RD 3; Fort +2, ref +, von +2; For 22, des 16, con 16, int 14, sab 12, car 10, Hon 7

Pericias e Talentos: Acrobacia +16, Conhecimento (História) +15, Diplomacia +13, Iniciativa +16, Percepção +16, Sobrevivência +16, Ofício (marinheiro) +14. Saque Rápido, Devoto de Lin-wu, Usar arma exótica (armas de fogo), Violência Velada, Duro de Matar, Ataque Poderoso, Forma selvagem do Mar, Foco em arma (tetsubo), Golpe com duas mãos, Acerto Crítico aprimorado, Golpe Duplo, Foco em armadura (Média), Especialização em Armadura (Média).

Forma Selvagem do Mar: Assume uma aparência mais bestial, nessa forma ele parece uma mistura de homem com caranguejo. Recebe +4 na CA, +4 em Força e cresce para tamanho Grande (Alto).

Equipamentos: Tibia (Tetsubo obra-prima de osso de gigante do dano adicional), Arcabuz, 10 balas de adamante, Suchiiru com espinhos obra-prima.

AEDES ND 8
Monstro 10, Enorme (Comprido), N
Iniciativa +5
Sentidos: Percepção +7, faro, visão no escuro
PV 150
CA 19
Resistências: Fort +14, Ref +7, Von +11, vulnerabilidade a eletricidade
Deslocamento: 12 m, voo 15 m
Ataques corpo-a-corpo: Picada +20 (2d6+10 mais drenar sangue)
Ataques à distância: Cusparada de Sangue +10 (cegueira por 1 turno) toque
For 30, Des 10, Con 24, Int 2, Sab 14, Car 10
Drenar Sangue: Quando o Aedes causa dano com uma picada, agarra-se à vítima e começa a drenar seu sangue. Caso não seja retirado (um teste oposto de agarrar, o monstro tem bônus +28) até o início de sua rodada, ele irá drenar 1d4 pontos de Constituição da vítima, recebendo 5 PV temporários para cada ponto drenado. Após sugar 10 pontos num mesmo dia, o monstro fica satisfeito e tenta fugir, só voltando a usar essa habilidade para se defender.
Sangrar: caso o Aedes seja retirado enquanto esteja drenando sangue (ou caso fique satisfeito, ou caso morra), deixa um furo, por onde a vítima começa a sangrar. No início de cada rodada, a vítima deve fazer um teste de Constituição CD 15. Em caso de falha, perde 1d4 PV e continua sangrando. Em caso de sucesso, para de sangrar. A vítima deve repetir o teste a cada rodada, até parar de sangrar ou morrer. O sangramento pode ser estancado com qualquer magia de cura que recupere pelo menos 1 PV ou com um teste de Cura contra CD 15.
Infeccioso: Uma picada do Aedes é muito infecciosa, forçando o alvo a fazer testes para evitar ser infectado pelas seguintes três doenças ao mesmo tempo: Febre do Esgoto, Febre Escarlate e Tremores.
Tesouro: Nenhum


Fotos

Representação artística de Aoi Hono
Quando o chefão cresceu eu resolvi usar essa miniatura

sessão temática






Na última sessão divulgada rolou uma pequena comemoração do meu aniversário, a Karyne, namorada do nariz, fez o favor de me fazer um bolo de churros! O Herbert trouxe comida temática mais uma vez e tivemos um rolê diferente.

Inspiração para a transformação do Zu Chai

Bem, as reclamações com a regra de honra continuam e um choro também haha mas a campanha está muito boa. Como jogamos num ritmo mais lento o povo demora mais para evoluir, mas é bom que estamos explorando bastante cada nível. O que estão achando?

Abaixo estão os Links para download do material do vilarejo Sunanalaguna e da Fortaleza Wako



 Abraços ou beijos

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